o mar do poeta

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sexta-feira, outubro 30

MACAU - RUA NOVA À GUIA







Durante os anos de 1975 a 1990 o articulista e sua família viveram na Rua Nova à Guia, depois de ter vivido na Rua General Rodrigues durante sete anos.



Esta a entrada principal para o Edifício Tung San Lao, agora com nova numeração, que deixou de ser o 16 e passou a ser o 68!...





A varanda (a que tem a roupa a secar) dá para a Rua do Brandão, era um prédio acabado de construir, que graças ao empenho e ajuda do Senhor Dr. Neto Valente, o articulista conseguiu adquirir, pela quantia de 38 mil patacas.
O prédio é constuído por cinco andares sem elevador, o articulista morava no quarto andar B, que era um T-2.

Esta artéria denominada de Rua Nova à Guia, antigamente tinha o nome de Runa Nova das Cabeças Brancas,(Pák T'âu Kâi) também conhecida como Rua dos Parses, e fica situada na zona do Tchèok Tchâi Un
O nome de Rua Nova das Cabeças Brancas, deve-se a que naquela artéria viviam muitos portugueses, e as senhoras já de certa idade e de cabelos brancos, para aproveitarem o fresco da rua, se sentavam em suas cadeiras junto de suas portas, dí vêm o nome em chinês de Pák T'âu Kâi.




Muitos dos nomes das artérias de Macau, embora suas actuais designações tenham sido alteradas, continuam a ser conhecidas pelos seus primitivos nomes.

A zona onde morou o signatário ainda é conhecida pelos chineses como sendo Tchèok Tchâi Un (Jardim dos Passarinhos), isto porque, segundo reza a história e passo a citar " Curiosidades de Macau Antiga" de Luíz Gonzaga Gomes, que na págian 168 de seu livro descreve: "Assim um trecho da cidade que ainda é conhecido pelos chineses com o nome de Tchèok-Tchâi-Un, um local hoje dos mais populosos e sobrecarregado de casas encostadas umas às outras e separadas por uma apertada rede de ruas. Entre nós, é este sítio conhecido por Horta da Mitra e abrangia todo o terreno que ia desde a antiga Rua de Pák-T'âu-Kâi (Rua Nova das Cabeças Brancas, isto é dos Parses), actualmente denominada de Rua NOva à Guia, até ao Ho-Lán-Un ( Jardim dos Holandeses, ou seja o bairro Uó Lông, sendo limitado ao norte pela Calçada do Gaio, na altura por onde passava a muralha que noutros tempos cercava a antiga cidade. Todo este terreno foi outrora ocupado por uma extensa e densa mata e, como há trezentos anos a cidade era ainda pouco povoada, no intuito de se fomentar o seu desenvolvimento populacional, foi permitido a um grupo de imigrantes chineses de apelidos Mâk, Tch'iu e Leong estabelecerem-se ali.
 Este minúsculo núcleo inicial conseguiu transformar, com o tempo, o local numa aldeiazinha e os seus componentes viviam da venda de lenha que podavam na mata e cuja altas e frondosas árvores que a cercavam estavam  sempre cobertas de pássaros que alegravam o bosquete com a sua chilreada, dando so sítio um aspecto de parque. Foi por esse motivo que os chineses deram ao local o nome de Tchèok-Tchâi-Un que quer dizer Jardim de Passarinhos".







Desde o ano de 1939 que ali está instalado o mercado Municipal da Horta e Mitra, mas que a eles todos se referem como o mercado do Tch`eok-Tchâi-Un.




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