O código do escudo segundo a norma ISO 4217 é "PTE".
A designação provém da própria figuração nelas representada: um escudo. Eram de ouro baixo, 18 quilates e valiam 50 marcos.
O escudo português foi substituído pelo euro no início de 2002. A taxa de conversão entre escudos e euros foi estabelecida em 31 de Dezembro de 1998, tendo o valor de 1 euro sido fixado em 200,482 escudos.
No reinado de D. Duarte apareceu o meio-escudo de ouro, do qual nem o desenho se conhece. No reinado de D. João V cunharam-se também as dobras, múltiplos do escudo. Também nos reinados de D. José I, D. Maria I e D. João VI se cunharam escudos.
O decreto de 22-5-1911 reformou profundamente, sob o ponto de vista técnico, o sistema monetário que vigorava em Portugal, alterando a denominação de todas as moedas, o material, o peso, e as dimensões das moedas de bronze e substituiu, pelo escudo de ouro, o real.
Dividido em 100 partes iguais, denominadas centavos, o escudo correspondia, quer no valor, quer no peso de ouro fino, à moeda de 1 000 réis.
Como múltiplos, criaram-se moedas de ouro, que nunca se cunharam, de 2, 5 e 10 escudos e, como submúltiplos, moedas do valor legal de 10, 20 e 50 centavos e moedas subsidiárias de bronze-níquel de valor legal de 4, 2, 1 e ½ centavos, as quais, com excepção desta última, vieram todas a ser cunhadas.
Depois de 1914, por virtude da crise provocada pela Primeira Guerra Mundial, o escudo-papel (nota) experimentou uma descida vertiginosa de valor, atingindo a sua menor correspondência em ouro, em Julho de 1924. Desde o segundo semestre de 1926 até Abril de 1928, o escudo sofre nova desvalorização, em consequência de dois aumentos de circulação, do agravamento da dívida flutuante interna e externa e do quase esgotamento das reservas de ouro que o Tesouro Nacional possuía em Londres.
Pelo decreto nº 19.869, de 9-6-1931, lançaram-se as bases dum novo sistema monetário, para manter a estabilização do valor desta moeda, continuando a ser o escudo de ouro a unidade monetária, mas com um peso inferior, servindo apenas como moeda-padrão.
Moedas
As moedas em circulação antes da mudança para o euro eram as que têm as seguintes denominações:
- 1 escudo
- 5 escudos
- 10 escudos
- 20 escudos
- 50 escudos
- 100 escudos
- 200 escudos
Notas
Última série
A última série de notas portuguesas foi emitida em XXXX e permaneceu em vigência até à entrada do euro. Eram cinco notas dedicadas a importantes navegadores da época dos descobrimentos portugueses, com as seguintes características:
- 500 escudos
- 125 x 68 mm
- Tonalidade: vermelho e marrom
- Anverso: João de Barros
- Reverso: dos navegadores da época e dos navios pequenos.
- 1000 escudos
- 132 x 68 mm
- Tonalidade: violeta e marrom
- Anverso: Pedro Álvares Cabral
- Reverso: uma caravela e de fundo uma selva.
- 2000 escudos
- 139 x 68 mm
- Tonalidade: azul
- Anverso: Bartolomeu Dias
- 5000 escudos
- 146 x 75 mm
- Tonalidade: verde
- Anverso: Vasco da Gama
- Reverso: uma caravela e encontro de personagens da época
- 10000 escudos
- 153 x 75 mm
- Tonalidade: vermelho e ocre
- Anverso: Infante Dom Henrique
- Reverso: uma caravela.
O euro (€) é a moeda oficial de 17 dos 27 países da União Europeia. O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de Janeiro de 1999. O código do euro, de acordo com a norma ISO 4217, é "EUR".
O que é ainda hoje inaceitável é que, perante tão profundas alterações e com consequências tão relevantes em todos os domínios da vida nacional, a decisão da substituição da moeda nacional pelo Euro se tenha realizado sem que os portugueses se tivessem pronunciado em Referendo.
O que ainda hoje é inaceitável e o continuamos a denunciar é que a grave abdicação de soberania que representa a troca da nossa moeda pelo Euro e a sujeição da política orçamental e a política monetária, respectivamente ao Pacto de Estabilidade e ao Banco Central Europeu tenha sido concretizada pela via do facto consumado com a cumplicidade e empenhamento do PS e do PSD e a marginalização do povo português.
Jerónimo de Sousa
A crise instalada no país faz com que muitos portugueses olhem com saudade para o "velhinho" Escudo. No entanto, Rui Henrique Alves, docente na Faculdade de Economia, diz ao JPN que sair do Euro seria "um desastre".
Foi há pouco mais de nove anos que o Euro passou a fazer parte do quotidiano português. No entanto, à excepção de crianças e adolescentes, ainda muitos pensam em escudos. E não é apenas por uma questão de câmbio: actualmente, muitos portugueses desconfiam do Euro, preferindo voltar a usar a antiga moeda nacional.
Rui Henrique Alves, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), garante que a entrada de Portugal no Euro teve "aspectos positivos e negativos". Uma das vantagens desta adesão prende-se, segundo o docente, com o facto de Portugal ter "continuado no pelotão da frente da integração europeia". Claro que, com o Euro em vigor, as alterações na economia portuguesa não se fizeram esperar. "Com o Euro, podemos pagar com a mesma moeda dos outros, podemos ter alguma margem de desenvolvimento económico que ainda não tínhamos experimentado", afirma o economista.
Moeda Única, mas com duas faces
Mas, como em tudo, também aqui há "o reverso da moeda". No caso português, Rui Henrique Alves considera ter havido um mau ajustamento ao novo ambiente macroeconómico, com a chegada da Moeda Única. "Houve um exagero muito forte, por exemplo, no aproveitamento das baixas taxas de juro a que pudemos aceder com a adesão ao Euro", diz. Isto levou a que "as famílias, empresas e bancos se endividassem a um nível muito alto. E, mais cedo ou mais tarde, as dívidas pagam-se", explica.
Aquando da entrada em vigor da moeda europeia, os portugueses perceberam um aumento de preços em alguns produtos. Um café, por exemplo, deixou de custar 50 escudos para, em pouco tempo, passar a ter um preço de 50 cêntimos. "Ainda assim, foi apenas num número reduzido de produtos cujo preço duplicou. Pode haver alguma percepção, e que corresponde à realidade, de alguma subida de preços, mas isso não aconteceu na generalidade", como afirma o docente da FEP.
"Os salários não cresceram tanto como os preços, e portanto, o poder de compra dos portugueses foi reduzido", adianta Rui Henrique Alves. No entanto, "a culpa não foi da mudança dos preços com o Euro, e sim da evolução dos salários não corresponder, durante anos, ao desenvolvimento do país".
A entrada do FMI em Portugal
O Fundo Monetário Internacional já esteve no país por duas vezes: em 1978 e em 1983. Nessa altura, a moeda portuguesa foi desvalorizada como forma de aumentar a competitividade da economia portuguesa. Em 2011, o FMI volta a estar em território nacional, mas "esse é um instrumento que não se poderá utilizar". Assim, "terão de ser encontrados outros mecanismos, como, por exemplo, rever o grau de austeridade exigido, que poderá ser mais forte do que naquela altura", como explica o economista.
E se Portugal sair do Euro?
Neste aspecto, Rui Henrique Alves não hesita. Para o docente, "uma decisão dessas seria uma catástrofe". "Essa é uma medida que não faz sentido sequer ser equacionada", garante. Quanto à possibilidade de Portugal ser expulso da Zona Euro, como se tem falado nos últimos meses, o economista considera que esse "seria um cenário demasiadamente mau". Caso essa hipótese se concretizasse, "voltaríamos a ter uma moeda nacional, mas ela iria desvalorizar tanto que as condições de vida dos portugueses seriam dramáticas". "É um cenário que eu espero que não passe pelos nossos políticos", acrescenta Rui Henrique Alves.
28 de Março de 1977 - Mário Soares faz o pedido de adesão à CEE. Seguem-se as reuniões preparatórias da adesão - na foto o MNE Freitas do Amaral
19 de Maio de 1978 - A comissão dá parecer favorável ao pedido de adesão de Portugal e, a 6 de Junho, o conselho também dá luz verde
17 de Outubro de 1978 - Início de negociações de adesão de Portugal à CEE
12 Junho de 1985 - É assinado, em Lisboa, o Tratado de Adesão de Portugal à CEE. Espanha assina o Tratado de Adesão em Madrid no mesmo dia
6 de Outubro de 1985 - PSD vence legislativas e Cavaco Silva é eleito primeiro-ministro
1 de Janeiro de 1986 - Adesão efectiva de Portugal à CEE, assinada no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém
16 de Fevereiro de 1986 - Mário Soares é eleito para a Presidência da República
6 de Outubro de 1991 - Cavaco é reeleito primeiro-ministro
1 de Janeiro de 1992 - Portugal assume a primeira presidência da CEE. O ministro dos Negócios Estrangeiros era, na altura, João de Deus Pinheiro
1 de Novembro de 1993 - Entrada em vigor do Tratado da União Europeia (Maastricht)
1 de Outubro de 1995 - PS vence as legislativas com maioria relativa e António Guterres é eleito primeiro-ministro
26 de Março de 1995 - O acordo Schengen, que acaba com as fronteiras internas da Europa, entra em vigor em Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo e Holanda. Em breve serão 24 os países do espaço Schengen.
==================================================================
O POVO ESSE NÃO TEVE VOTO NA MATÉRIA, MÁRIO SOARES E CAVACO SILVA SE VENDERAM À EUROPA, O RESTO JÁ NÓS SABEMOS, MAS ELES CONTINUAM A SER OS BONS, O POVO COITADO, O ZÉ POVINHO É QUEM PAGA AS FAVAS.
Salazar em versos.
Tinhas de ser qual és, calado e triste,
Misterioso, ascético, tenaz,
Para reger um povo que da Paz
Há que tempos nem sabe se ela existe...
Já, com verbo fecundo e lança em riste,
Outros tentaram a missão falaz:
Mas, com promessas boas e obras más,
Maior caos nos fizeram, como viste.
Tu então, ao dilúvio das palavras
Opões barreira sólida, e entretanto
A gleba acordas, e em silêncio a lavras...
E eis logo o prado em flor, o oiro das messes!
Quem és tu, Salazar, ou mago ou santo,
Que assim nos ressuscitas e engrandeces?...
Na solitária cela, quantas vezes,
Em horas de incerteza natural,
A ti próprio dirás: Mas, afinal,
Que esperavam de mim os Portugueses?
Eram mudos e moles como reses
Passivos para o bem e para o mal,
Sem vontade, nem fé, nem ideal,
Sempre a temer desgraças e reveses...
Mas, de repente, alto clamor se eleva
No estagnado silêncio. É claridade,
Qual de Aleluia sucedendo à Treva.
São, renascentes da ancestral raiz,
Hostes da Legião, da Mocidade,
Novos cruzados com a cruz de Aviz!
Agora já se pode, já se deve,
Acreditar de novo em Portugal.
Deu-se o prodígio sobrenatural:
Outro sol derreteu a antiga neve!
É Deus que para nós direito escreve
Por árduas linhas, e que um Parsifal,
Puro, intangível, portador do Graal,
Manda a salvar-nos em futuro breve.
De tronco Salazar brotam milhares
De ignotos mas fecundos Salazares,
Cresce e floresce a Pátria ainda uma vez.
E, enjeitando as escuras profecias,
Digamos todos — como em longes dias —:
Que honra e glória nascer-se Português!
Alberto Oliveira
Um comentário:
Mais parece um ensaio! Um post igualmente informativo!
Postar um comentário