INTRODUÇÃO
A 2 de setembro do ano de 1822 foi nomeado o primeiro Capitão do Porto de Macau, sendo então colocados sob as suas ordens um cabo e seis Cipaios para o desempenho das funções de Agentes da Autoridade Marítima.
Por despacho Régio de 3 de março de 1841 foi aprovado o Regulamento Policial da Cidade e Porto de Macau ficando o Capitão do Porto com o comando da Polícia do porto de Macau.
Em 26 de julho de 1862 foi estabelecido um novo regulamento Policial sendo criada então a Polícia do Mar.
No dia 18 de setembro do mesmo ano passou a designar-se Polícia do Mar do Porto de Macau.
A 3 de setembro de 1868 foi elaborado um novo regulamento passando a designar-se como Polícia do Porto de Macau.
A designação de Polícia Marítima e Fiscal só começou a vigorar em 25 de novembro de 1957, por Decreto no. 31288 devido à extinção da Polícia do Mar e da Polícia Fiscal.
Em 1 de janeiro de 1976 a Polícia Marítima e Fiscal deixou de estar sob o comando da Capitania dos Portos, passando a ser integrada nas Forças de Segurança de Macau.
Após a passagem da Administração do Território para a República popular da China e ao abrigo da Lei Básica estabeleceram-se os Serviços de Alfândega no ano de 2001, terminado assim a Corporação da Polícia Marítima e Fiscal, a qual esteve em actividade durante 44 anos, 25 dos quais vividos pelo Autor.
Foi na Polícia Marítima e Fiscal que o Autor se incorporou como agente de segunda classe no dia 12 de agosto de 1967, sendo promovido a agente de primeira classe em 31 de julho de 1976, a subchefe em 4 de setembro de 1976 e acescendo ao posto de Chefe a 19 de fevereiro de 1983.
Nos vinte e cinco anos que prestou serviço nesta Corporação passou por quase todos os Postos de serviço, tendo desempenhando as funções de Comandante de Divisão Policial e Fiscal de Macau.
É essa vida cheia de experiências que o Autor irá tentar relatar nos capítulos seguintes, extraídos do livro de sua autoria 'MEMÓRIAS DE AGENTE EM MACAU".
Durante todo aquele tempo a Sede da Polícia Marítima e Fiscal ficava na Calçada da Barra, no antigo quartel dos Mouros, que servia igualmente de sede de comando dos Serviços de Marinha.
A seu pedido, o Autor passou à aposentação no dia 8 de agosto de 1992.
Todo o escritor, como qualquer outro artista, merece o nosso respeito independentemente de qual seja a sua vertente pessoal, étnica, religiosa, política, económica, social ou as conclusões a que tenha chegado ao longo da sua vivência e percurso intelectual.
E isto pela simples razão de que, através da "janela" pela qual contempla a vida, nos expões e oferece o mais íntimo do seu ser, a sua alma.
Mesmo tendo apenas para oferecer frustações derivadas de uma vida de desilusões, amarguras e desgostos, de ideais sonhados e perdidos, expressa na sua escrita com a mesma ternura e sentimento o que lhe vai pela alma.
O articulista enquadra-se nesta corrente porque tendo atravessado as vicissitudes de uma vida árdua e ingrata, nos aparece com a coragem que sempre lhe foi pelicular, para contar a experiência vivida como Polícia por Terras de Macau.
Sempre foi fiel no cumprimento dos seus deveres profissionais, mantendo os seus ideais de justiça, paz e humanidade que nortearam o seu modo de vida.
Tenta utilizar as palavras adequadas para relatar experiências e situações vividas entre a maldade e injustiça dos homens e hoje sente-se grato pela oportunidade de passar para o papel os conhecimentos adquiridos, sem rancor por quem que seja!
O leitor ao debruçar-se sobre estas parcas linhas fácilmente compreenderá porque afinal em Macau não havia só a " Árvore das Patacas".
O articulista com 23 anos de idade, sendo agente de segunda classe da PMF.
7 comentários:
Vamos lá amigo editar um livro e colocá-lo nos escaparates das livrarias! Tudo vale a pena se a alma não é pequena! Abraço amigo
Muito bem. Gostei.
Cá fico à espera. Quando ele sair diga qualquer coisa.
Valdemar Alves
Agora é para seguir com atenção essas memórias.
O que daí virá!!!
Aquele abraço
Estimado Amigo José Martins,
Mandei editar somente um dos livros, não está à venda, mas irei entregar a meu filho para ele entrar em conversações com o Amazon.
Abraço amigo
Estimados Amigos,
Catarina, foi simplesmente a introdução, o livro em si revela uma realidade passada e era assim que os serviços de Macau e penso que não só, trabalhavam.
Amigos Valdemar e Pedro Coimbra, só existe um exemplar do livro, o conteúdo do mesmo é que vai ser sendo publicado aqui neste parco blog.
O que vai daqui sair? bem a realidade nua e crua, dos 25 anos que passei na PMF.
Pois é padrinho, a isto chama-se subir na vida e no emprego, com o seu próprio esforço!
Corrupção sempre houve e haverá, mas assim a vida tem outro sabor! Conseguir o nosso objectivo através do nosso esforço e das nossas capacidades!
Que Deus o conserve.
Um abraço
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