o mar do poeta

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quarta-feira, março 4

JOVEM MILITAR - JUVENTUDE


Era bem jovem quando ingressei nas fileiras do exército português, tendo ido frequentar o Curso de Sargentos Milicianos em Tavira.

Uma noite, depois de ter jantado e pretendo dar uma passeio pela cidade, arranjei-me à maneira e lá fui para formatura de revista. O oficial de dia ao passar por mim, parou por uns segundo e me mandou ir fazer a barba.

Prontamente sai da formatura e me dirigi à caserna, sabia que não tinha barba, pois era um imberbe, mas em todo o caso e para tirar as dúvidos me dirigi para a casa de banho e no enorme espelho me mirei, porém não consegui visionar pelo algum, quando mais barba.

Quando fui acentar praça nem estojo de barba tinha levado.

Ali fiquei por uns momentos, depois dirigindo-me ao gabinete do oficial de dia me fui apresentar dizendo que tinah feito a barba.

O oficial olho para mim e disse, oara vê se se tivesse apresentado desta forma à formatura teria saído com seus colegas!...

Nessa altura nada se podia dizer, mas que fiquei super revoltado isso fiquei, enfim outros tempos.



Outro caso curioso a até ilariante se passou no Quartel de Cavalaria 3, em Extremoz.

A companhia a que pertencia, Companhia de Caçadores 690, estava adida a este quartel, visto aguardar o embarque para o ultramar, na maioria do tempo que por permanecemos, est[avamos acampados perto de Évora-Monte e ali realizavamos exercícios militares.

Um dia regressámos a Extremoz, os alojamentos dormitórios, para os cabos milicianos da companhia, não eram nas instalações do quartel, mas sim num mosteiro ali nas próximidades.

Um sábado, após ter tomando um banho e trocar a farda por roupas civis desloquei-me até ao quartel afim de tomar a refeição do almoço na Messe de Sargentos.

Quando pretendia entrar no quartel fui abordado pelo sentinela, que me indagou onde ia, respondedo-lhe que ia almoçar, ele me disse para ali aguardar e me pedi o nome de meu pai, se era Sargento ou Oficial para o poder chamar.

Bem, como podem calcular fiquei bem encavacado, e para não fazer figura de urso me identifiquei.

O sentinela, logo se posto em sentido e me pediu desculpas e eu lá seguiu para a Messe de sargentos, mas ainda pude ouvir seus murmúrios que diziam, porra de vida agora até os putos vèm cumprir serviço militar.

O último caso se passou ao desembarcar em Luanda, já ia enjoada de tantos dias a bordo do navio India, e assim que este atracou ao porto, fui o primeiro a desembarcar.

Como podem ver pela foto ia à civil, tinha comprado essa roupa na Lanalgo em Lisboa, bem como os sapatos de calfe.

Ao descever as escalas do portaló, os saltos dos sapatos cairam e lá tive que os levar na mão para mais tarde poder concertar os sapatos.

Ao chegar ao cais estavam dois calmeirões da Polícia Militar, um em cada lado do portaló, ambos fortemente armados.

Eu ia seguir para a cidade quando por um deles fui abordado, dizendo-me para ali ficar e que aguardasse a saída de meu pai.

Eu olhei para eles com algum espanto, retirei do bolso o cart[ao de identificação militar e lhes mostrei. Eles logo me cumprimentaram militarmente e me depiram desculpas.

Eu lá segui o meu caminho, mas ouvi um deles comentar, é pá, agora em Portugal obrigam até os miúdos a cumprirem o serviço militar!...

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