http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2010/10/implantacao-da-republica-portuguesa.html
"... Eu meu senhor,não sei o que é a República, mas não pode deixar de ser uma causa santa. Nunca na egreja senti um calafrio assim. Perdi a cabeça então, como os outros todos. Todos a perdemos. Atirámos entâo as barretinas ao ar. Gritámos todos: Viva, viva, viva a República!..."
Palavras de um soldado ao Presidente do Tribunal de Guerra, no acto do julgamento.
Li isto na folha publicitária das Comemorações do Centenário da República, que saíu, hoje, integrada nos diversos diários publicados, a propósito do 31 de Janeiro de 1891.
Nada tenho contra as comemorações - aliás sou republicano assumido - e acho que 100 anos é uma data importante para comemorar.
Já me faz impressão que não houvesse outra frase para publicar. Já me tinham dito que as comemorações iam servir para acentuar o carácter anti-igreja católica da Primeira República, coisa em que não quis acreditar, mas enganei-me e esta frase é disso exemplo.
Como se não bastasse a ignorância do soldado que aclama uma coisa que não conhece, tinha de vir a Igreja à baila. Aliás, se seguissemos o exemplo, bastava pôr os alunos a celebrar a República, gritando-lhe vivas, mesmo não fazendo ideia do que estavam a dizer. Ter papagaios que repetem o que se lhes pede dá jeito a muita gente, como sabemos.
Há que ter cautela com aquilo que publicamos e com a maneira como celebramos as coisas, pois celebrar com, é bem diferente de celebrar contra....
Já agora, não se esqueçam que no 5 de Outubro se celebra também o Tratado de Zamora (2.ª imagem) que estabelece a independência de Portugal, sem a qual não haveria república.
Fonte - Histórias e sabores
Um comentário:
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Parabenizo-o pelo natalício da República Portuguesa!!!
Caloroso abraço! Saudações republicanas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
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