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terça-feira, agosto 4

VIRUS H3N2

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VIRUS H3N3








VIRUS H3N2



PEQUIM, 31 Julho








As autoridades sanitárias de Hong Kong anunciaram quarta-feira que uma nova variantedo virus da gripe, H3N2, do foi detectado na cidade.


Os pacientes infectados, em Hong-Kong com o vírus H3N2 é de 43% enquanto os pacientes infectados com o vírus H1N1 é de 49%.





Xinhua News Agency correspondentes relatórios de Hong Kong. (XHTV)


Editor: Chris








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Novos elementos epidemiológicos

Um outro vírus da gripe poderá estar envolvido na actual epidemia

07.05.2009 - 10h57


Ana Gerschenfeld


Enquanto os cientistas vão descobrindo cada vez mais coisas acerca da composição genética do novo vírus da gripe, surgem novos elementos epidemiológicos.Era previsível. O rapazinho residente em La Glória, no estado de Veracruz, no México, afinal não foi a primeira pessoa no mundo a contrair a nova forma de gripe. O sub-secretário mexicano de Prevenção das Doenças e Promoção da Saúde, Mauricio Hernández-Ávila, confirmou ontem ao blogue da revista Science que foi descoberto um caso anterior - um novo "doente zero".

Trata-se de uma pessoa residente na Cidade do México que desenvolveu a doença a 11 de Março, ou seja, seis dias antes de Edgar Hernández, de quatro anos de idade, adoecer em La Glória.

"Acredito que vamos descobrir casos ainda mais antigos; estamos a trabalhar nisso", disse ainda Hernández-Ávila. É provável, salienta, que, à medida que as autoridades de saúde mexicana fizerem mais testes de detecção do vírus nos doentes suspeitos de terem sido infectados, se revelem casos de nova gripe que se declararam ainda mais cedo, uma vez que ainda existem amostras que datam de Março e mesmo de Fevereiro que ainda não foram testadas para se determinar se contêm ou não o novo vírus.

Será que este novo resultado põe em causa a possibilidade de existir uma ligação, que muitos suspeitam, entre a nova estirpe de vírus A (H1N1) e a mega-exploração suína Granjas Carroll, situada em Perote, a escassos quilómetros de La Glória? Nem por isso: Hernández-Ávila acha possível que os casos mais antigos que vierem a ser identificados continuem a apontar para a pequena aldeia (onde o primeiro surto de nova gripe se declarou em finais de Março - inícios de Abril) como sendo efectivamente o epicentro da doença.

É possível, por exemplo, que um desses hipotéticos casos anteriores tenha surgido (indetectado) num habitante daquela aldeia - num funcionário da exploração Granjas Carroll, nomeadamente - que depois tenha viajado para a capital e infectado a pessoa actualmente considerada como doente zero. É um cenário hipotético, mas plausível."Acho que ainda é muito cedo para dizer de onde veio o 'doente zero' original; ainda não temos dados suficientes", disse ontem ao PÚBLICO por email Steven Salzberg, director do centro de bioinformática da Universidade do Maryland.

"Podemos acabar por descobrir que a epidemia de gripe começou em Janeiro, Dezembro ou mesmo antes disso." E acrescenta: "Uma pista importante, e que ainda nos falta, consiste em encontrar um grupo de porco infectados. Já deveríamos ter dado com eles, mas não demos." (...) "Isso poderá dever-se à falta de vigilância ou à falta de notificação. Os criadores de porcos não querem ter o estigma de ser a fonte da doença.

Portanto, talvez nunca venhamos a saber a verdade.

"Surgiu anteontem, no site Pro-MED - um fórum online para onde os especialistas em doenças infecciosas podem enviar emails e partilhar resultados e comentários - um outro elemento, desta vez inesperado, vindo da equipa de Danuta Skowronski, do Centro para o Controlo das Doenças da Columbia Britânica (BCCDC), no Canadá.

Estes investigadores descobriram que um outro vírus da gripe - de subtipo H3N2 - poderá também estar envolvido na epidemia actual de vírus A H1N1. Por um lado, isso complica a situação em termos epidemiológicos, mas por outro, dizem os cientistas, pode permitir explicar algumas das características da epidemia, como o facto de a versão mexicana da doença afectar jovens adultos e ser mais letal do que a que se verifica no resto do mundo.

OMS decide sobre vacinaUma das tarefas do BCCDC consiste em sequenciar os vírus que vão aparecendo nos doentes daquela província canadiana ao longo da época de gripe (a gripe sazonal, convencional) - e em particular os vírus H3N2. "Até Fevereiro de 2009", escrevem, "a sequência genética do gene HA destes vírus era praticamente idêntica à da estirpe do vírus contido na vacina 2008-2009 de gripe sazonal.

" O gene HA comanda o fabrico da proteína que permite a penetração do vírus nas células-alvo e a vacina sazonal é feita com versões atenuadas dos vírus que mais circulam na população a dada altura, fazendo com que as pessoas produzam anticorpos contra esses vírus. Este ano, foram três: um A H1N1, diferente do da nova gripe, um A H3N2 e um vírus de tipo B. No início de Março, porém, os investigadores começaram a detectar um vírus H3N2 ligeiramente diferente do da vacina que estava a causar um surto tardio de gripe nalgumas unidades hospitalares de cuidados continuados. Em finais de Abril, quando a epidemia de nova gripe se declarou, descobriram essa mesma variante do vírus H3N2 numa pessoa que tinha regressado doente com gripe do México.


"Por isso", dizem os cientistas, "perguntamo-nos até que ponto o perfil da doença de tipo gripal registada a partir de meados de Março no México poderá ser em parte devida a esta variante de H3N2, para além da emergência do novo vírus A H1N1." Resta saber se este novo elemento poderá vir a influir na composição da vacina contra a nova gripe, que a OMS vai decidir para a semana se vai ser ou não fabricada. E, mais geralmente, quais serão as consequências da existência desta nova variante de vírus H3N2 na próxima época de gripe sazonal.


Fonte - Jornal O Público











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