o mar do poeta

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domingo, julho 24

LANTERNAS ELECTRICAS CHINESAS



Procurar algo perdido em alguma parte escura da casa antes de 1896 poderia se tornar uma experiência catastrófica. Precisava-se utilizar uma lanterna repleta de óleo de baleia ou querosene, e os incêndios eram bastante comuns.

O primeiro aparelho portátil seguro e confiável de iluminação foi a lanterna elétrica, inventada em 1896.

A evolução das lanternas elétricas está intimamente ligada ao aprimoramento das pilhas e das lâmpadas. Georges Leclanché, um inventor francês, criou a bateria elétrica em 1866. Ele colocou o nome de “bateria elétrica de fluido simples”. Conhecida como “pilha molhada”, ela era muito pouco prática, consistindo num pote cheio de cloreto de amônia, dióxido de manganês e zinco, mas, era um dispositivo propenso a quedas. Um barra de carbono era inserida numa das extremidades e funcionava como pólo positivo da célula elétrica.

A pilha sofreu um aprimoramento em 1888, quando Carl Gassner, um cientista alemão, conseguiu encapsular as substâncias num recipiente de zinco selado. Isso a tornou uma “pilha seca”, porque o conteúdo estava lacrado e o exterior da pilha permanecia seco. Até hoje as pilhas são produzidas dessa maneira.

A primeira lanterna elétrica tubular foi inventada por David Misell, que também inventou uma das primeiras lanternas para bicicleta. Em 1895, uma bateria com mais de 15 cm de comprimento e pesando mais de 1,3 quilo era necessária para produzir luz suficiente. Um ano mais tarde, uma bateria batizada de “D-cell” foi inventada e algumas delas posicionadas em série eram capazes de gerar energia suficiente para fazer com que a primeira lanterna manual prática e elétrica pudesse ser produzida.

Patenteada no dia 15 de novembro de 1898, a O. T. Bugg Friendly Beacon Eletric Candle (algo como vela elétrica de farolete) começou a ser comercializada pela Battery Company dos Estados Unidos. Ela tinha pouco mais de 20 cm de comprimento e possuía duas pilhas D-cell em tubo vertical, com uma lâmpada que se projetava do meio do cilindro.

Uma invenção de 1906 fez com que a luz da lanterna elétrica ficasse mais brilhante. O filamento de fio de tungstênio substituiu o de carbono utilizado por Edison, o que foi bem-sucedido. No mesmo período, interruptores começaram a surgir e a vida útil do equipamento começou a aumentar. Um outro aperfeiçoamento em 1911 fez com que o botão para acioná-la pudesse ser substituído por um botão deslizante, tornando o aparelho mais fácil de ser utilizado, já que a operação era efetuada utilizando apenas uma das mãos.

Desse modo, Missell começou a receber informações de que suas lanternas elétricas funcionavam. Por volta de 1897, ele já havia patenteado diversos modelos de lanternas. Quando uma de suas patentes foi obtida, no dia 26 de abril de 1898, ela foi concedida para a companhia de Conrad Hubert, amigo e colaborador de Misell. A companhia fundada por Hubert, batizada de Companhia Americana de Inovações e Produção em Eletricidade, posteriormente viria a se chamar Eveready.

O crescimento continuou e, em 1899, o catálogo da empresa já possuía 25 tipos de lâmpadas e pilhas. Em 1902, o nome Eveready já figurava nas propagandas da empresa.

Um fato interessante é que a lanterna elétrica também teve seu papel no desenvolvimento da bomba atômica.

Hoje, as lanternas elétricas são disponíveis para as situações de falta de luz, facilita a inspeção de problemas mecânicos e tornam a vida mais fácil nos acampamentos. Em algumas profissões, a lanterna elétrica de dimensões um pouco maiores é considerada um equipamento indispensável. A polícia, por exemplo, recebe treinamento quanto à sua utilização, e não apenas quando necessitavam investigar algo durante a noite, mas também como uma arma de defesa e ataque.



Lanterna recargavél



Os chineses sempre foram uns grandes inventores, desde o papel à pólvora.

Nos dias de hoje encontram-se à venda um foco que não necessita usar pilhas, ele funciona como um dínamo e é recargado através de uma pequena alavanca incorporada no dito foco.







Como se pode ver nas fotos acima expostas, estes focos, ou lanternas electricas, são muito práticas, funcionais e baratas.

O articulista tem uma vasta colecção destas laternas, de todos os tipos e feitios, o preço de cada laterna custa em Macau a módica quantia de 10 patacas, ou seja menos de um euro. 



Este tipo de lanterna, não usa baterias, mas sim um sistema de dínamo.

Dínamo é um aparelho que gera corrente contínua convertendo energia mecânica em eléctrica, através de indução eletromagnética. É constituído por um Íman e uma bobina. A energia mecânica faz girar um eixo ao qual se encontra o ímã, fazendo alternar os polos norte e sul na bobina e por indução geram uma energia eléctrica. O contrário, ou seja, a bobina no eixo, também é possível.

As polaridades são invertidas a cada 180 graus de rotação para que o dínamo gere uma corrente contínua, ao contrário dos alternadores, que transformam energia de movimento em energia elétrica alternada, ou seja, que possuem pausas, mas estas pausas são tão rapidas que nada se percebe.


Esta é transparente, podendo ver-se o dispositivo utilizado.

PRÁTICO, BARATO E MUITO CONVENIENTE

Um comentário:

Unknown disse...

Esta última lanterna foi um prémio que recebi numa demonstração de uma enciclopédia.
Fiquei surpreso quer pelo tamanho quer pelo aspecto pratico da mesma. O pior foi que deixou de funcionar em menos de um mês.

Guardo-a como recordação.