o mar do poeta

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quinta-feira, agosto 19

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO NAVIO ESCOLA SAGRES



Navio-Escola "Sagres"





CARACTERÍSTICAS GERAIS DO NAVIO



A “Sagres” é uma barca com gáveas partidas e mezena partida. O casco é de aço, sendo as chapas (10 mm) curvadas e soldadas nalguns pontos.



O navio tem dez anteparas estanques dispondo quatro destas de seis portas estanques hidráulicas (comando local ou à distancia ) que garantem a estanqueidade entre compartimentos anexos. Os pavimentos inferiores são estanques e providos de escotilhas igualmente estanques. O convés não tem aberturas, com excepção de um tronco de fuga, fazendo-se a entrada para os pavimentos inferiores através de portas praticadas nas superestruturas, e do seu interior se desce então aos pavimentos inferiores.




A excelência da sua concepção e qualidades náuticas é atestada pelo facto de a Marinha Alemã ter construído, vinte anos mais tarde, em 1958, o seu actual navio escola, o “Gorch Fock”, segundo os mesmos planos.



Para propulsão, existe um motor Diesel MTU de 1000 Cv de arranque eléctrico, com caixa redutora e embraiagem, que em aguas calmas propulsiona o navio à velocidade máxima de 10 nós.



O navio dispõe de tanques de combustível com capacidade para 113.000 litros e de óleo lubrificante para 3.250 litros, o que se traduz numa autonomia a motor de cerca de 30 dias.



O leme é manual, existindo dois postos de comando: a roda de ré ou de emergência, ligada directamente ao mecanismo, e as rodas de governo normal (três) que vão actuar no mecanismo por meio de uma transmissão mecânica de rodas de coroa: dois homens bastam, normalmente, para a manobra do leme. A escolha do governo é feita na caixa do mecanismo onde existe uma engrenagem para o efeito.



A manobra dos ferros é eléctrica, por meio do cabrestante de vante. Existem dois ferros de engolir de 1.750 Kg, talingados em amarras de 44 mm que têm 10 e 9 quarteladas a EB e BB respectivamente. Existe ainda um ferro de roça e um ferro de amura sobressalente, pronto a talingar e largar.



No tombadilho existe um cabrestante mais pequeno, para a manobra de cabos, de operação manual.



A aguada do navio, em 6 tanques, é de 156 toneladas. A distribuição é feita por tanque de pressão e electrobomba de funcionamento automático, existindo ainda um gerador por osmose inversa capaz de produzir 24 toneladas de agua doce por dia.




A energia eléctrica é fornecida por três grupos geradores Diesel CUMMINS de 175 Kw, dos quais dois tornam-se suficientes para as exigências normais do serviço do navio. O arranque destes geradores é feito a ar comprimido garantido por duas garrafas de 30Kg/cm2 e dois electrocompressores. A distribuição é feita a 380 V AC e 220 V AC existindo ainda um circuito de emergência alimentado por baterias de 24 V DC.



A cozinha funciona com diversos equipamentos eléctricos, nomeadamente: dois fogões, dois fornos, duas fritadeiras, duas panelas de pressão, etc... . Existe um forno eléctrico para serviço de padaria, bem como a amassadeira respectiva.



O navio dispõe de torno, aparelhagem de soldadura eléctrica e oxi-acetilénica e oficina de carpintaria.



A instalação frigorifica comporta dois electrocompressores de Freon automáticos e consta de três câmaras numa capacidade total de 60 m3 .



O navio dispõe ainda de diversos equipamentos, como: Radares DECCA 1226C (na Mezena) e KH 1007I (no Traquete), Radiogoniómetro TAYO, receptor FAC-SIMILE para cartas meteorológicas, Sonda, diversos transmissores e receptores de comunicações, ETO, Girobussola, OMEGA M6 e GPS.



Estão montadas à proa duas peças de 47/40 mm destinadas a salva.





Dimensões



Deslocamento: ............... 1800tons



Comprimento fora-a-fora: ..... 89,5m



Boca: ................................ 12,0m



Calado: ............................... 5,5m



Altura do mastro: ............... 45,5m



BIBLIOGRAFIA: Marinha Portuguesa




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