Durante 25 anos pertenceu o articulista aos quadros da Polícia Marítima e Fiscal, tendo andado embarcado em várias vedetas de fiscalização, sendo utillizado como base a Ponte no. 1 do Porto Interior, até ser criada na Doca de D. Carlos I, dos Serviços de Marinha, a sede da Divisão da PMF.
Esta ponte, conhecida em chinês por VONG KÁ KIO, era igualmente um posto da PMF, que contralava o movimento das vedetas, seu encarregado era um Sub-chefe tendo como ajudantes 3 agentes.
Este Sub-chefe tinha por missão zelar pelas embarcações e permitir ou não a sua atracação, bem como abastecer de água as referidas vedetas.
Para tal havia um gabinete, como se poderá ver na foto acima inserida, e um pequeno dormitório.
Era naquela famosa ponte que era feito o rendimento do pessoal embarcado e também, quando eram apanhados cadáveres no mar, era para ali enviados, onde o após verificados pelo médico dos Serviços de Saúde e por da Políçia Judiciária, seguiam por fim para a morgue.
Defronte da ponte as embarcações de pesca ao sairem do porto para a sua faina, ali pairavam queimando panchões e orando à Deusa A Má para os proteger, era um local cheio de vida e de movimento.
Era defronte da Ponte 1 que todos os anos pelo dia 3 de Setembro, dia da PMF, que as cerimónias se realizavam, tal como se pode ver na foto, tirada no ano de 1986.
Era na Ponte no.1 que começam e terminavam as corridas de S. Silvestre, sempre acompanhadas com muita emoção, em virtude de os participantes, andavam embarcados e desta forma vinham atracar as vedetas à ponte, participando nas corridas e ali festejarem a passagem de ano.
Na foto pode ver-se o signatário, com um panama enviado na tola, nessa altura usava bigode.
Era aquele local muito movimentado, na parte sul, da ponte, ficava a residência do pessoal dos Serviços de Marinha, que mais tarde passou a ser uma estação de serviços da companhia Tai Meng, e mais recentemente todo aquele local foi remodelado, sendo criado o Museu Marítimo
Do lado Norte da Ponte no.1 ficava a Ponte cais no. 3, cujas embarcações, Hoi Veng, Hoi Keng e outras faziam as carreiras entre Macau e as ilhas da Taipa e de Coloane, ao lado desta ponte, ficava a messe dos Serviços de Marinha, hoje Escola de Pilotagem
Nas zonas adjacentes havia uma muralha onde os tancares abicavam, sempre em constante movimento.
O antigo era espaçoso, onde o articulista teve o previlégio de ali, junto com alguns colegas, passar-mos momentos felizes, cheios de comida e boa camaradagem.
O articulista com seus amigos num almoço na Messe de Marinha, podendo ver-se o muro que separava este local da ponte 3.
Velhos e belos tempos como é bom recordar, hoje em dia tudo está diferente, o aparezivel local deu lugar a prédios altos alguns deles aberrações de todo o tamanho, enfim!...
À dias o articulista deslocou-se à zona da Barra, onde na esplanada do Museu Marítimo aproveitou para descansar e beber uma bica, local aprezível onde se pondem passar uns momentos bem agradáveis.
Como não podia deixar de ser, a Ponte no. 1 mesmo ali ao lado, muitas recordações trouxe à mente do articulista.
Triste ficou ao ver o antigo posto da PMF, ponte 1, transformado numa casa de banho e onde eram os alojados ser a casa dos quadros eléctricos.
É certo que, a evolução da vida leva a que se destruam valores que fizeram parte de nossas vidas, mas o progresso esse é imparavel, mas, que se alterem as coisas, tudo bem, a ponte 1 essa continua, embora sem navios, na mesma, mas, é pena ter escolhido o local para fazerem dele uma casa de banho.
Enfim é a vida
O Pagode da Barra e a Deusa A Ma esses permanecem protegendo o local.
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