"Monsenhor Manuel Teixeira (1912-2003) foi um famoso historiador português de Macau e um sacerdote católico. Viveu grande parte da sua vida em Macau e contribuiu bastante nas áreas de missionação, de educação e do estudo da história. Deixou uma grande quantidade de informação valiosa sobre a História daquela terra e sobre a História da Diocese de Macau. O seu trabalho e empenho foram reconhecidos pelas sociedades de Portugal e de Macau.
Nasceu no dia 15 de Abril de 1912, no Freixo de Espada à Cinta, em Trás-os-Montes, Portugal. Em 1924, após a conclusão da instrução primária na sua terra natal, partiu para Macau, onde ingressou no Seminário de S. José. Foi na Igreja do Seminário de S. José que ele recebeu a Ordem sacerdotal no dia 29 de Outubro de 1934. Nesse mesmo ano, tornou-se pároco de S. Lourenço, cargo que desempenhou até 1946.Aos 22 anos, começou a dirigir o “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau” e, sob a sua direcção, que durou 13 anos, o Boletim tornou-se numa publicação internacionalmente conhecida, graças também ao importante contributo de outras pessoas prestigiosas como José M. Braga e Charles Ralph Boxer.
Em 1942, fundou a revista mensal “O Clarim” e foi tamém co-fundador do semanário “União”. Nas décadas de 70 e 80, foi director dos “Arquivos de Macau” e do “Boletim do Instituto Luís de Camõe”.
Entre 1932 e 1970, ele foi também professor no Seminário de São José, no Colégio de São José, na Escola Comercial Pedro Nolasco e no Liceu Nacional Infante D. Henrique.
Em 1948, parte para Singapura como missionário e Vigário Geral das Missões Portuguesas de Singapura e Malaca.
Lá, organizou várias instituições religiosas e fundou a revista de língua inglesa “Rally”.
O Padre Manuel Teixeira foi um importante e reconhecido historiador de Macau e empenhou-se tanto que publicou 123 livros de investigação histórica. Foi também um importante investigador da presença portuguesa no Oriente. Recebeu em 1981 e 1983, respectivamente, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian pelas suas obras “Os Militares em Macau” e “Toponímia de Macau”.Em 1982, devido à sua popularidade, foi proclamado Figura do Ano em Macau.
Em 1984, instituiu a "Fundação Padre Teixeira", um fundo de apoio aos estudantes pobres de Macau e cujo capital excede já o montante de 600 mil dólares de Hong-Kong.Regressou a Portugal a 16 de Maio de 2001, onde veio a falecer no dia 15 de Setembro de 2003, aos 91 anos, em Chaves.
O já idoso monsenhor Manuel Teixeira (na esquerda da foto) recebendo das mãos de Jorge Sampaio (na direita da foto) a insígnia de Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, no dia 18 de Dezembro de 1999.
Monsenhor Manuel Teixeira foi membro da Associação Internacional de Historiadores da Ásia, da Academia Portuguesa de História e da Academia Portuguesa de Marinha, sócio-correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa, sócio da Sociedade Científica Católica Portuguesa, vogal do Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, vogal do Conselho da Universidade da Ásia Oriental
.Honras e CondecoraçõesEm 1952, o Governo Português agraciou-o com o grau de Oficial da Ordem do Império Colonial.
Em 1974, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e, em 1985, com a Medalha de Valor.
A 10 de Junho de 1989 foi condecorado, pelo então Presidente da República Portuguesa, Dr. Mário Soares, com a Comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada.
Em 1996, foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
No dia 18 de Dezembro de 1999, dois dias antes da transferência de soberania de Macau para a República Popular da China, ele, comovido, recebeu das mãos do então Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, a insígnia da Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada.Monsenhor Manuel Teixeira era também Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade da Ásia Oriental.
O MONSENHOR MANUEL TEIXEIRA, ASSITINDO A UMA PALESTRA NO DIA DA MARINHA, NO ANO DE 1969, NA CAPITANIA DOS PORTOS DE MACAU, À QUAL ESTEVE IGUALMENTE PRESENTE O SIGNATÁRIO.
ERA MUITO AMIGO DO PESSOAL DA MARINHA E NUNCA FALTAVA A UMA FESTA QUE SE LÁ SE REALIZA-SE.
TIVE O PRAZER DE O CONHECER PESSOALMENTE, BEM COMO LIDO MUITOS DOS SEUS LIVROS, OS QUAIS ME VIERAM ENRIQUECER AINDA MAIS OS CONHECIMENTOS HISTÓRICOS DOS PORTUGUESES NA ÁSIA.
O Monsenhor Manuel Teixeira, missionário desta Diocese e conhecido historiador de Macau, nasceu em Freixo de Espada à Cinta, Trás-Os-Montes, Portugal, a 15 de Abril de 1912, e chegou a Macau, com 12 anos de idade onde frequentou o Seminário de São José. Após a sua ordenação dedicou largos anos da sua vida à educação da juventude e à divulgação da Religião. Foi Director do Boletim Eclesiástico e colaborador de várias publicações. Além do Seminário de São José, leccionou em vários outros estabelecimentos de ensino de Macau, durante muitos anos. Foi Pároco de São Lourenço, nesta Cidade e de São José, em Singapura, respectivamente.
Em 1984, o Padre Manuel Teixeira foi nomeado por sua Santidade o Papa João Paulo II Capelão da Santa Sé, o que lhe mereceu o título de “Monsenhor”. Morreu aos 91 anos, em 15 de Setembro de 2003, em Chaves, Portugal, na Casa de Santa Marta, onde residia desde que há dois anos, saiu do território de Macau.
É de salientar, que além das actividades pastorais, o Monsenhor Manuel Teixeira distinguiu-se no campo da historiografia, cujas obras são fruto dum trabalho contínuo de mais de 70 anos, publicadas em mais de cem volumes e dedicadas a vários aspectos da história de Macau e da Diocese, bem como à presença da Igreja Católica e de Portugal no Extremo Oriente.
Tenho muito prazer em saber que o Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau vai publicar um “Catálogo da Bibliografia do Monsenhor Manuel Teixeira Coleccionada pela Biblioteca Central de Macau”. Com toda a certeza, o “Catálogo” vai ser um instrumento de trabalho que contribuirá para o conhecimento mais aprofundado da história, assim como para o enriquecimento dos que se interessam pelo estudo e a investigação histórica. O “Catálogo da Bibliografia do Monsenhor Manuel Teixeira”, o mais prolífico dos historiadores de Macau, apresenta uma longa lista do seu trabalho e contribui para a pesquisa histórica em áreas menos bem tratadas, pelo que desejamos que seja bem aproveitado.
Bispo de Macau
José Lai
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QUEM VIVEU EM MACAU, POR CERTO CONHECEU O SENHOR MONSENHOR MANUEL TEIXEIRA E ILUSTRE HISTORIADOR, ERA CONHECIDO PELOS CHINESES PELO PADRE DAS BARBAS BRANCAS.
DE MANHÃ BEM CEDINHO E PELA TARDINHA PODIA-SE VER ESSA NOBRE FIGURA DO MONSENHOR PERCORRENDO A PONTE NOBRE DE CARVALHO, ERA ESSE UM DOS SEUS EXERCÍCIOS FISICOS DIÁRIOS.
O Padre Manuel Teixeira deixou centenas de obras as quais são testemunho das suas palavras.
Monsenhor Manuel Teixeira morreu no dia 15 de Setembro de 2003, aos 91 anos. Chegou a Macau com 12 anos de idade, onde frequentou o Seminário de São José. Desde então, passou quase toda a sua vida em Macau, contribuíndo em diversas áreas: divulgação da religião, jornalismo, pesquisa histórica e educação da juventude. Em 2001 voltou a Portugal, para viver tranquilamente os últimos anos de vida na Casa de Santa Marta.
No campo da historiografia de Macau, a que dedicou grande parte da sua vida, Monsenhor Manuel Teixeira recebeu em 1981 e 1983, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian respectivamente pelo trabalho “Os Militares em Macau” e “Toponímia de Macau”, importantes estímulos para o estudo da história de Macau.
As centenas de obras que escreveu, entre os 25 e os 87 anos de idade, quando ainda tinha obras por publicar, constituem, para além de um valioso contributo para o estudo da documentação histórica, religiosa e cultural, um elemento de referência para a conservação do património cultural da cidade.
Quando estudamos o património cultural e a história de Macau, lembramo-nos de imediato da figura de barba grande e branca com um par de óculos grossos do Monsenhor Manuel Teixeira. O homem e a obra ficarão para sempre guardados na memória das pessoas de Macau.
A Presidente do Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau
Heidi Ho
Monsenhor Manuel Teixeira e a História de Macau
“O homem é pó, a fama é fumo e o fim é cinza (…) só os meus livros permanecerão (…) e essa é a minha consolação!”
── Monsenhor Manuel Teixeira
Monsenhor Manuel Teixeira, historiador de Macau e sacerdote católico natural de Portugal, faleceu no passado dia 15 de Setembro, aos 91 anos, em Chaves, na Casa de Santa Marta. Este intelectual, cujas batina e barba branca como neve, ficaram na retina de muitos dos que aqui vivem ou viveram, passou grande parte da sua vida em Macau tendo deixado uma grande quantidade de informação respeitante à história desta região.
Nasceu em 1912, em Trás-os-Montes. Aos 12 anos radicou-se em Macau onde ingressou no Seminário de São José. Aos 22 anos foi-lhe entregue a direcção do “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau” e, durante os 13 anos em que assumiu essa função, o Boletim tornou-se uma publicação internacionalmente conhecida, graças ao valioso contributo de outras figuras de grande prestígio como José M. Braga e Charles R. Boxer.
O sucesso do seu trabalho na direcção do “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau”, abriu ao Padre Manuel Teixeira caminho para o estudo da história. Em 1942, ano em que fundou a revista mensal “O Clarim”, foi também co-fundador do semanário “União”. Em 1948 parte para Singapura e Malaca como missionário e fundou a revista “Rally”, em inglês. Mais tarde, nas décadas de 70 e 80, desempenhou o cargo do director dos “Arquivos de Macau” e do “Boletim do Instituto Luís de Camões”.
Desde a fundação das publicações periódicas já citadas, o Padre Manuel Teixeira empenhou-se no estudo da história de Macau. Recebeu em 1981 e 1983, respectivamente, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian pelo seu trabalho “Os Militares em Macau”e “Toponímia de Macau”, importantes estímulos para o estudo da história de Macau, nomeadamente para o estudo da sua Diocese.
A par do seu trabalho na direcção de diversas publicações periódicas, o Padre Manuel Teixeira, entre 1932 e 1970, foi professor no Seminário de São José, no Colégio de São José, na Escola Comercial Pedro Nolasco e no Liceu Nacional Infante D. Henrique.
O Padre Manuel Teixeira dedicou toda a sua vida aos trabalhos de missionação, ao estudo da história e à educação, contributos reconhecidos pelas sociedades de Portugal e de Macau. Além de ter sido membro de diversas organizações de história e de geografia ou instituições científicas, quer no estrangeiro, quer em Macau, foi agraciado com várias honras e distinções, com destaque para a de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (1974) e Medalha de Valor (1985).
Dado que passou a maior parte da vida em Macau, grande parte da sua obra está relacionada com a cidade, podendo ser consultada na Sala de Macau da Biblioteca Central de Macau. As monografias da sua autoria ali conservadas atingem os 133 títulos, editados entre 1937 e 1999.
Deixou uma vasta obra quer em livros quer em textos avulsos. Há 318 analíticos conservados na Biblioteca Central de Macau, referentes a diversas publicações periódicas, como o “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau”, “Arquivos de Macau”, “O Clarim”, “Revista Nam Van” e “Revista Macau”.
Para homenagear Monsenhor Manuel Teixeira, a Biblioteca Central de Macau realizou a “Exposição das Obras do Monsenhor Manuel Teixeira” que está patente ao público na Biblioteca do Edifício do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, entre 29 de Setembro 2003 e 31 de Março de 2004, exibindo as obras de sua autoria, os seus manuscritos, fotografias e biografia, bem como três catálogos compilados pela Biblioteca e cujos conteúdos estão relacionados com o seu legado: “Bibliografia do Monsenhor Manuel Teixeira coleccionada pela Biblioteca Central de Macau:
Como investigador da história do Oriente Português, o investigador foi buscar certas influências a uma tradição de estudos históricos já existente em Macau, desde o século XVIII.
“Como estudioso da história de Macau, o mais importante trabalho é tomar notas de todos os acontecimentos importantes de Macau e da sua Diocese, pois a história da igreja de Macau está intimamente ligada à história civil do Território, tornando-se difícil dissociar estas duas realidades …”. palavras do autor.
O Padre Manuel Teixeira legou-nos centenas de obras
as quais são testemunho das suas palavras.
Morreu Manuel Teixeira, padre e historiador de Macau
O conhecido padre e historiador de Macau, monsenhor Manuel Teixeira, morreu hoje aos 91 anos, em Chaves, na Casa de Santa Marta, o lar onde residia desde que regressou a Portugal, há dois anos.
O corpo de Manuel Teixeira encontra-se na Casa de Santa Marta até terça-feira, de onde seguirá para a igreja matriz de Chaves. Aí será realizada a missa de corpo presente. O funeral sai para o cemitério da cidade, cerca das 15:00.
Nascido em Freixo de Espada à Cinta, Manuel Teixeira regressou a Portugal a 16 de Maio de 2001, depois de ter passado 76 anos no Oriente, nomeadamente em Singapura e Macau.
Com apenas 12 anos viajou para Macau, para aí estudar num seminário.
Durante a sua estada no Oriente, monsenhor Manuel Teixeira escreveu 123 livros, tendo estudado sobretudo a história da diocese macaense.
Entre as condecorações que recebeu, encontram-se a de Oficial da Ordem do Império, e as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem Militar de Santiago e Espada.
Monsenhor Manuel Teixeira morreu no dia 15 de Setembro de 2003, aos 91 anos. Chegou a Macau com 12 anos de idade, onde frequentou o Seminário de São José. Desde então, passou quase toda a sua vida em Macau, contribuíndo em diversas áreas: divulgação da religião, jornalismo, pesquisa histórica e educação da juventude. Em 2001 voltou a Portugal, para viver tranquilamente os últimos anos de vida na Casa de Santa Marta.
No campo da historiografia de Macau, a que dedicou grande parte da sua vida, Monsenhor Manuel Teixeira recebeu em 1981 e 1983, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian respectivamente pelo trabalho “Os Militares em Macau” e “Toponímia de Macau”, importantes estímulos para o estudo da história de Macau.
As centenas de obras que escreveu, entre os 25 e os 87 anos de idade, quando ainda tinha obras por publicar, constituem, para além de um valioso contributo para o estudo da documentação histórica, religiosa e cultural, um elemento de referência para a conservação do património cultural da cidade.
Quando estudamos o património cultural e a história de Macau, lembramo-nos de imediato da figura de barba grande e branca com um par de óculos grossos do Monsenhor Manuel Teixeira. O homem e a obra ficarão para sempre guardados na memória das pessoas de Macau.
A Presidente do Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau
Heidi Ho
Monsenhor Manuel Teixeira e a História de Macau
“O homem é pó, a fama é fumo e o fim é cinza (…) só os meus livros permanecerão (…) e essa é a minha consolação!”
── Monsenhor Manuel Teixeira
Monsenhor Manuel Teixeira, historiador de Macau e sacerdote católico natural de Portugal, faleceu no passado dia 15 de Setembro, aos 91 anos, em Chaves, na Casa de Santa Marta. Este intelectual, cujas batina e barba branca como neve, ficaram na retina de muitos dos que aqui vivem ou viveram, passou grande parte da sua vida em Macau tendo deixado uma grande quantidade de informação respeitante à história desta região.
Nasceu em 1912, em Trás-os-Montes. Aos 12 anos radicou-se em Macau onde ingressou no Seminário de São José. Aos 22 anos foi-lhe entregue a direcção do “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau” e, durante os 13 anos em que assumiu essa função, o Boletim tornou-se uma publicação internacionalmente conhecida, graças ao valioso contributo de outras figuras de grande prestígio como José M. Braga e Charles R. Boxer.
O sucesso do seu trabalho na direcção do “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau”, abriu ao Padre Manuel Teixeira caminho para o estudo da história. Em 1942, ano em que fundou a revista mensal “O Clarim”, foi também co-fundador do semanário “União”. Em 1948 parte para Singapura e Malaca como missionário e fundou a revista “Rally”, em inglês. Mais tarde, nas décadas de 70 e 80, desempenhou o cargo do director dos “Arquivos de Macau” e do “Boletim do Instituto Luís de Camões”.
Desde a fundação das publicações periódicas já citadas, o Padre Manuel Teixeira empenhou-se no estudo da história de Macau. Recebeu em 1981 e 1983, respectivamente, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian pelo seu trabalho “Os Militares em Macau”e “Toponímia de Macau”, importantes estímulos para o estudo da história de Macau, nomeadamente para o estudo da sua Diocese.
A par do seu trabalho na direcção de diversas publicações periódicas, o Padre Manuel Teixeira, entre 1932 e 1970, foi professor no Seminário de São José, no Colégio de São José, na Escola Comercial Pedro Nolasco e no Liceu Nacional Infante D. Henrique.
O Padre Manuel Teixeira dedicou toda a sua vida aos trabalhos de missionação, ao estudo da história e à educação, contributos reconhecidos pelas sociedades de Portugal e de Macau. Além de ter sido membro de diversas organizações de história e de geografia ou instituições científicas, quer no estrangeiro, quer em Macau, foi agraciado com várias honras e distinções, com destaque para a de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (1974) e Medalha de Valor (1985).
Dado que passou a maior parte da vida em Macau, grande parte da sua obra está relacionada com a cidade, podendo ser consultada na Sala de Macau da Biblioteca Central de Macau. As monografias da sua autoria ali conservadas atingem os 133 títulos, editados entre 1937 e 1999.
Deixou uma vasta obra quer em livros quer em textos avulsos. Há 318 analíticos conservados na Biblioteca Central de Macau, referentes a diversas publicações periódicas, como o “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau”, “Arquivos de Macau”, “O Clarim”, “Revista Nam Van” e “Revista Macau”.
Para homenagear Monsenhor Manuel Teixeira, a Biblioteca Central de Macau realizou a “Exposição das Obras do Monsenhor Manuel Teixeira” que está patente ao público na Biblioteca do Edifício do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, entre 29 de Setembro 2003 e 31 de Março de 2004, exibindo as obras de sua autoria, os seus manuscritos, fotografias e biografia, bem como três catálogos compilados pela Biblioteca e cujos conteúdos estão relacionados com o seu legado: “Bibliografia do Monsenhor Manuel Teixeira coleccionada pela Biblioteca Central de Macau:
Monografias” (133 títulos), “Bibliografia do Monsenhor Manuel Teixeira coleccionada pela Biblioteca Central de Macau: Analíticos” (318 títulos) e “Bibliografia Passiva do Monsenhor Manuel Teixeira coleccionada pela Biblioteca Central de Macau” (22 títulos).
Como investigador da história do Oriente Português, o investigador foi buscar certas influências a uma tradição de estudos históricos já existente em Macau, desde o século XVIII.
“Como estudioso da história de Macau, o mais importante trabalho é tomar notas de todos os acontecimentos importantes de Macau e da sua Diocese, pois a história da igreja de Macau está intimamente ligada à história civil do Território, tornando-se difícil dissociar estas duas realidades …”. palavras do autor.
O Padre Manuel Teixeira legou-nos centenas de obras
as quais são testemunho das suas palavras.
Morreu Manuel Teixeira, padre e historiador de Macau
O conhecido padre e historiador de Macau, monsenhor Manuel Teixeira, morreu hoje aos 91 anos, em Chaves, na Casa de Santa Marta, o lar onde residia desde que regressou a Portugal, há dois anos.
O corpo de Manuel Teixeira encontra-se na Casa de Santa Marta até terça-feira, de onde seguirá para a igreja matriz de Chaves. Aí será realizada a missa de corpo presente. O funeral sai para o cemitério da cidade, cerca das 15:00.
Nascido em Freixo de Espada à Cinta, Manuel Teixeira regressou a Portugal a 16 de Maio de 2001, depois de ter passado 76 anos no Oriente, nomeadamente em Singapura e Macau.
Com apenas 12 anos viajou para Macau, para aí estudar num seminário.
Durante a sua estada no Oriente, monsenhor Manuel Teixeira escreveu 123 livros, tendo estudado sobretudo a história da diocese macaense.
Entre as condecorações que recebeu, encontram-se a de Oficial da Ordem do Império, e as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem Militar de Santiago e Espada.
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