o mar do poeta

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quarta-feira, novembro 17

CONVENTO DE MAFRA




Faz hoje, dia 17 de Novembro, 283 anos que se iniciaram as obras de construção do Covento de Mafra.

O Palácio Nacional de Mafra localiza-se no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal.

A cerca de 25 quilómetros de Lisboa, constitui-se em um palácio e mosteiro monumental em estilo barroco. Foi iniciado em 1717 por iniciativa de João V de Portugal, em virtude de uma promessa que o jovem Paulo Lourenço fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência. Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas para uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.


Igreja do Palácio Nacional de Mafra.

Em 1715, foi fundado o Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra, que pertencia à província eclesiástica da Arrábida. Teve origem numa comunidade do Hospício do Espírito Santo. Em 1730, sagrada a Igreja de Nossa Senhora e Santo Antônio, junto de Mafra, foi para lá transferida a sobredita comunidade.

Entre 1771 e 1791, por breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770, a requerimento do Marquês de Pombal, foi ocupado pelos Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação de Santa Cruz de Coimbra; os Franciscanos da Província da Arrábida saíram do Convento de Mafra, em Maio de 1771. Em 1791, os Cônegos Regulares de Santo Agostinho saíram do edifício de Mafra.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo ministro e secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 28 de Maio, promulgado a 30 desse mês, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.



Palácio Nacional de Mafra, Litografia de 1853.



Palácio Nacional de Mafra, vista panorâmica.

Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a vila de Mafra.Foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.

O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 109 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres portugueses; D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig (Ludovice) (que estudara na Itália), iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas.

A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A magnifica basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.



A Sala Amarela do Palácio.


A Sala dos Destinos.

O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre aqui um projeto para a preservação dos lobos ibéricos. As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807.

O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas. Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.

No palácio pode-se visitar a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas.

No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância.

Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma cúpula. O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo.

O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.

O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 57 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e melhores do mundo.

Actualmente, o único residente do Palácio é um antigo tipógrafo, de nome Gil Mangens. Descendente de uma família de origem francesa, que chegou a Lisboa no século XVIII por altura da construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome Mangens, devotou, à imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o acolhe.




 
Biblioteca do Convento de Mafra.

O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões. Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura.

O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como incunábulos. Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.



O articulista, por duas vezes teve o previlégio de visitar este magnifico convento.

 



Médico espanca mulher e sogros



Um médico de 55 anos foi detido depois de espancar a mulher e os sogros, na casa que partilham, na rua Inácio Fernandes Barbosa, em Arcozelo, Gaia, e de ter ameaçado a GNR com uma faca. Marcelino Santos foi presente ao juiz e está proibido de entrar em casa e de contactar com a família.

As desavenças entre o médico e os familiares já duravam há cerca de dois anos. No domingo à noite, cerca das 19h30, depois de mais uma discussão familiar, Marcelino Santos voltou a agredir a mulher, enfermeira na zona de Vila Nova de Gaia.

Os pais da mulher foram em auxílio da vítima, mas também eles foram espancados ao murro e pontapé pelo médico. Muito agressivo e revoltado, o homem tentou ainda atear fogo ao carro dos sogros. Valeu um vizinho, que se apercebeu da situação e alertou de imediato a GNR de Arcozelo, que acorreu ao local.

Já na presença da patrulha militar, o clínico ainda se exaltou mais. Pegou numa faca de cozinha e ameaçou os militares de morte. Foi detido, depois de oferecer resistência, e levado para o posto.

Presente ao juiz para primeiro interrogatório judicial, foi libertado mas está proibido de entrar em casa e contactar com a mulher e os sogros.

De acordo com os vizinhos, esta não foi a primeira vez que o médico pediatra bateu na família, no entanto, nenhuma queixa foi apresentada na GNR.

Fonte - Correio da Manhã

terça-feira, novembro 16

NÃO ALIMENTE OS FABRICANTES DE CIGARROS - DEIXE DE FUMAR









EUA: A mais dura lei anti-tabaco submetida à CR


O Senado norte-americano aprovou ontem, quinta-feira, a versão da mais dura lei anti-tabaco que vai ser submetida à Câmara dos Representantes (CR).

Com isto, a Food and Drug Administration (FDA), responsável pelo fabrico e comércio de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, fica com poderes reforçados para introduzir alterações relativamente a produção de cigarros, nomeadamente estabelecer proibições mais exigentes em matéria de publicidade e impedir a venda de derivados de tabaco destinados à juventude, sendo que os únicos limites à FDA serão, segundo a nova lei, a impossibilidade de proibição total de venda de tabaco e a imposição de grau zero de nicotina nos cigarros.

12-6-2009, 12:05:10

Expresso das Ilhas

MARIO CESAR CARVALHO

DA REPORTAGEM LOCAL



Papai Noel mandava você fumar. Médicos diziam que, se você não consegue parar, então o melhor a fazer é usar Marlboro. Dentistas pregavam que o negócio para evitar dentes amarelos eram os cigarros com filtro. Até bebês de colo eram convocados para as campanhas: "Nossa mamãe, você gosta mesmo do seu Marlboro". Ao que a mãe explicava: "Sim, você nunca sente que fumou demais. É o milagre do Marlboro!".

Bem-vindo ao mundo aparentemente insano da publicidade de cigarro. Ele é o tema de uma mostra que abre hoje em São Paulo, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, com um título que já entrega tudo: "Propaganda de Cigarro. Como a Indústria Enganou Você". A exposição fica em cartaz até o dia 26.

São 63 reproduções de campanhas veiculadas na imprensa e na TV nos EUA, entre 1920 e 1950. Foram coletadas por dois professores da Universidade Stanford: Robert Jackler (médico) e Robert Proctor (historiador da ciência).

É um mundo só aparentemente insano porque tudo ali foi planejado, disse Jackler à Folha. Nos anos 50, bebês, Papai Noel e noivas eram usados para que o cigarro não fosse visto como coisa de desclassificado, como a indústria temia, mas como um dado do cotidiano.

"A estratégia era fazer do cigarro um elemento essencial do cotidiano: do trabalho, dos jogos, da amizade, das férias e, especialmente, do amor."

Na década de 50, a indústria tinha duas tarefas de Hércules: transformar o cigarro em algo banal como um doce e responder às pesquisas científicas que demonstravam o efeito cancerígeno do fumo. O plano foi fazer de conta que as evidências de que o cigarro vicia e mata não estavam comprovadas.

A primeira peça dessa estratégia é um anúncio publicado em 4 janeiro de 1954 sob o título "Uma declaração franca aos fumantes". Saiu em cerca de 400 jornais e dizia que a indústria revelaria tudo o que soubesse sobre fumo e saúde.

A peça, que está na exposição, já trazia uma mentira -pelo menos desde 1950 a indústria já sabia que fumo causava câncer e só foi admitir isso quatro décadas depois.

Jackler afirma que não se trata de uma mentirinha branda, comum no mundo publicitário, já que milhões de pessoas morreram por causa dessa estratégia. "Em vez de demonstrar preocupação com a saúde do consumidor, a indústria simplesmente criou o mito de que o cigarro é seguro e pode inclusive melhorar a saúde."

A exposição é repleta de amostras de anúncios sobre os benefícios do cigarro à saúde. Uma propaganda de Lucky Strike afirma: "20.679 médicos dizem que Luckies é menos irritante", referindo-se à garganta. Outra peça, do Camels, apregoa: "Mais médicos fumam Camel do que qualquer outra marca".

O levantamento do Camels foi feito num congresso em que o fabricante distribuiu maços na porta de entrada e perguntava na saída "que cigarro você tem no bolso?", segundo a curadora brasileira da mostra, Bia Pereira. A exposição é uma iniciativa da agência Nova/SB, que cria anúncios contra o fumo para a Organização Mundial de Saúde.

Os médicos que aparecem nos anúncios são, em sua maioria, atores, mas Jackler não poupa seus pares. O apoio dos médicos foi conseguido, segundo ele, com injeção de dinheiro nas entidades de classe. O caso mais famoso é o da Associação Médica Americana, que hoje lidera as campanhas contra o fumo: nos anos 50 o jornal da entidade trazia anúncios em que os médicos pregavam os benefícios do cigarro para a saúde.

Para quem acha que tudo isso é coisa do passado, Jackler tem uma resposta na ponta da língua: a indústria do cigarro faz a mesma coisa até hoje.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo e UOL Ciência e Saúde



Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem hoje no mundo cerca de 1,1 bilhão de fumantes. Desse total, 800 milhões estão nos países em desenvolvimento, em torno de 73%. A OMS demonstra, num estudo concluído em 1996, que um dos maiores desafios ao crescimento dos países em desenvolvimento é a epidemia de doenças relacionadas ao fumo. Grande número de pessoas morrem na fase mais produtiva de suas vidas devido ao cigarro.

A OMS estima que, em 2025, 85% dos fumantes estarão nos países menos desenvolvidos. No Brasil, cerca de 32 milhões de brasileiros são fumantes. O cigarro* é hoje o campeão de mortes no mundo. Morrem a cada ano mais pessoas vítimas do consumo de cigarros que a soma das mortes devido à AIDS, violência, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios.

No mundo todo morrem a cada ano cerca de 3,5 milhões de pessoas de doenças relacionadas ao fumo. No Brasil, são estimadas 100 mil mortes ao ano decorrentes do tabagismo.

Segundo a OMS, se permanecer a tendência atual, entre 2020 e 2030 serão 10 milhões de mortes a cada ano decorrentes do vício do fumo. No Terceiro Mundo, serão 7 milhões.

No Brasil, assim como nos outros países, 90% dos fumantes começaram a fumar ainda crianças e jovens, induzidos pela publicidade e pelo exemplo de ídolos, pais e amigos. O hábito começa na juventude e a indústria do tabaco sabe disso e age, direcionando as campanhas de publicidade para os jovens, futuros consumidores.

Entre as vítimas, as que sofrem menos morrem por ataque cardíaco ou acidente vascular (derrame). Os outros morrem lentamente, de forma bastante dolorosa e angustiante, inclusive para familiares e amigos.

É este o caso das vítimas do câncer e em particular do enfisema pulmonar que, ao destruir o pulmão, causa forte insuficiência respiratória. Os pacientes com enfisema sentem uma permanente falta de ar e se cansam ao menor esforço físico, ficando impossibilitados de levar uma vida normal nos anos que lhes restam.

Mas isso não é tudo. O cigarro é também responsável por muitos outros danos, como menopausa precoce, abortos e partos prematuros, envelhecimento acelerado da pele, especialmente no rosto, impotência sexual, bronquite, asma, sinusite, hipertensão arterial, derrames, úlcera do estômago e uma série de outras doenças relacionadas ao fumo. Os fumantes passam a ter saúde mais frágil e adoecem em média 2 a 3 vezes mais que os não fumantes.

O desconforto causado pelas doenças e os prejuízos econômicos delas decorrentes como gastos com hospitais, médicos e remédios, faltas no trabalho, diminuição da expectativa de vida, além do sofrimento para os familiares e amigos tornam o cigarro o grande responsável pela queda da qualidade de vida dos fumantes e de quem convive com eles.

Não obstante tudo isso, existem hoje apenas no Brasil cerca de 30 milhões de fumantes que mesmo querendo, não conseguem abandonar o cigarro. A chance destas pessoas virem a sofrer de alguma doença grave aumenta a cada dia e a cada cigarro fumado.

Parar de fumar é a medida mais eficaz e inteligente que podem tomar para a melhoria da sua saúde e da de todos que convivem com elas, principalmente familiares, vítimas inocentes do fumo passivo, tão nocivo e perigoso quanto o fumo direto.

No caso de quem está sujeito também a outros fatores de risco, como quem tem vida sedentária, excesso de peso ou hábitos alimentares inadequados, recomenda-se tomar as medidas necessárias para diminuir também estes riscos. Estudos médicos comprovam entretanto que parar de fumar é, dentre todas, a medida mais importante.


A introdução de leis, proibindo fumar em ambientes fechados e controlando a publicidade de cigarros, é certamente um avanço mas não é suficiente para conseguir controlar o avanço desta verdadeira epidemia que ameaça a vida de milhões de pessoas.

 É preciso que as pessoas se conscientizem do problema e decidam livremente melhorar a duração e a qualidade de sua vida, abandonando definitivamente o vício do cigarro.


Os governos tomam medidas e amentam a taxa sobre a venda de cigarros, mas isso não chega, só um país no mundo, o BUTÃO teve a coragem de proibir a comercialização e o consumo de tabaco, os outros, até lhes dá um jeitão nas receitas pela venda de tabaco, mas, hipócratas como são, são emitindo leis que proibem o consumo de tabaco em lugares fechados, de resto nada mais, os fabricantes esses, na sua maioria americanos, ganham fortunas, mas tudo bem, são os Ianques que mandam no mundo, falam muito mas nada fazem.

GIGANTES DO CIGARRO EM LUTA MUNDIAL SOBRE REGRAS MAIS RÍGIDAS


The New York Times, 14 de Novembro de 2010
Por Duff Wilson

À medida que as vendas para países em desenvolvimento se tornam cada vez mais importantes para as gigantes companhias de tabaco, elas estão intensificando os esforços ao redor do mundo para lutar contra duras restrições sobre a comercialização de cigarros.


Empresas como Philip Morris International e British American Tobacco estão contestando os limites de publicidade na Grã-Bretanha, maiores avisos gráficos de saúde na América do Sul e impostos mais elevados para os cigarros nas Filipinas e no México.Elas também estão gastando bilhões de dólares em lobby e campanhas de marketing na África e Ásia e, em um caso na Austrália.

A indústria aumentou seus esforços no avanço de uma reunião no Uruguai nesta semana, por funcionários da saúde pública de 171 nações, que pretendem moldar orientações para impor um tratado mundial anti-tabagismo.

Este ano, Philip Morris International processou o governo do Uruguai, dizendo que suas regras para o tabaco eram excessivas. Oficiais da Organização Mundial da Saúde dizem que a ação representa um esforço da indústria para intimidar o país, assim como outras nações que participaram na conferência, que estão considerando rigorosos os requisitos de comercialização do tabaco.

A lei no Uruguai determina que as advertências de saúde cubram 80% das embalagens de cigarros.

Também os limites de cada marca, como a Marlboro, a um design por embalagem, de modo que características alternativas não enganem os fumantes, fazendo-os pensar que os produtos são menos nocivos.

A ação contra o Uruguai, chegou ao Banco Mundial em Washington, pedindo indenização não especificada por lucros cessantes.

"Eles estão usando o litigioso para ameaçar países de baixa e média renda", diz o Dr.Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Livre do Tabaco, da OMS. O produto interno bruto do Uruguai é a metade do tamanho dos US$ 66 bilhões em vendas anuais da companhia.

Peter Nixon, vice-presidente e porta-voz da Philip Morris International, disse que a companhia está cumprindo com as leis de marketing de cada país ao vender um produto legal para consumidores adultos.

Ele disse que as ações judiciais da empresa são destinadas a combater o que acham ser "excessos" de regulamentos, e para proteger sua marca e direitos de propriedade comercial.

As companhias de cigarros estão procurando agressivamente por novos fumantes nos países em desenvolvimento, disse o Dr.Bettcher, para repor aqueles que estão parando de fumar ou morrendo nos Estados Unidos e na Europa, onde as taxas de fumantes caíram vertiginosamente. As vendas de cigarros em todo o mundo estão subindo 2% ao ano.

Mas o número de países que adotaram regras mais rígidas, assim como o tratado global, ressaltam a largura do campo de batalha entre o tabaco e os interesses da saúde pública em arenas legais e políticas da América Latina à África e Ásia.

As companhias de cigarros trabalham juntas para combater algumas políticas rígidas e seguem caminhos separados uma das outras. Por exemplo, Philip Morris USA, uma divisão da Altria Group, ajudou a negociar e apoiar a legislação anti-tabaco aprovada pelo Congresso no ano passado, mas não participou de uma ação movida por R.J.Reynolds, Lorillard e outras empresas contra a agência FDA. Até agora, não está protestando as novas regras da agência, propostas na última semana, em que exige imagens gráficas com advertências sanitárias para os maços de cigarros.

Mas Philip Morris International, a empresa que se separou da Altria em 2008, para expandir a presença da companhia em mercados externos, tem sido especialmente agressiva na luta contra novas restrições no exterior.

Não só processou o Uruguai, mas também o Brasil, argumentando que as imagens que o governo coloca nas embalagens de cigarros não retratam fielmente os efeitos do tabagismo na saúde, e caluniam as empresas de tabaco. As fotos retratam mais grotescamente os efeitos na saúde do que o recomendado nas imagens menores dos Estados Unidos, incluindo uma que apresenta um feto com a advertência de que fumar pode causar aborto espontâneo.

Na Irlanda e na Noruega, subsidiárias da Philip Morris estão processando sobre as proibições de exposições dos produtos nas lojas.

Na Austrália, onde o governo anunciou um plano que exige que as embalagens de cigarros sejam brancas ou marrons, em comum, para torná-las menos atraentes aos compradores, um oficial da Philip Morris dirigiu-se em oposição a uma campanha na mídia durante as últimas eleições federais, segundo documentos obtidos por um programa televisivo australiano, e posteriormente obtidos pelo The New York times.

A campanha de US$ 5 milhões, destinada a vir de pequenos donos de lojas, também foi parcialmente financiada pela British American Tobacco e Imperial Tobacco. O oficial da Philip Morris aprovou estratégias, orçamentos, compra de anúncios e entrevistas para a mídia, segundo os documentos.

Nixon disse que Philip Morris não fez segredo do seu financiamento. "Nós temos ajudado, não temos controlado", disse.

Nixon e Philip Morris admitem que fumar é prejudicial e apóia "razoavelmente" os regulamentos onde eles não existem.

"As embalagens definitivamente precisam de advertências da saúde, mas tenho que ser um tanto razoável", disse ele. "Nós pensamos que 50% seja razoável. Uma vez que você levar a 80%, não há espaço para mostrar a marca. Nós pensamos que isto está indo longe demais."

Por estes dias, em tribunais de todo o mundo, as gigantes do tabaco encontravam-se na defensiva, muito mais do que jogando no ataque. A OMS e seu tratado, encorajam os governos e indivíduos a tomarem medidas legais contra as empresas de cigarros, que têm encontrado um número crescente de processos de fumantes no Brasil, Canadá, Israel, Itália, Nigéria, Polônia e Turquia.

Mas em outras partes do mundo, notavelmente na Indonésia, o quinto maior mercado de cigarros do mundo, que tem pouca regulação, as empresas de cigarros fazem publicidade de seus produtos de forma totalmente proibida em outros lugares. No país, os anúncios de cigarros são veiculados na TV e antes dos filmes, as rodovias possuem pontos de outdoors, empresas apelam para crianças através de shows e eventos esportivos, personagens de desenhos animados adornam embalagens e lojas vendem para as crianças.

Autoridades indonésias disseram que dependem do trabalho do tabaco, bem como as receitas provenientes dos impostos sobre o consumo de cigarros. Somente da Philip Morris Internacional, a Indonésia recebe US$ 2,5 bilhões anualmente.

"Nos Estados Unidos, eles derrubam outdoors, não concordam em patrocinar eventos musicais, não usam mais o cowboy da Marlboro", disse Matthew L.Myers, presidente da Campanha para Crianças Livres do Tabaco, com sede em Washington. "Eles agora fazem todas essas coisas no exterior."


A segunda maior fabricante de cigarros do mundo, British American Tobacco, com US$ 4,4 bilhões de lucros em US$ 23 bilhões de vendas no ano terminado em 30 de junho, está gastando milhões de dólares contra medidas de saúde contra o tabagismo, como a política do ar livre do tabaco na União Européia.

Um vídeo no site da empresa diz que alguns dos métodos comprovados de reduzir o tabagismo - como impostos e proibições de exibição - incentivam um mercado negro de cigarros e que, por sua vez, pode financiar drogas, sexo e traficantes de armas e terroristas.

O vídeo, de seis minutos, em que os atores desempenham gangster, um com sotaque da Europa Oriental, conclui: "só se beneficiam os criminosos".

A conferência iniciada na segunda-feira em Punta del Este, no Uruguai, vai tentar somar termos específicos para um tratado de saúde pública conhecida como Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que, desde 2003 tem sido ratificado por 171 nações.

Ela acabaria por obrigar os seus partidos a impor controles mais rígidos sobre os ingredientes do tabaco, acondicionamento e comercialização, ampliar os programas de cessação e de lugares livres de tabaco e aumentar os impostos - táticas comprovadas contra o tabagismo.

O presidente George W.Bush assinou o tratado em 2004, mas não o enviou para o Senado, onde o voto de dois terços é necessário para a ratificação. O presidente Obama espera apresentá-lo ao Senado no próximo ano, disse um porta-voz da Casa Branca na quinta-feira.

Uma recomendação de ataques de produtores de tabaco seria limitar ou proibir o uso de aditivos populares, como o alcaçuz e o chocolate, para mistura no tabaco, que respondem por mais da metade das vendas mundiais.

A Associação Internacional de Fumicultores diz que poderá ameaçar os fabricantes do tabaco burley, uma folha que é tratada com aditivos adoçados, custando milhões aos agricultores, seus empregos e devastando mundialmente a economia.

"Nós todos sabemos que o verdadeiro objetivo aqui é eliminar o consumo de tabaco", diz Roger Quarles, um produtor de Kentucky e presidente da associação.

Aubrey Belford contribuiu com a reportagem.



16 de NOVEMBRO - Dia Internacional para a Tolerância







Assinala-se, hoje, terça-feira, 16 de Novembro, o Dia Internacional para a Tolerância, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em reconhecimento à Declaração de Paris, assinada no dia 12 deste mês, em 1995, por 185 Estados.

A Declaração da ONU fez parte do evento sobre o esforço internacional do Ano das Nações Unidas para a Tolerância.

Nela, os estados participantes reafirmaram a "fé nos Direitos Humanos fundamentais" e ainda na dignidade e valor da pessoa humana, além de poupar sucessivas gerações das guerras por questões culturais, devendo ser incentivada a prática da tolerância, a convivência pacífica entre os povos vizinhos.

Foi então evocado o dia 16 de Novembro, quando da assinatura da constituição da UNESCO em 1945. Remetia, ainda, à Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma:

1 - Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (Artigo 18);

2 - Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão (Artigo 19)

3 - A educação deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos (Artigo 26).

Para a consecução da tolerância entre os povos, são relacionados os seguintes instrumentos jurídicos internacionais:

- Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos.

- Convenção Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais.

- Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

- Convenção para a Prevenção e Combate ao Crime de Genocídio.

- A Convenção de 1951 relativo aos Refugiados, e seus Protocolos de 1967 e, ainda, os instrumentos regionais.

- Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.

- Convenção contra a Tortura e combate a todas as formas de tratamento cruel, desumano ou castigo degradante.

- Declaração de Eliminação de todas as formas de Intolerância baseada na religião ou crença.

- Declaração dos Direitos das Pessoas que pertencem a Nações ou Minorias Étnicas, Religiosas e Linguísticas.

- Declaração de Medidas para Eliminar o Terrorismo Internacional.

- Declaração de Viena, e Programa de Acção da Conferência Mundial de Direitos Humanos.

- Declaração de Copenhague e Programa de Acção adoptada pela Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social.

- Declaração da UNESCO sobre Raça e Preconceito Racial.

- Convenção da UNESCO e Recomendação contra a Discriminação na Educação.

Numa mensagem por ocasião da data, a directora Geral da UNESCO, Irina Bokova, considera que a promoção da solidariedade intelectual e moral está no cerne do mandato da organização que dirige.

“Nós promovemos os benefícios da troca e do diálogo constantes entre as culturas e crenças.

Nós apoiamos a educação de qualidade para todos, como a principal forma de construir a tolerância e o conhecimento. Nós colocamos o diálogo em primeiro lugar, em qualquer instância, como o caminho para reconciliação em sociedades que enfrentam tensões”, lê-se na mensagem de Irina Bokova.

Segundo a directora, “a tolerância é libertadora. Não significa indiferença ou simplesmente reconhecimento. Ela é uma acção, através da qual as diferenças dos outros são reconhecidas assim como as nossas, e pela qual as riquezas de outra cultura são consideradas um bem comum”.

“O Dia Internacional da Tolerância é uma oportunidade crucial para que todos nos mobilizemos neste sentido”, disse a directora Geral da UNESCO.

Fonte - Angola press







segunda-feira, novembro 15

O PAUL ADIVINHO





Los Antisilvas e Engenhocos, Covilhã. 27.10.2010 08:35


O polvo Paul foi contratado para adivinhar quem ganharia as próximas eleições parlamentares em Portugal. Apresentaram-lhe duas caixas de comida, uma com a foto de José Sócrates, outra de Passos Coelho. A reacção do polvo foi surpreendente: não só não escolheu nenhuma como vomitou a comida da véspera!Nunca mais comeu.
 
 Fonte - O Jornal Público - Desporto

Colocaram o polvo Paul a tentar adivinhar o resultado das próximas eleições legislativas em Portugal e entre a caixinha de comida com a foto do Sócrates e a outra com a do Passos Coelho, o polvo preferiu morrer à fome.



                                              Acabado com o Polvo. lá se vai a tinta.

                                                            O PAUL ADIVINHO



Amante da boa gastronomia
sabia que esta estava envenenada,
tal como Portugal e sua economia
quem anda de veras empenhada

Mesmo vivendo na Alemanha
e sendo pelo mundo venerado
não caiu nessa artimanha
preferindo morrer afamado

                                                             Ele sabia de gastronomia
e Coelho não podendo comer
o Sacrates lhe vazia azia
então, o Paul, preferiu morrer.


Agora mandam as salsichas enlatadas
que a Merkel anda a confecionar,
são salsichas envenenadas
que aos portugueses quer ofertar


Os Gregos delas comeram
e as estão a degerir
os Irlandeses se arrependeram
falta só a Asae os punir


Os hermanos espanhois
na onda lá vão seguindo
preferem os caracóis
do que salcichas engolindo

A Comunidade Europeia
está como a ciganada,
metedendo-se numa epopeia
com a nau meio afundada




Já ninguém manda, minha gente,
mas o Barroso esse continua
não à país que aguente
com toda esta tortura

Cada um puxa a brasa a sua sardinha
mas sem lenha para as assar
veremos se algum polvo adivinha
onde a Comunidade Europeia vai parar



Os bifes dos americanos
esses, mais papel vão imprimindo
causando aos europeus imensos danos
e Obama de nós se vai rindo

Nem G20 ou a APEC, o problema resolverão,
a guerra das moedas é permanente
todo devido ao grande tubarão
e quem paga a factura é a gente




Uns, estão podres de ricos estão,
outros, miseravelmente vão vivendo
e tudo por uma simples razão
é que nas guerras se vão metendo

Tentando assim controlar
tudo o que bem lhes apetece
e o povo e suas materias explorar
e é assim que tudo acontece



Já dizia o Zé Povinho,
vejam onde me foram colocar,
na barrica do vizinho
e sem Euros para gastar





EUROPA TOMA LÁ!...








Proclamação da República do Brasil




A Proclamação da República Brasileira(1889) foi um episódio da história do Brasil, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou o regime republicano no Brasil, derrubando a monarquia do Império do Brasil, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II.

A Proclamação da República ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado, sem o uso de violência, depondo o Imperador do Brasil, D. Pedro II, e o presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.

Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um "Governo Provisório" republicano. Faziam parte deste "Governo Provisório", organizado na noite de 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório, marechal Floriano Peixoto como vice-presidente, e, como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.



Parabéns a todos os Irmãos Brasileiros

domingo, novembro 14

OS TROCADILHOS DA LÍNGUA





O nosso Primeiro-Ministro presente esteve  em Macau, participando na 3a. Conferência Ministrial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Este Fórum surpeendeu todos os dirigentes dos países lusófonos, pelo anúncio, por parte do Primeiro Ministro Wen Jiabao, ao afirmar que a República Popular da China, a criação de um fundo de 1 000 milhões de dolares americanos.
Fundo a colocar ao serviço da cooperação com os países da Lusofonia, até 2013.

A República Popular da China tem imensa consideração por Portugal, pelos portugueses e por os falantes da língua de Camões o que é de louvar.

Vivendo o articulista em Macau vai fazer 47 anos, admirado ficou ao ouvir o nome em chinês do Primeiro Ministro de Portugal SÓCRATES,



Nos quatro caráteres debaixo, pode ler-se o nome do Primeiro Ministro português, que na língua chinesa se lê:

SOU KÁ LAI TAI, tradução do nome de SÓCRATES, cujos quatro caráteres são bem explícitos e bonitos

 Os chineses tal como os portugueses ao ouvirem certos nomes, por vezes lhe dão um significado bem diferente, e no presente caso, o som SOU KÁ LAI TAI, poderá ser interpretado como Cheira mal dos sovacos.

Porém, na escrita em chinês,  o nome de Sócrates é composto de 4 caráteres bem bonitos


Mais umas das chinezices ou trocadilhos à moda de Macau!....


Hotel construído em seis dias

Chineses erguem Prédio de 15 andares em tempo recorde




Hotel construído em seis dias

Os moradores de Changsha (China) que nos últimos dias não passaram pelo centro da cidade arriscam-se a ter uma grande surpresa: em seis dias, nasceu ali um novo hotel, de 15 andares.

E não é uma estrutura de contraplacado que vem abaixo ao menor sopro. Trata-se de um edifício moderno, com isolamento térmico e acústico e capacidade para resistir a sismos. Segredo?

Os componentes foram pré-fabricados e depois montados no local.





Changsha (长沙) é a capital da província de Hunan, na China. Localiza-se nas margens do rio Xiang, na zona centro sul da China.

Seu município tem uma área de 11.819 quilômetros quadrados e tem uma população de 6.017.600 (2003 estimativa intercensitário), a área urbanizada, tem cerca de 2,7 milhões de pessoas.





VISTA PARCIAL DA CIDADE DE CHANGSHAN EM 2008


Cidade famosa com mais de 3 500 anos de história

AQUI TAILÂNDIA: J.ANTÓNIO É PORTUGUÊS E O MAIOR FOTÓGRAFO NO REINO DO SIÃO EM FINAL DO SÉCULO XIX E PRINCÍPIO DO XX#links

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AQUI TAILÂNDIA: OS IRMÃOS DE SÃO MARTINHO FESTEJARAM O DIA DO SEU PADROEIRO EM BANGUECOQUE#links




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DIA DO BANDEIRANTE = BRASIL





No dia 14 de novembro se faz homenagem aos bandeirantes, expedicionários que saíam em caminhada para desbravar e descobrir as riquezas do Brasil, além de escravizar os índios que aqui viviam, para fazer os trabalhos pesados.

Desde a sua descoberta, o Brasil sempre foi visto como um país de grandes riquezas. Os portugueses que vieram na esquadra de Pedro Álvares Cabral se encantaram com as belezas de nossa terra, acreditando que encontrariam muitas formas de enriquecer.

Dessa forma, os colonizadores acreditavam que o Brasil era um país cheio de ouro e pedras preciosas, motivo pelo qual organizavam grupos para encontrar metais e pedras preciosas. A essas expedições recebiam o nome de bandeiras.

As bandeiras eram jornadas muito difíceis, pois o grupo de desbravadores caminhava milhares de quilômetros a pé, corriam perigo de serem atacados por animais e índios, percorriam vales e montes fazendo suas buscas.

Suas roupas eram de tecidos grossos, usavam calça, camisa e um colete de proteção feito de pele de anta, muito resistente.

Os primeiros grupos de bandeirantes se protegiam dos animais com fogo, além de usar armas como pedras, estilingue e flechas dos índios de seu grupo.

As dificuldades eram muitas e até fome eles passavam, pois os alimentos que carregavam acabavam antes das expedições. Com isso, passavam a se alimentar de frutos silvestres e também da pesca e da caça. Como eram organizados, sempre mandavam um pequeno grupo à frente, para que plantassem alguns alimentos, como milho, mandioca e inhame, para que quando chegassem ao local, esses já estivessem em ponto de colheita.

Somente no ano de 1693 o ouro foi encontrado, na expedição de Antônio Arzão, em Minas Gerais. Além dessa região, o ouro e as pedras preciosas também foram encontrados no Mato Grosso e em Goiás. À medida que a notícia se espalhava, as pessoas se dirigiam para a região a fim de encontrar tais riquezas. Dessa forma deu-se início ao ciclo da mineração no Brasil.




 
Os principais bandeirantes do Brasil foram:

- Antônio Raposo Tavares (1598 -1658), português, segurou a invasão dos espanhóis e dos holandeses, no nordeste do Brasil; garantiu para o país os estados do Paraná e Santa Catarina.

- Fernão Dias Pais Leme (1608 – 1681), era paulista, foi o responsável pela bandeira das esmeraldas, onde explorou os vales de vários rios, como o Paraopeba, das Velhas, das Mortes, Aracuaí e Jequitinhonha. Participou também das bandeiras dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, chegando ao Uruguai.

- Bartolomeu Bueno da Silva (1672 – 1740), era paulista e um dos mais importantes do ciclo do ouro em Minas Gerais, mais tarde desbravou as regiões de São José do Pará e Pintangui, encontrou muito ouro no rio Vermelho e algumas jazidas no rio dos Pilões e rio Claro.

- Domingos Jorge Velho (1614 – 1703), era paulista, mas falava a língua dos indígenas, foi o responsável pelo extermínio do quilombo dos Palmares - onde os escravos refugiados se abrigavam, depois das tentativas de quinze outras expedições, também dominou vários grupos indígenas do Maranhão, Ceará e Pernambuco.

- Borba Gato (1628 – 1718), também era paulista, foi um dos responsáveis pelo ciclo do ouro no século XVII, foi nomeado guarda-mor de Rio das Velhas, ganhou terras na região, onde fundou o arraial de Sabará, também ocupou o cargo de superintendente das minas.

Por Jussara de Barros

Graduada em Pedagogia

Equipe Brasil Escola



14 de novembro: Dia Nacional da Alfabetização - BRASIL




Segundo a Constituição Brasileira, no artigo 205:


“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Não há desenvolvimento econômico e social sem educação: pesquisas mostram que a alfabetização constitui motor para a expansão econômica.

Existem diversos métodos para alfabetizar crianças, jovens e adultos. No Brasil, os mais utilizados são o método global e métodos tradicionais, como o alfabético-silábico e o fônico. Por outro lado, muitos alfabetizadores brasileiros, das redes pública ou privada, preferem a teoria do construtivismo como base para a alfabetização. Qual o melhor caminho para ensinar a ler e escrever?

Escolher um ou outro é uma opção cujo grau de dificuldade aumenta principalmente quando se depara com a enorme diversidade socioeconômica e cultural de um país como o Brasil.

Com as constantes mudanças na sociedade, com o fenômeno da globalização, das tecnologias da informação e da comunicação, os currículos escolares necessitam de revisão e atualização para refletirem as necessidades reais dos estudantes, de forma a viabilizar um aprendizado adequado a cada realidade.







LEONARDO LIMA

Neste domingo, 14, o Brasil comemora o Dia Nacional da Alfabetização. Entretanto, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) divulgada recentemente pelo IBGE, não há muito o que comemorar. A taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais, embora tenha caído, atinge 9,7 % da população, o que representa mais de 14 milhões de analfabetos. Segundo o relatório, a maior parte deste grupo é composta de homens, maiores de 25 anos e moradores da região Nordeste, onde cerca de 18,7% da população é de analfabetos.

Visando reverter este quadro, o MEC realiza desde 2003 o Programa Brasil Alfabetizado, voltado à alfabetização de jovens, adultos e crianças. Na Região Centro-Norte Fluminense, por exemplo, a iniciativa funciona atualmente nos municípios de Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Sumidouro e Carmo.

De acordo com Nilva Gripp Moreira, que coordena voluntariamente nove turmas na cidade, a 7ª etapa do programa em Nova Friburgo foi iniciada em junho deste ano. “São formadas turmas de jovens e adultos. Entretanto, a grande maioria dos participantes tem mais de 50 anos. Temos avós, pessoas casadas, aposentados, trabalhadores, enfim, pessoas de todas as idades”, explica.

Em Nova Friburgo, o programa atua no Ienf (Centro), Apae e Cofec (Conselheiro Paulino) e em São Pedro da Serra, São Lourenço, Solares, Cordoeira, São Geraldo e Amparo.

“Só no Ienf, temos 23 alunos matriculados. Visitamos as turmas mensalmente para acompanhar o desenvolvimento das aulas e uma vez por mês realizamos uma reunião com os alfabetizadores chamada Formação Contínua, na qual passamos atividades e trocamos experiências”, afirma Nilva.

Ela revela que, além dos conhecimentos de língua portuguesa, os alunos têm ainda aulas de outras disciplinas.

“Trabalhamos noções de cidadania, geografia, história e matemática. Além disso, as aulas são preparadas de acordo com os interesses dos alunos” diz.

Solidariedade: alguns alfabetizadores ministram aulas em suas próprias casas

Segundo Nilva, os alunos revelam os motivos mais diversos para aprender a ler e escrever depois de mais velhos.

“Muitos querem aprender para poder ler a Bíblia, outros para fazer compras no mercado, para poder pegar um ônibus sozinho, ler bulas de remédio”, conta.

Tais histórias se tornaram um novo projeto intitulado Histórias de Vida, que contém o relato da trajetória de vida dos estudantes.

“Tem muita coisa que a gente não acredita. É realmente muito interessante. Os que já conseguem, escrevem à mão. Já outros ditam e o alfabetizador passa para o papel. Pretendemos lançar um livro com essas histórias” informa Nilva, que diz que o grupo busca patrocinadores para a ideia se tornar realidade.

A coordenadora conta que nem todas as unidades funcionam em escolas. Grande parte das aulas acontece na casa dos alfabetizadores, que, por sua vez, também são voluntários e recebem apenas uma bolsa para ajuda de custo.

“No Cordoeira, a alfabetizadora transformou um quarto de sua casa em sala de aula. No Solares, a voluntária utiliza parte de seu salão de beleza. Em São Lourenço, as aulas acontecem na varanda de uma casa. Em São Pedro da Serra, um dos alunos cedeu um cômodo que ele mesmo construiu para o programa”, exemplifica.

Além das aulas gratuitas, que acontecem quatro vezes por semana (geralmente à noite), durante duas horas e meia, os estudantes ganham lanche e material como lápis, borracha e livro ilustrado.

No próximo dia 7 haverá a cerimônia de formatura das turmas das 6ª e 7ª etapas, em local que ainda será confirmado. Até hoje o programa formou na região cerca de 750 pessoas.

Os alfabetizadores coordenados por Nilva são Neila Virgínia (Apae); Nilda da Silveira (Solares); Márcia Cristina (São Lourenço); Sandra Lúcia (São Geraldo); Rafael Soares (Cofec); Solange Corguinha (Amparo); Vitória Cristina (Cordoeira); Cristiane Maia (Ienf); Deisemar Marrom Passos (São Pedro da Serra).

De acordo com a coordenadora, os interessados devem realizar suas inscrições diretamente com o professor. A partir daí ela recebe os dados do aluno e os cadastra num sistema via internet. Mais informações sobre o Programa Brasil Alfabetizado podem ser adquiridas junto à Coordenadoria Serrana II, através do telefone 2533-1217.