Teria o articulista 15 para 16 anos de idade, quando numa noite, na feira de S. João, em Évora, lhe saiu numa rifa, o livro sobre Rasputin.
Quando chegou a casa, lá para as tantas da manhã, a primeira coisa que fez, assim que se deitou em sua cama, de colchão de folhas de massarocas, foi ler alguns capítulos do livro.
No dia seguinte, após terminar o trabalho, regressou a casa, não quis jantar, indo para seu quarto continuar a ler a intessante vida de Rasputin.
Foi o primeiro livro que o articulista adquiriu, e jamais se esqueceu da sua história. No ano de 2006, em Évora, vindo nas mostras da Papelaria Nazeré um livro com o título A FILHA DE RASPUTINE, logo foi comprar um exemplar e, desta forma, fico a saber algo mais sobre a vida de Rasputin.
Mas quem foi Rasputin?
Grigoriy Yefimovich Rasputin (russo: Григо́рий Ефи́мович Распу́тин), místico russo, nasceu dia 22 de janeiro de 1869 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de dezembro de 1916 aos 47 anos em Petrogrado, actual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia.
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de Influência na corte russa místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus".
Com esta proteção Rasputin passa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajetória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov.
O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
Assassinato
A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha.
Escapa à várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém sua úlcera crônica fê-lo expelir todo o veneno, posteriormente teria sido fuzilado atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e o atiraram inconsciente no rio Neva ele morreu, não pelos ferimentos, mas afogado (existe um relato de que, após o seu corpo ter sido recuperado, foi encontrado água nos pulmões, dando apoio à ideia de que ele ainda estava vivo quando jogado no rio parcialmente congelado.
Seu verdadeiro nome era Grigori Iefimovich Novy.
Filho de camponeses e monge na Sibéria, Rasputin foi desde o ano de 1905 o favorito da czarina Alexandra Feodorovna, a quem prometeu curar a hemofilia de que sofria o seu filho Alexei.
Por intermédio dela, conseguiu exercer certa influência sobre o czar Nicolau II e sobre suas decisões políticas. Depois de, em plena Primeira Guerra Mundial, o czar assumir o comando das tropas russas, Alexandra e o curandeiro dirigiram de fato a política interna do país. Rasputin foi assassinado numa conspiração da nobreza conservadora, e o regime czarista sobreviveu a ele apenas alguns meses, quando ocorreu a Revolução de 1917.
" Grigori Yefimovich era popularmente conhecido como Rasputin.
Como se sabe, ele foi uma espécie de monge, místico, curandeiro..., que chegou a ser o homem de confiança do Czar Nicolas II e o protegido da Czarina Alexandra. O tipo era pobre, analfabeto e até, de certa forma, torpe. Ganhou a confiança dos grandes chefões da Rússia nos princípios do Século XX e isso abriu-lhe muitas portas, gerando grandes ódios nas suas andanças pelas alcovas de boa parte das damas da alta sociedade.
O seu currículum indica que ainda na cidade natal integrou uma estranha seita conhecida como "khlysty" (flagelantes), onde uma das suas características era que as cerimónias religiosas terminavam em prolongadas orgias. Rasputin não faltava nunca à missa.
Dizem que dessa experiência "religiosa" ficou o costume de sair "dando amassos" em qualquer mulher que lhe cruzasse o caminho (as más línguas contam que diversos mancebos também foram objecto de sua exacerbada "religiosidade").
Todo e qualquer cortesão tinha inveja do bruto camponês, conselheiro directo do Czar Nicolas que nada fazia sem se aconselhar anteriormente com o "Monge Louco", tal como ele era conhecido em toda São Petesburgo.
Não era para menos, qualquer um ficava desgostoso ao inteirar-se que sua esposa tinha sido abençoada pelo "cajado" do siberiano. E isso ocorreu com boa parte das esposas da Alta Sociedade. As damas faziam fila para ajoelhar-se ante o altar de Rasputin; tão devotas elas. Inclusive haviam rumores que a poderosa Czarina rezava na cartilha do místico. Não contente com isso, Grigori Yefimovich ainda gostava dos prostíbulos e da companhia das moças que trabalhavam nestes locais.
Como todos imaginamos, esta história não podia terminar bem. E em 29 de dezembro de 1916 iniciou-se a conjura. No palácio do Príncipe Félix Yusopov, este e o primo do Czar, o Grande Duque Demetrio Romanov planearam a armadilha.
Com a desculpa de um jantar íntimo (ao que parece o meigo Félix queria conhecer o "cajado" de Rasputin), envenenaram-no e encheram o corpo do infeliz com balas. Depois envolveram o corpo e jogaram-no no gelado rio Neva. Não obstante terem misturado no vinho uma quantidade de cianureto capaz de matar um elefante, e perfurar-lhe o coração de "balazios", a autópsia determinou que Grigori Yefimovich morreu... afogado.
De acordo com a filha de Rasputin, antes de o atirarem à àgua, os conjurados cortaram-lhe o cajado. Mas a história não terminou ali. O "legado" de Rasputin deu voltas e mais voltas por toda a Europa durante muitos anos, até que reapareceu em 1967, em poder de uma velhinha simpática de Paris, que o vendeu –não sem antes deixar escapar um suspiro - por 8 mil dólares a um colecionador russo, dono do Museu Erótico de São Petesburgo, que hoje exibe, dentro de um grande frasco, toda a hombridade de Grigori Yefimovich.A quem possa interessar: reza a lenda que basta olhar a ferramenta uma única vez para se curar da impotência
Se a sua vida está rodeada de mistério, sobre a morte é difícil distinguir os factos da fantasia. Grigori Rasputin foi assassinado há precisamente 94 anos.
A vida de Rasputin está estranhamente ligada aos rios.
Conjectura-se que o seu nome possa ser toponímico, querendo dizer “lugar de junção de dois rios”. Certo é que dos três filhos de Efim Vilkin e de Anna Parshukova, apenas Grigori Rasputin chegou à idade adulta, tendo os seus dois irmãos morrido afogados em rios próximos da sua casa.
Ao contrário do que é frequentemente afirmado, Rasputin não era nem padre nem monge, apesar de ser conhecido como o “monge louco”, ainda em vida. Casado, e pai de duas filhas, Rasputin teve uma experiência religiosa que o levou a deixar tudo para se tornar um peregrino ambulante, algo não infrequente na tradição ortodoxa.
As suas deambulações levaram-no até Jerusalém e foi no regresso dessas viagens que se instalou em São Petersburgo, ganhando fama de místico e profeta com o dom da cura.
É conhecida a influência que o “monge” ganhou sobre a Czarina, fruto do seu alegado sucesso em minorar o sofrimento do jovem príncipe hemofílico. A opinião da corte divide-se, o fascínio por Rasputin é generalizado, mas convive com um crescente ódio e repulsa a um homem com vícios conhecidos e uma conduta pública pouco condizente com a reputação de profeta.
Entre o círculo de mulheres da alta sociedade que consegue reunir à sua volta Rasputin divulga uma teologia duvidosa. A prática do pecado como forma de manter afastado o orgulho e a vaidade. O sexo e o álcool são o seu veículo escolhido para o efeito.
Políticos e nobreza começam a preocupar-se e até a diplomacia britânica fica em estado de alerta quando se percebe que Rasputin está a tentar convencer o imperador a retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial, o que poria em causa o sucesso aliado na frente ocidental.
As circunstâncias da morte de Rasputin são ainda mais bizarras que as da sua vida.
O nobre Felix Yusopov convida-o para sua casa onde, auxiliado por um grupo de conspiradores, entre os quais se encontraria, ao que tudo indica, pelo menos um oficial britânico, levam-no a comer bolos e a beber vinho com cianeto.
O nobre Felix Yusopov convida-o para sua casa onde, auxiliado por um grupo de conspiradores, entre os quais se encontraria, ao que tudo indica, pelo menos um oficial britânico, levam-no a comer bolos e a beber vinho com cianeto.
O Palácio de Mayha, propriedade de Yusopov, onde Rasputin foi baleado.
O veneno não tem qualquer efeito. Em desespero Yusopov – cuja versão dos acontecimentos mudou substancialmente cada vez que as relatou – dá-lhe um tiro nas costas, mas nem isso chega. Quatro tiros e um espancamento mais tarde o grupo consegue prender Rasputin e atirá-lo ao rio.
Uma autópsia, feita alguns dias depois, quando o seu corpo é retirado das águas, revela que terá morrido não do veneno, nem dos tiros, mas afogado.
O terceiro e último filho de Efim e de Anna morre assim da mesma forma que ambos os seus irmãos e a aristocracia russa celebra o desaparecimento de um selvagem louco, inconscientes da louca selvajaria que se abateria sobre o seu mundo volvido menos de um ano.
Rasputin foi enterrado em uma cripta pertencente aos Romanov, mas seu corpo foi roubado por camponenes que temiam a possibiliadde dele se erguer dos mortos. Seus restos foram queimados e espalhados ao vento como se fazia com feiticeiros desde a Idade Média.
Rasputin foi enterrado em uma cripta pertencente aos Romanov, mas seu corpo foi roubado por camponenes que temiam a possibiliadde dele se erguer dos mortos. Seus restos foram queimados e espalhados ao vento como se fazia com feiticeiros desde a Idade Média.
“Se para a salvação do espírito é necessário o arrependimento, e para o arrependimento acontecer é preciso o pecado. Então o espírito que quer ser salvo, deve começar pecar o quanto antes.”- Rasputin
Ele é um destes personagens históricos que é citado tanto por pesquisadores do ocultismo como por entusiastas da psicologia aplicada. Rasputin, o Monge Louco, foi considerado um devasso para uns, uma benção para outros e um mistério para todos.
Toda sua vida esta envolta em uma nevoa de segredos que nos revelam uma figura sombria que soube como ninguém usar da manipulação psicológica e do ocultismo para atingir seus próprios objetivos.
Rasputin foi um diabo consagrado e o mais pecador de todos os santos. Sem dúvida, o mais indulgente de todos os ascetas. Tinha um especial talento para unir o sagrado e o profano sob seu manto negro causando ao mesmo tempo a admiração e o respeito de seguidores e medo e terror em seus adversários. Nascido na aldeia de Rasputje, Sibéria, em 1869, desde muito cedo sempre demonstrou um grandioso fascínio pelo ocultismo e por tudo o que fosse secreto e hermético.
Enquanto crescia especializou-se em controle psicológico, técnicas de cura, teologia, leitura corporal, predestinação, ilusionismo, magnetismo, artimanhas teatrais e especialmente hipnose.
Quando atingiu a maturidade, Rasputin entrou em contato com a Seita dos Flagelantes, um controverso grupo que guardando as devidas particularidades tinha uma visão de mundo, objetivos e práticas muito similares ao dos satanistas de hoje. Esta era uma das muitas seitas eróticas que viviam sob o olhar apreensivo da Igreja Ortodoxa pré-revolução de 1917.
A premissa básica destas seitas era que não há sentido para a salvação se não fossemos pecadores. Seus rituais envolviam a celebração de deuses pagãos seguidos de dança e festividades, mas especialmente conhecidos por sua sensualidade e entrega aos prazeres da carne.
A Seita dos Flagelantes ensinava que dentro de cada ser humano brilha uma centelha divina, e que o simples reconhecimento desta essência dentro de cada um era o suficiente para a extinção de todas as amarras impostas ao ser humano. No ritual principal, a coabitação com alguém eleito, (alguém carregado de espírito santo e consciente disso) terminaria por unir a humanidade com a divindade e transformaria todo o pecado antigo em nova virtude.
Além disso, a seita dos Flagelantes argumentava que não haveria qualquer sentido no plano de salvação se os humanos não fossem pecadores desde o princípio. Para eles, quanto mais o homem pecasse, mais Deus iria perdoar e mais Deus seria exaltado como o ser superior e supremo.
A princípio estas justificações para as práticas destas seitas parecerá bastante hipócrita para a maioria de nós hoje em dia, mas ao entendermos a mentalidade russa do período, a repressão Czarina e o poderio do clero naqueles tempos, seus argumentos se revelaram na verdade bastante sensatos.
É nessa atmosfera quase controversa que encontramos Grigorig Efimovich Rasputin, que já casado e com filhos abandonou tudo para tornar-se um peregrino errante. Foi neste período que de cidade em cidade ganhou a fama de homem santo, poderoso mago e perigoso feiticeiro. Quando chegou em São Petersburgo, no ano de 1903, sua fama já estava tão bem construída que rapidamente despertou o interesse da supersticiosa dinastia Romanov.
Utilizando seus conhecimentos em uma mistura de “cura pela fé”, teatro e hipnose, Rasputin podia amenizar os problemas de Alexei, filho primogênito do Czar que era hemofílico. Automaticamente ganhou o título de 'Enviado de Deus' e a confiança e admiração de Alexandra Feodorovna, mãe do garoto, fixando assim com firmeza seus pés sobre o tapete vermelho da aristocracia russa e abandonando de vez seus dias de vadiagem, miséria e peregrinação.
O Monge do pecado soube aproveitar sua situação com brilhantismo, não havia decisão importante de Nicolau II que não passasse pelo aconselhamento do “Amigo da Família”. Sua fama espalhou-se da capital para todo o império. E figuras de autoridade de todo o reino batiam a porta de Rasputin em busca de algum favor da realeza. De certa forma, o maior império do século XIX passou a ser comandado por um bruxo.
À parte de sua fama como poderoso mago, Rasputin manteve a princípio uma imagem de santidade e retidão. Mas mesmo mais tarde quando os relatórios da policia czarina denunciaram diversas bebedeiras e libertinagem do monge, nada parecia poder abalar seu prestígio real. Mesmo quando as cartas de amor dele com a própria Alexandra foram tornadas públicas, nada eliminava sua poderosa influência.
Em 1914 estoura a Primeira Guerra Mundial e a Rússia posiciona-se ao lado da França e da Inglaterra. O Czar Nicolau II é obrigado a ocupar-se com assuntos militares.
O palácio e o governo interno passaram para as mãos de Alexandra, e conseqüentemente para Rasputin. Descontentes com a forte influência de Rasputin, a nobreza russa passou então a conspirar pela morte do 'Monge Louco'.
A idéia inicial era envenená-lo e Rasputin foi convidado para um jantar com Gran Duque Pavlovitch, o sobrinho do czar Félix Iussupov e Vladimir Purichkevitch, deputado. No entanto, provavelmente graças a uma medida preventiva do monge, o veneno não fazia qualquer efeito.
E Rasputin conscientemente se mostrava cada vez mais forte e disposto com o passar do jantar. Estupefatos com a situação os nobres o balearam e ainda assim este levantou-se do chão após o tiro. Por fim Rasputin foi amarrado e jogado no rio Neva, onde finalmente morreu afogado.
Sua resistência à morte deu ainda mais força para a imagem sobrenatural que construiu durante toda sua vida. Rasputin não foi nem santo, nem demônio, foi sim um gênio que soube criar uma aura de ocultismo e mistério para usá-la em seu próprio benefício. Sua figura tornou-se lendária, cruzou as fronteiras da Rússia e do tempo. Seja como símbolo do poder sobrenatural seja como ícone da esperteza humana, sua enigmática figura sobrevive até os dias de hoje.
Fontes - Pesquisa na internet
O articulista, ainda em Évora, teve a oportunida de ver, no Salão Central Eborense,no ano de 1960 à pelicula- Les Nuits de Raspoutine (Noites de Rasputin) de Pierre Chenal - C/ Edmund Purdom (Rasputin).
Rasputin no ano de 1914, junto de seus admiradores.
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