POY PET
Tinha ido a Macau no dia 3 de Janeiro de 2006 e regressado a Bangkok após quatro dias, podendo ficar na Tailândia até 8 e Abril de 2006, embora seja possuidor de um visto classe O que me permite entrar e sair do país durante um ano, mas que só me dá direito a permanecer no mesmo pelo período máximo de três meses.
Tencionando passar o ano novo tailândes, o Songkran,lá na aldeia de Ban Mea Long, lá no norte, que se comemora no dia 13 de Abril, necessário seria ter que me ausentar uma vez mais da Tailândia e tornar a entrar sendo-me assim concedidos mais três meses.
Para o efeito pensei no assunto, estávamos no início do mês de Fevereiro, talvez fosse a Malásia ou Singapura. Falando com minha companheira ainda se pôs a hipótese de ir-mos até ao Laos, mas tirar o visto que ainda era caro, ter de ir a embaixada por duas vezes e ter que ir de combóio em classe única até a fronteira de No Kai, fez-me mudar de ideias.
Lembrei-me então da última vez que tinha estado no Cambodja e ter recorrido aos serviços de uma viatura que me transportou até a casa em Bangkok. Tinha o contacto do gerente da firma e indaguei sobre a ida a Poy Pet.
Não precisava de ir até a embaixada solicitar o visto de entrada, o mesmo podia ser pedido na fronteira e minha companheira não necessitava de visto, a viatura nos viria buscar a casa e de volta nos trazer, o preço esse era de 500 baths, incluindo um almoço, o senhor aconselhou-me a ir no dia 9 pois haveria menos gente e ele já tinha mais alguns clientes para esse destino.
Ficou assim combinado, a hora da partida seria as 06.00 horas por isso na noite anterior bem cedo nos fomos deitar, e quando estava mesmo ferrado no sono tocou o telefone era o tal senhor a dizer que passaria por nossa casa para nos buscar as 04.00 horas, resultado já não consegui dormir direito mas fiquei ainda a descansar um pouco mais.
Eram 03.00 horas quando nos levantámos tomámos um café e preparámos umas sandes para comer depois.
A viagem seria ainda longa pois Poy Pet dista de Bangkok uns 280 kms.
As 04.00 horas em ponto vimos a vitura passar na rua defronte de nossa casa e andar por lá as voltas, necessário foi ter-mos que telefonar a indicar- lhe a nossa casa.
Na viatura vinha o condutor, o proprietário o senhor Pitecht e uma senhora tailândesa que ia tentar a sorte lá nos casinos.
A viatura utilizada foi esta da marca Toyota e com capacidade para sete pessoas, era confortável e possuia até televisão e video.
Embora fosse ainda muito cedo as ruas de Bangkok começavam a ficar com muito tráfego. Seguimos para a zona de Ramkamheng onde havia mais duas pessoas para seguiriam conosco, lá os encontrámos aguardando pela viatura, era um casal de idosos Coreanos que iam igualmente, como eu, carimbar o passaporte.
Saídos da eterna confusão do tráfego em Bangkok seguimos por uma auto estrada que a essa hora já tinha imenso movimento, mas como possuia três faixas de rodagem lá segui-mos normalmente bem.
A maioria das viaturas seguiam a mesma rota que nós, seguiam para Este. Algumas para o mesmo destino que nós outras para cidades na periferia.
A meio da viagem parámos numa estação de serviço onde podemos aliviar a bexiga e meter algo no bucho, as sandes essas também não foram poupadas.
Sem acidentes pelo percurso eram 08.00 horas quando a viatura parou junto ao mercado, ainda um pouco distante da fronteira, mas não havia hipóteses de desembarcar-mos mais próximo devido as restrições de trânsito e segurança impostas.
Tivémos que fazer o percurso a pé, embora houvesem imensos táxis por lá, táxis bem originais, que não passavam de uma carroça puxada por um mísero humano.
Para mim não era novidade pois já conhecia a miséria que abunda por aquela zona, tudo serve para se ganhar alguns baths, e tudo é aproveitado para levar para o Cambodja tal a miséria que por lá vai.
Caminhando por entre pedintes, todo o tipo de viaturas e lixo por todo o lado, lá conseguimos chegar até junto dos serviços de migração. Deparámos com duas enormes filas, uma para estrangeiros e outra para naturais da Tailândia e lá fui eu para uma e minha companheira para outra que era ainda muito maior, e debaixo de um sol abrasador, embora fossem somente umas 08.30 horas, ali ficámos aguardando a nossa vez.
Por ali fiquei cerca de meia hora e a fila não se mexia foi então que nos foi permitida a entrada para os alojamentos e apresentar o passaporte o resto foi rápido, a minha companheira por lá ficou ainda umas três horas mas depois desistiu e não foi ter comigo.
Depois fiquei a saber o porquê da demora na verificação dos documentos dos tailandeses. É que ao governo não agrada que os tailândeses se desloquem ao Camdodja para jogar nos casinos, pois isso leva a que saiam imensas divisas do país, por essa única razão os funcionários dos serviços de migração dificultam ao máximo a saída das pessoas e levam imenso tempo a fazer perguntas e a verificarem os documentos.
Acompanhado do casal coreano segui para os serviços de migração do Cambodja que ficava no outro lado na avenida, ali preenchido o devido impresso solicitei o visto de entrada o qual foi passado em alguns minutos, depois seguimos para outro balcão onde nos foi carimbado o passaporte.
Dali seguimos até ao Holiday Palace Hotel Casino Resort, um dos seis luxuosos casinos existentes no local que para mim, são um atentado a pobreza que os rodeia.
Até aquela altura estava ainda aguardando pela chegada de minha companheira, o senhor Kim, pessoal extremamente simpática fez-me o favor de ir buscar os talões para que pudesse-mos, a partir das 11.00 horas, usuferir do almoço bufet que seria servido.
O tempo foi-se passando e a minha companheira nada de aparecer, o senhor Kim teve a amabilidade de me emprestar o seu telefone portátil e assim pude ficar a saber que minha companheira ainda aguardava a sua vez na fila de imigração no lado tailândes.
Eram 11.00 horas e aproveitámos para almoçar, o bufet estava bem composto com muita variedade de comidas mas para o meu gosto não serviam, pelo que fiquei por escolher somente um prato de arroz branco com carne de porco assada e uns bolinhos que acompanhei com um café.
Almoçei nas calmas e estive falando com o senhor Kim, ficando a saber que tinha a bonita idade de 75 anos e que era um diplomata reformado vivendo em Bangkok com seu filho e neto, a sua esposa era mais reservada mas sempre alegre.
De novo me emprestou o telefone e então fiquei a saber que minha companheira após três na fila tinha desistido e ia almoçar por ali.
A nossa hora de regresso a Bangkok estava marcada para as 18.00 horas e eram ainda somente 12.00 horas e eu por ali estava na companhia do simpático casal.
Resolvi tentar a sorte nas máquinas e para tal troquei 500 baths, ou sejam 10 euros e por ali fiquei entrentido ainda até que as moedas findaram, pois a sorte não queria nada comigo, assim acontecendo com o casal amigo. Troquei ainda 100 bhats mas por moeda cambojana o que revertiu em 18 mil rials, guardei as notas para colecção.
Uma vez mais solicitei o telefone do senhor Kim e combinei com minha companheira para ela ir ter comigo junto aos serviços de migração no lado da Tailândia pois eu iria ter com ela.
A saída desta vez foi mais fácil e o funcionário que me atentedeu foi mais simpático e nada me exigiu como na outra vez que tive que pagar 100 Baths só pela simples razão de não ter permanecido no Cambodja um dia, enfim eles lá arranjam as leis a seu modo afim de ganharem, ilegalmente, algum.
Na parte tailândesa a moça que viu o meu passaporte e o carimbou disse-me que tinha autorização para permanecer na Tailândia até ao dia 8 de Maio de 2006, o que agradeci e guardei o passaporte.
A muito custo lá consegui visionar a minha companheira, pois as bichas de viaturas obstruiam a visão.
Nas fotos acima inseridas pode-se ficar com uma pequena ideia como era aquilo por lá, na foto central da direita pode ver-se uma camioneta da polícia repleta de imigrantes ilegais e que seguia para o Cambodja para os recambiar, pode igualmente ver-se a enorme fila junto aos serviços de migração.
Por ali andámos no enorme mercado mas nada havia que nos agradasse, mas mesmo assim a minha companheira achou que os alhos eram bons e baratos e lá comprou uns quilos deles que teve que repartir comigo para os levar, de resto nada mais.
Resolvemos ir até a cidade ou vila de Aranyapathet que ainda ficava a uns bons 12 kms de onde nos encontrávamos, para tal havia vários tipos de transportes um deles o Tuk Tuk que levava 70 Baths, igual a 1.40 euros, para nos levar, mas optámos por ir de camioneta de carga pagando pela viagem apenas 10 baths, ou seja 5 céntimos do euro.
Como podem ver pela foto a camioneta não tinha o minino de conforto mas enfim, a viagem foi curta, seguiam mais passageiros, mas alguns deles após uma revista efectudas pelos militares, e por não possuirem documentos foram recâmbidos para o Camdodja, os assentos da camioneta estavas soltos o que nos obrigava a segurar-nos nos ferros de apoio.
A camioneta parou junto a estação de autocarros, em Aranyapathet e pelo que pudemos ver da vila nada de interesse havia para poder-mos ali passar umas horas.
A minha companheira então lembrou-se de uma amiga que vivia na cidade de Sa Kaeo que ainda distava uns 80 Kms e queria ir lá visitá-la, eu lhe fiz recordar que a viatura que nos tinha trazido estaria a nossa espera lá na fronteira, ela prontamente resolveu o problema, telefonou para o senhor da viatura dizendo-lhe que nós iriamos para a cidade de Sa Kaeo e aquando do regresso da viatura a Bangkok que fizesse o favor de passar por aquela cidade para nos levar.
Prestes a sair estava um autocarro, que passaria pela cidade de Sa Kaeo, comprámos as duas passagens que custou cada uma 32 bahts, ou sejam 0,64 céntimos do euro, e lá embarcámos.
Eram 14.00 horas quando o autocarro seguiu viagem e nós iamos bem instalados mas justamente do lado onde dava o sol.
Pelas 16.10 horas desembarca-mos junto ao mercado da cidade e por lá fomos dar umas voltas, mas antes passei pelo 7 Eleven, uma loja de conveniência, e ali comi um cachorro quente gigante e bebi um chã de limão.
Telefona-mos para a nossa amiga mas tinha o telefone desligado, sabia-mos mais ou menos onde morava e lá iria-mos visita-la depois de dar-mos uma vista de olhos pela pequena cidade, mais propriamente pelo mercado.
Como em todas as cidades e vias do país podiam-se ver fotos do Rei e bandeiras amarelas e da Tailândia, e ali naquela cidade não era excepção como podem ver pela foto.
Toda a zona adjacente ao mercado era composta de lojas, o mercado em sim dividia-se pela parte interna e pelas ruas laterais e ali havia de tudo com fartura, mas nós só ficámos pelas frutas.
Vejam só o preço de algumas frutas, tangerinas a 10 baths, 5 céntimos do euro o quilo, mangas a 25 baths, 50 centimos do euro, ananazes a 5 céntimos cada e a outra fruta tailandesa a 20 baths, 40 centímos o quilo e por aí fora.
Compradas algumas frutas e após ter-mos indagado junto de uma vendedora onde ficava o posto de polícia, pois a nossa amiga morava ali por perto, alugámos um tuk tuk e lá fomos, ainda ficava bem distante e os 40 baths que pagámos pelo transporte valeu bem a pena.
Foi este tuk tuk que se pode ver na foto com a minha companheira a subir para ele que fizémos a viagem.
Chegados a casa de nossa amiga a mesma tinha as portas fechadas mas uma vizinha nos indicou um salão de cabeleireira que ficava do outro lado da estrada, e lá fomos encontrar a nossa amiga.
Elas por lá ficaram na conversa e vendo algumas fotos tiradas em Macau e eu fui-me sentar num banco no pequeno jardim defronte de casa fumar um pivante, e para meu espanto vi a minha companheira a lavar a cabeça e a cortar o cabelo, só coisas de mulheres mas enfim!...
Por sorte por lá apareceu o esposo de nossa amiga e como era agente da polícia aproveitei para matar a minha curiosidade e saber os postos hierárquicos que a policia tailândesa tinha e assim se foi passando o tempo.
Pelas 18.00 horas telefoná-mos para o senhor Pichet para ele não se esquecer de nos vir buscar e ali ficámos aguardando a sua chegada.
Isto só na Tailândia é que pode acontecer pois a viatura teve que se deslocar mais de 80 kms. para nos vir buscar e por isso não pagámos nada mais.
Eram quase 19.00 horas quando a viatura nos buscou, lá vinha o tal simpático casal coreano e mais um casal tailândes a outra senhora tinha ficado colada as mesas de jogo.
Ao sairmos dali o condutor não sabia o caminho de regresso e necessário foi ter que fazer um novo desvio para poder-mos apanhar uma estrada com destino a Bangkok, e por isso seguimos por uma estrada convencional e não por auto estrada como tinha sido na ida.
Era já noite e o movimento era intenso, aqui e ali nos vastos campos viam-se algumas queimadas onde o fogo ia consumido tudo o que encontrava, mas pessoal ou bombeiros esses não chegámos a ver.
Pelas 20.00 horas parámos numa estação de gasolina, em Phanom Sarakham e aproveitámos para ali jantar, pois vendedores ambulantes, restaurantes de rua e até uma loja 7 Eleven ali havia.
Tanta era a variedade de comidas que dificil se tornou a escolha mas por fim decidi-me por umas bifanas em espetada, a moda tailândesa e que nada ficam a dever as nossas bifanas, acompanhadas de arroz glutinado, pena foi não poder beber uma cerveja, mas a lei tailândesa proibe que lojas junto as estradas vendam bebidas alcoólicas, fiquei-me por um chá de limão.
Bem comido e com a bexiga mais aliviada lá proseguimos a viagem e ao mesmo tempo que nos ia-mods aproximando de Bangkok o tráfego ia aumentado, alturas vi que estávamos mais perto da Pattaya de que de Bangkok, tal a rota que tinha-mos seguido por nossa causa.
Já na cidade então encontrá-mos, como era de esperar, um tráfego super intenso, o casal de coreanos optaram para sair numa avenida junto da universidade e seguir dali a pé para casa, pois aquela zona de Ramkamheng onde se localizava uma universidade o tráfego é sempre super congestionante, assim como na avenida Lat Prao onde fica situada a nosssa casa.
Após quase uma hora engarrafados no tráfego lá conseguimos seguir a viagem e entrar por vias laterias para poder-mos sair e assim chegar a nossa casa o que só conseguimos eram quase 22.00 horas.
Felizmente o nosso objectivo tinha sido alcançado e tudo decorreu da melhor forma, mas Arayanprathet esse local é para esquecer e tenciono nunca mais lá voltar.
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