o mar do poeta

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quinta-feira, agosto 27

DIA DOS NAMORADOS - (ÁSIA) TANABATA


DIA 7 DE JULHO 2009 - SÉTIMO DIA DA SÉTIMA LUA DO CALENDÁRIO LUNAR CHINÊS




As mulheres budistas da China que querem casar vão hoje olhar para os céus quando o sol se puser para pedirem aos deuses que lhes tragam bons maridos, como manda a tradição da sétima noite do sétimo mês do calendário lunar.


À Lusa uma budista residente em Macau, que estuda os rituais da religião predominante na Região Administrativa Especial, explicou que «hoje celebra-se a chamada Noite das Raparigas ou o Festival da Sétima Noite do Sétimo Mês Lunar».

Para muitas mulheres solteiras da China esta é uma noite que poderá inverter o rumo das suas vidas e, por isso, «todas as que desejam encontrar um bom marido viram-se para os céus para pedirem aos deuses que concretizem o seu desejo e até fazem competições entre si para definir quem será a mais sortuda», explicou o mesmo especialista.




O ritual budista da sétima noite do sétimo mês do calendário lunar manda que as mulheres que procuram um bom casamento olhem para os céus por sete vezes e realizem competições com outras candidatas a esposas.

Mas como todas as tradições, e especialmente as de uma cultura milenar como a chinesa, não surgem por acaso e estão normalmente ligadas à lenda ou mitos.

«A história da Noite das Raparigas já era contada nos tempos da dinastia Han (202 a.C.) e, como não poderia deixar de ser, fala de uma história de amor impossível», explicou à Lusa uma budista de Macau.




Reza a lenda que um rapaz do campo perdeu os pais quando era ainda pequeno ficando ao cuidado do irmão mais velho casado com uma bruxa que lhe pediu um dia que fosse dar de comer aos nove búfalos e que só voltasse quando tivesse dez.



Ao passear pelo campo, o rapaz encontra um feiticeiro de barbas compridas e brancas que lhe disse ter visto, perto do local onde se encontravam, um búfalo doente que precisava de comer 100 flores diferentes todas as manhãs ao longo de um mês para ficar bom.


Um mês depois, o rapaz regressou a casa com os dez búfalos e a bruxa, sem querer acreditar no que via, decidiu mandá-lo embora.


Na companhia do décimo búfalo, o rapaz, ao deambular pelas montanhas e vales do continente chinês, deparou-se com sete irmãs a nadarem num rio, as filhas do imperador de Jade que tinham descido à terra para um passeio, e apaixonou-se pela sétima filha.


Contra a vontade dos pais, a princesa decidiu trocar o céu pela terra, levando consigo o bicho-da-seda para ensinar os aldeões a tecer mas, já com dois filhos, foi «raptada» pela mãe.


O búfalo deu a vida para que a sua pele fosse transformada nuns sapatos que levariam o rapaz ao céu, mas a deusa-mãe traçou uma via láctea a separar o casal.


Milhares de pássaros decidiram formar uma ponte para juntar o casal e os imperadores, comovidos com o acto, decidiram autorizar a sua reunião uma vez por ano, na sétima noite do sétimo mês lunar.







Macau, como ponto de encontro e de intercâmbio entre o Ocidente e o Oriente, é marcada pela confluência harmoniosa de uma grande diversidade de religiões, em que o budismo se afirma entre uma maioria de população chinesa, «bebendo» algumas práticas do confucionismo e taoísmo.


O catolicismo, trazido para Macau por missionários no século XVI, tem também uma presença significativa em Macau, onde também há lugar para outras religiões.


Diário Digital / Lusa











Tanabata


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Lenda que deu origem à comemoração
Uma lenda inglesa conta a origem do festival Tanabata:

Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a "Princesa Tecelã".

Certo dia Tenkou o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o "Pastor do Gado" (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.

Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data.

Na mitologia japonesa, este casal é representada por estrelas situadas em lados opostos da galáxia, que realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Kengyu).


A celebração
O festival que celebra esta história de amor teve início na Corte Imperial do Japão há cerca de 1.150 anos, e lá tornou-se feriado nacional em 1603.

Atualmente o Tanabata é uma das maiores festas populares do Japão. É realizado em diversas cidades, o mais tradicional é o de Miyagui, que se realiza em agosto, aproveitando as férias de verão das escolas japonesas.


Decoração do Tanabata


No Brasil o primeiro festival Tanabata foi realizado na cidade de Assaí no Estado do Paraná no ano de 1978.

O Festival das Estrelas

Com o nome de "Festival das Estrelas", o Tanabata Matsuri é realizado na cidade de São Paulo, na Praça da Liberdade, no mês de Julho, desde 1979.

Esta é a principal comemoração anual do bairro, incluída no Calendário Turístico do Estado e do Município de São Paulo:

as ruas a praça são decoradas com grandes ramos de bambu ornamentados por enfeites de papel colorido que simbolizam as estrelas;
tanzaku, pequenos pedaços de papel onde as pessoas colocam seus pedidos, são pendurados nesses bambus;
são realizados também apresentações de tambores Taikô, danças folclóricas e shows de cantores.
Em 1994 o Festival Tanabata também foi introduzido no calendário oficial de eventos de Ribeirão Preto - SP no Parque Municipal do Morro do São Bento.


O significado do sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar

TanzakuAssim como a Cultura Maia os costumes de Okinawa consideram a existência de uma relação entre a Lua e o Sol e observam a diferença de um dia entre estes dois calendários, que no Japão corresponde ao Tanabata.

A Lua gira em torno da Terra:

A cada ano 13 vezes em ciclos de 28 dias, completando um ciclo anual de 364 dias (dividido por 7 = 52 semanas)


A Terra gira em torno do Sol num ciclo que se completa em aproximadamente 365 dias


A diferença entre estes ciclos do Sol (365 dias) e da Lua (364 dias) corresponde a 1 dia "(neutro)". Assim, o ano teria 52 semanas mais 1 dia neutro, o Tanabata, dia 07 do sétimo mês do calendário lunar.

Datas oficiais pelo calendário lunar


A data original do Tanabata é baseada no calendário lunisolar japonês, que é um mês atrasado que o calendário gregoriano. Com isso, alguns festivais são realizados no dia 7 de Julho e outros nos dias próximos ao dia 7 de Agosto, enquanto outros continuam comemorando no sétimo dia do sétimo mês lunar do tradicional calendário lunisolar japonês, que normalmente é em Agosto no calendário gregoriano.

As datas gregorianas para o "sétimo dia do sétimo mês lunar do calendário lunisolar japonês" para os seguintes anos são:

* 07/08/2008
* 26/08/2009
* 16/08/2010
* 06/08/2011
* 24/08/2012 (A data chinesa é 23/08/2012 por causa da diferença de horário.)
* 13/08/2013
* 02/08/2014
* 20/08/2015
* 09/08/2016
* 28/08/2017
* 17/08/2018
* 07/08/2019
* 25/08/2020

Canção tradicional
Há uma canção tradicional de Tanabata que é ensinada praticamente a todas as crianças japonesas:


As folhas do bambu, murmuram, murmuram,
balançam as pontas.
As estrelas brilham, brilham,
grãos de areia de ouro e prata.


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FOTOS EXTRAÍDAS DA GOOGLE

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Um comentário:

Irene Fernandes Abreu disse...

Gostei mesmo amigo! Está muito engraçado e nem fazia ideia desta história. Abraço.