Quarta, 03 Novembro 2010 11:12
Até anteontem em duas salas da Pousada dos Lóios esteve patente ao público a exposição designada por “150 anos, Relógios para Senhoras” um certame promovido pelo Museu do Relógio, que como sabem está sediado há mais de três décadas na cidade de Serpa, acontecimento que recebeu em quatro dias cerca de mil visitantes.
Esta mostra veio até Évora para mais uma vez mostrar toda a potencialidade e dinamismo da estrutura que segundo julgamos saber muito em breve terá um pólo instalado nesta eborense capital.
Num fim-de-semana chuvoso aproveitámos a oportunidade para visitar a exposição e observar as peças que ali estavam expostas: 150 anos deuma tecnologia, neste caso posto ao serviço da mulher.
Como conhecemos bem o Convento do Mosteirinho em Serpa (onde está instalado o Museu), o seu fundador e proprietário, António Tavares d’ Almeida, nosso amigo de longos anos, e bem assim o colaborador seu filho Eugénio, que nesse momento era o único elemento directivo pre-sente, achamos bem aproveitar a oportunidade para fazer para os nossos leitores o ponto desta iniciativa.
“Positivo acima de tudo. Pelo número de visitantes, e na projecção que o Museu conseguiu transparecer na cidade de Évora e seus habitantes, o que só foi conseguido devido às parcerias criadas, onde há a destacar o grupo do Diário do Sul e a Tele-fonia do Alentejo, permitindo trazer aqui à Pousada dos Lóios perto de duzentos relógios do tempo em que as nossas mães, avós bisavós e trisavós utilizaram, ou desde uma evolução mecânica mas também uma evolução estética.
Os eborenses aderiram, muitas senhoras cá apareceram para ver os relógios dos seus antepassados, sendo acima de tudo uma ocasião para convidar as pessoas a ter um estímulo para ir até Serpa ver o resto da colecção, pois como costumo dizer: o que está aqui é uma “amostra do perfume”; mas em Serpa é que está o “frasco”.
- Mas não havia no horizonte, trazer para Évora um pólo do vosso Museu?
“É Verdade. É um projecto que o Museu está há sensivelmente três anos a limar as arestas possíveis e imaginárias. Estão todas mais do que limadas e infelizmente por questões burocráticas não tem sido possível avançar.
Como é do conhecimento do Grupo Diário do Sul e seus leitores o Museu tem uma filosofia que quer manter; a completa susten-tabilidade; o Museu não pretende virar-se para essa vertente da subsistência através de apoios autárquicos, governamentais ou Estatais e acredita que é através do dinamismo, do empenho e das parcerias que as coisas podem dar frutos e fazer passar a palavra.
E este projecto que nós tínhamos para Évora consistiria em trazer para aqui 500 a 700 relógios para dar à cidade mais um pólo de atracção no turismo cultural. Temos tido barreiras em arranjar um espaço que seja viável para tal, felizmente estamos agora na recta final das negociações e até já nas obras com a Fun-dação INATEL, que fez um protocolo com o Museu rela-tivo ao seu Palácio da Serpa Pinto, e estamos em crer que não surgir nada que o impeço, a breve/médio prazo estare-mos no rés-do-chão do impo-nente Palácio Barrocal.
- E quanto a esta mostra aqui na Pousada?
“O turista cada vez mais sente necessidade de ficar mais tempo, cada vez gosta menos do ócio, quer ter algo para fazer ou ver. E são estas pequenas exposições possíveis através de parcerias, como é o caso da Pousada e da parceria que fez com o Museu e o Diário do Sul. O objectivo foi não só trazer os eborenses mas fazer com que os turistas estrangeiros viessem também cá.
- Que relógios estão aqui?
“Temos cerca de 220 relógios em que o mais antigo remonta a 1840 e o mais recente a 3 semanas atrás. Produzido e idealizado pelo próprio Museu, em Serpa
- Próximas iniciativas
“Ainda no decorrer deste 2010 o Museu irá lançar em Dezembro o seu segundo relógio deste ano, que vai chamar-se Modelo Braga. Vamos assim levar um pouco do Alentejo ao Minho.
Outra iniciativa ainda para este ano era ver se final-mente conseguíamos sediar o pólo do Museu na cidade de Évora.
E sob a mesma chuva intensa deixamos a Pousada, ficando para trás o ambiente acolhedor da exposição e a música de fundo interpretada “ao vivo” por solistas do Eborae Música.
Fonte - Diário do Sul - Évora
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