o mar do poeta

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segunda-feira, novembro 9

NEGÓCIOS À PORTUGUESA




Não é o articulista  formado em económia, nem tão pouco um expert  na estratégica comercial e muito menos comerciante, foi em tempos sim, empregado de mercearia,mas tem cabeça para pensar e   olhos para ver, e a sua já longa estada em Macau, que vai a caminho de meio século, já lhe deu já larga experiência sobre a forma como os fabricantes portugueses sempre trataram,  descurando ou desprezando o comércio asiático.




Tiveram os portuguesese a soberania de Macau durante 442 anos, o que fizeram para a colocação de seus produtos no território? que eu saiba pouco ou quase nada, se existem ainda produtos portugueses portugueses à venda, em algumas lojas e supermercados em Macau, se deve a carolice de alguns portugueses aqui residentes.


Estou recordado da introdução da cerveja Sagres em Macau nos anos 60's bem como a cerveja Cristal, a primeira importada por uma firma comercial, que faliu sendo depois importada, já sobre outras condições, por um amigo do articulista.


                                             

  A Cristal foi introduzida em Macau por um sub-chefe da PSP,reformado, que após o seu falecimento nunca mais a Cristal se viu em Macau.



A Super Bock foi igaulemnte introduzida em Macau por uma amigo do articulista, o fernando, e são estas as duas únicas marcas de cervejas à venda em Macau.

Em Macau e só em Macau, nesta área do Extremo oriente, se poderiam encontrar à venda, produtos portugueses, que sempre tiveram uma boa recepção por parte dos residentes já não direi dos portugueses, mas igualmente dos chineses.
Estou recordado do azeite da marca Fátima, das sardinhas picantes da aguardente Macieira, que fazia sempre parte das jantaras dos chineses, além de outros produtos como o chouriço Nobre, para não falar dos vinhos portugueses, sempre muito apreciados entre a população local.



Só no início dos anos 80 é que começaram a aperecer nas parteleiras dos supermados uma maior variedade de produtos portugueses, graças à boa vontade e carolice de alguns portugueses radicados em Macau.
Com a passagem de Macau para República Popular da China, a população portuguesa diminuiu imenso e isso levou a que muitos dos produtos portugueses hoje não se encontrem já no mercado, principalmente na parte de medicamentos e não só.

Muitas têm sido as delegações de comerciantes que se tem deslocado a Macau e à China, porém os resultados estão à vista de todos, pouco ou nada conseguiram.
Não existe um plano estratégico por parte dos comerciantes portugueses, tal como fazem os espanhóis os italianos e os franceses, parece que desejam apanhar a sombra da árvore sem terem o cuidado de a palntar e dela cuidar e o resultado está à vista!...
Temos imensos produtos portugueses de alta qualidade, mas não temos uma estratégica comercial para os divulgar e promover.


Já Venceslau de Morais sobre este assunto se referia em seu livro CARTAS DO JAPÃO.
As águas portuguesas, Luso, Penha entre outras, conseguiram implantarem-se no mercado, sem esforço algum.


Como português que sou, fico preplexo com as informações que vão sendo publicadas nos jornais locais, sobre o procedimento das empresas portuguesas para com o oriente, é certo que os tempos mudaram e que a Ásia é hoje economicamente um mercado rico e em plena expansão, mas, em parte sempre o foi, não só pelo seu grande número populacional como também, em vários países como Singapura, Japão, Tailândia e as cidades de Hong Kong e de Macau, sempre teve a sua população um forte poder de compra, que tem sido aproveitado pelos espanhois, franceses e italianos.
Ainda no passado dia 5, o Jornal Tribuna de Macau, publicava, na sua última página um interessante artigo cujo título é PORTUGAL "lança sementes na feira de vinhos de Hong Kong"


Direi somente que mais vale tarde do que nunca, já que durante tantos anos, 442, parece que este rico mercado foi olvidado, não a 100%, pois tinha Macau como porta de entrada e de divulgação para esses mesmo produtos, hoje eles existem, falando de vinhos então poderemos encontralos de todas as regiões do país e a preços, alguns bem acessiveis a todas as algibeiras.
Mas triste fico quando me encontro na Tailândia e percorrendo as grandes superfícies comerciais, encontrar azeite espanhol, italianao, francês e até grego e português nada, bem assim como nos vinhos que têm imensa saída, por la'se podem ver e comprar, nas horas permitidas, pois das 14 às 17 horas é proibido venderem-se bebidas alcoólicas, vinhos do Chile, Australia, America, França, Italia, China, Espanha, mas portugueses esses lá se vê uma ou duas garrafitas do velho vinho do porto e nada mais, via, faz já aguns anos o mateus Rosé, mas até esse parece ter desaparecido.

No que se refere ao calçado é mesmo, assim como mobiliário e vestuário, talvez o que os espanhois, italianos e franceses vendam sejam fabricados em portugal, mas o rótulo dia lá Made in Spain, made in France or Made in Italy, e assim vai a política e estratégica portuguesa em termos comercias e não só!.... 

Tal como afirmou, em Hong Kong o cônsul de Portugal em Macau, Manuel Carvalho, "a participação de empresas portuguesas na feira do vinho de Hong Kong, que ontem teve início, é o "lançar de sementes"que Portugal quer ver crescer e desenvolver-se".
Da minha modesta parte desejo a todos os comerciantes portugueses o maior sucesso e apostem forte nesta áera do globo, pois como está provado', para além de ser a mais consumista do mundo, têm hoje em dia um poder de compra super elevado, veja só os milhares de multimilionários que a China e não só possuem!...


Que o filme comercial português seja agora passado em HD e não mais a Preto e Branco.





O MUNDO DE NEGÓCIOS NÃO PÁRA AQUI!...



INVESTA SENHOR MINISTRO, IN VISTA!...

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