Assassinato da Família Real completa 93 anos
Em 17 de julho de 18 os membros da Casa reinante na Rússia foram mortos pelos bolcheviques
No domingo, 17, o mundo lembra os 93 anos da trágica morte da Família Real russa. Os membros da Família Romanov, no poder desde 1636, foram fuzilados pelo Exército Vermelho nos arredores da cidade de Ekaterimburgo. O acontecimento, cercado de mistério e fatos mal revelados, continua a ser até hoje um dos eventos mais enigmáticos da História russa do século 20.
O Czar Nicolau II (Nikolai Aleksandrovich Romanov, seu nome completo) foi o último Imperador da Rússia, título que acumulava com o de Rei da Polônia e de Grão-Duque da Finlândia. Seu título oficial no Império russo era Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias. E é considerado como São Nicolau, o Portador da Paz, pela Igreja Ortodoxa Russa.
Nikolai Aleksandrovich Romanov nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, nos arredores de São Petersburgo, em 18 de maio de 1868. Filho do Czar Aleksander III, governou desde a morte do pai, em 1.º de novembro de 1894, até 15 de março de 1917, quando abdicou e renunciou em seu nome e em nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o Grão-Duque Miguel Romanov.
Durante seu reinado, Nicolau II viu a Rússia Imperial passar da condição de um dos maiores países do mundo para uma situação de desastre econômico e militar. Foi apelidado pelos críticos de Nicolau o Sanguinário por causa da chamada Tragédia de Khodynka, o Domingo Sangrento e os pogroms antissemitas ocorridos em seu reinado. Como chefe de Estado, aprovou a mobilização de agosto de 1914, que marcou o primeiro passo fatal em direção à Primeira Guerra Mundial, à Revolução e à consequente queda da Família Romanov.
O reinado de Nicolau II terminou na Revolução Russa de 1917. Tentando retornar do quartel-general para a capital – então, São Petersburgo –, o trem que o conduzia foi detido e ele obrigado a renunciar. O Imperador e sua família foram aprisionados. Nicolau II, sua mulher Aleksandra, o filho, as quatro filhas, o médico da Família Imperial, um criado pessoal, a camareira da Imperatriz e o cozinheiro da família foram mortos pelos bolcheviques na madrugada de 17 de julho de 1918.
Historiadores asseguram que o massacre foi ordenado de Moscou por Lenin, o líder da Revolução Comunista de 17 de outubro de 1917, e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov.
Mais tarde, Nicolau II, a Imperatriz Aleksandra e seus filhos foram canonizados como mártires pela Igreja Ortodoxa Russa no exílio.
A história da Família Imperial russa e de seus descendentes rendeu inúmeros romances e filmes de cinema, entre os quais alguns desenhos animados. Dos filmes, o mais célebre, sem dúvida, é a produção hollywoodiana “Anastácia, a Princesa Esquecida” (no original, “Anastasia”), de 1956, em que Ingrid Bergman faz a dupla romântica com Yull Brinner, sob a direção do ucraniano Anatole Litvak.
Fonte - Diário da Rússia
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