o mar do poeta

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quinta-feira, maio 21

QUINTA-FEIRA DE ASCENÇÃO - DIA DA ESPIGA

Após a ressurreição de Jesus, os discípulos achavam-se confusos, temerosos e um tanto desorientados. Reuniram-se no Cenáculo, o mesmo aposento usado para a celebração da ceia do Senhor. Ali, aguardavam as horas se passarem para ver o que lhes aconteceria.


O evangelho de João, no capítulo 20, nos versos 19 a 25, relata a interessante experiência que os discípulos vivenciaram no dia da ressurreição quando o Senhor se apresentou entre eles. Tomé estava entre seus companheiros e viu Jesus ressurreto e creu.


Estando as portas do aposento totalmente fechadas, Jesus apareceu. Esta cena se repetiu oito dias depois, da ressurreição. João 20:26-31.


Os outros evangelistas apresentam alguns lances mais desse período, que de acordo com livro de Atos, capítulo 1:3 foi de 40 dias. Esse espaço curto de tempo Jesus usou especialmente para confirmar a fé dos discípulos mais chegados e passar-lhes instruções especiais quanto ao que deveriam fazer após Sua partida.


E foi assim que achando-Se a um passo de volta ao Seu trono celestial, Jesus deu novamente aos discípulos a grande comissão evangélica, registrada em Marcos 16:15: "Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura".


Esta comissão Jesus havia transmitido aos Seus discípulos quando juntos haviam estado no Cenáculo. Porém um maior número de Seus seguidores deveria ouvir isso também.


Desta maneira, num lugar da Galiléia se realizou esta solene reunião. Em I Coríntios 15:6 lemos: "E, depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos." I Coríntios 15:6


Para esta reunião, o próprio Cristo, antes de Sua morte, designara o tempo e o lugar. (Mateus 26:32). O anjo no sepulcro, relembrara os discípulos de Sua promessa de os encontrar na Galiléia. (Marcos16:7).


Esta notícia se espalhara entre os seguidores do Mestre e com vivo interesse aguardavam esse encontro. Vindos de várias direções, dirigiam-se ao lugar da reunião.


Reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, buscavam saber tudo quanto era possível dos que tinham estado com Jesus após a ressurreição. Os 11 discípulos testemunhavam do que haviam visto e ouvido. Tomé lhes contava a história de sua incredulidade e dizia como suas dúvidas haviam se dissipado.


Então achou-se Jesus no meio deles. Em Suas mãos e pés divisaram os sinais da crucifixão. Seu semblante irradiava uma glória especial, esta foi a única entrevista com muitos crentes, depois de sua ressurreição.


As palavras de Cristo na encosta da montanha foram o anúncio de que seu sacrifício em favor do homem era pleno, completo. As condições para expiação haviam sido cumpridas.


Concluíra a obra para a qual viera ao mundo. E agora achava-se a caminho de volta ao trono celeste.


E então revestido de ilimitada autoridade repetiu a todos a comissão dada aos 11 discípulos: "portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Mateus 28:18 e 20


Cristo declarou positivamente a natureza do Seu reino. Disse-lhes não ter sido seu desígnio estabelecer no mundo um reino temporal, mas sim espiritual. Não haveria de governar como rei terrestre no trono de Davi.


Cristo mostrou-lhes que tudo quanto havia se sucedido estava predito nas Escrituras através dos ensinos dos santos profetas. Cristo ordenou que os discípulos iniciassem a obra em Jerusalém.


Mas, não deveriam parar aí. Deveriam levar a mensagem a todos os lugares até os confins da Terra. Prometeu-lhes o poder do Espírito Santo, para que pudessem fazer, em nome de Jesus os mesmos sinais e maravilhas.


Depois desta grande reunião, Jesus estava pronto para as despedidas. Os discípulos já não relacionavam mais a Jesus com a cruz e o sepulcro. Para eles, Cristo era agora um Salvador vivo.


Como local de Sua ascensão, Jesus escolheu o Monte das Oliveiras, tantas vezes consagrado por Sua presença. Com os discípulos, dirige-se então para aquele local. Com as mãos estendidas em posição de bênção, Jesus ascende lentamente dentre eles.


Lucas narra assim a ascensão de Jesus: "E quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas e uma nuvem O recebeu, ocultando-O, a seus olhos. E estando com os olhos fitos nos Céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões de branco, os quais lhe disseram: "Varões galileus, porque estais olhando para o Céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir." Atos 1.9-11


Os discípulos voltaram para Jerusalém e já não mais se lamentavam, antes sim, estavam cheios de louvor e gratidão a Deus. Com regozijo contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao Céu.


Não tinham mais qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava no Céu e que continuariam a ser objeto de seu compassivo interesse.


Jesus retorna ao Céu vitorioso. Seu sacrifício foi aceito pelo Pai. Satanás está derrotado. É um inimigo vencido. O caráter de Deus outrora manchado por suas acusações infundadas, agora está plenamente reivindicado. Todo o Universo tem convicção de que Deus é Santo, e Sua Justiça e Amor são infalíveis.


Jesus carregará para sempre as marcas nos pés e nas mãos que mostram o Seu sofrimento e morte para a Salvação do ser humano.


Este é um laço que jamais se partirá. Jesus disse: ". . . Eu subo para meu Pai e vosso pai, meu Deus e vosso Deus." João 20.17


A família no Céu e a família na Terra, são uma só. Para o nosso bem Jesus subiu ao Céu. Para o nosso bem Ele vive.


Que mensagem! Que esperança!


Amigo querido: Jesus veio aqui, morreu por nós, ressuscitou e foi para o céu.


Os discípulos o viram subindo e pela graça de deus nós poderemos vê-Lo voltando.


Quando Ele vir, iremos para o Lar.

(Extraído de Jesusvoltara)





Para o consenso da maioria dos cristãos, a doutrina da Ascensão afirma que o corpo de Jesus de Nazaré, depois de quarenta dias da sua Ressurreição, na presença das testemunhas dos apóstolos, ascendeu aos céus onde se encontrou na presença de Deus Pai, não só em espírito, mas também em sua pessoa humana (corpo e alma). A documentação histórica é narrada nos evangelhos de Marcos 16:19, Lucas 24:50-51, Atos 1:9-11, e Efésio 4:7-13. Este acontecimento é afirmado pela liturgia cristã, no Credo apostólico e no Credo de Nicéia.

Lucas 24:50 Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou.


Lucas 24:51 Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.


Lucas 24:52 Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;


Lucas 24:53 e estavam sempre no templo, louvando a Deus



Hoje assinala-se o Dia da Espiga. No calendário cristão, comemora-se a Ascensão de Jesus Cristo e, tradicionalmente, colhe-se a espiga de trigo para simbolizar a bênção dos primeiros frutos.


Nalgumas regiões, as plantas colhidas não se resumem ao trigo, compondo-se ramos que incluem o malmequer, a papoila ou o ramo de oliveira e que devem ser guardados ao longo de um ano.A simbologia de cada planta é a seguinte:


Espiga – pão,


Malmequer – ouro e prata,


Papoila – amor e vida,


Oliveira – azeite e paz,


Videira – vinho e alegria e


Alecrim – saúde e força.


(Extraído do Blog Alentejanando)
Ritual religioso e pagão de mão dada. Ascensão de Jesus e da fertilidade. Benziam-se os primeiros frutos e estreavam-se as gentes nas primeiras festas campestres do ano. Comungava-se a festa popular da farta merenda e da libido do bailarico com a natureza. O desabrochar do alento primaveril, a isso convidava. Rematava-se o dia com a oferenda ao lar de um ramo florido a simbolizar a fartura e a harmonia para a família.

No Alentejo: espigas de trigo, ramo de oliveira, papoilas e malmequeres campestres amarelos e brancos.
No Ribatejo, mormente, ao longo do vale do Tejo: espigas de trigo, ramos de oliveira, folhas de vide e flores campestres. O ribatejano a condensar com nitidez a trilogia alimentar mediterrânica: pão, azeite e vinho. Os dois a sintetizarem uma esperança renovada de um bom ano.

Parece-me ser este o dia do ano que reúne a maioria dos feriados municipais. Certamente, não será coisa do acaso!
=====================================autor descohecido===============================
Esta Quinta-Feira de Ascenção me faz recuar no tempo, em que, vivendo em Évora, ia para o campo fazer um piquenique e apanhar as plantas que compariam o ramo, isto na companhia da pessoa que mais amei na vida.
Um desses ramos o oferecia a minha Querida e Estimada Mãe, que o colocava na porta de acesso à varanda.
Anos esses que jamais voltarão, mas se refazem no pensamento e é com nostalgia que os recordo.


2 comentários:

Irene Fernandes Abreu disse...

Velhas recordações... apesar de ser lisboeta, recordo-me muito bem destes molhinhos já feitos, com tudo o que
menciona, à venda perto do mercado de Almada nos anos 60/70 (onde vivi desde criança até casar), pois quem vive nas cidades gosta, também, de manter as tradições. Obrigado amigo, por trazer esta imagem que, apesar de virtual, nos vai alimentando as nossas boas memórias.
Abraço

Betha M. Costa disse...

A mim que sou Cristã, a compilação de textos muito agradou amigo António. Boa noite!
Bjins, Betha.