o mar do poeta

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domingo, fevereiro 22

CASAMENTO TAILÃNDES














O casamento é uma ligação permanente e dedicada entre um homem e uma mulher, é algo que, como na vida real, deve ser bem pensado e estudado.

O casamento é digno de honra entre todos e a relação matrimonial seja sem mácula, é através do casamento que se origina e se fundamenta a família.

O casamento monogómico, surge da união entre um homem e uma mulher. E os dois se tornam um. O
casamento é uma união total, os conjugues se tornam numa só carne. Isto inclui todos os aspectos da vida do homem e da mulher, na unidade fisíca, sexual, económica, afectiva e espiritual.

Os seres humanos são constituídos de três partes: corpo, alma e espírito. Um
casamento é uma união entre estas três partes de duas pessoas do sexo oposto.
Paulo escrevendo ao Corintos disse reconhecer a necessidade física do marido assim como o da esposa. Deus proveio essa necessidade.

A solução divina para o problema do desejo físico não é a abstinência ou controle, mas
casamento, por isso Paulo institui a cada homem a ter sua própria esposa e cada mulher o seu próprio marido.

Deus vendo Adão sózinho arranjou-lhe a Eva como companheira para o servir, esta foi a primeira junção ou
casamento realizada com a benção divina, a partir daí esta cerimónia jamais se deixou de realizar.

Cada povo com os seus rituais os realiza, o objectivo principal é o da procriação de dois seres de sexo difrente que se amam.

Tempos houve que o
casamento também foi instituído para beneficios sociais.
Cada terra com seu uso cada roca com seu fuso lá diz o ditado e o
casamento tailandês é disso um exemplo.

Hoje em dias realizam-se casamentos das mais bizarras formas, tais como lançarem-se de paraquedas ou contrairem matrimónio debaixo de água, este último muito em voga na cidade de Trang na Tailândia.

O
casamento tradicional tailandês sofreu em si várias influências principalmente por parte dos milhares de imigrantes chineses que se fixaram na Tailândia.
Primeiro os interessses sociais estavam a cima de tudo e muitas famílias para poderem enfrentar a vida vendiam suas filhas, hoje essa prática ainda existe mas em menor escala.

Na generalidade o namoro termina sempre em
casamento . Na Tailândia os preparativos começam com a negociação entre os pais dos noivos, os da noiva exigem determinada quantia em dinheiro, ouro ou terrenos.

Tive essa experiência porque os chineses também assim procedem e eu casei com uma senhora chinesa e seus familiares também entraram em negociações comigo.
Por sorte tive a oportunidade de assistir a dois enlaces matrimóniais, o primeiro em 2003 de uma prima de minha companheira e em 2004 o de um primo, por sinal irmãos. Este último foi realizado com com mais simplecidade mas dentro dos rituais.

De manhã cedo o noivo acompanhado de seus amigos seguem em cortejo até a casa da noiva, vão acompanhados de uma pequena banda e vão lançando panchões para afastar os maus agoiros e para alertar da sua chegada.

O noivo vai vestido a rigor, neste caso não foi, com os trages tradicionais, ao chegar à porta da casa essa encontra-se fechada e guardada pelas amigas da noiva que só a abrem depois de receberem do noivo uma determinada quantia em dinheiro.

Ultrapassado o primeiro obstáculo o noivo segue para o quarto onde a noiva se encontra, a porta deste está igualmente fechada que só é aberta depois do noivo pagar outra soma em dinheiro.

Por essa altura já vários bonzos, no salão principal da casa fazem as suas orações, os noivos a eles se dirigem pedindo-lhes que os abenço-em.

O salão encontra-se ricamente engalanado com disticos alusivos à cerimónia com o nomes dos nublentes.

Pelas 11.00 horas é servido o almoço ao bonzos após o que tornam a abençar os noivos desta vez é lhes feito um sinal na testa com pó de talco misturado com água que consiste em três dedadas simbolizando assim que os nublentes estão benzificados pelo Buda.

Por esta altura muitos dos convidados, sem cerimónia, já se encontram enchendo a barriga com muitas das iguarias que no dia anterior foram confecionadas em casa pelos familiares.

Depois sim segue-se a cerimónia em si, os noivos ajoelham-se e os convidados munidos de um bonito recipiente vão abençoar os noivos vertendo um pouco de água sobre as mãos.

A seguir a esta cerimónia os noivos vão para a parte central da casa e aí é colocado pelo pais do noivos uma bandeja ornamenta com pétalas de flores e forrada com um pano de seda e com notas do maior valor, esse dinheiro representa a quantia exigida pelos pais da noiva. É por essa altura que é feito um peditório ao qual alguns convidados oferecem mais alguns dinheiro.

Depois esse dinheiro é retirado conjuntamente com com o revistemento em seda e colocado numa barrica de madeira que é devidamente tapado e entregue à mãe da noiva pela mãe do noivo.

O ritual seguinte é entrega simbólica, aos noivos, por parte do pai do noivo, uma barra em ouro, como que abençoando o
casamento dando assim como concretizado o enlace matrimonial.

Depois os pais dos noivos, em primeiro lugar abençoam os noivos colocando nos pulsos de cada um fio de linho depois seguem-se os pais da noiva e os avós e os familiares mais idosos, os convidados não tomam parte nesta cerimónia.

Findas estas cerimónias é a vez dos convidados de irem dar os parabéns aos noivos e entregando-lhe as prendas, sendo deste também recebedores de uma pequena oferta e depois de uma recordação do enlace que consiste de ojectos alusivos ao
casamento.

Dá-se assim por findo o ritual na presença dos convidados, os noivos depois são levados pelos pais até ao quarto que lhes é destinado, pois segundo a tradição tailândesa os filhos continuam a viver na companhia dos pais do noivo, tradição esta de origina camponesa, aproveitando-se assim mais um braço para ajuda nos trabalhos agricolas, isso já não acontecem nas grandes cidades, mas presiste nos meios rurais.

O resto da manhã e tarde é passada com os convidados a saborearem os belos pratos de comida apresentada.

Quem tem mais posses realiza um jantar à chinesa com dezenas de mesas, de doze pessoas cada, e convidam alguns cantores para animarem a festa. Outros realizam este evento em luxuosos hoteis, mas a tradicão mantêm-se.

No dia seguinte os noivos acompanhados de seus pais dirigem-se até à repartição do estado onde oficializam o
casamento, as testemunhas são os próprios pais e não são necessários padrinhos, pois padrinho esse para eles só existe um, o seu sagrado Buda.

LuiZacarias disse...

Muito bonito vosso ritual de serimónia de um enlace de dois seres humanos em sua religião...Me deixou com saudade o dia o meu casamento...Embora nossa religião seja um pouco diferente dessa sua...Mas fica sempre uma partilha de acontecimentos...Lindo...O que é junto por Deus só por Deus pode ser tirar!...
Um carinho muito, muito especial para si Amigo e suas companheiras de amor...

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