Escrutínio decorreu "em condições insuficientemente transparentes", refere secretário-geral das Nações Unidas
"O secretário-geral seguiu com grande atenção as eleições organizadas domingo na Birmânia. A votação decorreu em condições insuficientemente transparentes, abertas e pluralistas", refere um comunicado ontem distribuído pelo gabinete de Ban Ki-moon.
O secretário-geral das Nações Unidas, que antes da realização das eleições tinha já denunciado a sua falta de credibilidade, "exorta as autoridades birmanesas a libertarem todos os presos políticos e a levantarem sem demora as restrições relativas a Aung San Suu-kyi (a líder da oposição, galardoada em 1991 com o Prémio Nobel da Paz e detida desde então em prisão domiciliária) para que possam participar livremente na vida política do país", diz o comunicado.
"O secretário-geral considera que as autoridades birmanesas têm a responsabilidade de transformar estas primeiras eleições em 20 anos num novo começo para o país e o seu povo. As autoridades devem demonstrar que a votação faz parte de uma transição credível, de uma reconciliação nacional e do respeito pelos direitos do homem", adianta o documento.
Informações divulgadas ontem indicavam que os partidos associados à junta militar no poder na Birmânia, que governa o país com mão-de-ferro desde 1962, têm a vitória garantida nas eleições, que tiveram fraca participação da população.
Dias antes do acto eleitoral, Aung San Suu Kyi - que foi impedida pelo regime militar de exercer o direito de voto - apelou para que os birmaneses boicotassem a votação como forma de protesto contra a falta de liberdade no país.
Fonte - DN
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