o mar do poeta

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domingo, outubro 20

UM POUCO DE MIM






 


                                               Um alentejano em vias de extinção



Évora cidade Museu
cândida, cheia de história
lá, o poeta nasceu
pobre, sem fama, mas com honra e glória
 
Por António Manuel foi baptizado
e, no famoso Farrobo viveu
sempre por todos estimado,
mas Deus novo destino lhe deu
 
Jovem de Évora partiu
para a Pátria defender,
muitas saudades sentiu,
mas esse era seu dever.
 
De lá saiu, não mais voltou,
tal Camões do Paço escorraçado.
No Oriente perdeu seu português amor, mas outro mais belo encontrou
e a ele ficou amarrado e por Deus abençoado.
 
Nos sete marés navegou
cumprindo sua missão,
Évora e seu Alentejo não olvidou,
tal como os portugueses de antão.
 
Na diáspora foi vivendo.
nova família formou,
hoje vendo seus netinhos crescendo
e amando como sempre amou.
 
Velho e cansando vai ficando,
mas na vida prosseguindo
e, como sempre recordando
e novas experiências adquirindo
 
Muitos já são os anos,
quase meio século é passado
entre amores e desenganos
e pela República olvidado
 
Em seu coração permanece a dor
muito difícil de explicar
sendo português, sem favor
porquê? nos dias de hoje o andam a saquear!...
 
 
 
Tinha 14 anos de idade, andava no 1o. ano do Curso Geral do Comércio, quando foi subitamente atacado por uma apentícite aguda que o levou a ser operado, no hospital ficou internado um mês, e mais um mês andou com os agrafes, não podendo andar, e como tal faltando às aulas e por essse motivo perdeu o ano escolar.
 
DEviso às dificuldades financeiras de sua amda e extremosa mãe, se foi empregar passando a ser trabalhador estudante, e com esforço e dedicação conseguiu terminar o curso comercial, bem como subie na vida profissional atingindo o posto de empregado balcão com um vencimento de 750$00, com 17 anos de idade era gerente de uma das mais prestigiadas mercearias de Évora o Titan.
 
 
 
 
Pertenceu aos quadros da Mocidade Portuguesa, e muito lá aprendeu, nunca sendo presionado em assuntos de política ou de Salazarismo, antes pelo contrário.
 

 
Aos 18 anos de idade se alistou no exército como voluntário, tendo indo para Tavira onde tirou o Curso de Sarentos Milicianos
 
 
 
Era um jovem ainda quando Portugal deixou rumo a Macau 
 
 

Chegada a Macau, dia 22 de setembro 1963, desembarcando na ponte cais número 12, seguindo para a Ilha da Taipa onde exerceu as funções de Comandante Militar da Ilha da Taipa, tendo sob seu comando 10 militares.
 
No dia 10 de junho de 1964 desfilando junto ao Palácio do Governador 
 O jovem Furriel Milicano António Cambeta
Terminada a sua comissão de serviço em Macau, e devido a amores perdidos na pátria longínqua, resolveu ficar em Macau, indo empregar-se numa companhia de navegação a K-Line, onde permaneceu duarante um ano, alistando-se depois no Corpo da Polícia Marítima e Fiscal como agente de 2a. classe

http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2012/05/memorias-de-uma-agente-em-macau-parte-1.html

http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2012/05/memoroias-de-um-agente-em-macau-licoes.html

http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2012/05/memorias-de-uma-agente-em-macau-prenda.html

O articulista escreveu um livro com o título Memórias de um agente em Macau, e alguns trechos desse livro foram publicados no Jornal Tribuna de Macau
 


Trabalhando como dactilogrado nos serviços de contabilidade dos Serviços de Marinha.



Na Corporação da PMF desempenhou variados cargos, começando por aprender a arte de marear e andando embarcado vários anos em vedetas de fiscalização.

 
Como agente de 1a. classe foi patrão de uma das vedetas da classe Charlie

 
Igualmente andou embarcado nas vedetas da classe Bravo, estas de maior porte.


Com o posto de Chefe foi patrão de uma das vedetas da classe Albatroz e por lá andou vários anos, tendo por essa altura apanhado os tais boat-peopel vindos do Vietname, tempos muitos difícios, mas graças a Deus tudo passou.
 
 
 

 


Durante os 25 anos que pertenceu aos quadros da PMF, exerceua as missões de dactilografo dos Serviços de Marinha, andou embarcado, foi chefe dos Sectores das Ilhas, Fiscal e Terminal Marítimo, foi fiel da PMF e ainda dos Serviços de Marinha, foi massagista da equipa de futebol da Obra Social dos Serviços de Marinha bem como treinador, por fim desempenhou as funções de Comandante da Divisão Policial e Fiscal de Macau, tendo-se reformado, a seu pedido, em Agosto de 1992.


As medalhas expostas são: da esquerda para a direita de cima para baixo. Medalha de Mérito Profissional, Medalha de Dedicação, Medalha de Dedicação e Mérito, Medalha de Campanha e de Missões Especiais das Forças Armadas Portuguesas e Medalha de Assiduidade de Serviços no Ultramar.

O seu trabalho foi reconhecido e como tal agraciado com  três Condecorações, conderações essa dadas pelos dois governadores de Macau.





 

 
O Governador de Macau, Carlos Melancia condeceu ao articulista a Medalha de Dedicação, medalha esta que se destinava a galardoar a dedicação à função pública, sendo concedida especialmente aos servidores do Estado que tenham demonstrado invulgares qualidades dentro da sua carreira e que, pelo seu comportamento, possam ser apontados como exemplo a seguir.


 

 

 
O Governado de Macau, Vasco J. Rocha Vieira, concedeu ao articulista a Medalha de Mérito (classe de Mérito Profissional), medalha esta que se destinava a premiar serviços relevantes prestados por indivíduos ou instituições, nacionais ou estrangeiras, de que resultem maior renome para Macau e maior benifício para a comunidade.
O Mérito Profissional corresponde ao desempenho, de forma notável, de qualquer actividade profissional, designamente no exercício de profissões liberais, na função pública ou como trabalhador por conta de outrem. 

 


Muios foram os louvores e alguma menções de apreço que o articulista recebeu de seus Comandos da PMF 

 



 



 

 

 


 


 
 
 
 

 
O articulista tirou o Curso da Polícia Judiciária de Macau, mas não quis ingressar em seus quadros 


Como treinador de futebol, levou a equipa da Obra Social dos Serviços de Marinha que latubatava na quarta divisão de Macau, fazendo-a subir até à priemira divisão tenho ganho algumas taças de Macau.
 
 

 
A equipa ganhadora
 

 
                                               A equipa campeão da Taça de Macau
 
 

 
                                    O articuliusta recebendo mais uma Taça de Macau
 
 

 
O articulista foi igualmente jogador e treinador de voleibol da equipa da Obra Social dos Serviços de Marinha.
 
 
Tempos muitos dificies onde não havia o minimo de profissionalismo, mas com a ajuda e compreensão dos Comandos, sua tarefa foi facilidada e assim podendo desempenhar com o minimo de condições tal alta responsabilidade.
 
Antes de ter sidso treinador foi igualmente massagista da equipa, a qual competia para além do futebol de onze, igualmente na bolinha, futebol de 7, prática esta  muito apreciada e disputada em Macau

5 comentários:

Catarina disse...

Caro amigo Cambeta, isto é que é uma biografia!
Uma vida em cheio!
Esta semana festeja-se a cultura portuguesa na Casa do Alentejo. Vieram dois chefs de Évora para darem a conhecer a rica gastronomia alentejana.
Viva o Alentejo!!!! : ))

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Caro Amigo António Cambeta!
Meus outonais olhos ficaram em água ao me deparar com sua enternecedora história de vida!
Sua saudosa e extremosa mãe, se estivesse entre nós, ficaria jubilosa em saber que seu bebezinho tornou-se um cidadão valoroso, mesmo que muito distante do seu querido Alentejo!
Caloroso abraço! Saudações fraternais!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP




Luiza Dylan disse...

Estou inebriada de emoção, lendo sua biografia, estimado amigo Cambeta.
Taí uma história digna de ser gravada com pena de ouro nas asas de um peixe-voador. Devo salientar que sou uma amante das lendas do deserto e que min ha primeira coleção adquirida foi a de MALBA TAHAN.
Ri e chorei lendo-te, já muito querido amigo. Parabéns por sua vida tão linda.
Saudações Poéticas!
Luizabet
Belo Horizonte - MG - Brazil

MAP disse...

Linda história de vida !! É bom chegar a esta etapa e ver uma vida tão preenchida. Base para uma autobiografia!!

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Meu sincero muito obrigado por tudo e pelas belas palavras.