o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

quarta-feira, setembro 30

CIDADE DE VASSOURAS RJ - BRASIL

LEMA - MIHE MAXIME DESETUR BRASILIAE INCREMENTUM

História



Em 5 de Outubro de 1782, o açoriano Francisco Rodrigues Alves e seu sócio Luís Homem de Azevedo, que residiam em Sacra Família do Tinguá (actualmente, distrito do município de Engenheiro Paulo de Frontin), receberam uma sesmaria localizada no "sertão da Serra de Santana, Mato Dentro por detrás do Morro Azul". Posteriormente estas terras ficaram conhecidas como “Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito".

O nome Vassouras foi dado em razão de um arbusto que era abundante na região e utilizado para confecção de vassouras. Esta vegetação pertence à família das escrofularíneas e são popularmente conhecidos como “tupeiçaba”, “guaxima” ou "vassourinha de varrer".

Francisco Rodrigues Alves foi o primeiro proprietário a residir nas terras da cidade de Vassouras. A partir de 1792 já tinha cafezais em sua propriedade, porém só em quantidade para abastecer à sua família.







PRAÇA BARÃO DO CAMPO BELO 1860

As estradas para que iam desde o porto do Rio de Janeiro até Minas Gerais, conhecidas como O Caminho Novo e o Caminho do Proença, passavam longe do atual centro de Vassouras. Entretanto, para evitar as patrulhas que percorriam estas estradas, os contrabandistas de ouro costumavam-se desviar no meio da mata virgem até perto do atual distrito de São Sebastião dos Ferreiros em Vassouras, para a partir daí descer até Xerém na Baixada Fluminense. Por volta de 1812, Inácio de Sousa Vernek construiu a Estrada Werneck que saía da aldeia de Nossa Senhora da Glória de Valença (Rio de Janeiro) e atingia o Caminho Novo permitindo seguir-se para Minas Gerais ou Rio de Janeiro. Em 1822, ficou pronta a Estrada do Comércio que começava na vila de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu, subia a serra do Tinguá, e chegava até o porto de Ubá, atual distrito de Andrade Pinto, em Vassouras, nas margens do rio Paraíba do Sul, de onde podia seguir-se para Minas Gerais e Goiás..

A fim de cortar a rota dos contrabandistas, o príncipe regente João ordenou em 1816 que fosse construída uma nova estrada na região. Para esta missão, foi contratado Custódio Ferreira Leite, futuro barão de Aiuruoca, que, por sua vez, chamou seus sete sobrinhos da família Teixeira Leite para ajudá-lo na empreitada. A estrada da Polícia cruzava o rio Paraíba do Sul na atual localidade de Juparanã em Valença (antigamente chamada Desengano), seguia até a atual localidade de barão de Vassouras, passava pelo centro do atual município de Vassouras, subia a serra até São Sebastião dos Ferreiros, e daí permitia a descida até Xerém na baixada Fluminense, de onde se podia embarcar nos portos de Pilar do Iguaçu ou de Piedade do Iguaçu, ou então seguir por estradas passando pelos atuais bairros de Irajá e Inhaúma até atingir o centro da cidade do Rio de Janeiro.


VASSOURAS - CERCA DE 1859 - FOTO DE VICTOR FRAUD

A região do vale do rio Paraíba do Sul passou por um grande desenvolvimento econômico no início do século XIX. Com o esgotamento do ouro em Minas Gerais, os mineiros migraram em grande número para esta região de ainda de mata virgem e ocupada por tribos nômades de índios Coroados. Depois de um trabalho de aldeamento de índios, a região ficou segura para ser colonizada por plantações, primeiro de cana-de-açúcar e, depois, de café. O mercado internacional começava a se interessar pela bebida e a demanda de café aumentava continuamente. A província do Rio de Janeiro tornou-se então o primeiro grande exportador internacional de café. A produção cafeeira da província do Rio de Janeiro atingiu 5.122 contos em 1828 e superou a produção de açúcar que foi de 3.446 contos. Como comparação, a província de São Paulo, que incluía então o Paraná, produziu apenas 250 contos de café em 1825 e somente em 1886 é que irá produzir mais café do que açúcar.

A estrada de Polícia e o crescimento econômico da região fizeram com que rapidamente surgisse um arraial onde atualmente é o centro da cidade de Vassouras. Neste arraial foram residir o construtor da estrada de Polícia, Custódio Ferreira Leite, e seus sobrinhos da rica família Teixeira Leite. Como era lento o desenvolvimento urbano da vila de Nossa Senhora da Conceição do Alferes, os seus vereadores resolveram mudar a Câmara Municipal para o arraial de Vassouras. A 15 de Janeiro de 1833, um decreto da Regência Trina transferiu a sede da vila.

Com o crescimento econômico devido às plantações de café, a vila de Vassouras desenvolveu-se rapidamente e foi elevada à cidade no dia 29 de Setembro de 1857. Já tinha nesta época aproximadamente 3.500 moradores na sua área urbana.




Durante a década de 1850, a cidade de Vassouras teve seu apogeu, ostentando o título de "maior produtora de café do mundo" e reconhecida como a "Princesinha do café". Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro produziu 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais juntas produziram apenas um quarto deste total. Foram construídos casarios, palacetes, hotéis (que viviam repletos), joalherias, teatro, etc com uma vida social intensa. Os fazendeiros do café, antes rústicos, se educavam e se socializavam e suas fazendas eram ampliadas e reformadas, para atenderem as novas necessidades e receberem hóspedes ilustres vindos da Corte. Criaram estabelecimentos de ensino importantes, freqüentados por alunos oriundos de várias partes, inclusive da cidade do Rio de Janeiro.


Neste período, Vassouras chegou a ser a maior cidade com fazendeiros nobilitados, passando a ser conhecida como "Cidade dos Barões". Aqui viveram 25 barões, 7 viscondes, 1 viscondessa, 1 condessa, 2 marqueses, considerados titulares vassourenses, entre outros.





A super-exploração e mau uso causaram o empobrecimento do solo e a a produção de café caiu em toda região. Entre 1879 a 1884, a província do Rio de Janeiro ainda contribuiu com 55,91% do total de café exportado pelo Brasil; porém, em 1894 a produção despencou para apenas 20% do total. Os crescentes preços do café no início da década de 1890 ainda sustentaram o apogeu da cidade até a segunda metade da década. Porém, com a queda de preços internacionais, muitas fazendas hipotecadas foram perdidas para o Banco do Brasil depois de serem possuídas pela mesma família por várias gerações. Os descendentes dos barões do café seguiram para a capital e outros lugares em busca da fortuna e do status perdido. Os que ficaram, abandonaram a agricultura e mudaram suas fazendas para exploração da pecuária leiteira.








Vassouras hoje guarda nas fachadas de seus casarios, palacetes e monumentos as lembranças de um período de muita riqueza que nunca será esquecido. O seu conjunto histórico urbanístico e paisagístico está protegido pelo processo de tombamento 566-T-57 de 26.06.1958 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional– IPHAN. A 24 de Dezembro de 1984, Vassouras foi declarada, por força de lei, em Estância Turística.






Geografia
Localiza-se a uma latitude 22º24'14" sul e a uma longitude 43º39'45" oeste, estando a uma altitude de 434 metros. Sua população estimada em 2005 era de 33.206 habitantes.

Possui uma área de 552,438 km². Recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro II do Brasil.

Distritos
Desde 15 de dezembro de 1987, o município é constituído de 4 distritos



FONTE - ENCICLOPÉDIA LIVRE
FOTOS RECOLHIDAS ATRAVÉS DA GOOGLE
Os meus sinceros parabéns ao habitantes da cidade de Vassouras, pela passagem de mais aniversário como cidade, e já lá vão 152.


Um comentário:

Maria Rita Gramigna disse...

Passei minha infância em Vassouras e tenho excelentes lembranças. Hoje revi um pouco da cidade que morei até os 13 anos. Adorei!!!