o mar do poeta

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terça-feira, maio 5

RELIGIÕES DA CHINA

O ARTICULISTA JUNTO A TEMPLO CHINÊS, EM BANGKOK

MONGES BUDISTA NA CHINA




UM NOVO PAGODE BUDISTA NA CHINA






O Confucionismo e o Taoísmo são consideradas religiões chinesas, mas ambas começaram como filosofias.

Confúcio, do mesmo modo que seus sucessores, não deu importância aos deuses e se voltou para a ação. Por sua vez, os taoístas apropriaram-se das crenças populares chinesas e da estrutura do budismo. Como conseqüência, surgiu uma corrente separada do "taoísmo religioso", diferente do "taoísmo filosófico" que se associava aos antigos pensadores chineses Lao-Tsé e Zuang-Zi.

O budismo chegou à China pela primeira vez durante o final da dinastia Han, arraigou-se rapidamente e templos como o da fotografia foram construídos. Os comunistas eliminaram a religião organizada ao tomarem o poder em 1949 e a maior parte dos templos foi reorganizada para usos seculares. A Constituição de 1978 restaurou algumas liberdades religiosas e, atualmente, existem grupos budistas e cristãos ativos na China.

História Desde tempos remotos, a religião chinesa consistia na veneração aos deuses liderados por Shang Di ("O Senhor das Alturas"), além de venerações aos antepassados. Entre as famílias importantes da dinastia Chou, este culto era composto de sacrifícios em locais fechados. Durante o período dos Estados Desunidos (entre 403 e 221 a.C.), os estados feudais suspenderam os sacrifícios. Na dinastia Tsin, e no início da Han, os problemas religiosos estavam concentrados nos "Mandamentos do Céu".

Existiam, também, seguidores do taoísmo-místico-filosófico que se desenvolvia em regiões separadas, misturando-se aos xamãs e médiuns. No final da dinastia Han, surgiram grandes movimentos religiosos. Zhang Daoling, declarou haver recebido uma revelação de Lao-Tsé e fundou o movimento Tianshidao (O Caminho dos Mestres Celestiais). Esta revelação pretendia substituir os cultos populares corrompidos. A doutrina transformou-se no credo oficial da dinastia Wei (386-534), sucessora da Han, inaugurando, assim, o "taoísmo religioso" que se espalhou pelo norte da China.

A queda da dinastia oriental Jin (265-316) fez com que muitos refugiados se deslocassem para o sul, levando o Tianshidao. Entre 346 e 370, o profeta Yang Xi ditou revelações outorgadas pelos seres imortais do céu. Seu culto, o Mao Shan, combinava o Tianshidao com as crenças do sul. Outros grupos de aristocratas do sul desenvolveram um sistema que personificava os conceitos taoístas, transformando-os em deuses. No início do século V, este sistema passou a dominar a religião taoísta. Durante o século VI, com a reunificação da China nas dinastias Sui e Tang, o taoísmo se expandiu por todo o império e passou a conviver com outras religiões, como o budismo e o nestorianismo.

O Taoísmo continuou a se desenvolver na dinastia Song, expulsa em 1126. Sob o domínio de dinastias posteriores, a religião taoísta desenvolveu a Doutrina das Três Religiões (Confucionismo, Taoísmo e Budismo). Com o advento do comunismo na China, o Taoísmo religioso foi vítima de perseguições. Todavia, as tradições foram mantidas na China continental e estão conseguindo ressurgir. Práticas O taoísmo religioso considera três categorias de espíritos: deuses, fantasmas e antepassados. Na veneração aos deuses, incluem-se orações e oferendas. Muitas destas práticas originaram-se dos rituais do Tianshidao.

O sacerdócio celebrava cerimônias de veneração às divindades locais e aos deuses mais importantes e populares, como Fushoulu e Zao Shen. As cerimônias mais importantes eram celebradas pelos sacerdotes, já os rituais menores eram entregues a cantores locais. O exorcismo e o culto aos antepassados constituíam práticas freqüentes na religião chinesa. O taoísmo religioso tem sua própria tradição de misticismo contemplativo, parte da qual deriva-se das próprias idéias filosóficas.

2 comentários:

Irene Fernandes Abreu disse...

Apesar de viver em Macau há tantos anos, visitar frequentemente a China e me interessar por esta cultura, (entre outras, claro) nunca páro de me surpreender com tantas coisas curiosas que o amigo Cambeta partilha connosco nas suas viagens e na sua contínua busca no campo do saber.
Gostei muito das suas fotos e dos apontamentos culturais. Obrigada por este cantinho onde venho viajar consigo de vez em quando.
Abraço.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Romancista Irene, por mais paradoxo que pareça conheço mais da cultura e da religião na Tailandia, embora viva em Macau faz 45 anos, muito ainda terei que aprender, até aqui pouco me tenho dedicado às coisas de Macau, mas irei dentro de minhas parcas possibilidades ir dando a conhecer tudo o que nos rodeia, e que por vezes, mesmo aqui vivendo, nesta cidade do Santo Nome de Desus de Macau, nos passa ao lado.
O meu muito obrigado pelo seu gentil comentário.
Um abraço amigo