Por mais incrivel que pareça, existem dias para tudo, hoje dia 31 de Julho, é o Dia Mundial do Orgasmo, criado em Inglaterra há oito anos.
Esta data resultou de uma artimanha dos comerciantes de produtos de sexo, com a finalidade de aumentarem as suas vendas.
Esta data ainda não é comemorada em muitos países, e pensa o articulista que deveria até ser abolida, visto haver eventos que deveriam ser mais divulgados, eventos de protecção da natureza ou outros, já que em termos sexuais o mundo anda de mal a pior.
Vejamos o caso de Portugal, um país de tesos, onde aumenta a venda de remédios para o desempenho sexual.
Vide artigo publicado hoje, no Jornal Diário de Notícias.
Cresce venda de remédios para o desempenho sexual
por FILIPA FRAGOSO
Sexólogos dizem que os portugueses, tanto homens como mulheres, estão a dar mais importância à vida sexual. Procura de ajuda nos consultórios cresce no Verão.
O número de medicamentos prescritos para o desempenho sexual masculino tem vindo a aumentar, tendo também subido a procura de ajuda a sexólogos.
Segundo dados fornecidos ao DN pelo IMS Health, em 2010 houve um aumento de 3% na venda de comprimidos para a disfunção eréctil relativamente aos 12 meses anteriores, crescimento que reflecte o aumento de casos diagnosticados, mas também uma maior importância dada pelos portugueses à sua vida sexual.
Aliás, hoje comemora-se o Dia Internacional do Orgasmo e Júlio Machado Vaz aproveita para lembrar que o excesso de "sexo pelo sexo" e de "sexo em termos comerciais" tem afastado as pessoas de cultivarem "o sexo como fonte de prazer e de comunicação". Para o sexólogo, o sexo passou a ser "mecânico e 'hidráulico'".
Já o aumento da venda destes remédios surpreende o sexólogo Santinho Martins, por se estar numa fase de crise económica e o preço deste tipo de medicamentos não estar ao alcance de todos. "Ainda não foi lançado nenhum genérico e o preço é muito limitativo. Cada comprimido, que tem de ser tomado antes da relação sexual, ronda os 7,50 euros, dependendo da dosagem. Mesmo que seja só uma vez por semana, ao fim do mês é um preço muito elevado para muitas pessoas", lembrou.
Segundo os especialistas, há várias razões que podem ter provocado este aumento. "Desde o aparecimento do primeiro comprimido, há 12 anos, que a procura tem vindo a aumentar, o que não significa que haja mais homens com disfunção eréctil, mas sim mais homens que procuram ajuda", explicou ao DN Nuno Pereira, urologista e sexólogo.
Júlio Machado Vaz, psiquiatra e sexólogo, defende que há "um maior número de pessoas diagnosticadas e uma maior abertura da mentalidade", que também podem ser as causas para este aumento.
"Com o aparecimento do comprimido ocorreu uma revolução farmacológica e cultural em Portugal e tornou-se mais fácil falar do assunto. Antes era uma vergonha para o homem. Hoje, procura--se ajuda", disse Nuno Pereira.
Tanto homens como mulheres procuram ajuda para o seu desempenho sexual. Contudo, não existe nenhum medicamento que seja estritamente direccionado para o desejo sexual da mulher, podendo ser prescrita terapêutica hormonal. "Dentro de cerca de dois anos irá aparecer um medicamento para o desejo sexual da mulher", lembra o sexólogo Santinho Martins ao DN.
Já os homens têm à sua disposição vários medicamentos, principalmente direccionados para a disfunção eréctil, tais como: Cialis, Viagra, Levitra, Caverject e Zumba.
Os problemas sexuais masculinos, principalmente a disfunção eréctil, segundo os sexólogos, começam a aparecer com mais frequência a partir dos 50 anos e a faixa etária que mais procura ajuda é a dos 40 aos 60 anos.
Apesar de a consulta médica só ser indicada para quem tem problemas sexuais, há quem procure estes especialistas para "melhorar o seu desempenho". "O Verão costuma ser de grande procura", disse Santinho Martins, referindo-se ao "turismo sexual". "Para melhorar o desempenho não é preciso ir ao médico", constatou. Também Júlio Machado Vaz concorda em o Verão ser um período de grande procura e venda destes medicamentos: "Há uma expectativa maior de actividade sexual e há quem vá de férias para bater recordes."
Fonte - Jornal de Notícias
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