NAKHON PATHON
Para um europeu como eu
habituado aos costumes e hábitos orientais nada já me surpreende, porém a cada
dia que passa novas coisas vou vendo e que me
impressionam.
A Tailândia é um imenso país com uma população de cerca de 65 milhões de habitantes, muitos deles de etnia chinesa e são preponderantes na ecónomia do país.
Como não podia deixar de ser a comemoração do ano novo chinês, que se festejava nesse dia 29 de Janeiro de 2006, este ano sob o signo do cão é de vital importância para os chineses.
Na Tailândia existem milhares de templos tipicamente tailândeses, existindo igualmente muitos templos chineses, embora a religião seja a mesma, o Budismo, existem muitas diferenças entre uma e outra e os chineses vão orar a ambos os templos.
A Tailândia é um imenso país com uma população de cerca de 65 milhões de habitantes, muitos deles de etnia chinesa e são preponderantes na ecónomia do país.
Como não podia deixar de ser a comemoração do ano novo chinês, que se festejava nesse dia 29 de Janeiro de 2006, este ano sob o signo do cão é de vital importância para os chineses.
Na Tailândia existem milhares de templos tipicamente tailândeses, existindo igualmente muitos templos chineses, embora a religião seja a mesma, o Budismo, existem muitas diferenças entre uma e outra e os chineses vão orar a ambos os templos.
Foi nessa manhã de domingo que
minha companheira quis ir visitar o templo Pha Pathom Chedi, sito na cidade de
Nakhon Pathom que dista de Bangkok 62 kms., afim de agradecer junto de seu Buda
a ajuda que tinha dado a nossa família e principalmente a nossa filha mais velha que tinha concluido o curso universitário com sucesso.
Embora já tivesse
visitado, por várias vezes, o majestoso mosteiro esta nova ida lá, deu para que
eu ficasse a entender e compreender melhor a sua história. O articulista já visitou este enorme e belo mosteiro por três vezes.
Por volta das 12.00 horas a
minha companheira por mim chamou dizendo-me para ir trocar de roupa, pois
iria-mos a Nakhon Pathom, estralhei, mas tudo bem. Esta viagem já estava
programada para outra altura, mas não para esse dia e nem tão pouco aquela hora
que era já um bocado tarde, mas assim aconteceu devido a mãe de minha
companheira estar na nossa casa em Bangkok e onde aguardava-mos a vinda lá da
aldeia de Ban Mea Long, no norte, de uma amiga, que nos trazeria um pedaço de
madeira de jaca para fazer-mos uma tabuleta para a nossa pastelaria e a qual
queria-mos levar para que um bonzo a bezem-se e nela inscreve-se algumas
auspiciosas letras, mas essa amiga só chegaria a Bangkok na próxima semana e a
mãe de minha companheira antes disso regressaria a sua casa, na aldeia de Ban
Mea Long, e como tal aproveitámos a ir mesmo sem a tal peça de madeira.
Depois de abastecer-mos
a viatura, o jeep Isuzu MU 7, e as miúdas terem comida alguma coisa lá
seguimos.
Existem várias vias de saída de Bangkok que vão dar a cidade de Nakhon Pathom, minha companheira, embora viva em Bangkok desde criança ainda não conhece bem a cidade e suas vias. Deveríamos seguir por uma via que fosse dar acesso a auto estrada A 2 a via mais rápida, mas como sempre erramos na saída e seguimos por uma via secundária que nos obrigou a levar mais tempo e a ter-mos de indagar, por várias vezes, a algumas pessoas, qual o caminho correcto para a cidade onde iriamos.
Eram 15.20 horas quando quando chegamos a cidade e por sorte conseguimos um parque numa via junto ao mosteiro que iriamos visitar.
Eu ainda não tinha almoçado, e a barriga estava a dar horas, e ali por perto havendo vários restaurantes aproveitei o primeiro que deparei que servia comida chinesa, embora o aspecto do mesmo não fosse lá grande coisa foi ali que abanquei e escolhi uma comida simples mas muito nutritiva
Esta senhora era a conzinheira de serviço
A comida pedida foi a que se apresenta
O recinto no sopé do mosteiro estava transformado numa enorme feira e ali se podia encontrar de tudo, mas o nosso objectivo principal era ir ao mosteiro a feira essa ficaria quando estivéssemos para regressar a Bangkok.
Nakhon Pathom que deriva de Pali Nagara Pathama, que quer dizer Primeira cidade, e que é capital da província com o mesmo nome.
Esta cidade é uma das mais antigas do país e foi importante centro na época do reino de Dvaravat, desde o século VI até ao século XI, alguns historiadores de renome, calculam que a cidade foi formada três séculos antes do nascimento de Cristo, quando missionários budistas indianos visitaram o local.
Quando o rio Tha Chin, que banhava a cidade, mudou o seu curso, esta ficou sem água e os seus habitantes construiram uma outra cidade junto a margem do rio, cidade essa que passou a chamar-se Nakhon Chaisi ou Sirichai.
A presente estrutura do templo foi criada pelo Rei Rama IV no ano de 1853.O Rei Mongkut, Rama IV depois de ter terminado a restauração e ampliação do templo Phra Pathon Chedi, em 1870, fez regressar a antiga população.O presente selo provincial tem inserida a imagem do templo que foi um importante centro budista no século VI.Foi a esta cidade, mais propriamente o mosteiro, ou templo,como lhe queiram chamar, onde fomos prestar homenagem e pedir graças ao grande Buda.
O imponente mosteiro erguido no alto de uma colina é o maior do mundo com seus 120,45 metros de altura, para se já chegar tivémos que subir a vasta escadaria, que nessa altura estava repleta de gente e foi com alguma dificuldade que, lentamente, as subimos.
Quando chegámos ao topo e havendo imensa gente fomos para as partes laterias do templo fazendo oferendas em dinheiros, moedas de 10 céntimos do baths, para desejar sorte, e deita-las nas imensas tigelas de cor dourada e prateada, existentes em vários locais do mosteiro e o articulista os seguiu colocando moedas nas tigelas.
Esta foto foi tirada numa outra ida ao mosteiro no ano de 2009
Só depois fomos buscar um conjunto de oferendas constituído por uma vela amarela, pequena, três pivetes e uma folha de papel que continha um placa finissima de ouro.
Foi com muita dificudalde que conseguimos aproximar-nos da imagem principal e ali orar.Depois colacámos num varinha com uma bandeirinha amarela, simbolo da regilião, umas notas de 20 baths, tal com o poderão ver nas fotos abaixo inseridas.
Mas naquele mosteiro como ma maioria dos 31 200 mosteiros expalhados pelo país as ofertas podem ser feitas de variadas formas, desde telhas, cimento, tintas, dinheiro como também imagens.
Uma religião bem diferente do Cristianismo, com todas as suas peculidades.
As tais folhinhas de papel que continham a placazinha de ouro serve para revestir as imagens como podem ver por esta imagem.
A volta do mosterio existem imensos ninchos onde estão se encontram imagem do Buda em várias posições e de várias formas.
Incluiu apenas algumas das centenas que se encontram por todo o recinto.
Todo o local em dias normais é calmo e sereno dando-nos uma paz de espírito fora do vulgar que nos convida a reflexão e a oração.
Existem igualmente caves com imagens mas essas eu não entrei, mas pude apreciar seus belos jardins.
E ver as bonzas vestidas de branco sairem dos oratórios no interior do templo mas em outra zona que também não cheguei a entrar, mas qualquer dia lá irei de novo e com mais calma poderei então ficar a conhecer todo o enorme mosteiro.
Na foto anterior turistas chinesas saindo do templo, e como podem reparar todas elas iam vestidas de vermelho, uma tradição chinesa, que segundo eles dizem dar sorte, a cor vermelha é usada em todas as grandes cerimónias.
Curioso como sempre sou lá andei sózinho tirando fotografias e tomando apontamentos em minha mente, pois nem papel nem lápis levava comigo, mas de nada me esqueci, havia uma banca onde se podia fazer uma oferta ao templo e em troca era entregue um pequeno saco de cimento e uma lata de tinta, como poderáo ver na foto inserida em seguida.
Mas havia também telhas como podem ver, mas noutra banca, tudo isto para ofertar ao mosteiro em virtude de tudo ser necessário.
As garrafas de água apresentavam-se em forma do próprio mosteiro.
As telhas a que me referia e por perto estava um bonzo já de avançada idade que ia dando a benção a todos aqueles que a solicitavam, eu lhe curvei perante ele e tomei um banho de água benta, lançada por um tipo de vassoura.
Por lá andámos ainda umas boas horas, havia panos enormes de cor avermelhada onde os fiéis inscreviam as suas preces e eu como não podia de ser lá inscrevi a minha.
Depois fizémos uma oferta simbolica de um azulejo e de seguida fomos a procura de um famoso bonzo para nos dar as benções já que não tinha-mos levado conosco a tal placa indicativa com o nome da pastelaria, nos inscreveu algo nas garrafas de água, e por isso lá teremos que ir de novo qualquer dia.Encontrámos o bonzo fazendo as suas rezas e inscrevendo palavras auspicosas em duas de futebol tal como podem ver pelas imagens.
Eram já umas 17.30 horas quando descemos as escadarias do mosteiro e nos despedimos do grande Buda, cá em baixo havia uma feira enorme, e segundo fiquei a saber a mesma é diária e lá se encontra de tudo a venda, havia também uns altares dos fiéis chineses que nessa noite comemoravam a passagem de ano com um enorme jantar a sua moda.
Eram também aos milhares as pessoas que transitam pelas abertas artérias da feira.
A mãe de minha companheira ao ver um delicioso petisco que consistia num insecto, tipo barata, mas daquelas voadoras, não resitiu e lá foi comprar um pacote delas e com elas se deliciou comendo-as.
Sáo muito nutritivas e ricas em vitaminas e proteínas, digo isto com conhecimento de causa pois já as tinha comido em Macau e até gostei.
Mas havia de tudo e aproveitamos também para comprar algumas bonitas blusas em seda, bem baratas assim como algumas letras para o tal letreiro da pastelaria, e cujo preço era muito mais inferior ao pedido nas lojas em Bangkok.
O almoço tinha sido fraco e como tal o jantar teria que ser melhor, mas não o tomá-mos em Nakhon Pahtom mas sim quando chegámos a Bangkok.
A auto estrada apresenta um
movimento fora do vulgar, imensas viaturas regressavam a Bangkok e com toda
aquela confusão tornar-mos a enganar-nos na entrada da cidade e fomos parar a
uma zona onde nenhum de nós tinha ido antes.
Mas foi por aquelas bandas que avistámos um letreiro de restaurante e ali jantámos, a escolha ao acaso até saiu de boa forma, pois a comida era óptimo e o preço esse bem acessível.
Foi o proprietário do restaurante que depois nos indicou o caminho para a zona onde fica situada a nossa casa.
Assim e da melhor forma terminou a nossa visita ao Santuário de PHRA PATHON CHEDI e grato ficámos pelas ajudas recebidas.
5 comentários:
Cada terra com seu uso e cada roca com seu fuso - ditado popular.
Aqui as pessoas veneram os santos e percorrem com fé muitos santuários.
Aí são os Mosteiros.
As fotos são bonitas
São culturas com os seus mistérios, suas crenças e muita fé!...
Um abraço amigo.
Esrtimados Anigos Luís Coelho e Afilhado Arménio,
Ao longo dos anos tenho visitado mosteiros budista na Tailândia, os tailandeses são mais crentes que os católicos ai em Portugal.
O budismo nasceu mil e tal anos antes do Cristianismo, talvez seja esse o motivo.
Grato por vossos gentis comentários.
Abraço amigo
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Como é alvissareiro se deparar com mais uma imperdível reportagem, que com seu viés arguto nos revela costumes bem diferentes dos nossos!!!
Creio que não me atreveria a comer o tal inseto que você se referiu...
Caloroso abraço! Saudações culturais!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
Em primeiro lugar o meu sincero obrigado por seu gentil comentário.
Para quem vive à longos anos na Ásia e se interessa por tudo o que o rodeia, já nada nos surpreende, eu gosto de viajar e conhecer locais e mosteiros o que acho muito interessante, embora o meu viés seja parco, ainda vou tentando transmitir algumas das minhas vivências e experiências.
Os tais bichinhos são supre nutritivos, eu gosto destes bem como de outros.
No meu outro blog sobre mosteiros tenho lá imensa coisa igualmente interessante.
Abraço amigo
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