Regente do Império do Brasil
Mandato 12 de outubro de 1835 a 19 de setembro de 1837
Diogo Antônio Feijó, também conhecido como Regente Feijó ou Padre Feijó (São Paulo, batizado a 17 de agosto de 1784 — São Paulo, 10 de novembro de 1843), foi um sacerdote católico e estadista brasileiro.
Considerado um dos fundadores do Partido Liberal. Pode-se resumir bastante sua vida afirmando que exerceu o sacerdócio em Santana de Parnaíba, em Guaratinguetá e em Campinas. Foi professor de História, Geografia e Francês. Estabeleceu-se em Itu, dedicando-se ao estudo da Filosofia. Em seu primeiro cargo político foi vereador em Itu.
Foi deputado por São Paulo às Cortes de Lisboa, abandonando a Assembléia antes da aprovação da Constituição. Era adversário político de outro paulista, José Bonifácio de Andrada e Silva. Era defensor da descentralização e de políticas liberais, entrando em conflito com a própria Igreja. Foi deputado geral por São Paulo (1826 e 1830), senador (1833), ministro da Justiça (1831-1832) e regente do Império (1835-1837).
Infância, ordenação, iniciação política
Criança regeitado , fora da casa do reverendo Fernando Lopes de Camargo, seu padrinho de batismo. Batizado na Sé, foi sua madrinha a viúva Maria Gertrudes de Camargo, irmã do reverendo. O reverendo e sua irmã, descendentes do bandeirante Fernão de Camargo, teriam acolhido o enjeitado por ser filho ilegítimo de sua outra irmã, de 25 anos, solteira, Maria Joaquina Soares de Camargo, o que foi confirmado pelos estudos de Ricardo Gumbleton Daunt, em 1945 (Cf. “Diogo Antônio Feijó na Tradição da Família Camargo” – Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – 1945).
Feijó foi criado pela própria Maria Joaquina, na casa dos tios. Embora se desconheça o nome de seu pai, alguns biógrafos apontam o cônego Manuel da Cruz Lima, de Curitiba, nomeado para o cabido da Diocese de São Paulo em 1788; outros, um parente próximo do falecido esposo de Maria Gertrudes, Félix Antônio Feijó.
Todos concordam, entretanto, que Diogo Feijó sofreu com isso durante toda a vida e, em seu testamento, assinado a 3 de março de 1835, declarou: Para desfazer a maledicência, a calúnia e a infâmia, declaro que sou filho de Maria Gertrudes de Camargo e Félix Antônio Feijó.
Levado para Cotia, foi educado em Santana de Parnaíba pelo padre João Gonçalves Lima, seu padrinho de crisma. Sempre em contato com os Camargos, acompanhou-o para Guaratinguetá, de onde retornaram a Parnaíba em 1798, onde Feijó permaneceu até ser ordenado presbítero. Essa era a carreira recomendada para quem, na sociedade colonial, se sentisse predisposto à vida do espírito e à atividade intelectual.
Feijó iniciou o processo de habilitação de genere et moribus em 1804. Em 14 de setembro desse ano, já feito subdiácono, voltou para São Carlos onde tinha uma aula particular de Gramática e vivia em estado de pobreza, pois o recenseamento da cidade indica que vivia de esmolas. Só se ordenou presbítero, isto é, se tornou realmente padre, em 1808, depois de concluir o curso de Filosofia em São Paulo.
Passou então a poder rezar missas e administrar os Sacramentos, e em 1809 o recenseamento de São Carlos já indicava vive de suas ordens. Nesse mesmo ano obteve o lugar de escrivão juramentado da Câmara Eclesiástica em São Paulo, mas retornou a São Carlos, onde vivia de sua horta, plantava mantimentos e possuía doze escravos (herdara alguns recursos, por morte de Marta de Camargo Lima, sua avó). Nesse período compôs uma gramática latina, um compêndio de retórica, rezava missas e era benquisto no lugar. Em 1813 é citado no recenseamento como senhor de engenho, com 13 escravos, produzindo açúcar e aguardente, além de milho, feijão e arroz para os gastos da casa.
Em 1818, aos 34 anos de idade, partiu para Itu, atraído pelo exemplo austero do padre Jesuíno do Monte Carmelo. Habituado a ensinar, recebeu do Bispo autorização para abrir uma aula de Filosofia Racional e Moral. Como outros padres brasileiros à época, era um liberal. Freqüentavam Itu Nicolau de Campos Vergueiro, Álvares Machado, Costa Carvalho, e a eles se juntou o padre Feijó, certamente para comentar a Revolução Liberal do Porto de 24 de agosto de 1820.
Quando D. João VI jurou, em 26 de fevereiro de 1821, a Constituição que estava sendo elaborada, os eleitores de Itu, desassombrados, reunidos para elegerem os membros da Junta Provincial para a eleição dos deputados às Cortes, intimaram o Ouvidor a deferir ao colégio eleitoral o juramento da futura Constituição portuguesa!
Havia então três macas em São Paulo: São Paulo, Itu, e Paranaguá e Curitiba. A Junta Eleitoral de Itu, secretariada pelo padre Feijó, se reuniu e compareceram 34 eleitores, sendo eleitos Nicolau de Campos Vergueiro, Rafael Tobias de Aguiar, o próprio Feijó, Paula Sousa, Antônio Pais de Barros e José de Almeida Leme. Foi sua iniciação política e, em breve, partiria para São Paulo, a tomar parte da Junta Eleitoral da Província, instalada a 6 de agosto de 1821.
Estátua de Diogo Antônio Feijó, parte integrante do Monumento à Independência, no Ipiranga, São Paulo, Brasil.
Fonte - Enciclopédia livre
3 comentários:
Caro confrade e amigo António Cambeta!
A rua que resido é denominada Regente Feijó...
Os despojos mortais do nobilíssimo Regente Feijó jazem na Cripta da Catedral da Sé.
Caloroso abraço! Saudações regenciais!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo
Sei o nome onde mora, só não sabia que Regente Feijó estava sepultado na Cripa da Cadetral da Sé, então será por isso a tal dama lá vai oorar todas as quarta feiras, a ver se ainda conhece amealhar mais algum dinheiro.
Abraço amigo
Caro confrade e amigo António Cambeta!
Ora pois, a minha amiga, a Dona Miquelina é muito interesseira... Isto posto, sua hipótese é plausível!!!
Caloroso abraço! Saudações mexeriqueiras!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
PS - Adorei a vista panorâmica da sua cidada natal Évora!!!!
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