A vaidade é o desejo
De atraír a admiração
Que extravagaciamente é lampejo
E mal da nossa civilização
O orgulho, é soberba, é vaidade
É um egoísmo excessivo
Que nos dá e tira personalidade
Nada tendo de belo ou de ponderativo
A vaidade nos leva a pensar
Que somos os mais belos, uns doctores,
E será uma forma de olvidar
nossas impurezas, nossos males, nossas dores
Matias Aires, Filósofo, 1705-1764, in 'Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens e Carta Sobre a Fortuna'
A vaidade é irmã da luxuria e da beleza
Que os seres humanos, tais pavões
Revelam orgulho, mas sem gentileza
Por não serem humildes seus corações
Vivemos num mundo de vaidade
E onde e por qualquer razão
Nela se incorpora a maldade
Faltando senso e compaixão
A vaidade é geradora de males,
Mas igualmente o princípio do bem
Tal montanha com seus vales
Que méritos têm também.
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Acrescentaria também que em Portugal o termo de Dr. é igualmente uma vaidade, uma pavãozisse, pois a maioria das pessoas tiraram apenas um curso univertário, o Douturamento esse o vem por um canudo mas vaidosos como são gostam de assim serem tratados, a humildade, essa matéria nas aulas de psicologia ou filosofia não deve ter sido ensinada, enfim, mais uma bem lusa, doutor para aqui doutor para ali, até parece que foram baptizados com o esse nome, mas para muitos o termo próprio seria de Burros Vaidosos.
Um comentário:
Boa reflexão sobre a vaidade, António! Ela tem várias faces: para o bem e para o mal. Sou vaidosa (sem excessos) com minha aparência e modo de ser.Minha chama humana mantém-me pecadora.rs
Bjins, Betha.
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