o mar do poeta

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domingo, outubro 4

COMBATE DE FANFA - 4 de OUTUBRO DE 1836




Bento Gonçalves da Silva




(1788-1847) - Nasceu no atual município de Triunfo, a 23 de setembro de 1788. Seu pai era dono de vastas terras. Participou das campanhas contra os espanhóis (1811 e 1812) e a Argentina (1827), alistado nas forças brasileiras. Em 1814 casou-se com a uruguaia Caetana Garcia, com quem teve oito filhos. Morando em Cerro Largo, começou a ocupar cargos militares. Foi credenciado pelo Império a comandar o 29º Regimento de Milícias, tornando-se Tenente Coronel e Comandante do 39º Regimento de Milícias. Comandou a Revolução Farroupilha (1835 a 1845), tendo sido presidente da República Rio-grandense. Morreu em Pedras Brancas, no dia 18 de julho de 1847, tendo sido sepultado no cemitério do Cordeiro, no município de Camaquã.


 
 
Combate de FANFA, ilha que pertencia a João Fanfa, distante 3 léguas da sede do munícipio de Triunfo, no rio Jacuí, onde aconteceu o combate de 4 de Outubro de 1836, entre o Exército imperial e as forças farrapinhas.
 
Recebendo a notícia da proclamação da República Rio-grandese e de que as eleições se realizariam em Piratirei, Bento Gonçalves da Silva iniciou a sua retirada do acampamento da lomba de Turamã, Viamão, na noite de 18 para 19 de Setembro de 1836, seguindo pela várzea do rio Gravati, atravessou a ponte que logo foi destruída, marchou para a Colónia de S. Leopoldo,  cruzando os rios dos Sinos e Cai.
 
Na noite de 27 de Setembro avistou o Exército imperial no rumo do arroio Passo Fundo, perto de Triunfo. Bento Manoel Ribeiro tinha embarcado 600 homens na frotilha e subiu o rio Jacuí, desembarcando a tropa em Triunfo, de onde marchou ao encontro dos farrapos, Bento Gonçalves da Silva, parou indeciso.
 
Se subisse o planalto não teria o apoio da população, se enfrentasse o inimigo poderia forçar a passagem até à vila de Triunfo, mas preferiu cruzar o rio pela ilha do Fanfa, contando apenas com dois pontões, com capacidade de 40 homens. Sua intenção era de se unir às tropas de Domingos Crescência, estacionadas na margem oposta do rio Jacuí.
 
Na noite de 1 de Outubro, Bento Gonçalves levantou acampamentos e se dirigiu com a tropa para a margem do Jacuí, colocando no morro da pedreira, três canhões e um obus, passando seus soldados nos pontões para a ilha de Fanfa.
 
Ao amanhecer do dia 2 de Outubro, sua força estava na ilha e só então notou a frotilha imperial, comandada por Grenfell, composta da escuma Legalidade, quatro canhoeiras e pela barca a vapor Liberal, que cercou os rebeldes na ilha.
 



A 3 de Outubro os canhões farroupilhas do morro da Pedreira bombardearam os navios que responderam com fogo. Ao claear do dia 4, o morro foi atacado a passo de carga pelo Cel. Gabriel Gomes Lisboa, que tomou a posição, empurrando os artilheiros rebeldes para o rio.

Estes fugiram para o pontão que, superlotado, afundou na forte correnteza do rio, afogando os fugitivos. Bento Manoel ordenou que 400 soldados de infantaria e cavalaria ocupassem a parte oeste da ilha, ao mesmo tempo que a artilharia do morro da Pedreira era assente sobre o Exército republicano.

A marinha imperial bombardeou a ilha. Os farrapos contra-atacaram, expulsando os legalistas da ilha. No entanto Bento Gonçalves solicitou negociações, no que foi atenddido, mas depois o combinado entre os dois comandantes, foi desfeito pelo presidente José de Araújo Ribeiro, quando chegou à ilha do Fanfa.

Os rebeldes tiveram 120 mortos e centenas de feridos, os legalistas sofreram as baixas de 17 mortos e 72 feridos. Os principais líderes revolucionários, como Bento Gonçalves da Silva, Onofre Pires da SilveiraCanto, Tito Lívio Zambeccari e Corte Real foram presos e retidos para o navio Presiganga em porto Alegre, quando foi aberto o processo contra os farrapos.

Depois foram levados para as Fortalezas de Santa Cruz e Lages, no Rio de Janeiro.

« Bento Gonçalves da Silva se evadiu do forte do Mar, e a guerra continuou até 1845. «


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