A ILHA DA TAIPA NO ANO DE 1964, FOTO TIRADA PELO ARTICULISTA
O ARTICULISTA E SEUS SUBORDINADOS NO QUARTEL DA TAIPA
O ARTICULISTA JUNTO À CARREIRA DE TIRO DA TAIPA
O ARTICULISTA NO QUARTEL DA TAIPA
http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2010/07/1964-militar-na-ilha-da-taipa.html
O ÚNICO AUTOCARRO QUE SERVIA A TAIPA, CUJA ROTA ERA DA VILA PARA A PONTE CAIS, E NELE SEGUIAM ALÉM DOS PASSAGEIROS, PORCOS, GALINHAS E SACOS DE ARROZ, ALIÁS TUDO O QUE AS PESSOAS TRAZIAM OU DE MACAU OU DE COLOANE
O ARTICULISTA NA RUA PRINCIPAL DA ILHA DA TAIPA, EM 1964.
Um colega meu e um senhor chinês que era o patrão da embarcação que diariamente fazia o transportes dos géneros alimentícios para a Ilha da Taipa, entre eles os que se destinavam as tropas ali estacionadas. O barco era propriedade de um senhor de apelido Alcântra.
O ÚNICO TRANSPORTE QUE EXISTIA NO POSTO MILITAR DA TAIPA.
Como fiz refrência no artigo anterior, após ter desembarcado no cais 12 do Porto Interior, segui para a Ponte 8, onde numa lancha de desembarque dos Serviços de Marinha segui para a Ilha da Taipa, iria render o Furriel Miliciano e a a sua Secção (12 militares).
Desembarcado na Ponte Cais da Ilha da Taipa, seriam para aí, umas 20 horas, está a aguardar o signatário e a sua Secção de militares (12 homens), um Primeiro Cabo, que tinha ficado em Macau para mais um ano de serviço.
Junto à ponte encontrava-se uma velha camioneta militar, na qual embarcamos, e, conduzida pelo dito Primeiro Cabo, lá seguimos pela ingreme estrada, de terra batida, entrando depois numa outra, pequena estrada, toda arborizada, e por fim lá subimos a calçada que dava para as instalações militares, passando pela casa da guarda.
Para lá da casa da guarda podia ver-se uma pequena vivenda, encobertas pelo alto capim, havia, na parte esqueda do caminho que dava ao quartel, vários depósitos de munições, que estavam a cargo do Primeiro Cabo Lopes, que vivia defronte das instalações do Quartel, com a sua numerosa família, toda ela chinesa.
Chegados ao recinto do Quartel ali desembarcamos, o Primeiro Cabo, tencionou levar a camioneta para a garagem, mas esta, por temosia não quis arrancar dali e ali ficou por alguns meses!...
Como ia dizendo, ali desembarcamos e levamos as bagagens para o interior das pequenas instalações do Quartel, ainda não tinhamos jantado, e para surpresa do signatário, os militares que ia render, já lá não se encontravam, tinham seguido para Macau nessa manhã, e foi o tal Primeiro Cabo que ficou encarregado de passar o testemunho do nada que havia.
O Primeiro Cabo Lopes, assim que nos viu desembarcar, se foi aprensentar, dizendo que está à nossa disposição, para tudo o que podesse ser útil.
Na companhia do Primeiro Cabo, dei uma volta às instalações, e verifiquei, que o Furriel que fui render, bem como o seu pessoal, tinham deixado o Posto na maior chavardice. A cozinha era espaçosa servia também se sala de jantar, havia um armário e cadeiras e nada mais, dentro desse armário havia imensas garrafas de cervejas, vazias, fios electricos e teias de aranha.
O alojamento do pessoal era um pequeno quarto com 6 beliches, ao lado ficava uma casa de banho e defronte uma sala que servia de secretaria, e mais uma pequena sala de arrumos.
Defronte destas instalações, havia uma casa, de rés do chão, tendo duas portas, ambas com os vidros partidos, uma delas era a antiga enfermaria, entrando para ver o que continha, dei com imenso pó, vidros partidos, seringas pelo chão, e muitas caixas com injecções, não injecções normais, mas sim de Morfina. ( não esquecer que paredes de meias com as isntalações do Quartel, se encontra o Centro de Recuperação Social, onde estavam internados dezenas de toxicomonos).
Na outra dependência o estado de limpeza era ainda pior, era o depósito de armamento, cheios de teias de aranhas, osgas e o material em péssimo estado de conservação, espingardas, pistolas metrelhadoras e munições.
Este o meu primeiro contacto com as instalações do posto militar da Taipa, ficando com uma péssima impressão de tudo quanto vi, levando-me a perguntar, junto do Primeiro Cabo, o porquê daquele desleixo, ele nem me respondeu, apenas encolheu os ombros.
O ARTICULISTA E SEU PESSOAL DEFRONTE DAS INSTALAÇÕES DO QUARTEL, MAS O JEEP ESTAVA AVARIADO.
Vistas as coisas e como responsável que era, indaguei junto do Primeiro Cabo, se naquela Ilha havia algum mercado, mercearias ou cafés, onde pudesse ir comprar algo para que o pessoal pudesse tomar as suas refeições, até as coisas se comporem, respondeu dizendo que havia um velho mercado na vila e igualmente havia uma mercearia, de que era dono o senhor Ah Mok, cafés ou restaurantes, bem, respondeu com alguma indecisão, existe uma barraca que serve café, mas fica junto à ponte cais, e um 'pequeno café, na esquina da Rua do Cunha, mesmo defronte do mercado, padarias essas as não havia, e a única loja de comidas só serviam massas chinesas,
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Como se pode constactar o articulista passou uns meses na pequena e velha vila da Taipa, mas que por era altura até tinha uma casa de espectáculos, um cinema, cuja máquina de projecão ficava na barreira defronte ao barracão que servia de cinema, bem perto onde hoje existe uma loja, muita famosa entre os turistas de Hong Kong e da China que vende "CHI PÁ PAU" costeleta no pão, mas que nada tem das famosas bifanas em Portugal.
Foto tirada pelo articulista no dia 26 de Novembro de 2011
A razão foi esta bombastica notícia publicada hoje, no Jornal Tribuna de Macau na sua página 07, e assinada pela jornalista Vivia Chan.
Será que andei eu pela velha ilha da Taipa durante meses, e nunca tivesse dado por este tal café?
O Posto de Saúde se localizava ali bem pertinho do Largo do Governador Tamagnini Barbosa, e cujo médico Dr. Serra, era meu amigo pessoal, e eu ia muitas vezes ao Posto Médico, e como só havia um café na vila, era nesse que, que ainda labora, sito defronte do antigo mercado, mesmo na esquina que dá para a Rua do Cunha, era o café da Maria.
Com o tal fiquei admirado por tal notícia, penso que não estarei enganado, pois este Café Tai Lei Loi Kei, nunca conheci nos ano de 1964, como tal como porderá escrever a Vivia Cha que o café com 50 anos ignora ordem de fecho??????
Será que andei eu pela velha ilha da Taipa durante meses, e nunca tivesse dado por este tal café?
O Posto de Saúde se localizava ali bem pertinho do Largo do Governador Tamagnini Barbosa, e cujo médico Dr. Serra, era meu amigo pessoal, e eu ia muitas vezes ao Posto Médico, e como só havia um café na vila, era nesse que, que ainda labora, sito defronte do antigo mercado, mesmo na esquina que dá para a Rua do Cunha, era o café da Maria.
Com o tal fiquei admirado por tal notícia, penso que não estarei enganado, pois este Café Tai Lei Loi Kei, nunca conheci nos ano de 1964, como tal como porderá escrever a Vivia Cha que o café com 50 anos ignora ordem de fecho??????
Lá que tem muita freguesia é um facto, até fazem bicha, mas 50 anos isso por certo não tem.
5 comentários:
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Seu precioso relato memorialista, acompanhado de fotografias é riquíssimo para a memória local!!!
Caloroso abraço! Saudações memorialistas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
concordo senhor cambeta, com esta tendencia, daqui a bocada alguma loja vai gabar que foi estabecebida em macau desde os 1500!
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo
A memória ainda vai trabalhando e escrevi este artigo, como referi, devido à notícia publicada no Jornal, sobte o tal café e como possuo imensas fotos, relatei as peripécias da minha chegada à Ilha da Taipa.
Abraço amigo e meu sincero obrigado por seu gentil comentário.
Caro anónimo,
Macau é assim, esta como referi, não existia no ano que cheguei à Ilha da Taipa, mas nas notícias de ontem passadas na TV, o café encerrou mesmo.
Abraço amigo
Esse café esplanada até dava jeito.... em 1987/1988 de quando morei numa das torres do "treme-treme" na Taipa, eu gostava de ir a esse café aos sábados e domingos de manhã beber um café e comer uma sandes de carne.
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Bem nessa altura a Ilha da Taipa era um espaço "castiço" e não a bagunçada dos dias actuais.
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Poucas casas comerciais e espaços abertos. Bem me lembra de quando todas as manhãs seguia a pé pela rua do restaurante do Ricardo, comprava numa pastelaria três bolas de berlim que depois com café as comia e lambia o açúcar que as envolvia e o meu pequeno almoço no armazém da CEM junto ao istmo que ligava a Ilha de Coloane.
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Saudáveis memórias que ainda hoje se conservam na minha "pinha".
Abração José Martins
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