o mar do poeta

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domingo, agosto 7

EM BANGUECOQUE UM ALMOÇO PARA TRÊS

Thursday, December 16, 2010


EM BANGUECOQUE UM ALMOÇO PARA TRÊS

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Foi um almoço para três que acomodaria o estômago a seis mesmo daqueles de não sofrerem o mal do fastio.
Assim foi ontem, dia 15 de Dezembro, em sua casa de Banguecoque do amigo e puro alentejano António Cambeta acompanhado de mim, o chefe de cozinha, das almoçaradas dos “portugas” Manuel Campos que ontem esteve de folga dado que o confrade António Cambeta, a esposa Tasanee, prepararam o excelente almoço. A mesma foi posta pela jovem, filha e tal qual a face do amigo Cambeta, Catalya.
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Ora o confrade Cambeta um velho residente desta imensa Ásia cuja permanência, nesta área do globo, já dobrou a do Fernão Mendes Pinto por 4 anos. Leva com isto 46 anos.
.Quase meio século de uma vida entre o serviço do Estado Português, servindo vários Governadores de Macau e agora gozando merecida reforma que lhe permite, uns tempos em Macau, outros na Tailândia, junto de suas duas família as luso tailandesa e chinesas e a viver desafogadamente.
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António Cambeta ex-oficial da Marinha do Governo de Macau, de quando sob administração portuguesa, não esconde a ninguém que vive entre vários amores: “as suas duas esposas a tailandesa Tasanee, a chinesa Drª Maria de Lourdes, suas três filhas em Banguecoque, dois filhos, duas netinhas e um netinho, recentemente nascido, em Macau.


Imagem do lado esquerdo um bacalhau à "brás" confeccionado pelo amigo Cambeta. Do lado direito Manuel Campos e o anfitrião ao "ataque". A ementa que bem dava para seis, além do indispensável bacalhau, da maneira que for cozinhado, havia chouriço à rodelas, azeitonas, alentejanas, queijo, galinha assada e recheada à "Cambeta" e o caldo verde com tora, aos pedacinhos de chouriço.
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Carne de porco cozida, deliciosa. Vinho do Chile... Continua a não haver vinho português na prateleiras dos super-mercados de Banguecoque e nas garrafeiras de hoteis. Seria uma pergunta a fazer ao embaixador Faria e Maya e razão de tal anomalia, mas como ele, creio dentro de dias, vai descansar (reforma) e o adeus à diplomacia, já não vale a pena perder tempo com a pergunta... Há pelo menos a esperança que o novo embaixador a chegar a Banguecoque faça algo para que na Tailândia, onde se bebem almudes de vinho, a "pinga" de boa cepa portugesa, volte a ser bebida e vendida como outrora..
Não estou ou tenho estado a elogiar o amigo António Cambeta, gratuitamente, porque ele é um homem de virtude, sentimentos,assumindo as responsabilidades de marido, pai e avó. Mas além do mais é um nato, viajante e conhecedor da Tailândia desde o sul ao norte, possuindo milhares de fotografias que catologou em CD-Roms, cujos os discos estão decorados com capas. Petencem ao seu arquivo particular de memórias
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Um cantinho, aconhegador, da casa de António Cambeta, onde figuram na parede as lembranças de um passado e a bandeira das Quinas, Qual português, haverá, por esse mundo adiante que não tenha na sua casa a sua indentidade?
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Há 8 anos escrevi sobre António Cambeta:
“Entredois amores (considero três), vive o jovem na proximidade da casa dos 60, António Cambeta; Homem já da Àsia e onde vive há perto dos 40 anos. O três amores de António Cambeta são: o Alelentejo, Évora onde nasceu, a esposa chinesa em Macau que lhe deu dois filhos, funcionários do Governo e uma senhora tailandesa, que conheceu e por quém se perdeu de amores, há 23 anos e cujo dessa, sincera, ligação amorosa, nasceram 3 formosas raparigas, onde a fisionomia, do rosto, das três beldades lusas/tailandesas têm bem vincados os sinais da latinidade de António Cambeta.

Que não se ascendam as iras da gente púdica, dos castos, dos pregadores dos bons costumes pelo facto de António Cambeta ter vivido, ao longo da sua permanência na Ásia, entre dois amores.
Os seus dois filhos nascidos de uma senhora, chinesa, em Macau, o Luis Manuel de 33 anos e o Vicente de 32, contribuem, para a continuação da lusitanidade naquele Território, servindo a Administração; e as suas três “princesas”, tailandesas, está a prepará-las com uma educação primorosa para enfrentarem o futuro.

Rosa Cambeta, de 19 anos, é estudante, forma-se na mais moderna universidade no centro norte da Tailândia, Susaranee ( nome de um Rei heroi do antigo Sião), a Sunsanee Cambeta, de 9 anos e Catalya Cambeta de 8 anos, aprendem em excelentes escolas para depois seguirem o caminho da Rosa e com isto contribuir para o desenvolvimento da Tailândia,moderna e preparada para um futuro promissor, económico, dentro do contexto dos países do Sudeste Asiático.

Foto tirada em Março de 2011


Além do mais a comunidade lusa/portuguesa vai continuar presente na Tailândia e, com isto manter as raízes da sua identidade, na velha capital Aiútaia (Ayutthaya), na proximidade de atingir os 500 anos de relacionamento, amistoso, entre Portugal e a Tailândia.

António Cambeta deixou o seu Alentejo em 1964 e partiu para Macau,como oficial miliciano, inserido, na Companhia de Caçadores 690. Passou à disponibilidade em 1967 e fica por Macau como funcionário de uma companhia de navegação.

Mais tarde ingressa nos quadros dos Serviços da Marinha do território. Foi patrão de várias lanchas de fiscalização no Rio das Pérolas, frequentou cursos, avançados, de processos alfandegários, em Hong Kong e a seu cargo, a chefia, de todos os sectores do departamento aduaneiro de Macau.

Socorreu humanitáriamente e resgatou, em situações aflitivas, centenas de refugiados vietnamitas (boat people).

Foi condecorado, com as medalhas de Dedicação e Mérito Profissional, pelos Governadores Eng. Carlos Melancia e General Rocha Vieira . Durante a longa carreira teve vários louvores e menções honrorosas pelos bons serviços, prestados em Macau, debaixo da administração portuguesa.

António Cambeta, reformado, vive desafogadamente, entre os vários amores: as duas companheiras asiáticas, os filhos e as filhas que estas lhe ofereceram.
Évora, no imenso Alentejo, é outro seu amor.

Mas pelo que ouvi de António Cambeta me pareceu de quem gosta mais é de Macau e da Tailândia. Évora de tempos a tempos, para matar saudades.”

José Martins - 22.10.2002

3 comentários:

Unknown disse...

Parabéns por este almoço e pela homenagem merecida ao Gambeta.
Tenho-o no meu grupo de amigos especiais e agora que lhe pôs a vida ao Sol a minha admiração por ele continua ainda mais vincada.
É um português de gema.
"Antes quebrar que torcer"
A parte do seu altruísmo e ajuda humanitária foi sobretudo o que me encantou.
Desejo-lhe as maiores venturas assim como para as esposas e os filhos.

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Pelo pouco que conheço virtualmente seu amigo, o Sr. José Martins, percebi que é um homem muito erudito, cidadão probo, que não se intimida em externar o que pensa, colocando seus viéses, mesmo que possam melindrar quem está em foco! Isto posto, fiquei encantado ao vê-lo retratado, através da brilhante pena do Sr. José Martins, que torna patente que você, meu caríssimo amigo António, é um alentejano absolutamente do bem!!!!
Também admiro sobremaneira sua lisura e transparência em manter duas valorosas famílias, dando plena assistência a ambas!!!! Aqui entre nós daria o maior banzé, como diria meu saudoso avô materno, o Sr. Júlio Xavier Pinheiro (1884-1966), ou como digo o maior bafafá se um homem torna de domínio público sua condição de bígamo...
Que honra ter um amigo que acudiu pessoas em perigo iminente de morte, porque foram obrigadas a fugir do seu país de origem!!!!!
Você é um ser vivente que dignifica a espécie Homo Sapiens e me dá esperanças de dias melhores!!!!
Que a deusa da Justiça e da Sabedoria o tenha como pupilo sempre!!!!!
Caloroso abraço! Saudações fraternais!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP

PS - Quem me dera ter sido um dos felizardos convidados, que tiveram a prerrogativa de degustar osapetitosíssimos pratos da suculenta culinária portuguesa com certeza, que você ofereceu aos seus amigos!!!!!
Agora um pouco de folguedos:
A copeira Hermenegilda está morta de inveja das suas duas esposas para o desespero do seu noivo, o bombeiro Godofredo... Ele disse que você lançou um feitiço na Hermenegilda, que até boceja quando vê a mangueira roliça do Godofredo em ação...
Outro dia a Dona Miquelina teve que ir ao exíguo aposento da Hermegilda, que fica nas dependências dos empregados da suntuosa residência onde a Dona Miquelina reside na Serra da Cantareira, lá na zona norte paulistana, porque a Hermenegilda não tinha preparado suas disputadíssimas rosquinhas para o café da manhã... A Dona Miquelina ficou surpresa quando percebeu que a Hermenegilda ainda se encontrava sob a égide de Morpheu, tendo um sonho lascivo, porque dizia: Ai, meu alentejano dileto, meu Tonico querido... A Dona Miquelina para não ouvir mais palavras lascivas acordou a Hermenegilda, que acordou vigorosa e com uma feição de plena satisfação e muito disposta a enfrentas mais um dia de labor na residência da Dona Miquelina...

Catarina disse...

Que homenagem, caro amigo António! Bem merecida, pelo que parece.
Abraço.