SARDINHADA EM MEU JARDIM

Ontem domingo, e com tantos acontecimentos desagradaveis, fiquei por casa, e aproveitei a fazer uma sardinhada em meu belo jardim.

A patroa deu uma ajuda fundamental, preparando tudo e assando as sardinhas, os vizinhos, esses ao verem a fumarada e o cheiro bem carateristico da sardinha, vieram saber o que se passava, e at]e gostaram do que viram, mas prova-las não, visto terem sido só um quilo que foram assadas, e que deu para cinco pessoas, cá em casa.

Quem não gostou muito da fumarada foram as orquídeas, mas lá se aguentaram, e não reclamaram, nem murcharam.

Como sempre que venho de Macau, venho carregado com algumas iguarias portuguesas, entre elas sardinhas, carapaus, pescada, bacalhau, azeite, queijo tipo flamengo e umas garrafinhas de tintol, o que ajuda a não esquecer o que é bom.

Esta orquidea estava junto à porta de entrada, mas teve que ser limpa, o fumo transportava algum óleo, mas não chegou a afectar as flores.

Um fogareiro à maneira e as sardinhas a assar, três de cada vez, para as poder controlar melhor a sua assadura, aliás a patroa, que já se vai habituando às iguarias lusas.

Os cães esses, não este, que é de barro, mas os que tenho em casa, ia lambendo o óleo que ia escorrendo para o chão, e depois, até as cabeças das sardinhas paparam.

Aqui o articulista batendo-se com sete, grandes e óptimas sardinhas, pena foi não ter nem pão adequado, nem um tintol para acompanhar, serviu o pão de forma e uma cerveja bem fresquinha.

E, desta forma se vão passando os dias neste belo país dos sorrisos.

Amanhã o almoço será bacalhau assado nas brasas acompanhado de uma boa salada.