o mar do poeta

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segunda-feira, agosto 24

24 DE AGOSTO DE 1511 - CONQUISTA DE MALACA

Em Abril de 1511, Afonso de Albuquerque zarpou de Goa para Malaca com uma força de cerca de 1 200 homens e 17 ou 18 navios. Malaca tornou-se uma base estratégica para a expansão portuguesa nas Índias Orientais, subordinada ao Estado Português da Índia. Mahmud Xá, último sultão de Malaca, refugiou-se no interior, de onde empreendia ataques intermitentes por terra e mar. Entrementes, para defender a cidade, os portugueses ergueram um forte (cuja porta, chamada "A Famosa", ainda existe). Em 1526, uma grande força de navios portugueses comandada por Pedro Mascarenhas foi enviada para destruir Bintan, onde estava Mahmud. O sultão fugiu com sua família para Sumatra, do outro lado do estreito, onde veio a falecer dois anos depois.

Logo ficou claro que o controle português de Malaca não significava o controle do comércio asiático que por ali passava. Seu domínio sobre o local sofria com dificuldades administrativas e econômicas. Em vez de concretizar sua ambição de controlar o comércio asiático, o que os portugueses haviam logrado fora desorganizar a rede mercantil da região. Desaparecera o porto centralizador do comércio e, com ele, o Estado que policiava o estreito de Malaca. O comércio espalhou-se por diversos portos em meio a embates militares no estreito.


O missionário jesuíta Francisco Xavier passou vários meses em Malaca em 1545, 1546 e 1549. Em 1641, os neerlandeses bateram os portugueses e capturaram Malaca com o apoio do sultão de Johore. Os neerlandeses governaram Malaca de 1641 a 1795, mas não se interessaram em desenvolvê-la um centro comercial, preferindo enfatizar o papel de Batávia (atual Jacarta).

Malaca foi cedida aos britânicos pelo tratado Anglo-Neerlandês de 1824, em troca de Bencoolen, em Sumatra. Entre 1826 e 1946, Malaca foi governada pela Companhia Britânica das Índias Orientais e, em seguida, como uma colônia da Coroa. Integrava os chamados Straits Settlements, juntamente com Cingapura e Penang. Com a dissolução desta colônia, Malaca e Penang tornaram-se parte da União Malaia (actual Malásia).




Em Abril de 1511, Afonso de Albuquerque, zarpou de Goa para o sultanato de Malaca com uma força de cerca de 1200 homens e cerca de dezoito navios, preparado para a conquista e instado a libertar os portugueses que Diogo Lopes de Sequeira aí deixara prisioneiros em 1509. Após uma dura batalha ao longo de todo o mês de Julho, conquistou Malaca em 24 de Agosto de 1511. Aí permaneceu até Novembro, construindo de imediato uma fortaleza, preparando as defesas contra um eventual contra-ataque malaio.
Ordenou então o massacre da população muçulmana, no esforço de reduzir divergências religiosas, esperando que tal forçasse indus e muçulmanos à conversão ao cristianismo, simultaneamente investiu esforços diplomáticos demonstrando ampla generosidade com os mercadores do sudeste asiático, como os chineses, na esperança de que estes fizessem eco das boas relações com os portugueses. Conhecendo as ambições siamesas sobre Malaca, imediatamente enviou Duarte Fernandes em missão diplomática ao Reino do Sião (actual Tailândia), onde foi o primeiro europeu a chegar viajando num junco chinês que retornava à China, estabelecendo relações amigáveis entre os reinos de Portugal e do Sião.

Expedições à China, 1513

No início de 1513, navegando numa missão ordenada por Afonso de Albuquerque Jorge Álvares obteve autorização para aportar na Ilha de Lintin, no delta do rio das Pérolas, no sul da China. Pouco tempo antes Afonso de Albuquerque enviara Rafael Perestrello ao sul da China, procurando estabelecer relações comerciais com a Dinastia Ming.

Em navios de Malaca, Rafael navegou até Cantão (Guangzhou) em 1513 e de novo em 1515-1516 para aí comerciar com mercadores chineses. Estas expedições, junto com as realizadas por Tomé Pires e Fernão Pires de Andrade, foram os primeiros contactos diplomáticos e comerciais directos de europeus com a China. Contudo, após a morte do Imperador Zhengde em 19 de Abril de 1521, facções conservadoras, procurando limitar a influência dos eunucos na corte, rejeitaram nova embaixada portuguesa, travando batalhas navais com os portugueses em Tuen Mun.

Tomé Pires foi forçado a escrever cartas para Malaca afirmando que ele e outros embaixadores só seriam libertados da prisão na China se os portugueses cedessem o controlo de Malaca, devolvendo-a ao deposto sultão de Malaca (que fora anteriormente um tributário da dinastia Ming). Tomé Pires acabaria por não regressar,apesar disso as relações dos portugueses com a China seriam normalizadas de novo em 1540 e em 1557 foi estabelecida uma base portuguesa permanente em Macau, no sul da China, autorizada pela corte Ming.








Geografia
O estado de Malaca ocupa uma área de 1 650 kmª, equivalente a 1,3% da superfície da Malásia. Divide-se em três distritos: Malaca Central (Melaka Tengah, com 314 km²), Alor Gajah (660 km²) e Jasin (676 km²).

Malaca encontra-se no litoral sul-ocidental da Península Malaia, defronte a ilha de Sumatra, com o estado de Negeri Sembilan ao norte e Johor a leste. Dista 148 km ao sul da capital Kuala Lumpur, e 245 km ao norte de Cingapura.

A capital do estado, a cidade de Malaca, está localizada estrategicamente entre as duas capitais nacionais (Kuala Lumpur e Singapura) e conta com excelentes ligações rodoviárias. Embora não possua uma estação ferroviária, Malaca é servida por um aeroporto doméstico, localizado na cidade de Batu Berendam.





A população do estado de Malaca é de 759 000 habitantes (2007). Compõe-se de:

malaios: 57%;

chineses: 32%;

indianos: uma minoria importante;

cristang, um povo com antepassados portugueses: uma pequena comunidade.

As principais cidades do estado de Malaca são a capital, Malaca, e Alor Gajah, Masjid Tanah, Jasin, Merlimau, Pulau Sebang e Ayer Keroh.






Fonte - Extractos recolhidos na enciclopédia livre


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