o mar do poeta

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segunda-feira, janeiro 31

O REINO DO BUTÃO - anti-tabagismo




A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira.

O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.


O brasão de armas mantém vários elementos da bandeira do Butão, ligeiramente diferentes dos originais, e contém muito simbolismo budista. A designação oficial é: "O emblema nacional, contido num círculo, é composto por um duplo diamante-raio (dorji) colocado acima de um loto, encimado por uma joia e emoldurado por dois dragões. O raio representa a harmonia entre o poder secular e o poder religioso. hino nacional do Butão. Com música de Aku Tongmi e letra de Gyaldun Dasho Thinley Dorji, foi adoptado em 1953.Fonte - Pesquisa na enciclopédia livre

O lótus simboliza pureza, a joia manifesta o poder soberano, e os dois dragões, macho e fêmea, defendem o nome do país que proclama com a sua grande voz, o trovão".




O Butão (em butanês  Druk Yul, "Terra do Dragão") é um pequeno e fechado reino nos Himalaias, encravado entre a China, a norte e oeste, e a Índia, a leste e sul. A sua capital é Thimphu.

História

Mosteiro Taktshang (Ninho do tigre).

A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.

Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.

Nos séculos seguintes, a actividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia.

No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóis e tibetanas.

O relato da época foi feito por Estêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens.

Este é o único relato deste Shabdrung que resta. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung.

Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladakh e Sikkim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul.

Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.

Um desses governadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimbu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907 seria coroado rei do Butão, após consultas ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.

Geografia


Mapa topográfico do Butão.


O Butão é uma nação muito montanhosa, de interior, situada na Ásia. Os picos do norte atingem mais de 7.000 m de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570 m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.

A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (população de 50.000 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.

Demografia

  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio da nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental e
  • Os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.

Política

O Butão e a Tailândia são os últimos reinos budistas do mundo.

Símbolos nacionais


O Vale Haa, na província de Haa.


A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira. O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.


 
Subdivisões



Distritos do Butão.
  1. Bumthang
  2. Chukha
  3. Dagana
  4. Gasa
  5. Haa
  6. Lhuntse
  7. Mongar
  8. Paro
  9. Pemagatshel
  10. Punakha
  1. Samdrup Jongkhar
  2. Samtse
  3. Sarpang
  4. Thimpu
  5. Trashigang
  6. Trashiyangste
  7. Trongsa
  8. Tsirang
  9. Wangdue Phodrang
  10. Zhemgang


Economia

Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o fumo e a venda de tabaco.

Cultura


O estádio Changlimithang durante uma apresentação.


A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal e caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio a nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental;
  • E os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.



Foi neste pequeno país budista e o primeiro e único país do mundo que aboliu a venda e consumo de tabaco, que esta história se passou, como foi referido através da imprensa internacional:


Monge arrisca cinco anos de prisão por quebrar lei anti-tabagista


O monge budista foi o primeiro apanhado a quebrar a estrita lei anti-tabagista do Butão e enfrenta agora uma pena de cinco anos de prisão. Este foi o primeiro caso detectado no país, desde que a lei que entrou em vigor em Janeiro. O Butão situado nos Himalaias, entre a China e a Índia, pretende tornar-se na primeira nação sem tabaco.

 O monge budista é acusado de consumo e contrabando de tabaco, após terem sido encontrados 72 pacotes de tabaco de mascar, dos quais não tinha recibo. De acordo com a lei do Butão, os fumadores só podem importar 200 cigarros ou 150 gramas de outros produtos de tabaco por mês, dos quais têm que apresentar recibo, quando abordados pela polícia.

O jovem, de 24 anos, alega que adquiriu na fronteira da Índia para uso pessoal, mas que desconhecia a nova lei, de acordo com a Reuters.

Aos olhos dos butaneses, o acto de fumar é considerado mau karma e, como tal, não existe tabaco à venda desde 2005.

Fumar em privado não é ilegal, mas a nova lei prevê que os polícias possam entrar nas casas e pedir recibo, caso lhes cheire a tabaco. Quem não provar que os cigarros são importados ou for apanhado a vender ou comprar tabaco no comércio local, enfrenta cinco anos de prisão.

A venda ilegal de cigarros, outrora a maior fonte de rendimento para o comércio mais pequeno, é agora quase inexistente. Os comerciantes afirmam que é muito difícil esconder tabaco dos cães pisteiros, usados desde 2005.




Quando o vicío aperta, não escolhe pessoas, nem religiões.


FLORA FANTASIA


Quando a Flora Fantasia
fui visitar,
muita gente por lá havia
e todos para mim a olhar

Talvez por ser um estrangeiro especial
com seu sorriso e chapéu à maneira,
souberam que era de Portugal
e me deram tratamento de primeira

 Simpático é o povo tailandês,
que  por nós tem admiração,
é como o povo português
com amor no coração





FEIRA NA UNIVERSIDADE DE KASETSTAR





O articulista, hoje, passou o dia visitando a imensa Feira na Universidade de Kasetsat.
O recinto da feira é imenso, encontrando-se à venda uma enorme gama de produtos, desde frutas, flores e material agricola e não só.
Esta foi a segunda vez que o articulista visita a Feira da Universidade, que se realiza anualmente, no mês de Janeiro.
E para não variar, havia no enorme recinto centenas de milhares de visitantes.







Folheto da Feira



O articulista parcou a sua viatura junto do monumento dos três Mestres da Universidade Kasetsart.
da esquerda para a direita,  Phra Chuangkasetsilapakan (พระช่วงเกษตรศิลปการ), Luang Suvarnavachakakasikij (หลวงสุวรรณวาจกกสิกิจ), Luang Ingasrikasikan (หลวงอิงคศรีกสิการ). TEste monumento situa-se defronte do Instituto  Kasetrathikarn, no interior da Universidade Kasetsar, em Bangkok..






O articulista junto a uma das muitas videiras que se encontravam na feira, mas não chegou a saber qual a variedade que se encontrava à venda.

Bananas, as havia de todos os tipos e feitios, o articulista pode ver mais de 39 variedades deste fruto.


Lindas flores de Lotus




A filha mais nova do articulista, cujo nome é o de uma orquídea, Catalya.



Orquídeas Catalya


Orquídeas de várias cores









Orquídeas



Orquídea Vanda, mais conhecida na Tailândia por Fá Mui, que é o logo da pastelaria da esposa do articulista






Eram centenas de milhares de pessoas, que pelas estreitas ruas se movimentavam dificilmente.


Como se pode ver pelas imagens, o local estava completamente compacto de visitantes



A feira estava dividida por zonas, mas a das flores com mais de 300 tendas era a que ocupava o mais maior e mais comprido espaço da feira.


A zona dedicada aos animais esteve, igualmente muito concorrida


Este lindo cachorrino, é falso, e custava somente 120 baths.



Não fui encontrar leitão da bairrada, mas fui encontrar, Siu Iok, ou seja carne de porco assada, defacto este teria sido o pai de alguns leitões.




Não faltavam bancas vendendo lenços, mas o que chamou à atenção ao articulista, era a forma como estavam colocados, de uma forma bem gira.


Objetos de culto também se podiam ver em duas ou tendas tendas, artigos lindissimos, mas cujo preço era bem elevado.


Um tipo de flor bem giro, que ficou o articulista sem saber qual o nome da mesma.


Outro tipo de flor, igualmente exótico.



Um coração bem original



KU é o símbolo da Universidade, KASETSTAR UNIVERSITY.

Esta enorme e reputada universidade, localiza-se perto da casa onde reside o articulista.

Ao visitar esta feira, me fez recordar os meus tempos de mocidade, e as feiras de S. João em Évora, embora esta, aqui na Universidade, não tivesse carroceis, circos nem automóveis de choque, era bem superior em tamanho e no número de visitantes.


Kasetsart University

Kasetsart University
มหาวิทยาลัยเกษตรศาสตร์
Established1943
TypePublic
PresidentAsso. Prof. Vudtechai Kapilakanchana
Undergraduates46,964 (2010 academic year)
Postgraduates11,863 (2010 academic year)
LocationBangkok, Thailand
CampusUrban and Rural (varied by campus)
ColoursGreen
MascotYellow Poinciana Tree, Gamecock
AffiliationsASAIHL
Websitehttp://www.ku.ac.th
Kasetsart University (Thai: มหาวิทยาลัยเกษตรศาสตร์, commonly known and referred to as Kaset or Kaset University) is a public university in Thailand and a top-ranked Public University in Thailand. It is ranked No.401-500 in the world by QS.


 It was also the first agricultural university and the third oldest university in Thailand. The university was established on February 2, 1943, with the primary aims in promoting subjects related to agricultural science. To the present, Kasetsart University has revised its curricula and expanded the subject areas to cover science, arts, social sciences, humanities, education, engineering, and architecture.

Recently, the university made an attempt to include medicine and health science. Kasetsart University has seven campuses throughout Thailand, where its main and flagship campus is at Bang Khen, Bangkok. The total enrollment at Kasetsart University is over 58,000, placing it among the top largest universities in Thailand

History

The establishment of Kasetsart University was part of the evolution of agricultural education in the country which began with the founding of a system of technical schools. This era may be divided into three periods.

The initial period (1904-1913)


Western-styled agricultural education in Thailand began with the establishment in 1904 of the School of Sericulture or Rong-Rian Chang Mai (โรงเรียนช่างไหม) in Tambon Thung Saladaeng, Bangkok, offering a two-year program entirely in sericulture. In 1906, the program was extended to three years and included cultivation of other crops and veterinary science, and the name was changed to the School of Agriculture or Rong-Rian Vicha Karn Porh Pluke (โรงเรียนวิชาการเพาะปลูก). In 1908, the School was merged with the School of Surveying, the School of Irrigation by the Ministry of Agriculture in order to train personnel to serve in the Ministry.

The school was re-named the School of the Ministry of Agriculture and Thailand’s first tertiary-level agriculture curriculum was drawn up and was inaugurated in 1909. The school was merged with the Civil Service School in 1913 by the Government of Siam and was placed under the Ministry of Public Instruction and Religion.

The middle period (1914-1923)

During this time, the Primary School Agriculture Teacher Training School was established and offered a two-year higher education program awarding a certificate in primary school agricultural education. The school was initially located in Bangkok but was moved to Nakhon Pathom province in 1918.

The later period (1924-1942)


In 1924, the Primary School Agriculture Teacher Training School was moved to Prachuap Khiri Khan Province and a second branch of the School was established in Saraburi Province in 1926.

At this time, agricultural education at both primary and secondary school levels were provided through various technical schools. In 1931, Siam’s agricultural education was back in the hands of the Ministry of Agriculture as upcountry agricultural research stations and teacher training schools were planned to be set up in concert.

In 1933, the Mae Jo Primary School Agriculture Teacher Training School was established in Chiang Mai Province. The School is now known as Mae Jo University, Kasetsart’s sister university that bears the same insignia.

In 1935, as the number of agriculture teachers exceeded the demand, the government planned to close down three news primary agriculture teacher training schools, one of which was Mae Jo, the three founding fathers of Kasetsart, namely Luang Ingkhasikasikan, Luang Suwan Vajokkasikij, and Phra Chuangkasetsinlapakan together proposed a project whereby the Mae Jo school was retained as a secondary-level agriculture technical school. This was later elevated to become the College of Agriculture, with the status of a division in the Department of Agriculture and Fisheries.

In 1938, the Ministry of Agriculture established the Central Agriculture Station, or Kaset Klang (เกษตรกลาง) in Bang Khen District of Bangkok, and the College of Agriculture was moved down from Chiang Mai to Bangkok as well. The College offered three-year certificate programs in agriculture, cooperative science, and forestry.

On February 2, 1943, Kasetsart University (มหาวิทยาลัยเกษตรศาสตร์), translated as the “University of Agriculture”, was founded by the Kasetsart University Act of 1943. Although the name may suggest accordingly, the university offers many excellent programs considered among the top in the country including agriculture, agro-industry, forestry, fishery and engineering.

Campuses and Faculties


The administration building
Bang Khen Campus
Kamphaeng Saen Campus
Sri Racha Campus
  • Faculty of Management Sciences
  • Faculty of Engineering at Si Racha
  • Faculty of Resources and Environment
Chaloemphrakiat Sakhon Nakhon Campus
  • Faculty of Natural Resources and Agro-Industry
  • Faculty of Science and Engineering
  • Faculty of Liberal Arts and Science Management

Campuses


domingo, janeiro 30

BANANA FRUTO

 

Na Tailândia existem mais de 40 variedades de bananas. 

 


Folheto da Feira de Agricultura

O articulista, hoje, passou o dia visitando a Feira Agricola na Universidade Kaset, onde uma vez mais pode ver uma variedade imensa de bananas.






 

 










Fotos tiradas pelo articulista

Banana

Banana é uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). Banana é o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, após arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. Originárias do sudeste da Ásia, são actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de cultivo, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (assadas, cozidas ou fritas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação é do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) cuja longevidade chega a 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.

As pseudobagas formam-se em conjuntos (clusters) com até cerca de vinte bananas (cada conjunto é uma "penca"). Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg.

Cada banana pesa, em média, 125g, com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. Bananas são fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.

Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, quase todas as variedades de banana utilizadas na alimentação humana não têm sementes, como frutos partenocárpicos que são, exceção feita à especie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio, excepcionalmente com sementes.

Devido ao elevado teor de potássio em sua composição, as bananas são levemente radioativas[1][2], mais do que a maioria dos outros frutos. Isso se deve à presença do isótopo radioativo potássio-40 (40K), regularmente distribuído no potássio ocorrente na natureza, apesar de que o isótopo comum, potássio-39 (39K), seja não-radioativo. Por esta razão, os ambientalistas em energia nuclear, por vezes, costumam referir-se à "dose equivalente em banana" de radiação para apoiar seus argumentos durante debates em congressos e encontros sobre a matéria. Embora a radioatividade da banana seja muito leve, todavia, grandes carregamentos da fruta em navios podem ser suficientes para disparar detetores ou sensores de radiação em determinadas circunstâncias.
Características

Generalidades


Cacho de bananas verdes ainda na bananeira, a exibir o umbigo da banana.

É de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, podendo, contudo, variar muito na sua forma a depender das variedades de cultivo. Essa variação também acontece com a polpa, que pode ser mole ou dura, ou ainda com incrustações meio duras, bem como de sabor mais doce ou mais acre. Assim como o abacaxi, a banana também é fruto partenocárpico, pois pode formar-se sem fecundação prévia. É por isso que não possui sementes. Depois de cortada, a banana escurece-se muito rapidamente, devido à oxidação (pela presença da vitamina C) em contato com o ar.

A espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das actuais variedades híbridas das bananas geralmente consumidas.

Umbigo da banana

Do cacho da banana ainda imaturo (ou verde, como se usa dizer), da sua parte inferior sai um como que pendão, um extremo proeminente que se destaca das pencas e exibe uma coloração e uma consistência diferenciadas: é o chamado umbigo [do cacho] da banana, ou apenas umbigo da banana, que, cozido e preparado com outros ingredientes, é comestível de requintado sabor e alto valor nutricional. "Do cacho da banana sai um pendão.

No final deste, há um cone roxo. Seu miolo é comestível e é conhecido pelos pobres como umbigo de banana. Já os ricos, gente chique, costumam chamá-lo de coração de bananeira [ou coração de banana]".

Várias receitas culinárias usam o umbigo da banana: cozido com bacalhau, ou carne moída, ou linguiça de porco defumada; temperado e refogado simples; entre outras.

A tradição popular reporta ainda outros usos para o umbigo da banana. Alguns preparados caseiros com fins medicinais, como xaropes, são considerados eficazes.

Para ser utilizado como comestível (ou em preparações medicinais caseiras), o umbigo da banana precisa ser cortado, na posição certa (não muito próximo das pencas, apenas o bastante para se retirar o cone arroxeado do cacho ainda imaturo ou verde, o que favorece, pelo fluxo forçado da seiva, o amadurecimento do próprio cacho. Do cacho já maduro, não mais se aproveita o umbigo da banana, que terá escurecido e perdido o viço e uso culinário ou medicinal, aproveitando-se apenas como adubo.

Casca da banana

Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar. São diversos os exemplos pelos quais se pode aproveitá-la, como o brigadeiro de casca de banana, o bolo de casca de banana, a farinha, o bife empanado de casca de banana e vários outros.

Valor nutricional

Valor nutritivo de 100 gramas de banana prata (valores apenas referenciais):

História

O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na Malásia, Indonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam esse local o berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.

A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C.. Sabe-se que Alexandre, o Grande comeu bananas nos vales da Índia em 327 a.C.. Só se encontram, porém, plantações organizadas de banana a partir do século III d.C. na China.

Em 650, os conquistadores Islâmicos levaram-na para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes que a divulgaram por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis, veio a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.

Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas elas permaneceram desconhecidas, por muito tempo, da maior parte da população européia. Por isso, Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve-a detalhadamente, pois sabe que grande parte dos seus leitores a desconhece.

Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.

Variedades e usos

Como alimento

Há quatro tipos principais de variedades de banana: a banana-prata; a banana-maçã (pequena e arredondada), a banana-caturra (também conhecida como banana-d'água ou Cavendish) e a banana-da-terra.

Entre as bananas de mesa, contam-se as variedades maçã, ouro, prata e nanica (anã, baé, caturra, ou Dwarf Cavendish). Esta última deve o seu nome ao porte da bananeira sendo, na verdade, uma banana de grande dimensão. Outras variedades incluem a banana das Canárias, a banana da Madeira, a Gros Michael, a Latacan, a Nanican e a Grande Anã. A variedade Cambuta, como é designada em Cabo Verde, é resistente em climas mais frios, sendo a mais utilizada em zonas subtropicais e temperadas/quentes. A variedade Valery, introduzida pelos portugueses em São Tomé, em 1965 e depois em Angola, foi responsável por um surto na produção de bananas nesse país até 1974.

A banana, enquanto verde, é constituída essencialmente por água e amido, e, por isso, seu sabor é adstringente. Contudo, por essa mesma razão, pode ser utilizada como fonte de hidratos de carbono em vários pratos. Pode ser produzida farinha a partir de bananas verdes.

À medida que vão amadurecendo, o amido transforma-se em açúcares mais simples, como a glicose e a sacarose, que lhe dão o sabor doce.

Além de consumida fresca, a banana é utilizada para diversos fins. Em sobremesas de colher, citam-se o Banana split, ou mesmo as bananadas, feitas com banana-anã ou com banana-prata. Banana é também ingrediente indispensável na conhecida salada de frutas (ainda que oxide facilmente), podendo, também, ser utilizada na confecção de sangria. Mas a banana-pão é muito utilizada para outros fins culinários, como na confecção de banana chips — espécie de aperitivo feito com rodelas de banana desidratada ou frita, ou como acompanhamento de diversos pratos tradicionais. As bananas anã e prata são frequentemente servidas cruas, misturadas com arroz e feijão ou com outros acompanhamentos. Em alguns locais do Brasil, como em Antonina e cercanias, serve-se banana-terra cozida acompanhando o prato típico da região — o barreado — bem como na forma de "bala de banana".

No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o cozido é composto por carnes, tubérculos e legumes, além de banana-da-terra e banana-nanica. No sul de Minas Gerais é famoso o virado de banana-nanica, que conta também com farinha de milho e queijo mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho" e é constituído por postas de peixe cozidas com banana-nanica verde sem casca, acompanhadas de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Esta comunidades também produzem, tradicionalmente, aguardente de banana.

Banana é também matéria-prima para a fabricação de outras bebidas, como a cerveja de banana. Esta bebida alcóolica é importante para a renda de países como a República Democrática do Congo.


Banana chips.

A banana-da-terra e a banana-figo são utilizadas fritas, tal como a banana-anã, que deve, contudo, ser preparada à milanesa — isto é, passada por ovo batido e, depois, por farinha de trigo e farinha de rosca antes de ser frita, caso contrário, desmancha-se durante a fritura. A banana-anã é ainda utilizada para assar.
A banana-maçã é indicada para problemas intestinais, ao aumentar facilmente o volume da massa fecal, ainda que possa causar aparente obstipação.

A produção de sumo a partir de banana é dificultada pelo facto de se produzir apenas polpa quando o fruto é esmagado. Assim, não é possível obter "verdadeiro" sumo de banana, ainda que a sua polpa possa ser misturada ao sumo de outros frutos. Existem, contudo, sumos fermentados feitos a partir da polpa. Esta pode ainda ser utilizada na confecção de diversas compotas (especialmente com banana-figo e banana-anã).

Existem relatos de que seria usada, esmagada com mel, como remédio contra a icterícia em determinadas regiões asiáticas (onde o rizoma da bananeira é utilizado para o mesmo fim).Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar.

É ainda muito utilizada na alimentação de animais. É proverbial seu uso na alimentação dos macacos. Salienta-se, porém, que a banana jamais deve ser utilizada como única fonte de alimentação de macacos, pois contém pouco cálcio e muito fósforo, causando desequilíbrio alimentar bastante comum, que prejudica a formação e a manutenção da estrutura óssea dos animais.

Fonte de fibras

A bananeira tem sido uma fonte de fibra para tecidos de alta qualidade. No Japão, o cultivo de banana para vestuário e uso doméstico remonta pelo menos ao século 13. No sistema japonês, folhas e brotos são cortados a partir da planta periodicamente para garantir a suavidade. Brotos colhidos são cozidos em primeiro em soda cáustica para preparar fibras para fazer fios têxteis.

Esses brotos de banana produzem fibras de diferentes graus de maciez, produzindo fios e tecidos com diferentes qualidades para usos específicos. Por exemplo, as fibras ultraperiféricas da brotos são mais rudes, sendo adequados para toalhas de mesa, enquanto as fibras mais suaves da parte interna são desejáveis para quimonos e hakamas. Este tradicional processo japonês de fazer roupas requer muitos passos, todos feitos à mão.

No sistema nepalês, ao contrário, o tronco é colhido e pequenos pedaços são submetidos a um processo de amaciamento, extração de fibras mecânicas, branqueamento e secagem. A seguir, enviam-se as fibras para o Vale de Katmandu, para uso em tapetes de seda com textura semelhante. Esses tapetes de fibra de bananeira são tecidos a mão pelos tradicionais métodos mepaleses e suas vendas são certificadas.

Transporte e comercialização


Transporte de bananas

Apesar de o consumo das bananas ser prático e simples, o seu transporte, contudo, é delicado e requer cuidados especiais — amadurece rapidamente quando retirada de seu cacho e amassa com facilidade por ter uma casca não muito resistente. Além disso, como é uma fruta muito aromática, transfere o seu odor para objetos que com ela entrem em contato. A maior parte da produção para o mercado interno é constituída por bananas verdes para cozinhar ou bananas-pão - as variedades utilizadas como fruta são facilmente danificadas durante o seu transporte, mesmo quando transportadas apenas no seu país de origem.

As variedades comerciais de sobremesa mais consumidas nas regiões temperadas (espécies Musa acuminata ou o gênero híbrido Musa X paradisiaca) são importadas em larga escala dos trópicos. São muito populares também devido ao facto de constituírem uma fruta não sazonal, que pode ser consumida fresca durante todo o ano.

No comércio global, a variedade de cultivo de maior importância económica é, de longe, a chamada banana banana-cavendish (banana-caturra, em cultura lusófona), que superou em popularidade, na década de 1950 a variedade Gros Michel, depois de esta ter sido dizimada pelo mal-do-panamá, um fungo que atacava as raízes das bananeiras.


Despencamento de bananas sendo praticado por mulheres, no Belize (América Central).

Tal como acontece com outros tipos de fruta, é comum que o mercado internacional seja monopolizado por pouco mais de uma variedade. Isso não se deve, contudo, ao sabor, mas às facilidades de transporte e de duração em armazenamento: de facto, as variedades mais comercializadas raramente são mais saborosas que outras menos cultivadas por razões económicas.

As infrutescências (cachos) são colhidas quando estão plenamente desenvolvidas, se se destinarem ao mercado interno. Se forem para exportação, são colhidas ainda verdes e com cerca de 3/4 do tamanho que poderiam atingir, amadurecendo em armazéns destinados para esse efeito no país onde serão consumidas.

O momento da colheita exige grandes cuidados de modo a não machucar as bananas que perdem atractividade e qualidade se apresentarem manchas provocadas pelos choques. Os cachos são, então, despencados, ou seja, separados nas pencas que os constituem, rejeitando-se as pencas das extremidades (cerca de 25% da produção), por serem mais sujeitas aos choques durante o seu transporte, bem como pela sua forma e tamanho pouco adequado para a comercialização e para um eficaz acondicionamento.

Esses excedentes podem ser utilizados pela indústria transformadora de alimentos, na produção de "purés", polpas para a confecção de sumos (fermentados ou não) ou na alimentação de animais.

Em muitos casos, os excedentes são, simplesmente, deitados fora. As pencas são postas, então, em repouso para que exsudem a seiva em excesso, sendo depois lavadas e mergulhadas numa solução fungicida que evitará o apodrecimento a partir dos cortes.

As pencas podem ainda ser cortadas em grupos (clusters) mais pequenos, de modo a aumentar a quantidade de fruta embalada por unidade de volume, geralmente em caixas de cartão que podem ser envolvidas por sacos de polietileno e que são embarcadas, salvo raras excepções, nos chamados "barcos fruteiros". Para retardar o amadurecimento, é necessário renovar o ar no local de transporte, para retirar o etileno, hormona produzida pelas bananas e que acelera a sua maturação.


Para induzir o amadurecimento das bananas, o ambiente do armazém pode ser preenchido com etileno. Contudo, se o fruto for comercializado verde, permitindo a maturação mais lenta, o sabor tornar-se-á mais agradável, e a polpa, mais firme, ainda que a casca possa ficar manchada de amarelo escura ou castanho.

O sabor e a textura são, assim, afectados pela temperatura em que amadurecem. No transporte, elas são expostas a uma temperatura de cerca de 12 °C e a uma humidade relativa próxima da saturação. Em temperaturas mais baixas, contudo, a maturação é definitivamente inibida e as frutas tornam-se cinzentas.

Safras e épocas

O plantio da banana é feita por mudas, a colheita ocorre do 10º ao 18º mês, dependendo do clima, variedade, fertilidade do solo, estado de sanidade da planta e tratos culturais.

Produção e comércio

10 maiores produtores - 2005
(milhões de toneladas)
 Índia16.8
Brasil6.7
 China6.4
Equador5.9
Filipinas5.8
Indonésia4.5
Costa Rica2.2
 México2.0
 Tailândia2.0
 Colômbia1.6
Burundi1.6
Total Mundial72.5
Fonte:
FAO
As bananas constituem o alimento básico de milhões de pessoas em vários países em via de desenvolvimento. Em determinados países tropicais a banana verde (não madura) é largamente utilizada da mesma forma que as batatas em outros países, podendo ser fritas, cozidas, assadas, guisadas, etc. De facto, as bananas, assim utilizadas são semelhantes à batata, não apenas no sabor e na textura, como a nível de composição nutricional e calórica.

Em 2005, a Índia liderou a produção mundial de bananas, representando cerca de 23% da produtividade mundial - sendo que a maioria se destina ao consumo interno. Os quatro países que mais exportam, contudo, são o Equador, a Costa Rica, as Filipinas, e a Colômbia, que somam cerca de dois terços das exportações mundiais, exportando cada um mais de um milhão de toneladas. De acordo com as estatísticas da FAO, só o Equador é responsável por mais de 30% das exportações globais.

A maioria dos produtores, por todo o mundo praticam, contudo, uma agricultura de baixa escala e de subsistência - consumo próprio e venda e mercados locais. Já que as bananas são uma fruta não sazonal, estão disponíveis durante todo o ano, pelo que podem ser utilizadas durante as estações mais susceptíveis de escassez alimentar - alturas em que o produto de uma colheita já foi consumido enquanto que o produto da seguinte ainda não está disponível. É por esta razão que o cultivo de banana tem uma importância fulcral em qualquer sistema sustentado de luta contra a fome.

Nos últimos anos, a competição a nível de preços por parte dos supermercados tem diminuído ainda mais as já baixas margens de lucro da maioria dos produtores de banana. As principais empresas do ramo, como Chiquita, Del Monte, Dole e Fyffes têm as suas próprias plantações no Equador, na Colômbia, na Costa Rica e Honduras. Tais plantações exigem grande e intensivo investimento de capital e de know how — tornando os proprietários das grandes e lucrativas plantações extremamente influentes em nível económico e político nos seus países, em detrimento dos pequenos produtores. Isso justifica o facto de elas estarem disponíveis como artigo de "comércio justo" em alguns países.


Bananas à venda num mercado, na Ilha de Reunião.

O comércio global de bananas tem uma longa história que começou com a fundação da United Fruit Company (hoje, Chiquita), no final do século XIX. Durante a maior parte do século XX, as bananas e o café dominaram por completo a economia de exportação da América Central. Na década de 1930, constituíam mais de 75% das exportações da região, nos anos 60 ainda as preenchiam em 67%.

O termo "República das Bananas" tornou-se vulgar, então, para designar a generalidade dos países da América Central, ainda que, sob o aspecto estritamente económico (sem conotação necessariamente depreciativa) apenas Costa Rica, Honduras, e Panamá assim possam ser designados, já que a sua economia é, de longe, dominada pelo comércio da banana.

Muitos países da União Europeia importam, tradicionalmente, muitas das bananas que consomem, das suas antigas colónias das Caraíbas, garantindo-lhes preços acima dos praticados no comércio global. Desde 2005, tais acordos estão em vias de serem revogados, devido à pressão de grupos económicos poderosos, a maioria dos quais com sede nos Estados Unidos da América. Tal alteração no comércio iria beneficiar os países produtores da América Central, onde várias empresas norte-americanas têm interesses estabelecidos.

Aspectos culturais


Macaco comendo uma banana.


Uma das situações cómicas mais copiadas e parodizadas ao longo da história do cinema, desde o cinema mudo, consiste em mostrar as personagens a escorregar em cascas de banana. O estereótipo do macaco a comer bananas também é largamente explorado em filmes, animações e histórias em quadrinhos, tendo servido também para manifestações de cariz racista. De fato, por exemplo, há registo de pessoas que atiraram bananas a desportistas afro-americanos. A associação aos macacos justifica também o seu uso em jogos como as versões em 3D do Donkey Kong (Nintendo) e do Super Monkey Ball (Sega).

A banana também é frequentemente relacionada com a America Latina, a exemplo de Carmen Miranda e das canções Yes, nós temos bananas e Chiquita Bacana, ambas de Braguinha e Alberto Ribeiro. Em outras ocasiões (como no filme Bananas, de Woody Allen), o nome refere-se à expressão República das Bananas, que designa um país, geralmente do Caribe ou da América Central, onde há governos ditatoriais, instáveis, corruptos e com forte influência estrangeira.

Na China, o termo banana é usado no calão para designar qualquer pessoa de origem asiática que age como um ocidental (amarelos por fora, brancos por dentro). No Brasil, um gesto considerado obsceno e de mau gosto, denominado "dar uma banana", consiste em apoiar o braço ou a mão na dobra do outro braço, mantendo erguido e de punho fechado o antebraço que ficou livre.

Crendices e mitos

Um boato muito divulgado assegura que a casca seca de banana contém uma substância (na verdade, fictícia) designada como "bananadina", que seria alucinogénica quando fumada. Ao contrário de muitos boatos, a origem deste pode ser traçada. Terá tido origem num artigo do jornal "alternativo" Berkeley Barb em Março de 1967, e que foi posteriormente divulgada por William Powell (autor), que acreditou na sua veracidade, incluindo-a no seu The Anarchist Cookbook em 1970.

A canção de sucesso de Donovan, "Mellow Yellow", ao referir-se a uma "banana eléctrica", terá servido de inspiração aos jornalistas do Berkeley Barb que pretendiam, satiricamente, que o governo proibisse a comercialização de bananas. De facto, Donovan referia-se apenas a um vibrador. Contudo, é o próprio autor da canção a referir que o rumor deve ter tido origem no cantor popular Country Joe McDonald que o começou em San Francisco, uma semana antes da publicação da canção de Donovan. O boato voltou a circular na década de 1980, quando o grupo de punk satírico, The Dead Milkmen voltou a referir numa canção os supostos efeitos do acto de fumar casca seca de banana. O boato levou, mesmo a Food and Drug Administration (FDA) a investigar o caso.

De facto, as bananas contêm triptofano que, quando ingerido, aumenta os níveis orgânicos de serotonina (o mesmo efeito da fluoxetina). Tal acção pode originar algumas alterações a nível psicológico (Leathwood and Pollet, 1982), incluindo redução de estados depressivos (Sainio et al., 1996).

Do mesmo modo, Xiao et al. (1998) referem que comer duas bananas por dia, durante três dias, aumenta o nível de serotonina no sangue em 16%. Contudo, não há qualquer menção na literatura científica que o triptofano tenha efeitos alucinogénicos; tem sido usado, pelo contrário, para controlar alucinações em pacientes com distúbios mentais (Sainio et al., 1996). Duvida-se também que fumar fosse um método eficaz de administração da substância.

Fonte - Enciclopédia livre