o mar do poeta

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quinta-feira, agosto 27

DIA DOS NAMORADOS - (ÁSIA) TANABATA


DIA 7 DE JULHO 2009 - SÉTIMO DIA DA SÉTIMA LUA DO CALENDÁRIO LUNAR CHINÊS




As mulheres budistas da China que querem casar vão hoje olhar para os céus quando o sol se puser para pedirem aos deuses que lhes tragam bons maridos, como manda a tradição da sétima noite do sétimo mês do calendário lunar.


À Lusa uma budista residente em Macau, que estuda os rituais da religião predominante na Região Administrativa Especial, explicou que «hoje celebra-se a chamada Noite das Raparigas ou o Festival da Sétima Noite do Sétimo Mês Lunar».

Para muitas mulheres solteiras da China esta é uma noite que poderá inverter o rumo das suas vidas e, por isso, «todas as que desejam encontrar um bom marido viram-se para os céus para pedirem aos deuses que concretizem o seu desejo e até fazem competições entre si para definir quem será a mais sortuda», explicou o mesmo especialista.




O ritual budista da sétima noite do sétimo mês do calendário lunar manda que as mulheres que procuram um bom casamento olhem para os céus por sete vezes e realizem competições com outras candidatas a esposas.

Mas como todas as tradições, e especialmente as de uma cultura milenar como a chinesa, não surgem por acaso e estão normalmente ligadas à lenda ou mitos.

«A história da Noite das Raparigas já era contada nos tempos da dinastia Han (202 a.C.) e, como não poderia deixar de ser, fala de uma história de amor impossível», explicou à Lusa uma budista de Macau.




Reza a lenda que um rapaz do campo perdeu os pais quando era ainda pequeno ficando ao cuidado do irmão mais velho casado com uma bruxa que lhe pediu um dia que fosse dar de comer aos nove búfalos e que só voltasse quando tivesse dez.



Ao passear pelo campo, o rapaz encontra um feiticeiro de barbas compridas e brancas que lhe disse ter visto, perto do local onde se encontravam, um búfalo doente que precisava de comer 100 flores diferentes todas as manhãs ao longo de um mês para ficar bom.


Um mês depois, o rapaz regressou a casa com os dez búfalos e a bruxa, sem querer acreditar no que via, decidiu mandá-lo embora.


Na companhia do décimo búfalo, o rapaz, ao deambular pelas montanhas e vales do continente chinês, deparou-se com sete irmãs a nadarem num rio, as filhas do imperador de Jade que tinham descido à terra para um passeio, e apaixonou-se pela sétima filha.


Contra a vontade dos pais, a princesa decidiu trocar o céu pela terra, levando consigo o bicho-da-seda para ensinar os aldeões a tecer mas, já com dois filhos, foi «raptada» pela mãe.


O búfalo deu a vida para que a sua pele fosse transformada nuns sapatos que levariam o rapaz ao céu, mas a deusa-mãe traçou uma via láctea a separar o casal.


Milhares de pássaros decidiram formar uma ponte para juntar o casal e os imperadores, comovidos com o acto, decidiram autorizar a sua reunião uma vez por ano, na sétima noite do sétimo mês lunar.







Macau, como ponto de encontro e de intercâmbio entre o Ocidente e o Oriente, é marcada pela confluência harmoniosa de uma grande diversidade de religiões, em que o budismo se afirma entre uma maioria de população chinesa, «bebendo» algumas práticas do confucionismo e taoísmo.


O catolicismo, trazido para Macau por missionários no século XVI, tem também uma presença significativa em Macau, onde também há lugar para outras religiões.


Diário Digital / Lusa











Tanabata


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Lenda que deu origem à comemoração
Uma lenda inglesa conta a origem do festival Tanabata:

Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a "Princesa Tecelã".

Certo dia Tenkou o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o "Pastor do Gado" (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.

Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data.

Na mitologia japonesa, este casal é representada por estrelas situadas em lados opostos da galáxia, que realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Kengyu).


A celebração
O festival que celebra esta história de amor teve início na Corte Imperial do Japão há cerca de 1.150 anos, e lá tornou-se feriado nacional em 1603.

Atualmente o Tanabata é uma das maiores festas populares do Japão. É realizado em diversas cidades, o mais tradicional é o de Miyagui, que se realiza em agosto, aproveitando as férias de verão das escolas japonesas.


Decoração do Tanabata


No Brasil o primeiro festival Tanabata foi realizado na cidade de Assaí no Estado do Paraná no ano de 1978.

O Festival das Estrelas

Com o nome de "Festival das Estrelas", o Tanabata Matsuri é realizado na cidade de São Paulo, na Praça da Liberdade, no mês de Julho, desde 1979.

Esta é a principal comemoração anual do bairro, incluída no Calendário Turístico do Estado e do Município de São Paulo:

as ruas a praça são decoradas com grandes ramos de bambu ornamentados por enfeites de papel colorido que simbolizam as estrelas;
tanzaku, pequenos pedaços de papel onde as pessoas colocam seus pedidos, são pendurados nesses bambus;
são realizados também apresentações de tambores Taikô, danças folclóricas e shows de cantores.
Em 1994 o Festival Tanabata também foi introduzido no calendário oficial de eventos de Ribeirão Preto - SP no Parque Municipal do Morro do São Bento.


O significado do sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar

TanzakuAssim como a Cultura Maia os costumes de Okinawa consideram a existência de uma relação entre a Lua e o Sol e observam a diferença de um dia entre estes dois calendários, que no Japão corresponde ao Tanabata.

A Lua gira em torno da Terra:

A cada ano 13 vezes em ciclos de 28 dias, completando um ciclo anual de 364 dias (dividido por 7 = 52 semanas)


A Terra gira em torno do Sol num ciclo que se completa em aproximadamente 365 dias


A diferença entre estes ciclos do Sol (365 dias) e da Lua (364 dias) corresponde a 1 dia "(neutro)". Assim, o ano teria 52 semanas mais 1 dia neutro, o Tanabata, dia 07 do sétimo mês do calendário lunar.

Datas oficiais pelo calendário lunar


A data original do Tanabata é baseada no calendário lunisolar japonês, que é um mês atrasado que o calendário gregoriano. Com isso, alguns festivais são realizados no dia 7 de Julho e outros nos dias próximos ao dia 7 de Agosto, enquanto outros continuam comemorando no sétimo dia do sétimo mês lunar do tradicional calendário lunisolar japonês, que normalmente é em Agosto no calendário gregoriano.

As datas gregorianas para o "sétimo dia do sétimo mês lunar do calendário lunisolar japonês" para os seguintes anos são:

* 07/08/2008
* 26/08/2009
* 16/08/2010
* 06/08/2011
* 24/08/2012 (A data chinesa é 23/08/2012 por causa da diferença de horário.)
* 13/08/2013
* 02/08/2014
* 20/08/2015
* 09/08/2016
* 28/08/2017
* 17/08/2018
* 07/08/2019
* 25/08/2020

Canção tradicional
Há uma canção tradicional de Tanabata que é ensinada praticamente a todas as crianças japonesas:


As folhas do bambu, murmuram, murmuram,
balançam as pontas.
As estrelas brilham, brilham,
grãos de areia de ouro e prata.


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FOTOS EXTRAÍDAS DA GOOGLE

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terça-feira, agosto 25

BICICLETA DE BAMBU


Zambianos criam bicicleta de bambu

O uso da bicicleta como meio de transporte, apesar de ser uma necessidade no mundo em desenvolvimento, está também a ganhar popularidade no mundo desenvolvido devido ao seu impacto nulo em termos de poluição ambiental.

Mas agora, uma companhia baseada na Zâmbia decidiu ir mais longe e lançou há tempos o bamboosero.


Trata-se de uma bicicleta com um quadro feito de bambu e que está a ser vendida nos EUA. A primeira remessa foi despachada no mês passado.


O que torna este projecto ainda mais notável é o facto dos países africanos em geral exportarem principalmente matérias-primas para o resto do mundo.


A Zâmbia é um país que importa muito do mundo desenvolvido. E então, virar as coisas e exportar algo feito na Zâmbia com materiais zambianos é muito importante para o país










Vaughn Spethmann


Mas a Zambikes prefere exportar um produto acabado.


Divilance Machilika é o coordenador de operações da Zambikes que, para além de bicicletas normais, também fabrica carretas para vendedores de rua e para o transporte de pacientes.
A bicicleta de bambu é o último acréscimo ao seu catálogo.

"Em primeiro lugar, cortamos os bambus. Depois são postos de molho num estabilizador e depois começamos a fazer o quadro da bicicleta. Usamos sisal para juntar todas as partes do quadro e também usamos cola. No fim, colocamos os pneus, o garfo e o selim. A bicicleta está completa."
O norte-americano Vaughn Spethmann criou a Zambikes há dois anos com um antigo colega de universidade, Dustin McBride, e com dois zambianos.


Vaughn Spethmann acredita que o bambu é o futuro.


"O bambu é fantástico para o fabrico de bicicletas porque quando se está num terreno irregular o bambu amortece os choques e é muito mais confortável. E não é caro na Zâmbia porque cresce em todo o lado. A Zâmbia é um país que importa muito do mundo desenvolvido. E então, virar as coisas e exportar algo feito na Zâmbia com materiais zambianos é muito importante para o país."









O preço de um bamboosero para os clientes norte-americanos ronda os US$ 500 só para o quadro, e US$ 900 para a bicicleta completa.


Para Mwewa Chikamba, um dos co-fundadores da Zambikes, os preços não parecem afugentar os clientes.


"As pessoas que compram as bicicletas de bambu estão contentes. Eles estão no primeiro mundo e compram algo de um país do terceiro mundo. Têm uma bicicleta feita com um produto que cresce naturalmente, pelo que não temos que recorrer ao aço."


Mas, segundo Mwewa Chikamba, acrescidas aos custos estão as dificuldades para se fazerem negócios na Zâmbia.


As pessoas que compram as bicicletas de bambu estão contentes. Eles estão no primeiro mundo e compram algo de um país do terceiro mundo. Têm uma bicicleta feita com um produto que cresce naturalmente

Mwewa Chikamba
"Temos, em primeiro lugar, um problema com a burocracia. Não é fácil fazer coisas aqui. E também temos impostos muito altos. Não é fácil arranjar financiamentos e materiais e depois há o problema da força de trabalho não qualificada."
Várias vezes por semana a equipa de futebol da Zambikes não perde uma peladinha num descampado ao lado da empresa.


Foi ali que Dustin McBride e Vaughn Spethmann encontraram, pela primeira vez, os seus futuros colegas.


Eu era um trabalhador braçal num fazenda. Mas agora a minha vida mudou. Estou a aprender muito aqui

Divilance Machilika
Spethmann diz que foi uma oportunidade única, que resultou na ideia de se criar o bamboosero e não só.


"Uns rapazes convidaram-nos para um treino de futebol e, depois do treino, convidaram-nos para irmos à casa deles jantar. Mas não tinham nada para comer. Não tinham empregos e não tinham oportunidades. Hoje eles são os nossos mecânicos, os nossos soldadores, os nossos pintores e fazem parte da equipa da Zambikes."

A companhia treinou os seus actuais 45 trabalhadores e encorajou-os, com empréstimos sem juros, a comprar bicicletas para montar os seus próprios negócios.


Divilance Machilika foi um dos beneficiários.


"Eu era um trabalhador braçal num fazenda. Mas agora a minha vida mudou. Estou a aprender muito aqui. Tenho o meu próprio negócio, tenho uma plantação de milho. No ano passado plantei e este ano vou vender milho, o que é fantástico. Agora consigo sustentar a minha família. A vida está melhor."


Entretanto, na fábrica, Divilance e os seus colegas continuam a cortar e a preparar peças de bambu.


Se eles conseguirem fazer sucesso com bicicletas zambianas nas estradas norte-americanas, terão não só reinventado um modelo de negócios para o país.


Será caso para dizer que terão reinventado a roda.

Fonte- BBC

DEUS HINDU GANESH - BÉBÉ

DEUS HINDU - GANESH

Grupos de nepaleses para ver 'deus bebê'

Por Olivia Lang, em Katmandu - BBC



Januk Ghimire diz tudo o que ela quer é que o seu filho possa levar uma vida normal.

Milhares de pessoas estão se dirigindo para uma aldeia remota e montanhosa do Nepal para ver um bebê malformado que muitos estão adorando como um Deus.

Sofrendo de uma anomalia rara, baby Risab tem um "gêmeo parasita sem cabeça", em anexo ao seu abdome e nasceu com quatro braços e quatro pernas.

Seus pais dizem que todos os pobres que os visitam pedem aos deuses para que Risab possa ter um corpo "normal".

Eles estão preocupados que alguns não vêem o bebê como uma bênção, mas uma maldição - a razão porque as chuvas de monções estão atrasados.



'Pai de Deus'

Januk Ghimire, de 32 anos, mãe do bebê, teve que se acostumar aos visitantes, pois milhares de pessoas visitam a sua casa desde que o Risab nasceu em Janeiro.



Muitos acreditam que o bebê seja a reencarnação do deus hindu Ganesh.

Para muitos moradores, ele é visto como um milagre e reverênciada como a reencarnação de Ganesh, o deus elefante hindu, cujas formas mais comuns tem vários braços.

"Cerca de 5.000 pessoas,vindas a pé ou de autocarro, de bairros distantes passaram pela casa afim de verem o bébe", disse Prem KC, um professor local.

Como a propagação da notícia, cerca de 100 visitantes vêm diáriamwente ver o bebê.

"Algumas pessoas, quando me vêem, dizem que eu sou o pai de Deus", diz o pai do bebê, Rikhi Ghimire, uma figura magra de cara com os pés enlameados de trabalhar nos campos.

"Eles vêm para adorá-lo e dar-lhe dinheiro. Acabaram de dar algumas rúpias, fazer uma oferenda. Às vezes, eles dão roupa ou alimentos".

A família de cinco pessoas vive numa casa sem cômodos, que partilham com as cabras e as galinhas, ficando a cidade mais próxima a um dia de jornada. A casa possue duas camas de solteiro encostadas contra a parede, um pequeno fogão a um canto e as maçarocas de milho as penduram no tecto, é tudo o que possue.

Fora da casa, a Sra. Ghimire pede aos seus dois o filhos mais novos para não brincarem junto do berço do bébé, evitando assim que possa acontecer algum acidente. Seis meses atrás, ela não tinha idéia de seu terceiro filho viria a ser tão extraordinário.

'Matou-me "

Ela descreve ter tido dores intensas, por cinco dias antes do nascimento de Risab, pensado até que "desta vez, eu morreria". Risab nasceu na varanda, onde Januk só tinha a mãe ao seu lado quando ela gritou de dores.



A família diz que a adoção não é uma opção

"Durante a gravidez, eu vi um estômago muito anormal e eu estava com muito medo - não da minha família, ou de meu marido - mas dos vizinhos e como eles falam", disse ela.

"Se meu marido não estava lá, eles poderiam ter dito que eu tinha dado à luz uma bruxa e vir-me matrame.

"A maioria dos vizinhos aproximaram-se e disseram que era um Deus, como tal assim o aceita-se e não o tratasse mal."

Mas a Senhora Ghimire diz que a maioria dos moradores são supersticiosos e - como ela - acreditam em bruxas.

Na verdade, seus medos não são surpreendentes, com um sacerdote hindu local dizendo abertamente que ele acredita que o bebê é uma maldição sobre a vila e a razão porque as chuvas de monções tardem a chegar.

"Os agricultores não podem fazer agricultura por causa do bebê", disse Sher Bahadur Bodathorki. "É uma maldição de Deus por causa de uma vida passada".

Na zona rural do Nepal, as chuvas são fundamentais para a agricultura e para os meios de subsistência dos moradores.


Nós não temos dinheiro para que nós nos preocupamos, não podemos dar-lhe o que ele precisa

Januk Ghimire
Professor Prem KC diz que o motivo que o bebê tenha elaborado tanta atenção é porque existe pouca sensibilização para tais problemas médicos no Nepal rural e "moradores não podem entendê-la".

Risab sofre de uma condição rara que ocorre apenas uma em 50.000 para um em cada 200.000 nascimentos.

Seu pai, procurou atendimento médico em Katmandu, mas os médicos disseram que teria de acompanhar Risab por seis meses.

Como o senhor Ghimire não podia estar fora do trabalho e de vida em Katmandu para esse período, ele teve de voltar para casa com a criança.


Vida dura

"Quando vi pela primeira vez eu estava preocupado se ele iria sobreviver e que, se eu não estava neste mundo que iria cuidar dele", disse ele.

Seu desejo é para seu filho mais novo para ter a cirurgia para que ele possa ter um corpo "normal", mas diz que não consegue imaginar que algum dia ser capaz de ganhar o suficiente para pagar a operação, que poderá custar mais de US $ 50.000.

"É preciso uma enorme quantidade de dinheiro que eu não posso prever. Nós não auferimos rendimentos necessários, trabalhamos no campo e nem sempre as coisas correm pelo melhor".

Ms Ghimire Risab diz que a sua mãe toma conta do bébé, enquanto ela labuta nos campos durante o dia, mas diz que o bebê não é fácil de cuidar.

"É difícil dar-lhe banho, óleo para ele, para colocá-lo para dormir. Nós não temos dinheiro e isso nos preocupa, não podemos dar o que ele precisa", disse ela.

"Algumas pessoas dizem que é por eu ter pecado [que tivémos esta criança], mas nós não fizemos qualquer coisa errada por isso não deve ser uma maldição", diz Januk. "Eu costumava ficar envergonhada, mas hoje em dia já não".

Mesmo levando uma vida é dura, ela diz que nunca consideraria dar o bébé a alguém.

"Nós nunca iriamos separarmos dele. Se alguém o quiser adotar, terão que nos levar também a nós, pai e mãe".





segunda-feira, agosto 24

24 DE AGOSTO DE 1511 - CONQUISTA DE MALACA

Em Abril de 1511, Afonso de Albuquerque zarpou de Goa para Malaca com uma força de cerca de 1 200 homens e 17 ou 18 navios. Malaca tornou-se uma base estratégica para a expansão portuguesa nas Índias Orientais, subordinada ao Estado Português da Índia. Mahmud Xá, último sultão de Malaca, refugiou-se no interior, de onde empreendia ataques intermitentes por terra e mar. Entrementes, para defender a cidade, os portugueses ergueram um forte (cuja porta, chamada "A Famosa", ainda existe). Em 1526, uma grande força de navios portugueses comandada por Pedro Mascarenhas foi enviada para destruir Bintan, onde estava Mahmud. O sultão fugiu com sua família para Sumatra, do outro lado do estreito, onde veio a falecer dois anos depois.

Logo ficou claro que o controle português de Malaca não significava o controle do comércio asiático que por ali passava. Seu domínio sobre o local sofria com dificuldades administrativas e econômicas. Em vez de concretizar sua ambição de controlar o comércio asiático, o que os portugueses haviam logrado fora desorganizar a rede mercantil da região. Desaparecera o porto centralizador do comércio e, com ele, o Estado que policiava o estreito de Malaca. O comércio espalhou-se por diversos portos em meio a embates militares no estreito.


O missionário jesuíta Francisco Xavier passou vários meses em Malaca em 1545, 1546 e 1549. Em 1641, os neerlandeses bateram os portugueses e capturaram Malaca com o apoio do sultão de Johore. Os neerlandeses governaram Malaca de 1641 a 1795, mas não se interessaram em desenvolvê-la um centro comercial, preferindo enfatizar o papel de Batávia (atual Jacarta).

Malaca foi cedida aos britânicos pelo tratado Anglo-Neerlandês de 1824, em troca de Bencoolen, em Sumatra. Entre 1826 e 1946, Malaca foi governada pela Companhia Britânica das Índias Orientais e, em seguida, como uma colônia da Coroa. Integrava os chamados Straits Settlements, juntamente com Cingapura e Penang. Com a dissolução desta colônia, Malaca e Penang tornaram-se parte da União Malaia (actual Malásia).




Em Abril de 1511, Afonso de Albuquerque, zarpou de Goa para o sultanato de Malaca com uma força de cerca de 1200 homens e cerca de dezoito navios, preparado para a conquista e instado a libertar os portugueses que Diogo Lopes de Sequeira aí deixara prisioneiros em 1509. Após uma dura batalha ao longo de todo o mês de Julho, conquistou Malaca em 24 de Agosto de 1511. Aí permaneceu até Novembro, construindo de imediato uma fortaleza, preparando as defesas contra um eventual contra-ataque malaio.
Ordenou então o massacre da população muçulmana, no esforço de reduzir divergências religiosas, esperando que tal forçasse indus e muçulmanos à conversão ao cristianismo, simultaneamente investiu esforços diplomáticos demonstrando ampla generosidade com os mercadores do sudeste asiático, como os chineses, na esperança de que estes fizessem eco das boas relações com os portugueses. Conhecendo as ambições siamesas sobre Malaca, imediatamente enviou Duarte Fernandes em missão diplomática ao Reino do Sião (actual Tailândia), onde foi o primeiro europeu a chegar viajando num junco chinês que retornava à China, estabelecendo relações amigáveis entre os reinos de Portugal e do Sião.

Expedições à China, 1513

No início de 1513, navegando numa missão ordenada por Afonso de Albuquerque Jorge Álvares obteve autorização para aportar na Ilha de Lintin, no delta do rio das Pérolas, no sul da China. Pouco tempo antes Afonso de Albuquerque enviara Rafael Perestrello ao sul da China, procurando estabelecer relações comerciais com a Dinastia Ming.

Em navios de Malaca, Rafael navegou até Cantão (Guangzhou) em 1513 e de novo em 1515-1516 para aí comerciar com mercadores chineses. Estas expedições, junto com as realizadas por Tomé Pires e Fernão Pires de Andrade, foram os primeiros contactos diplomáticos e comerciais directos de europeus com a China. Contudo, após a morte do Imperador Zhengde em 19 de Abril de 1521, facções conservadoras, procurando limitar a influência dos eunucos na corte, rejeitaram nova embaixada portuguesa, travando batalhas navais com os portugueses em Tuen Mun.

Tomé Pires foi forçado a escrever cartas para Malaca afirmando que ele e outros embaixadores só seriam libertados da prisão na China se os portugueses cedessem o controlo de Malaca, devolvendo-a ao deposto sultão de Malaca (que fora anteriormente um tributário da dinastia Ming). Tomé Pires acabaria por não regressar,apesar disso as relações dos portugueses com a China seriam normalizadas de novo em 1540 e em 1557 foi estabelecida uma base portuguesa permanente em Macau, no sul da China, autorizada pela corte Ming.








Geografia
O estado de Malaca ocupa uma área de 1 650 kmª, equivalente a 1,3% da superfície da Malásia. Divide-se em três distritos: Malaca Central (Melaka Tengah, com 314 km²), Alor Gajah (660 km²) e Jasin (676 km²).

Malaca encontra-se no litoral sul-ocidental da Península Malaia, defronte a ilha de Sumatra, com o estado de Negeri Sembilan ao norte e Johor a leste. Dista 148 km ao sul da capital Kuala Lumpur, e 245 km ao norte de Cingapura.

A capital do estado, a cidade de Malaca, está localizada estrategicamente entre as duas capitais nacionais (Kuala Lumpur e Singapura) e conta com excelentes ligações rodoviárias. Embora não possua uma estação ferroviária, Malaca é servida por um aeroporto doméstico, localizado na cidade de Batu Berendam.





A população do estado de Malaca é de 759 000 habitantes (2007). Compõe-se de:

malaios: 57%;

chineses: 32%;

indianos: uma minoria importante;

cristang, um povo com antepassados portugueses: uma pequena comunidade.

As principais cidades do estado de Malaca são a capital, Malaca, e Alor Gajah, Masjid Tanah, Jasin, Merlimau, Pulau Sebang e Ayer Keroh.






Fonte - Extractos recolhidos na enciclopédia livre


sábado, agosto 22

CONQUISTA DE CEUTA FAZ HOJE 594 ANOS


A Conquista de Ceuta, cidade islâmica no Norte d'África, por tropas portuguesas sob o comando de João I de Portugal, deu-se a 22 de Agosto de 1415.


A conquista

  • Um exército de cerca de 19 000 a 20 000 cavaleiros e soldados portugueses, ingleses, galegos e biscainhos havia largado de Lisboa a 25 de Julho, embarcado em cerca de 240 ou 110 navios de transporte e vasos de guerra. Na expedição seguia a fina flor da aristocracia portuguesa do século XV, incluíndo os príncipes Duarte, o herdeiro, Pedro, Duque de Coimbra e Henrique, Duque de Viseu. Após uma escala em Lagos, fundearam diante de Ceuta a 21 de Agosto, tendo efectuado o desembarque sem encontrar resistência por parte dos Mouros.
  • A guarnição da cidade de Ceuta correu a fechar as portas da cidade, mas as tropas portuguesas foram rápidas a impedir o estabelecimento de defesas adequadas. Na manhã de 22 de Agosto, Ceuta estava em mãos portuguesas. A mesquita foi consagrada e, na primeira missa lá realizada, os três príncipes da Ínclita geração presentes foram feitos cavaleiros pelo seu pai. Ceuta seria a primeira possessão portuguesa em África, estratégica para a exploração Atlântica que começava a ser efectuada.

  • Deixando ficar o conde de Viana, D. Pedro de Meneses, o rei, os infantes e o resto da frota regressaram a Lisboa em Setembro, tendo permanecido durante treze dias em Ceuta. Os marroquinos não se deram por vencidos e atacaram a cidade em 1418 e 1419, sem qualquer resultado. Manter a cidade constituía-se em um problema logístico: era necessário enviar suprimentos, armas e munições; a maior parte dos soldados era recrutada à força, recorrendo-se a condenados e criminosos a quem o rei comutava a pena desde que fossem para Ceuta e ainda recompensar generosamente os nobres que ocupavam postos de chefia.
  • Julgaram consegui-lo, quando do desastre português de Tânger, pedindo como resgate do infante de D. Fernando a cidade de Ceuta.
  • Mas D. Fernando faleceu no cativeiro e a cidade continuou portuguesa (1443). Ceuta teve que se aguentar sozinha durante 43 anos até que a posição da cidade ser consolidada com a tomada de Alcácer Seguer (1458), Arzila e Tânger (1471).
  • A cidade foi reconhecida como possessão portuguesa pelo Tratado de Alcáçovas (1479) e pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
  • Quando da Dinastia Filipina, Ceuta manteve a administração portuguesa, assim como Tânger e Mazagão. Todavia, quando da Restauração Portuguesa, não aclamou o Duque de Bragança, como rei de Portugal, mantendo-se espanhola. A situação foi oficializada em 1668 com a assinatura do Tratado de Lisboa entre os dois países, e que pôs fim à guerra da Restauração.



Os motivos

  • As causas e origens da conquista de Ceuta não são hoje suficientemente claras: uma das razões, a Causa Bélica, teria sido a oportunidade dos infantes (D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique) serem armados cavaleiros por um feito de guerra. Outra, a Causa Religiosa, defendida por historiadores como Joaquim Bensaúde (1859-1951), viram na figura do infante D. Henrique um símbolo do espírito de cruzada, defendendo ter havido na génese da expansão um zelo religioso; Outra, a Causa Política, talvez a ameaça castelhana constante sobre a cidade, defendida por historiadores como Jaime Cortesão (1884-1960), que realçava o desejo da antecipação a Castela na expansão para Africa norte.
  • Estes motivos não são incompatíveis com a Causa Económica, defendida por António Sérgio (1883-1969) e, mais recentemente, Vitorino Magalhães Godinho: Ceuta era uma cidade rica e teriam sido levados pela burguesia comercial, que queria canalizar para Lisboa o tráfego do Mediterrâneo ocidental feito por aquela cidade. Para se informar de todos os pormenores da cidade, D. João I enviou à Sicília dois embaixadores com o pretexto de pedirem a mão da rainha para o infante D. Pedro; estes na passagem colheram todas as informações sobre Ceuta.

  • Causas geoeconómicas: a situação geográfica de Ceuta permitia controlar a entrada e saída do estreito de Gibraltar, dos navios que vinham do Atlântico para o Mediterrâneo e vice-versa. Religiosas: expandir a fé cristã, aumentar os territórios onde existia o Cristianismo Sociais: as classes sociais mais abastadas tinham vários interesses nesta conquista - a nobreza queria terras, honras e rendas; o clero queria expandir a fé cristã; e a burguesia queria novos produtos e mercados. Económicas: Portugal tinha falta de trigo, ouro, especiarias.
  • Conquistando a Praça de Ceuta iriamos conquistar uma cidade onde afluiam os produtos orientais vindos da Índia pelas Rotas Caravaneiras do Sahara e traziam ouro, especiarias, etc. Nos arredores de Ceuta existia uma grande produção de trigo. Políticas: o aumento da importância do reino de Portugal no quadro das monarquias da Península Ibérica, estabelecendo em Ceuta o ponto mais oriental da reconquista cristã a realizar por Portugal no Norte de África.


O fracasso de Ceuta
  • As expectativas que existiam em relação aos benefícios da conquista de Ceuta não se confirmaram. Pode-se mesmo afirmar que, sob o ponto de vista económico, o domínio de cidade de Ceuta foi um fracasso. De facto, as rotas comerciais que afluiam à cidade foram desviadas para outras cidades pelos muçulmanos. Por outro lado, o estado de guerra constante impedia o cultivo dos campos e a produção de cereais.
  • A situação agravava-se devido às elevadas despesas militares para manutenção desta praça africana. Chegou a colocar-se entre os membros da Corte a hipótese de abandonar a cidade de Ceuta. O Infante D. Pedro, em carta ao seu irmão, afirmava mais tarde: “Ceuta é um grande sorvedouro de gente e dinheiro”.
fonte - enciclopédia livre

MACAU ONTEM E HOJE

Vista das pontes Nobre de Carvalho, ponte Sai Van, à esquerda e ao fundo a Torre de Macau, foto tirada do 11 andar do Hotel Altira, na ilha da Taipa.

Vista da Torre de Macau, foto tirada na Rua de Coimbra na Ilha da Taipa

Macau, vista da ilha da Taipa, foto tirada, dia 21 de Agosto de 2009, do 11 andar do hotel Altira.


Vista de Macau no presente, ano de 2009




Vista de Macau no início dos anos 1980's.
Com a inauguração da ponte General Nobre de Carvalho, no ano de 1974, o desenvolvido na ilha da Taipa passou a ser uma realidade, e hoje, a Taipa é uma moderna cidade.
Os anos passam as obras ficam!...


sexta-feira, agosto 21

FAROL DA GUIA - MACAU




Farol.
Greza,
Pinheral.

Luz,
Fé,
Saúde.

Farol, tira-tira da luz;
Anôte, mar lumiado,
Aliviado di iscuridám,
Lorcha sabe únde têm,
Passá sáfo,
Nádi erá caminho.

Greza, Casa di Dios,
Ninho di fé cristám;
Nos' Siòra tem lá altar,
Su ôlo lumiá alma,
Su mám isvazia bênça
Protezê dizamparado.

Na basso, pinheral,
Jardim di saúde vendido saguáti.
Árvre di pinhêro quânto-mil,
Laia-laia árvore unga porçam.
Sopro di vento puro,
Voz dóci di prasto alegrá coraçám.

Na riva di montánha
Lugar qui tudo pôde olá,
Têm unga pau arto levantado;
Ali, unga bandêra elegánti ra buli-buli;
Sã, atê estunga ora,
Bandêra di nôsso Portugal.


Poema extraído do livro Macau Di Tempo Antigo - José dos Santos Ferreira




















quinta-feira, agosto 20

VISTAS DE MINHA VARANDA





































AS FOTOS ABAIXO INSERIDAS FORAM TIRADAS COM UMA CAMARA DIGITAL POWER SHOT, CANON SX200 IS , QUE POSSUE ALTA DEFINIÇÃO HD. ESTA MÁQUINA POSSUE 12.1 MEGAPIXELS.








A TORRE DE MACAU E A PONTE SAI VAN









LAGO NAM VAN, VENDO-SE AO FUNDO O CASINO WYNN, E, MAIS AO LONGE O NOVO HOTEL DA WYNN E O FUTURO HOTEL CASINO L'ARC











A BANDEIRA PORTUGUESA NA RESIDÊNCIA DO CONSUL DE PORTUGAL EM MACAU











A RESIDÊNCIA DO CONSUL DE PORTUGAL ( ANTIGO HOTEL BELA VISTA)











DUAS RUAS DEFRONTE DA CASA DO ARTICULISTA














UMA DIVISÓRIA DAS RUAS, BEM AJARDINADA














A PLACA INDICATIVA DO CASINO WYNN E A FLORESTA DE VIDRO, SITA NA ANTIGA ROTUNDA FERREIRA DO AMARAL















O LAGO NAM VAN E AO FUNDO, LADO DIREITO, ALGUNS PRÉDIOS NOVOS QUE TAPARAM A VISTA DO HOTEL CASINO MGM GRAND, À ESQUERDA PODEMOS VER DE NOVO O CASINO WYNN, O FUTURO HOTEL WYNN E L'ARC.
















UMA ENTRADA PARA A PARTE INFERIOR DO LAGO NAM VAN

















ILHA DA TAIPA, O QUE SE PODE VER AO FUNDO QUE PARECEM ESTAR NO TOPO DA MONTANHA, SÃO OS ORNAMENTOS DO NOVO HOTEL CASINO DA STAR WORLD.


















OS NOVOS EDIFÍCIOS, SITO NA PARTE ESQUERDA DA PONTE NOBRE DE CARVALHO NO SENTIDO MACAU-TAIPA, QUE VIERAM TIRAR A VISÃO DO HOTEL CASINO MGM




















UMAM PEQUENA VISÃO DA PONTE, A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E UM TOLDO LUMINISO NO LAGO NAM VAN.



















CHAMINÉS DA INCENERADORA SITA NA ILHA DA TAIPA, PODENDO-SE VER MAIS AO LONGE O HOTEL CHINA E RODA GIGANTE, QUE SE SITUA JUNTO AO AEROPORTO DE MACAU.





















AO FUNDO CASARIO DA ILHA DA TAIPA E A PONTE GENERAL NOBRE DE CARVALHO.






















CASARIO NOUTRA ZONA DA ILHA DA TAIPA





















PONTE SAI VAN QUE LIGA MACAU À ILHA DA TAIPA, PODENDO-SE VER AO FUNDO A ILHA DA MONTANHA.


















ESTAS FOTOS FORAM TIRADAS DA VARANDA ONDE MORA O ARTICULISTA, EM MACAU NA ZONA DA PRAIA GRANDE, AINDA BEM LONGE DAS ILHAS DA TAIPA E DE COLOANE.














SE GOSTARAM DAS FOTOS PODEM COPIAR À VONTADE, POIS NÃO PAGAM DIREITOS DE AUTOR.