o mar do poeta

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domingo, julho 4

PONTE MACAU- TAIPA - 5 DE OUTUBRO DE 1974


A Ponte Nobre de Carvalho no início dos anos 80's, onde se pode ver, a zona das portagens.


A Ponte Nobre de Carvalho, nos dias de hoje, podemdo-se ver que o vão da ponte, lado de Macau, está bem próximo da terra.


Inauguração da Ponte Macau-Taipa, foto de Lei Chiu Vang



Vista da ponte Macau-Taipa, tendo como pano de fundo a cidade de Macau, foto tirada na zona dos 7 Tanques, por Lei Chiu Vang.




Miudos pescando na zona da Praia Grande, podendo ver-se o esplendor da Ponte Macau-Taipa, foto de Lai Chiu Vang.










PONTE MACAU TAIPA

O projecto foi elaborado pelo Professor Engenheiro Edgar Cardoso, que na Memória descritiva diz em resumo o seguinte:
“A ponte rodoviária Macau-Taipa vai estabelecer, com carácter definitivo e permanente, a ligação entre a cidade de Macau e a ilha da Taipa de modo a deixar livre passagem para a navegação.






Trata-se de uma obra do mais elevado interesse para o desenvolvimento de Macau nos seus múltiplos aspectos, especialmente turístico-industriais, agora mais relevantes, uma vez que se encontra concluída a estrada de ligação da ilha da Taipa à ilha de Coloane e se dispõe já aí de considerável área de terreno conquistado ao mar.






A conculsão desta importante obra vai trazer uma continuidade geográfica ao território da Província ligando a cidade de Macau ao conjunto já existente Taipa-Coloane.
Como seguidamente se desenvolverá, a obra de arte é formada por: terraplenos de aproximação, um junto de Macau e outro da Taipa, com a extensão respectivamente de 107,11 metros e 773 metros; por dois viadutos de acesso de betão armado, um do lado de Macau com o comprimento de 282 metros e outro do lado da Taipa co0m 1 038 metros, e por a ponte propriamente dita a cada um dos lados do canal de navegação, constituída por uma estrutura continua de betão armado e com um vão central de 73 metros de comprimento, deixando livre uma altura de 27 a 34 metros acima da máxima praia-mar para o canal de navegação, em estrutura de betão preesforçado, perfazendo 1 213 metros.






Toda a obra de arte tem duas vias de rodagem, uma para cada sentido, com largura de 2x3.60 metros, ladeadas por passeio sobrelevados de 0,80 metros úteis.
Para protecção da obra, no canal de navegação e delimitando este, prevê-se um sistema de defesas de modo a diminuir o risco de eventualmente serem atingidos os pilares principais de suporte do grande vão central por manobra errada de navegação.






Está prevista a iluminação eléctrica ao longo de toda a obra de arte e dos pilares, prevendo-se ainda na estrurura disposições que permitirão a fácil instalação de condutas de água e cabos para electricidade e telefones.






LOCALIZAÇÃO DA OBRA DE ARTE

A planta geral mostra a localização --- no alinhamento aproximado do molhe Oeste do Porto Exterior ---- mas, na revisão a que se procedeu, julgou-se preferível, que a obra de arte seguisse o actual alinhamento.







DESCRIÇÃO GERAL DAS OBRAS


O comprimento total da obra entre o eixo da Avenida Doutor Oliveira Salazar do lado de Macau e o entroncamento na ilha da Taipa é de cerca de 3 450 metros distribuídos por:

Aterro do lado de Macau ................................... 107,11 metros
Encontro do lado de Macau ............................... 9,40 m
Viaduto do lado de Macau ................................ 282,00 m
Pilar-encontro do lado de Macau ...................... 9,00 m
Ponte propriamente dita .................................... 1 213,00 m
Viaduto do lado da Taipa ................................. 1 038,00 m
Encontro do lado da Taipa ............................... 9,40 m
Terraplenos do lado da Taipa .......................... 773,00 m
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3 440,91 m








Fonte - Foto de Ip Chun



















Foto de Ip Chun
















FOTO - PROFESSOR ENGENHEIRO EDGAR CARDOSO.






CONCLUSÕES

Trata-se duma obra-de-arte que satisfaz aos condicionamentos próprios da moderna circulação rodoviária, com trainéis de inclinação perfeitamente aceitável e devidamente concordados e permitindo a passagem franca de toda a espécie de navegação.
Não foi também descuidado o aspecto estético, pois chegou-se a uma solução plenamente satisfatória.






Está, presentemente, em consideração toda a obra-de-arte a ser pintada. Já foi nomeada uma comissão, para se pronunciar sobre a cor a adoptar, para que o conjunto da ponte, seus viadutos e pilares fiquem harmoniosamente integrados nas paisagística local.
De noite, todo o conjunto da ponte irá representar, a quem demandar o porto de Macau, um aspecto de rara beleza.






Além do comjunto de luzes dos seus candeeiros a definirem-lhe, em toda a sua extensão, uma curva graciosa a sua parte superior, também a escuridão da noite ficará cortada por linhas verticais, resultantes da iluminação dos pilares.






Teve-se ainda presente a questão de segurança da obra, quer dotando os pilares de fortes embalsamentos quer utilizando sistemas estruturais especiais de delimitação do canal de navegação.
Na concepção geral e nos elementos da obra foram utilizadas as técnicas actuais mais evoluídas, e sem necessidade da extrapolação, praticamente com todos os pormenores já efectivados em outras estruturas.






A importância desta obra na vida da Província é extraordinária.
Trata-se de um empreendimento de grande vulto e projecção que, além de honrar a Engenheiria Portuguesa, demonstra à evidência a atenção do Governo Central para com as Provímcias Ultramarinas.






A construção da ponte havia sido ideada pelo Governador Jaime Silvério Marques, acarinhada por Lopes dos Santos, sendo finalmente realizada por Nobre de Carvalho.
A 25 de Novembro de 1973, as autarquias de Macau resolveram atribuir à Ponte Macau-Taipa o nome do Governador, intitulando-a “Ponte do Governador Nobre de Carvalho”, sendo colocada uma placa de bronze com esse nome.






A Ponte foi inaugurada em 5 de Outubro de 1974.






Tem cerca de 3 km de extensão, com uma ampla faixa de rodagem de 7,20 m de largura, além dos passeios, perfazendo o total de cerca de 10 metros, com a rasante que se eleva a 35 metros sobre as águas do mar na zona do canal da navegação; foi edificada em muito maus solos de fundação, da ordem dos 25 a 30 metros de lodos, capaz de suportar todas as intempéries; foi concebida em grandes trechos monolíticos, um dos quais com mais de 1 km e dois com mais de 600 m, em que as superestruturas inter-colaboram com os pilares na resitência às solicitações do serviço e climatéricas, transferindo para os encontros e pilares-encontros a maisor parte das forças longitudinais.






O Professor Engenheiro, Edgar Cardoso, acompanhou de perto e de longe a construção da Ponte, que foi adjudicada a Hó Yin, que confiou à Empresa de Engenharia de Macau, designadamente Wong Chook Keong e Ng Fok, sendo a obra fiscalizada pelos engenheiros Manuel de Mesquita Borges e José João de Deus do Rosário. Levou uns 5 anos a construir, sendo o seu custo da ordem das mil patacas por metro quadadro.


Fonte - P. Manuel Teixeira












A Taipa (chinês:氹仔島) é uma ilha na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) na República Popular da China e tem uma área de 6,5 km². Administrativamente, corresponde à freguesia de Nossa Senhora do Carmo. O Aeroporto Internacional de Macau, a Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, a Universidade de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, bem como várias fábricas, o centro de tratamento de resíduos sólidos de Macau e o seu incinerador, localiza-se nesta ilha.

Esta ilha já começou a ser povoada por chineses desde do séc. XII. Os portugueses chegaram a esta ilha em 1851 e ocuparam-na. Incorporou-a depois na colónia de Macau e, hoje, continua a ser uma parte integrante da RAEM. Taipa é conectada à península de Macau pelas Pontes de "Governador Nobre de Carvalho", da "Amizade" e de "Sai Van". É também conectada à ilha de Coloane pela "Estrada de Istmo", construída sobre o istmo de Cotai.

Taipa sempre foi uma ilha pouco povoada. Mas esta situação mudou no mês de Outubro de 1974, quando a Ponte Governador Nobre de Carvalho foi concluída. A partir desta data, a ilha experimentou, e continua a experimentar, um grande desenvolvimento e aumento substancial de população. Hoje é uma grande área residencial.


Fonte - Enciclopédia livre











Foto tirada por Lai Weng Chio, no ano de 1982











Foto, cujo autor se desconhece.

A ponte com o seu design original, não havendo ainda os tais aterros na parte de Macau.





É de salientar que a Ponte Nobre de Carvalho, por Decreto Provincial no. 26/74, estabeleceu o regime de pagamento de portagens pela utilização da ponte Macau-Taipa, de harmonia com as disposições do presente diploma.










Art. 2 - 1. Para efeito da aplicação das portagens considerar-se -ão as seguinte classe:










CLASSE I










Ciclomotores;





Motociclos;





Veículos automóveis de 3 rodas.










CLASSE II










Automóveis ligeiros de passageiros;





Automóveis ligeiros de mercadorias ou mistos;





Automóveis ligeiros com reboque.










CLASSE III










Automóveis pesados de passageiros, utilizados em carreiras de transporte colectivo;





Automóveis pesados de lotação até 30 lugares;





Automóveis pesados de mercadorias, ou reboques, de peso bruto superior a 7 000 quilos.










CLASSE IV










Automóveis pesados de passageiros, de lotação superior a 30 lugares;





Automóveis pesados de mercadorias, ou reboques, de peso bruto superior a 7 500 quilos.










Art. 3 - 1










As portagens a cobrar por cada travessia da ponte --- ida e volta ---- serão as seguintes:










Classe I .......................... Patacas $ 3,00





Classe II ........................ " $ 5,00





Classe III ...................... " $10,00





Classe IV ...................... " $20,00










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Através do Decreto-Lei 43/81/M, publicado no Boletim Oficial no. 51/1981, publicado em 19 de Dezembro de 1981, foi abolido o regime de pagamento de portagens pela utilização da ponte Macau-Taipa, estabelicido pelo decreto Provincial no. 26/74, de 18 de Setembro .





Sendo revogada toda a legislação nesse sentido.













Foto tirada pelo articulista, podendo-se ver, que o vão da ponte quase fica já em terra, devido aos aterros efectuados do lado de Macau.










Presentemente existem três pontes a ligar a cidade de Macau à ilha da Taipa, a saber, Ponte General Nobre de Carvalho, Ponte da Amizade e a Ponte Sai Van.










A Ponte Nobre de Carvalho é utilizada somente por autocarros, táxis, viaturas da polícia e por ambulâncias.

















Foto copilada da Google
















A obra de arte, tal como a classificou o Monsenhor Manuel Teixeira, o qual foi o pedestre que a mais usou, visto que diariamente, de manhã bem cedinho, e pela tardinha ele a percorria a pé.

















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