o mar do poeta

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quarta-feira, fevereiro 18

LOP BURI - TAILÂNDIA

Na cidade dos macacos junto ao hotel.

Na entrada do Palácio Real.

O articulista junto às ruínas de uma antigo templo.

Um banquete bem recheado para os macacos da cidade!...

Estava-mos na manhã de sábado do dia 25 de Junho de 2005 e ainda pairava na minha mente o sonho que havia tido horas antes.

Tinha sonhado com as noites de S.João passadas em Évora aquando da minha juventude e meu espírito se encheu de recordações e pedia folia, mas a realidade era bem outra, pois encontrava-me em Bangkok, onde tinha chegado no dia 7 de Junho e regressaria a Macau no dia 10 de Julho.

Nos finais do mês de Maio tinha vindo de Portugal e em Évora ainda pude ver os preparativos para a famosa e característica feira de S.João e mais uma vez não passava lá essa festividade.

Desejar sair da cidade de Bangkok, mas estava limitado pelas filhas pois todas elas aos sábados tinham algo a fazer na escola, a mais nova tinha explicações de inglês e de matemática, a do meu meio treinava karate e a mais velha embora tenha sido formada em Ciências Socias pela Universidade de Naresuan, andava agora a estagiar para hospedeira aérea.

Minha companheira compartilhava comigo em ir-mos dar um passeio, mas o faria somente no domingo, o que eu achava cansativo demais ir e voltar no mesmo dia.

Estava eu neste pensamentos quando o telefone tocou, era o irmão de minha companheira, o Ah Suit, que trabalhava na Formosa, informando que nessa mesma manhã chegaria a Bangkok, mas que não nos incomodasse-mos em o ir receber ao aeroporto pois ele tomaria um táxi e chegaria a nossa casa antes do meio dia.

Eu continuando com a minha linha de pensamento ia formulando onde ir passar o fim de semana, e ocorreu-me ir ainda nessa mesma tarde até à Pattaya e fui indagar os preços dos hotéis na zona de Jontien Beach. Tinha ficado num de óptimas condições e a preço bem em conta era o Welcome Jontien Beach Hotel e nesta época do ano os preços estavam bem em conta, 800 baths por noite com um optimo e farto pequeno almoço e duas belas e aprezíveis piscinas à disposição.

Entretanto chegou o irmão de minha companheira que embora trouxesse consigo uma só mala esta enorme e bem pesada.

Enquanto ele tirava algumas coisas do saco e ponha a escrita em dia com sua irmã, eu limitava-me a fazer uns trabalhos de rotulagem de cds mas a partir dali perdi a concentração e dei por vindo o trabalho.

Eram horas de ir-mos buscar a filha mais nova à escola e como ali por perto no edificio Major onde havia varios restaurantes decidimos ir lá almoçar.

Quando lá chegamos passava um pouco das 14.00 horas e como esta lesgislado pelo governo no período das 14.00 as 17.00 horas é proibida a venda e o consumo de bebidas alcoolicas, eu que gosto de beber uma cerveja a acompanhar as refeições, tive que me limitar a beber somente água.

Após o almoço que diga-se em abono da verdade não foi grande coisa embora o restaurante seja afamado e lá tendo ido algumas vezes mas que o retirei da minha lista, primeiro pela qualidade de serviço, segundo pela fraca comida e terceiro pelo preço exagerado praticado que incluia até 10% pelo serviço, o tal She Fan a partir daquele dia ficava riscado de minha lista, pois paguei 490 baths pela fraca comida apresentada.

Dali saimos em direcção da estação de autocarros que fica perto de nossa casa afim de o irmão ir comprar o bilhete, para essa mesma noite, com destino a Lampang, seguindo depois a casa e foi no trajecto que surgeri a minha companheira para ir-mos passar o fim de semana ou a Pattaya ou a Lopburi, tendo esta concordado comigo, saindo ainda nesta tarde para o destino escolhido quer fosse um ou outro destanciavam apenas 153 quilometros de Bangkok.

Entretando as filhas regressavam a casa e lhes pedi para arrumarem o necessário para passarem o fim de semana fora.

Decide por fim ir-mos até Lopburi porque nunca lá tinha ido e tinha ouvido falar imenso sobre o seu rico e histórico passado, das vastas plantações de girasois e dos macacos, cidade como também é conhecida.

Vindo através da internet os preços dos hoteis naquela cidade resolvi fazer a marcação de dois quatros, ainda para essa noite, no Lopburi Inn, pelo preço de 500 baths, 10 euros, por quarto e por noite com direito a um pequeno almoço ABF.

A minha companheira após ter levado o irmão até à estação de autocarros regressou a casa onde nós tinha-mos já preparada a pouca bagagem a levar conosco. Eram 17.50 horas quando saimos de casa com destino a Lopburi, a tarde estava escura ameaçando chuva.

Iria-mos seguir pela auto-estrada em direcção a Sara Buri e ali fariamos o desvio para Lop Buri, mas antes passamos por estação de gasolina onde atesta-mos a viatura, um jeep Isuzu, modelo MU 7 que só tinha saído de Bangkok no fim da semana passada indo a Ban Sai pouco mais de 70 quilómetros de nossa casa.

Entramos na passagem aérea com destino ao norte, por sorte as portagens não funcionavam e nada nos foi cobrado. Vimos alguns aviões a fazer-se à pista e outros a levantar vôo pois passamos junto ao aeroporto.

Quando chegamos a Rangit começou a chover mas o tráfico a partir dai era pouco. Mais à frente e indo com atenção apanhamos a auto-estrada que seguia para Sara bruri e o trajecto foi feito tranquilamente.

Já bem perto de Sara Buri e que encontramos o desvio para Lop Buri e por lá seguimos tinha-mos ido bem devagar, eram já 20.30 horas e decidi-mos jantar no primeiro restaurante que encontrasse-mos antes de chegar a cidade.

Foi num óptimo restaurante à beira da estrada e ao som de uma musica harmonioza que jantamos cuja ementa foi constou em massa de arroz com camarões, carne vaca seca ao sol e depois frita com caju, peixe frito picante, a terrina da sopa que veio para a mesa ainda acessa e com a sopa a ferver, uma cerveja de 0,75 cl, a sopa de mariscos e caril de carangueijo, tudo isto acompanhado de água e de coca-cola além da cerveja que eu bebi e um café, tendo ficado a despesa em 840 baths ou sejam cerca de 17 euros, esqueci de mencionar que nós eramos 5 pessoas.

Já com a barriga cheia prosseguimos a viagem até Lop Buri, tendo para localizar o hotel recorrido aos préstimos de uma funcionária do hote, que através do telefone nos deu as indicações correctas para nós ir-mos lá ter sem problemas.
Eram 22.00 horas quando parcamos no vasto recinto de parqueamento do hotel tendo um empregado a nós se dirigindo e levado a babagem para o átrio e ali aguardando.

Depois de fazer o devido registo foi-nos dado as chaves dos quartos 590 e 591, segui-mos no espaçoso e limpo elevador acompanhados do funcionário que nos levava os sacos.

Ele delicademente abriu as portas e nos indicou como funcionavas as coisas, no frigorífico havia muitas bebidas, entre elas duas garrafas de água oferta do hotel, a televisão tinha canais de satélite e a casa de banho era espaçosa e asseada, o chão do quarto era todo atapeteado, a janela dava para a avenida e defronte ficava um campo de jogos com uma imensa piscina mesmo defronte.

Fui tomar um banho ficando depois entretido a ver o jogo de futebol entre a Alemanha e o Brasil cujo resultado foi de 3-2 a favor do Brasil, eram 00.15 horas quando desliguei a televisão e passei uma noite agradavel.

Bem cedo me levantei, e após ter feito a minha higiene pessoal t e com a filha do meio, habituada a levantar-se bem cedo ali tinha vindo bater a porta do quarto resolvi ir com ela para o salão, no rés do chão onde era servido o pequeno almoço.

Para isso levei as duas senhas. O salão era grande e bem decorado, comida essa era com fartura, o pequeno almoço constava de bufett e tinha comida europeu e tailândesa.

O salão pouco a pouco se foi enchendo, até ali já se podia respirar o ambiente da cidade dos macacos, no próprio salão havia vários quadros e alguns armários repeltos de macacos, objectos de todos os tipos todos eles relacionados com os macacos, na foto em baixo pode-se ver o articulista no salão junto a um desse quadros.

Lá fora o passeio do hotel estava todo decorado com infenges de macacos em tamano bem grande e um quadro bem ilucidativo dando as boas vindas à cidade dos macacos.

Embora os macacos sejam um dos atractivos turístico da cidade e ali se festejar anualmente um banquete para os macacos, mas nem só deles vive a cidade, pois tem uma história bem riquíssima como o podem demostrar seus monumentos.

Lop Buri e uma cidade rica em cultura que tem mais de 3 000 anos.

A província onde esta inserida a cidade é uma montra da mais completa cultura que inclui a Ban Tha Khase ponto arqueológico com mais de 4 500 anos, a idade do bronze 2 300 a 3 500 anos onde foram encontrados materias balísticos de artilharia. Comunidades no período de Thawarawadi cuja cultura ronda os 1000 anos foram encontradas cidades como Sap Champ antiga cidade na região Amphoe Tha Luang, Dong Marum antiga cidade em Amphoe Khok Samrong e Muang Mai Phai Sali em Tambon Khok Charoen.

Imensos artigos foram descobertos como moedas em prata, suberbamente desenhadas foram encontrados em Bat Lum Khao, Amphoe Khok Charoen.

Lop Buri durante os séculos 11 e 14 da era budista foi um centro comercial muito importante tendo recebido uma influência religiosa muito grande, através dos Indianos, tendo-se tornado um centro religioso muito importante.

Durante os séculos 15 e 18 da era budista a influência Khmer fez de Lop Buri um importante centro de arte de estilo Khmer, evidências desse período são encontrados no pagode Sam Yot, Phra Kan e no pagode Khaek.

Lop Buri tornou-se igualmente num centro de arte tecnologica no período de Sukhothai.
O Rei Narai, ordenou a construção do seu palácio em Lop Buri em 1666, e era considerada a segunda cidade no reino de Ayutthya. No período Rattanakosin, o Rei RamaIV ordenou a renovação do palácio.

O rei Rama IV deu origem ao filme Ana e o Rei onde conta a história de uma professora, estrangeira, que influênciou imenso o Rei na sua maneira de ser.

Depois da mudança da constituição monarquica, por volta de 1937 o Marchal Pibulsongkhram devensolveu Lop Buri num centro militar, criando novas áreas e separando as residencias governamentais da cidade antiga. Lop Buri encontra-se na parte central da Tailândia a 153 quilómetros a norte de Bangkok e ocupa uma área de 6 586,67 quilómetros quadrados.

Foi assim que percorrendo as artérias da cidade foi o articulista vivendo a sua história visitando o antigo palácio e a residência dos antigos embaixadores, que na altura a França exercia bastante influência no reino, embora os portugueses tenham chegado primeiro ao reino do Sião, o seu poder bélico era mais fraco, mas mesmo assim usado pelo reis nas guerras contra a Birmania, enquando os franceses tinham outros objectivos ou seja de ocuparem toda aquela região, não o tendo conseguido no reino do Sião, mas apoderando-se no que é hoje o Cambodja, Laos e Vietname.

Visitei a igreja de S.Paulo, igreja catolica, cujos padres jejuitas franceses exerciam o seu mister, mas cujo nome da igreja é oriunda de Ayutthaya, proveniente dos portugueses que ali tinham enorme prestígio e influência.

Depois das visitas culturais aos centros históricos foi altura de visitar o pagode dos macacos sito no centro da cidade e depois sim ir a parte religiosa parte também muito interessante e que faz parte do dia a dia da vida dos tailândeses.

E nesta cidade única no mundo onde todos os anos se faz um riquissimo banquete que é dado aos macacos daquela cidade, que como e já seu hábito coabitam em paz com os habitantes da cidade.

Percorremos toda a cidade e ficamos mais ou menos inteirados da sua história e da sua importância ainda nos dias de hoje. Eram horas de almoço e fomos até ao Centro Comercial Big C onde no Piza Company pudemos comer uma piza e pedaços de galinha picante.
Demos ainda um volta pelas redondezas antes de nos despedir-mos da cidade e pensar se iriamos por Sara Buri ou por Sing Buri com destino a Bangkok.

As belas e altaneiras paisagens todas vertejantes ainda podemos ver, agora na sua grande maioria plantadas de milho, os girasois esses não era o tempo deles florescerem pois só acontece entre os meses de Novembro a Janeiro e por essa altura é um atractivo turismo imenso devido a grande área plantada que atingi os 430 km2, mas em outra oportunidade não perderei tão importante espectáculo.

Resolvemos seguir por Sing Buri, pois Sara Buri já por lá tinha-mos passamos variadas vezes e Sing Buri só tinha-mos visto o nome indicando a cidade aquando das nossas deslocações ao norte.

Assim nos despedimos de Lop Buri e seguimos pela estrada que nos levava a Sing Buri que dista dali 38 quilómentros.

Em principio pensava-mos que a cidade nada tinha para nos oferecer em termos turisticos, estava-mos enganados. Ao chegar-mos a cidade e não sabendo para onde ir-mos resolvi pedir a minha filha Rosa que telefona-se a uma sua antiga colega de universidade e dar-nos algum apoio, pois ela vivia nessa cidade.

Ela logo se prontificou a vir ter conosco e nos servir de guia pela sua cidade natal que se orgulha de ser sido palco da vitória da guerra entre o reino do Sião e a Burma, orgulha-se também dos bolos feitos de carne de peixe e dos gelados com os mesmos ingredientes quer são excelentes.

Aguarda-mos por ela ser de meia hora pois ela propriamente dito não morava na cidade mas sim numa aldeia que dista ainda uns 20 quilómetros, embora ela exerca a profissão de professora de inglês numa escola da cidade e tenha um quarto bem perto da mesma, mas como era domingo encontrava-se em casa dos pais.

Ela nos foi dar a conhecer alguns lindos pagodes cheios de riqueza religiosa e com estátuas imensas, primeiro fomos visitar o templo Wat Phanon Jaksri e ali podemos encontrar a maior estatua do buda deitado.

Ali prestamos homenagem e oramos junto das diversas imagens .

Muito mais havia para ver no interior das várias salas todas elas repletas de artigos de madeira trabalhado e as muitas árvores com simbolos religiosos e que são consideradas sagradas.
Dali seguimos para o tempol Wat Phikulthong que ainda distava um bom bocado, rodamos por estradas do inteiror, todas elas com pisos novos ladeadas de imensos arrozais.

Dentro de poucos minutos já podemos avistar as enormes estatuas do Buda, estava a cair a tarde e teríamos que ser rápidos na visita pois o mosteiro fecharia dentro de em breve e as fotos essas sem sol também ficaria mal.

Percorremos os jardins locais aprezíveis e de repopuso espiritual, ali podia sentir esse clima, tal era a tranquilidade do local.

Nas imagens acima reproduzidas poderá fazer-se uma ideia do tamanho descomunal das estatuas.

Ia caindo a tarde muito mais haveria para ver, percorremos todo o recinto e seu imenso lago e enormes pagodes lindamente construindo que com o por do sol as suas cores douradas reluziam.
Como a nossa amiga e guia ia conosco tivemos que a levar a casa que ainda demorou ainda cerca de meia hora, depois fizemos o percurso de volta e seguimos por fim de regresso a Bangkok.

Parámos numa estação de serviço e ali podemos ter uma refeição leve mas que caiu optimamente. As miúdas bem reconfortadas nos assentos logo se deixaram dormir, tendo eu acompanhado minha companheira, que ia conduzindo com toda a segurança embora a auto-estrada aquela hora se apresentasse bem preenchida de imenos camiões que levavam suas cargas para a cidade dos Anjos.

Eram 22.30 horas quando chegámos a casa e agradecemos aos Deuses em nos terem ajudado uma vez mais nesta viagem por terras do reino.



Um comentário:

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Estimado confrade e amigo António!
Muito obrigado por nos brindar com um relato circunstanciado, que foi uma supimpa aula de História e Geografia!
Caloroso abraço! Saudações agradecidas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Brasil