Abrindo caminho através da selva no Camboja, Henri Mouhot, explorador frânces do século 19, chegou a um templo cercado por um largo fosso onde encontrou o Angkor Wat, o maior monumento religioso do planeta.
Foi construído pelo rei Suryavarman II, no começo do século XII, como o seu templo central e capital do Estado. É o maior e mais bem preservado templo no local e também o único que restou com importante significado religioso - inicialmente hindu, e depois Budista - desde a sua fundação. O templo é o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura Khmer.
Tornou-se símbolo do Camboja, aparecendo em sua bandeira e sendo sua principal atração turística. Foi desenhado para representar o Monte Meru, casa dos deuses da mitologia Hindu.
O templo é admirado pela grandiosidade e harmonia de sua arquitectura, pelos seus baixos relevos extensos e pelos vários desenhos que adornam suas paredes.
Foi este famoso templo bem como o Bayon que o articulista foi visitar no dia 24 de Fevreiro de 2010.
O articulista junto à placa do templo, com a indicação da Unesco.
Esta foto foi tirada do templo Bayon
Uma das imensas esculturas nas paredes do mosteiro.
Angkor Wat é o maior templo e também o mais conservado dos que integram toda a base de Angkor. É considerado como maior estrutura religiosa jamais construída, e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo.
Situado a 5,5 km a norte da actual Cidade de Siem Riep, Provincia de Siem Riep, Reino de Cambodja, Angkor Wat forma uma parte do complexo de templos construidos na zona de Angkor; antiga capital do imperio Jemer durante sua época de esplendor, entre os séculos IX e XV d. C. Angkor abrange uma extensão em todo o seu conjunto de 200 km2, mas recentes investigações dizem ser possivel a sua extensão ser de 3.000 km2 e que provavelmente albergaria um milhão de habitantes, se assim for, seria a maior urbanização da humanidade.
Desde a sua construção nos principios do século XII que o reino se havia mudado para as cercanias em Bayon, e nos finais desse século, Angkor Wat passou a ser o centro político e religioso do império.
A palavra Angkor vem do Sánscrito Nokor, que falado se pronuncia Nagara que significa "capital", a palavra Wat é de origen jemer e se traduz como "templo". O nome de Angkor Wat é em todo o caso posterior à sua contrução, visto que originalmente tinha o nome de Preah Pisnulok; nome este dado pelo seu fundador Suryavarman II.
Angkor Wat é o expoente máximo da arquitectura do Imperio jemer, cujos primeiros templos remitam ao século VI. Quem planeou este gigante templo foi o Rei Suryavarman II, que reinou desde o ano de 1113 até 1150 d. C.
Segundo rezam as lendas, o Rei quis construir o templo num lugar do agrado dos deuses. Se é verdadeira ou não esta lenda, ninguém o sabe, o Rei Suryavarman II mandou construir o templo junto à antiga cidade de Yashodharapura (que en sánscrito significa "cidade sagrada"), localizando-se a excassos kilómetros da actual cidade de Siem Riep, e tal como seus antecessores, tinha seu palácio dentro do recinto do templo, que era todo ele amuralhado. Os trabalhos do templo ficaram suspensos quando o rei faleceu, não tendo sido precedidos, a construção do templo levou somente 37 anos a serem concluídos,
Nos finais do século XIII, o Rei Jayavarman VIII retornou às suas crenças hindu, destruindo parte do legado de Jayavarman VII e melhorando algunos templos hindus, incluido Angkor Wat. A Jayavarman VIII sucedeu Srindravarman no ano de 1295: este novo Rei, que em anos anteriores havia sido ordenadomonje budista, no Sri Lanka mudou de novo a religião do reino, seguindo de novo as crenças do Theravāda. Entre os séculos XIV e XV, o Império jemer legalizou os monjes budistas Theravadas vindos do Sri Lanka, que transformaram os templos em uma nova religião. Foi por essa altura que o templo de Angkor Wat se remodelou para se adaptar ao culto budista Theravāda, depois o templo foi abandonado, e os seus únicos redidentes foram os monjes.
A pesar da decadência do imperio e do abandono dos templos durante os séculos seguintes, os monjes budistas permaneceram em Angkor Wat até que os franceses o redescobriram. Nas galerias do Preah Poan —uma galería cuciforme que servia de entrada para o terceiro recinto do templo— foram encontradas estátuas de Buda em madera, pedra e metal. Algumas dessas esculturas datavam entre os séculos XVI e XVIII, o que confirma que o templo de Angkor, ao contrário do outros localizados nessa zona, nunca foi abandonado. Também ao terem sido encontradas inscrições em idiomas, tal como o birmanês e o japonês, permitem deduzir a forte repercursão que o templo tinha fora das suas fronteiras.
Não são conhecidas as razões porque o Angkor foi abandonado, umas das razões mais prováveis seria a decadência do Império Jemer, devido às invasões mongolicas no ano de 1283. e dos Siameses (Tailandeses) entre os anos de 1369 a 1431. Desta forma os governantes sairam em busca de lugares mais seguros, tendo-se fixado a sul do lago Tonlé Sap, perto das actuais cidades de Phnom Penh e Udong.
Não obstante, Angkor foi novamente habitada na segunda metade do século XVI: no ano de 1550, o Rei Ang Chan (1516–1566) se mudou para o Angkor Thom, mantendo porém a capital em Lovek, e alguns depois em 1576, o Rei Satha mudou de novo a sua corte para o Angkor. Em consequência desta mudança mandou realizar muitas obras de restauração do templo no Angkor Wat.
Devido ao seu abandono nos finais do século s XVI, Angkor foi abrangida pela selva, com a única ecepção do templo Angkor Wat, que permaneceu habitada por monjes budistas.
Diogo do Couto