o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

segunda-feira, agosto 3

PAZ À ALMA DE CREMILDA DE JESUS DA VEIGA CAMBETAS SIMÕES

CREMILDA DE JESUS DA VEIGA CAMBETAS SIMÕES
Nasceu a 18 de Setembro de 1919, na vila de lavre, centro do Alentejo e faleceu no dia 2 de Agosto de 2009, na cidade de Setúbal.
Aos quinzes anos de idade, aceitou o Senhor Jesus como seu Salvador e desde então a sua vida tem sido dedicada a servi-LO no desempenho de vários cargos em igrejas, onde a Graça do Senhor a tem colocado.
Depois de casada, rumou a Angola, mais propriamente a Cabinda e à sua densa floresta, onde viveu, sentido então a inspiração de escrever algo de forma poética.
No seu regresso a Portugal, mais se avolumaram os seus escritos. Convidada a publicar, saiu o primeiro livro, intitulado " Poemas Repartidos ", cuja aceitação foi abençoada e deu lugar ao segundo livro com o título " Ressonâncias Tangíveis ", que tem tocado corações sensíveis ao Evangelho.
É autora de poemas, estudos e comentários bíblicos, publicados em revistas, jornais e boletins de Igreja, tendo recebido um primeiro prémio em concurso de quadras alusivas à cidade de Setúbal, onde reside.
Traz agora à estampa este novo livro de poemas através do qual, em essência, louva ao Senhor Deus, exaltando-O e testemunhando da Sua obra redentora.
É mãe de duas filhas, avó de três netas e um neto, bisavó de duas bisnetas e cinco bisnetos, os quais tem levados aos caminhos do Senhor, pela oração, pela palavra e pelo exemplo e cujas vidas estão dedicadas em actividades cristãs.
Como poetisa tem em preparação três novos livros: " Cantares Esparsos ", " Ao Entardecer " e " Migalhas de Sal e Sol ".
Fonte - Jardim Regado.



O articulista, em Évora, com sua Santa mãe (vestida de preto) a minha estimada Prima Cremilda e seu esposo, quando, volvidos que foram mais de 40 anos de novo se encontraram.
Infelizmente, hoje, esses três queridos familiares Deus os chamou até Si.

DO AMOR

AMOR!
Impossível defini-lo...
É tão vasto e profundo.
É tão belo e radioso...

Impossível descrevê-lo.

Amor!
É Deus em acção.
Sem príncipio e sem fim.
Porque Deus é amor...
É eterno e forte.

Impossível limitá-lo.

Amor!
Sabor da vida
vivida em plenitude.
Validando todas as virtudes.
- Aperfeiçoando-as.

Impossível conhecê-lo.

Não fora Cristo
revelá-lo
na cruz.

- Jardim Regado - Poema de Cremilda de Jesus da Veiga Cambetas Simões




Deus, ontem chamou para junto de Si, este minha estimada prima Cremilda, a sua caminhada na vida sempre pura e cristã, por certo junto de Deus se encontrará.
Fez a última caminhada da vida, Paz à sua alma.



Sempre com muito Carinho e Amor a poetisa Cremilda encontrou inspiração para plantar e regar! Plantou o Amor de Deus, especialmente quando apresentava a cruz de Cristo, plantava a esperança do futuro eterno dos crentes, plantava a convivência fraterna dos salvos, plantava no seu dia a dia a confiança nas promessas de Deus, plantava a certeza de que Deus é o Senhor, o Todo-Poderoso, o mantenedor do Mundo, cujo poder deve ser anunciado destemida e confiantemente...
No Céu junto de Deus estará este belo ser que iria fazer 90 anos de vida.
Paz à sua alma.



domingo, agosto 2

IRAQUE 2 DE AGOSTO DE 1990



A Guerra do Golfo foi um conflito militar iniciado em 2 de Agosto de 1990 na região do Golfo Pérsico, com a invasão do Kuwait por tropas do Iraque. Esta guerra envolveu uma coalização de forças de países ocidentais liderados pelos Estados Unidos da América e Grã Bretanha e países do Médio Oriente, como a Arábia Saudita e o Egito, contra o Iraque.

Depois da Guerra Irã-Iraque, a Guerra do Golfo foi possivelmente um dos maiores massacres da história do Médio Oriente. Mais de 100 mil soldados iraquianos foram mortos contra cerca de mil baixas das forças da coalizão.



Causas da Guerra

Em Julho de 1990, Saddam Hussein, presidente do Iraque, acusou o Kuwait de causar a queda dos preços do petróleo e retomou antigas questões de limites, além de exigir indenizações. Como o Kuwait não cedeu, em 2 de agosto de 1990, tropas iraquianas invadiram o Kuwait, com a exigência do presidente Saddam Hussein de controlar seus vastos e valiosos campos de petróleo. Este acontecimento provocou uma reação imediata da comunidade internacional.

Os bens do emirado árabe foram bloqueados no exterior e a ONU condenou a invasão. Dois dias após a invasão (4 de Agosto), cerca de 6 mil cidadãos ocidentais foram feitos reféns e conduzidos ao Iraque, onde alguns deles foram colocados em áreas estratégicas. Nesse dia, o Conselho de Segurança da ONU impôs o boicote comercial, financeiro e militar ao Iraque. Em 28 de Agosto, Saddam respondeu a essa decisão com a anexação do Kuwait como a 19ª província do Iraque.



  • Desenrolar da Guerra

    O então presidente norte-americano George Bush visita as tropas norte-americanas na Arábia Saudita em 22 de novembro de 1990 (Dia de Ação de Graças).Durante uma década o Iraque fora um aliado do Ocidente na guerra contra o Irã (1980-1988), um conflito que, para o líder iraquiano, parecia trazer uma excelente oportunidade para tirar dividendos dos países que havia protegido.
  • O Iraque começou por invadir o Norte do Kuwait, para ter um acesso mais rápido ao mar, mas fracassou, embora não desistisse dos seus intentos. A riqueza do Kuwait era a saída ideal para a salvação das finanças do país e possibilitava o sonho de unir o mundo árabe em seu proveito, uma idéia que justificava com o passado glorioso dos Califas de Bagdá e com o apelo à hostilidade contra o velho inimigo israelita. Saddam Hussein tinha os meios para agir. Possuía um exército bem apetrechado, sentia-se apoiado pela população e contava com a falta de interesse do mundo ocidental.
  • Perante os desenvolvimentos do conflito, a ONU, em 29 de Novembro, autorizou o uso da força, caso o Iraque não abandonasse o território do Kuwait até 15 de Janeiro de 1991. Uma coalizão de 29 países, liderada pelos Estados Unidos da América foi mobilizada.

    A actividade diplomática intensa fracassou, e em 17 de Janeiro de 1991 um massivo ataque aéreo foi iniciado. Do conjunto de nações participantes, destacam-se os Estados Unidos da América, a Grã-Bretanha, a França, a Arábia Saudita, o Egito e a Síria. Quase no limite do prazo dado pela ONU para a retirada do Kuwait, o Irã e a União Soviética fizeram um último esforço pela paz.





Ao contrário do que esperava, a comunidade internacional reagiu de imediato, e de uma forma bastante firme, à ofensiva iraquiana. Foram enviadas para a Arábia Saudita e para o Golfo Pérsico forças aliadas de cerca de 750.000 homens (lideradas pelos EUA, apoiadas pela ONU, pela OTAN e por outros Estados árabes) acompanhados de carros blindados, aviões e navios.




  • Operação Tempestade no Deserto

    Operação Tempestade no Deserto.Em 25 de Janeiro, as forças aliadas que haviam estabelecido a supremacia aérea, bombardeando as forças iraquianas que não podiam abrigar-se nos desertos do sul do Iraque. As forças da ONU, sob as ordens do comandante-em-chefe, general Norman Schwarzkopf, desencadearam a denominada "Operação Tempestade no Deserto" (nome por que ficou conhecida), que durou de 25 a 28 de fevereiro, na qual as forças iraquianas sofreram fragorosa derrota. No final da operação, o Kuwait foi libertado.

    A mãe de todas as batalhas

  • Até 24 de Fevereiro os aliados bombardearam com alta tecnologia alvos militares no Kuwait e em seguida no Iraque, até 2 de março, lançaram uma operação terrestre com um exército composto por meio milhão de soldados, chefiado pelos Estados Unidos, que resultou na reconquista do Kuwait e na entrada no Iraque. A guerra em terra foi denominada por Hussein de "mãe de todas as batalhas".

    Em poucas semanas as defesas aéreas iraquianas estavam destruídas, bem como grande parte das redes de comunicações, dos edifícios públicos, dos depósitos de armamento e das refinarias de petróleo. Em 27 de Fevereiro, a maior parte da Guarda Republicana de elite do Iraque fora destruída. Em 28 de Fevereiro, o presidente norte-americano, George Bush, declarou o cessar-fogo.


    Em Abril o Iraque aceitou o cessar fogo, porém sofreu duras sanções econômicas por não entregar seu armamento químico e bacteriológico. A independência do Kuwait fora restaurada, mas o embargo econômico das Nações Unidas ao Iraque tornou-se ainda mais severo.






Armamentos, equipamentos e estratégias

  • Pelo lado aliado, a guerra contou com importante equipamento eletrônico , principalmente os caças F-117, bombas guiadas a laser e mísseis teleguiados. O sistema de defesa iraquiano, que incluía armas químicas e biológicas, e foi planejadamente por mísseis terra-ar e antiaéreos. O Iraque não usou, como ameaçara, o gás de combate. Os mísseis SCUD que mandara lançar sobre Israel também falharam o seu intento de fazer com que este país entrasse no conflito, por forma a reunir o apoio das nações árabes. A superioridade tecnológica do Ocidente era avassaladora. Saddam estava isolado e em pouco tempo foi derrotado.


    Invasão e ocupação do Iraque em 2003


    Fuzileiros Navais norte-americanos no Iraque.A invasão do Iraque em 2003, chamada de Operation Iraqi Freedom (OIF) ou Operação Iraque Livre, pode ser considerada como uma continuação da guerra de 1991.

    Este conflito reforçou a determinação e influência militar dos Estados Unidos, que foram os protagonistas da vitória contra o Iraque. Depois do 11 de Setembro de 2001, os EUA e os aliados ocidentais prepararam-se para um novo conflito em grande escala, centrado numa invasão do Iraque em 2003, ignorando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Saddam Hussein foi derrotado e, mais tarde, capturado pelas tropas americanas e condenado à morte após julgamento realizado em seu próprio país. Saddam foi enforcado no dia 31 de Dezembro de 2006.


    Fonte - Enciclopédia livre








  • Foi assim que tudo começou no dia 2 de Agosto de 1990, dezanove anos se passaram, o antigo presidente do Iraque, Saddam Hussein, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
  • Um julgamento muito confuso e precipitado, que foi muito precionado pelos Estados Unidos da América, o costume de sempre.
  • Como dizia, volvidos são dezanove anos desde a invasão do Kuwait, nenhuma arma atómica ou bacteriológica foi encontrada, a guerra no Iraque continua, o país está separado, os ataques suicidas continuam, milhares de iraquianos encontram-se refugiados nos países vizinhos, a população civil essa continuação a ser alvo de ataques e de mortes.
  • Quem originou toda esta tragédia? será que foi só responsável por este estado de coisas o Saddam Hussein?
  • A operação tempestade no deserto, foi em grande escala, quem ordenou que ela se desencandeasse foi o presidente Bush (pai) tendo a invasão ao Iraque em 2003 teve outro portagonista o Bush (filho) amigos e antigos sócios de Bin Laden, será para dizer que esta guerra e esta invasão ao Iraque deveria ter o nome Guerra da família Bush.
  • É certo que Saddam Hussein teve imensas culpas, mas só ele?
  • Para quando o fim dos conflitos?
  • Será que os Iraquinos não poderão ter Paz?
  • O petróleo causador da maior poluição atmosférica é igualmente objecto de guerras sangrentas, de ambições e para isso sempre estão prontas a avançar as tropas norte americanas seguidas de seus vassalos, eles que se julgam os polícias do mundo, podem invandir os outros países, abusar das pessoas inocentes, fazer julgamentos ou mandar fazer julgamentos já com um verídico antecipado, podem, ou querem, controlar tudo e todos, invocando a paz e a estabilidade mundial, e a sua própria defesa.
  • Julgamento a esses polícias do mundo nunca foram efectuados, e como tal, livremente podem seguir com a sua política neo-estratégica tentando controlar o mundo.
  • Em nome da libertade se mata!....






sexta-feira, julho 31

AINDA A DUPUYTREN DO ARTICULISTA

ASSIM SE ENCONTRAVA A MÃO DO ARTICULISTA, ANTES DE SER OPERADO






VOLVIDOS DOIS MESES E 4 DIAS APÓS TER SIDO SUBMETIDO À OPERAÇÃO







Volvidos que são dois meses e 4 dias após ter sido operado, o articulista, como se pode ver nas fotos acima inseridas, apresenta a mão neste estado, embora tenha já efectuado várias sessões de fisioterapia.






Por vezes a mão e os dedos ficam inchados e durante a noite, as dores vêem, sem qualquer explicação plausível.






Os médicos que efectuaram a operação, informaram que a mesma foi realizada com sucesso, porém a recuperação essa é lenta e levará cerca de seis meses até as coisas ficarem compostas, na melhor das hipóteses.






O articulista, hoje, tem a mão inchada, sentido que os ligamentos se contriem, causando uma sensação de mau estar, que parece ter cola colocada nas mãos!...






Paciência e muita calma vai tendo o articulista, oxalá que todo este processo fique concluindo em breve, Deus me ouça!....






A enfermidade de Dupuytren seria uma doença fibroproliferativa de causa desconhecida, de origem genética com um componente mendeliano dominante, ocorrendo primariamente em povos bárbaros originários do Norte da Europa, mais precisamente os celtas. Pelo processo de imigração, chegaram ao Sul da Europa,




Arquivos de Neuro-Psiquiatria

Arq. Neuro-Psiquiatr. vol.57 n.3B São Paulo Sept. 1999
doi: 10.1590/S0004-282X1999000500020
DOENÇAS DE DUPUYTREN E DE LEDDERHOSE ASSOCIADAS AO USO CRÔNICO DE ANTICONVULSIVANTES
RELATO DE CASO

PATRÍCIA CORAL
*, ALESSANDRA ZANATTA*, HÉLIO A. G. TEIVE***, YLMAR CORREA NETO**, EDISON MATOS NÓVAK****, LINEU CÉSAR WERNECK*****


RESUMO ¾ Relatamos o caso de um paciente que após uso crônico de anticonvulsivantes, sem epilepsia definida, desenvolveu contraturas das aponeuroses palmar (doença de Dupuytren) e plantar (doença de Ledderhose). Discutimos as principais dessas complicações, os fatores predisponentes e sua estreita relação com o uso de anticonvulsivantes, particularmente de fenobarbital.




PALAVRAS-CHAVE: doença de Dupuytren, doença de Ledderhose, anticonvulsivantes.


A contratura palmar foi inicialmente descrita por Cooper na Inglaterra e Boyer na França por volta de 1823. Entretanto coube ao Barão Guillaume de Dupuytren, ao descrever em 1832 os resultados da fasciotomia palmar, a honra do epônimo1. A contratura ou doença de Dupuytren é caracterizada pela degeneração de fibras elásticas, espessamento e hialinização do feixe de fibras de colágeno da fáscia palmar, com formação de nódulos e contração da fáscia1. Em pacientes com doença de Dupuytren, lesões semelhantes na fáscia plantar medial (doença de Ledderhose) ocorrem em 5 a 10% dos casos e na fáscia profunda do pênis (doença de Peyronie) em 1 a 3%. A doença de Dupuytren incide mais frequentemente em homens entre a 5 ª e 7ª décadas de idade, principalmente de origem escandinava ou celta, sendo rara em negros e asiáticos.




Descrevemos o caso de um paciente que fez uso prolongado de anticonvulsivantes, sem epilepsia definida, e que desenvolveu as doenças de Dupuytren e de Ledderhose de forma intensa e simétrica.

RELATO DO CASO




JR, masculino, branco, 44 anos, pedreiro, refere episódio único de crise convulsiva generalizada tônico-clônica aos 19 anos, após ingestão excessiva de álcool etílico. Desde então vem fazendo uso diário de 100 mg de fenobarbital, 100 mg de fenitoína e 10 mg de diazepan. Há 23 anos começou a observar contratura da região palmar e plantar bilateralmente, que vem progressivamente se intensificando. Nega história familiar. O exame físico revelou contratura importante de ambas as fáscias palmares e plantares .






O exame neurológico não evidenciou alterações. A investigação complementar incluiu eletroencefalograma, eletromiografia e estudo das conduções nervosas que tiveram resultados normais. Após reavaliação do quadro clínico, sem evidência de epilepsia e com crise convulsiva única relacionada ao uso de álcool, foram suspensas as medicações anticonvulsivantes. O paciente foi submetido a correção cirúrgica das contraturas e um fragmento da fáscia plantar retirado, apresentou fibromatose ao exame anátomo-patológico.

DISCUSSÃO




A etiologia das doenças de Dupuytren e Ledderhose permanece incerta. Diversos estudos têm mostrado associação com doença hepática alcoólica, drogas anticonvulsivantes, trauma, diabetes melitus, além de uma forma familiar autossômica dominante.






Estudos de Féré e Fracillon, publicados em 1902, sobre os dedos e aponeuroses palmares de pacientes epilépticos não mostraram qualquer relação entre epilepsia e a doença de Dupuytren.






Desde o início do século, tem sido descrita a associação dos barbitúricos com desordens do tecido conectivo, incluindo ombro congelado, doença de Dupuytren, nódulos palmares, fibromas plantares ou doença de Ledderhose, doença de Peyronie, e dores generalizadas. Mas como tais desordens são comuns na população em geral uma relação causal com as drogas antiepilépticas tem sido provável mas não certa3. Lund, em 1941, observou incidência de 50% (em 190 homens) e 25% (em 171 mulheres) de doença de Dupuytren em epilépticos; já Skoog, em 1948, encontrou 42 % de epilépticos acometidos.






Em pacientes não epilépticos a incidência de doenca de Dupuytren tem sido estimada entre 0,5% (mulheres na menopausa), 1 % (homens adultos jovens), 9% (mulheres acima de 75 anos) e 18% (homens acima de 75 anos). Critchley e col. em 1976 relataram incidência de 56% em 361 pacientes epilépticos crônicos e todos haviam recebido barbitúricos como monoterapia ou em combinação com outras drogas. Nenhum dos 19 pacientes que não haviam sido tratados com barbitúricos apresentaram contraturas11. Alguns autores acreditavam ser a contratura relacionada com o tipo de epilepsia, sua duração e tempo de tratamento.




Mattson e colaboradores em 1989 demonstraram o desenvolvimento da doença de Dupuytren em 7 de 10 pacientes epilépticos no primeiro ano de tratamento com anticonvulsivantes, sugerindo que o efeito não requer décadas do uso de drogas. Quando analisamos as diferentes combinações de anticonvulsivantes temos alta incidência da doença se nos restringimos ao uso de fenobarbital, fenitoína e primidona. Entretanto se o fenobarbital for excluído, o risco de adquirir a doença cai dramaticamente.




Diversos estudos têm indicado que o processo da doença pode ser revertido se a terapia é descontinuada3,9,12. Blanquart e colaboradores observaram que 11 de 16 pacientes melhoraram dentro de 1 a 4 meses após a terapia com fenobarbital ter sido suspensa e os outros melhoraram mais tarde12. O grande aumento de relatos desta doença após 1940, entre pacientes epilépticos, demonstra que a gênese da contratura seja relacionada com a introdução no mercado dos medicamentos anticonvulsivantes.




Neste relato, o paciente fez uso indevido por 25 anos de fenobarbital, fenitoína e diazepam e desenvolveu contraturas palmares e plantares de forma acentuada, sugerindo a associação com os anticonvulsivantes utilizados cronicamente.


FONTE - Associação dos Arquivos Neuroticos, com a devida vénia.







Autor: Castro, O. C.


Título: Contratura de Dupuytren: tratamento cirurgico pela tecnica "open palm". / Dupuytren's contracture: surgical treatment by the open palm technique


Fonte: Ceará méd;3(1):13-7, 1981.

Resumo: Na contratura de Dupuytren ocorre, alem do comprometimento da aponeurose palmar, com retracao de um ou mais dedos, um encurtamento da pele suprajacente. O autor cita varias tecnicas cirurgicas propostas para correção da retração digital, a compensação do encurtamento cutaneo. Com maiores detalhes e comentada a tecnica "open palm", descrita por McCash, a qual resolve o problema cutaneo deixando aberta a ferida ao nivel da prega palmar distal, que cicatriza por epitelização a partir dos bordos.


A mobilização da mão é recomendada após o sétimo dia pós-operatório, não sendo necessário tratamento em clinica de fisioterapia. O paciente usa uma ferula nocturna durante o periodo de cicatrização. O autor operou três casos pela técnica "open palm", no periodo de um ano, sem complicações pós-operatórias. Dois destes, actualmente com onze meses e dois meses, respectivamente, já apresentam recuperação funcional total das mãos. O outro se encontra em fase de cicatrização pós-operatória.


(Artigo copilado do Ceará Med, com a devida vénia)


=========================================================================


O autor do artigo, acima exposto, Castro, O. C. é bem ilucidativo, porém os factos que relata, não tem parecenças com o que se passaram com o articulista, não sabendo até se a operação decorreu de palma aberta, uma pergunta a fazer, em breve aos cirugiões que efectuaram a operação.










quinta-feira, julho 30

SENZHEN - REPÚBLICA POPULAR DA CHINA




Shenzhen
深圳
Sam Zan
Cim-Zun
— Sub-provincial city —
深圳市



Shenzhen é uma zona económica especial , que se situa na província de Cantão (Guangdong), República Popular da China e tem uma população de 8, 615,500 habitantes.


Coordenadas: 22°33′N 114°06′E / 22.55°N 114.1°E / 22.55; 114.1


-

Shenzhen (Chinese: 深圳市; pinyin: Shēn zhèn shì; fica situada junto à parte norte de Hong-Kong, sob a política do lider reformista Deng Xiao Peng, sobre a liberalização económica da China, Shenzhen, tornou-se na primeira Zona Económica Especial da China e a mais bem sucedida.


(O modernissimo aeroporto)
Shenzhen nos finais dos anos 70 era uma pequena vila pescatória, graças à política governamental e aos investimentos estrangeiros é hoje, uma moderna cidade o resultado da sua vibrante economia só foi possível graças ao rápido investimento estrangeiro desde os finais dos anos 197o, o dinheiro investido para a cosntrução de fábricas de joint ventures foi acima de 30 biliões de dolares americanos.


Actualmente é considerada a cidade que cresce mais rapidamente em todo o mundo. É o maior centro financeiro do Sudoeste da China, e a casa da Bolsa de Valores de Shenzhen e igualmente o quartel general de numerosas companhias de alta tecnologia.


Shenzhen possui igualmente, o segundo mais movimento porto na China, ficando-se só atrás de Shangai.



História


Segundo documentos antigos, sabe-se que o nome de Shenzhen, já figurava nos documentos da Dinastia Ming, ano de 1410.



Os residentes locais chamavam-lhe drenos dos arrozais 圳 “zhen.” Shenzhen, 深圳 que literalmente se entende por "drenos profundos" em virtude da áera ser um cruzamento de rios e canais onde existem prufundos drenos e arrozais.

Shenzhen passou a ter um estatuto de cidade no início da Dinastia Qing, tendo o seu nome passado a ser de Xin'an e mais tarde de Bao'an.

Esta vila de pescadores se transformou na primeira Zona Económica Especial na China, graças ao lider Deng Xiao Peng, que formalizou o estabelecimento da zona no ano de 1979, em virtude do local se encontrar próximo do prospero território inglês de Hong-Kong.

A Zona Economica Especial de Shenzhen foi criada como base exprimental da pratica do mercado capitalista, guiada a sua comunidade por ideais socialistas.









Geografia

A moderna cidade de Shenzhen fica localizada no delta do Rio das Perolas. O seu municipio cobre uma área de 2,050 km², incluindo a área urbana e rural, e segundo o senso realizado no ano de 2007 tinha um total de 8,615,500 habitantes.
Shenzhen é uma sub-tropical e marítima região, com ocasionais ciclones troicais no verão e finais de outono, a sua temperatura média ronda os 22.4°C durante todo o ano, atingindo por vezes temperaturas, durante o dia, que podem chegar aos 35°C

Shenzhen era originalmente uma área montanhosa, com ferteis campos de agrigultura, depois de se ter tornado numa Zona Economica Especial, em 1979, Shenzhen sofreu profundas alterações.
Onde era a zona montanhosa da vila de pescadores é hoje uma zona plana da cidade, somente restaram as montanhas Lianhua Shan (Montanha de Lotus), Bijia Shan (Montanha de Bijia) e a Wutong Shan (Montanha Wutong).
Com o afluxo de imigrantes do Continente Chinês, Shenzhen de novo teve o seu boom, sendo necessário expandir-se pela pereferia e pelas montanhas circundantes, tais como a Montanha da Missão, que está sendo terraplanada para promover mais áeras de desenvolvimento.

Shenzhen esncontra-se localizada junto à fronteira com Hong Kong, junto ao cruzamento dos Rios across the Sham Chun e Sha Tau Kok, dista 100 km da capital da província de Cantão (Guangzhou), e a 60 km a Sul da cidade industrial de Dongguan. A cidade resorte de Zhuhai e a península de Macau RAEM, ficam a 60 km de Shenzhen.









O articulista, por várias vezes, esteve nesta moderna cidade, mas terá que lá ir com mais tempo, para ficar a conhecer melhor.






quarta-feira, julho 29

PRAÇA DE LOBO DE ÁVILA - MACAU


Quatro foram as moradias em Macau em que o articulista viveu, mas desde o ano de 1997 passou a habitar o Edifçio Fortuna sito na Praça de Lobo de Ávila.
Segundo a Toponímia de Macau, do Padre Manuel Teixeira, esta Praça começa na Rua do Chunambeiro e na Rua da Praia do Bom Parto e termina na Rua da Praia Grande, à entrada da Calçada do Bom Jesus.


Uma vista da Praia Grande, foto esta tirada da varanda da casa do articulista.


José Maria Lobo de Ávila nasceu a a 29 de Fevereiro de 1817 em Lisboa e ali faleceu a 7 de Agosto de 1889, sendo filho do Coronel de Infantaria Joaquim Anastácio Lobo de Ávila e de Mariana Vitória de Mendonça Pessanha Mascarenhas.
Assentou praça como voluntário no 2 Batalhão de Artilharia a 9 de Agosto de 1833, distinguindo-se na defesa das linhas de Lisboa contra os miguelistas em 1834. No ano seguinte, seguiu para África como Alferes, regressando a Portugal no ano de 1869, como Coronel, sendo promovido a General de Brigada em 1882.
Foi Governador de Macau e ministro plenipotenciário na China, no Sião e no Japão (7-12-1874 a 30-12-1876); sendo condecorado com a Legião de Honra pelos serviços prestados à França em Macau.
Foi deputado em várias legislaturas, par do reino pela Guarda e vogal do Supremo Tribunal Militar.
Era Oficial das ordens da Conceição e de Avis.
================================================================







Uma vista da Praia Grande de antigamente.
O articulista empenha-se em saber os porquês das coisas, e nomes da Ruas onde tem vivido, sempre lhe chamaram à atenção, visto que, esses nomes trazem com eles, por vezes grandes histórias ou grandes personalidades, neste caso concreto um antigo Governador de Macau.















terça-feira, julho 28

AEROPORTO DE SUVARNABHUMI - BANGKOK






Uma larga operação contra a ilegalidade no Aeroporto Internacional de SUVARNABHUMI - BANGKOK na próxima semana

Teve início hoje,dia 28 de Julho, uma operação sem precendentes no Aeroporto de Suvanarbhumi, contra os guias sem licença para exercerem o seu míster e igualmente contra os táxis ilegais.


A operação esta sendo levado a cabo pelas autoridades da Divisão de Operações Especiais, da polícia de Samut Prakan, onde fica localizado o aeroporto, cunjuntamente com o TOA, a operadora do aeroporto. repressão será realizado conjuntamente pelo TOA, o que é o operador aeroportuário.


Esta operação deveu-se após a visita ao local do Ministro dos Transportes, Sohpon Zarum, tendo ordenado ao TOA para reforçar as medidas de segurança e de fiscalização, contra os gangues que actuam sobre a capa de agentes de turismo e viaturas sem a devida licença para transportarem turistas, a fim de evitarem que este sejam alvo de extorsão.

Segundo declarações do Ministro, Sohpon, ao agirmos desta forma acabaremos com as queixas que tem sido aprsentadas por diversos países, alegando que seus cidadãos tem sido borlados, em milhares de baths, por pessoas ligadas a redes de malfeitores, que ageiam a partir das lojas de Duty-free.

Os relatórios indicam que quadradilhas organizadas, operavam em concluio, dos desonestos polícias e empregados dessas lojas de Duty-free.

Pelo menos um país europeu tem alertado os seus cidadãos a não fazerem compras nas lojas de Duty-freeafirmam que as quadrilhas, aparentemente operam em conluio com a loja e empregados desonestos polícias, que intimidam os turistas.












No antigo aeroporto de Don Muang, este tipo de maladragem já agia, viaturas sem estarem autirazdas para operar o fazim e muitos guias turistas ofereciam os seus préstimos sem para tal estarem autorizados.
No novo aeroporto o problema o problema continuo, até que as autoridades resolverem por cobro a estas anomalias, que só desprestegiam o país.
Oxalá que seja consguido por cobro definitivamente a este estado de coisas.



LICEU DE MACAU - AUTOR JOÃO BOTAS

OBRA DE JOÃO BOTAS APRESENTADA NO CLUBE MILITAR

Um Liceu “impossível de dissociar” da história de Macau




O jornalista João Botas esteve ontem no Clube Militar para uma apresentação informal do livro “Liceu de Macau”. Uma obra que, apesar de motivada pelas recordações de estudante, tornou-se num documento histórico sobre a centenária instituição

JOÃO PIMENTA

Os tempos de liceu não são indiferentes a ninguém. A um período de formação intelectual coincide uma fase intensa de crescimento pessoal. João Botas não é excepção e a prova está na sua mais recente obra Liceu de Macau, ontem apresentada no Clube Militar, num jantar-tertúlia organizado pelo JTM. O livro representa uma homenagem ao estabelecimento de ensino com mais de 100 anos de vida e que o jornalista apontou como “impossível de dissociar da história de Macau”. “O liceu… Quem não recorda com saudade desses tempos de juventude; a transição da adolescência para a idade adulta; a formação da personalidade; o período das nossa vidas em que os sonhos comandavam… as amizades o namoro, os professores…”, escreve João Botas na apresentação do seu primeiro livro.Mas, se à partida estas palavras podem indiciar uma obra introspectiva, voltada para as recordações do autor durante os seus estudos no território, o Liceu de Macau é mais do que isso.





A obra resulta de um trabalho árduo de pesquisa, tornando-se antes numa colectânea de histórias que percorrem a linha cronológica daquele estabelecimento de ensino. “Iniciei um processo de pesquisa de centenas de horas. Preenchi os meus tempos livres com leituras na Internet, bibliotecas e outras instituições. Enviei centenas de e-mail’s, fiz dezenas de telefonemas e escrevi outras tantas cartas, para Portugal e Macau. Foi uma missão dificil, mas o resultado está aí”, apontou João Botas.
E como quem corre por gosto não cansa, o autor não desistiu apesar das dificuldades em “obter informação, já que esta se encontra dispersa, ou não catalogada ou mal catalogada”. Um trabalho árduo mas que, segundo explicou, “não teve como objectivo ganhar dinheiro”, servindo antes como o cumprimento de “uma dívida de gratidão pela terra onde cresci”. De facto, a pesquisa da qual resultou a obra “Liceu de Macau” nasceu do gosto pessoal de João Botas e só mais tarde viria a ganhar contornos de livro. “No início não pretendia fazer um livro, tinha a sensação de saber muito pouco sobre a instituição onde me tinha formado e senti a necessidade de cumprir com esse dever”, concluiu o autor.




(O articulista esteve presente e adquiriu um exemplar do livro Liceu de Macau, a que o autor teve a amabilidade de autografar).
Memórias com raízes em 1984

João Francisco Oliveira Botas nasceu no Gaviãozinho do Meio, concelho de Chamusca, em Outubro de 1971. Veio para Macau em 1984 e aqui viveu a maior parte da sua juventude até 1990. Durante esse período foi aluno do Liceu de Macau. Já em Portugal formou-se em Ciência da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. A sua experiência professional incluiu passagens pela assessoria de imprensa (Parque Expo’98 SA) e pelo jornalismo (TDM – Teledifusão de Macau, Rádio Comercial). Actualmente é jornalista na RTP.




Artigo e algumas fotos extraídas do Jornal Tribuna de Macau, com a devida vénia.




domingo, julho 26

RUAS DA ILHA DA TAIPA - MACAU

O ARTICULISTA NA DOCA DOS PESCADORES, JUNTO AO POETA CAMÕES E UMA DONZELA.


UMA RUA NO CENTRO DA TAIPA COM O NOME DA CIDADE DO ARTICULISTA


CIDADE DE AVEIRO, ONDE O ARTICULISTA PASSOU UNS MESES NO REGIMENTO DE INFANTARIA 10












COIMBRA, CIDADE UNIVERSITÁRIA QUE O ARTICULISTA VISITOU POR VÁRIAS VEZES.





GUIMARÃES, CIDADE BERÇO DE PORTUGAL






BRAGANÇA, A ÚNICA CIDADE DE PORTUGAL QUE O ARTICULISTA NUNCA VISITOU.
Macau continua a preservar tudo que os portugueses deixaram, os nomes das ruas, estátuas, monumentos, a cultura portuguesa e também muito de sua culinária.
Macau, faz parte do Património Mundial da Humanidade, uma cidade onde as culturas ocidentais e orientais se cruzam.






PORTUGAL SUA ORIGEM - SEU PRIMEIRO REI



D. Afonso I de Portugal, mais conhecido pelo seu nome de conde, Dom Afonso Henriques, (1109 (?) — 6 de Dezembro de 1185) foi o primeiro rei de Portugal, conquistando a independência portuguesa em relação ao Reino de Leão em 1143 no tratado de Zamora.


Em virtude das suas múltiplas conquistas, que ao longo de mais de quarenta anos mais que duplicaram o território que o seu pai lhe havia legado, foi cognominado O Conquistador; também é conhecido como O Fundador e O Grande. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).

Data e local de nascimento


Afonso Henriques era filho de Henrique de Borgonha, Conde de Portucale e da infanta Teresa de Leão. Há quem defenda que era filho de Egas Moniz. A data e local do seu nascimento não estão determinados de forma inequívoca. Hoje em dia, a data que reúne maior consenso aponta para o ano de 1109. Almeida Fernandes, autor da hipótese que indica Viseu como local de nascimento de D. Afonso Henriques refere a probabilidade de ter nascido em Agosto enquanto outros autores, baseando-se em documentos que remontam ao século XIII referem a data de 25 de Julho do mesmo ano. No entanto, já foram defendidas outras datas e locais para o nascimento do primeiro rei de Portugal, como o ano de 1106 ou de 1111 (hipótese avançada por Alexandre Herculano após a sua leitura da "Crónica dos Godos". Tradicionalmente, acredita-se que terá nascido e sido criado em Guimarães, onde viveu até 1128. Outros autores, ainda, referem Coimbra como local provável para o seu nascimento.





Subida ao trono


Em 1120, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga. Este, forçado a emigrar, levou consigo o infante que em 1122 se armou cavaleiro em Tui.

Restabelecida a paz, voltaram ao condado. Entretanto, novos incidentes provocaram a invasão do Condado Portucalense por Afonso VII de Leão e Castela que, em 1127, cercou Guimarães, onde se encontrava Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste pelo seu aio Egas Moniz, Afonso VII desistiu de conquistar a cidade.


Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de Teresa de Leão e Fernão Peres de Trava defrontaram-se com as de Afonso Henriques na batalha de São Mamede, tendo as tropas do infante saído vitoriosas – o que consagrou a sua autoridade no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder, concentrou os seus esforços em negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e obter o reconhecimento do Reino.


Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga, D. João Peculiar, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes.







Reinado


Reconhecimento do reino


O reconhecimento do Reino de Leo e de Castela chegou em 1143, com o tratado de Zamora, e deve-se ao desejo de Afonso VII de Leão e Castela em tomar o título de imperador de toda a Hispânia e, como tal, necessitar de reis como vassalos. Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos.


Procurou também conquistar terreno a sul, povoado então por mouros: Leiria em 1135 (1145, conquista final) usando a técnica de assalto; Santarém em 1146 (1147, conquista final), também utilizando a técnica de assalto; Lisboa (onde utilizou o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados), Almada e Palmela em 1147, Alcácer em 1160 e depois quase todo o Alentejo, que posteriormente seria recuperado pelos mouros, pouco antes de D. Afonso falecer (em 1185).


Em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como país independente e vassalo da Igreja, através da Bula Manifestis Probatum.


Conquistas


Cerco de Badajoz


De 1166 a 1168, D. Afonso Henriques apoderara-se de várias praças pertencentes à coroa leonesa. Fernando II de Leão estava a repovoar Ciudad Rodrigo e o português, suspeitando que o seu genro estava a fortificar a cidade para o atacar, enviou um exército comandado pelo seu filho, o infante D. Sancho, contra aquela praça. O rei leonês foi em auxílio da cidade ameaçada e derrotou as tropas portuguesas, fazendo um grande número de prisioneiros.


Em resposta, D. Afonso Henriques entrou pela Galiza, tomou Tui e vários outros castelos, e em 1169 atacou primeiro Cáceres. Depois voltou-se contra Badajoz na posse dos sarracenos, mas que pertenceria a Leão, conforme o acordado no tratado de Sahagún assinado entre aquele reino e Castela.


Não obstante, sem respeitar estas convenções nem os laços de parentesco que o uniam a Fernando, o rei português cercou Badajoz para a conquistar para Portugal. Quando os muçulmanos já estavam cercados na alcáçova, Fernando de Leão apresentou-se com as suas hostes e atacou D. Afonso nas ruas da cidade. Percebendo a impossibilidade de manter a luta, Afonso terá tentado fugir a cavalo, mas ao passar pelas portas ter-se-á ferido na coxa contra um dos ferros que a guarneciam. Fernando tratou o seu sogro prisioneiro com nobreza e generosidade, chamando os seus melhores médicos para o tratar.


Esta campanha teve como resultado um tratado de paz entre ambos os reinos, assinado em Pontevedra, em virtude do qual Afonso foi libertado, com a única condição de devolver a Fernando cidades extremenhas(da Extremadura espanhola) tais como Cáceres, Badajoz, Trujillo, Santa Cruz, Monfragüe e Montánchez, que havia conquistado a Leão. Estabeleciam-se assim as fronteiras de Portugal com Leão e a Galiza. E mais tarde, quando os muçulmanos sitiaram Santarém, o leonês auxiliou imediatamente o rei português.




TUMULO DO REI D. AFONSO HENRIQUES, NO MOSTEIRO EM COIMBRA

Morte e legado


Após o incidente de Badajoz, a carreira militar de D. Afonso Henriques praticamente terminou. A partir daí, dedicou-se à administração dos territórios com a co-regência do seu filho D. Sancho. Procurou fixar a população, promoveu o municipalismo e concedeu forais. Contou com a ajuda da ordem religiosa dos cistercienses para o desenvolvimento da economia, predominantemente agrária.


O legado do seu reinado foi, entre outros:


A fundação da nacionalidade, reconhecida pelo papado e pelos outros reinos da Europa;


A pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos mouros empurrando as fronteiras do Condado Portucalense para sul.


A fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131 O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra ao lado do túmulo do filho D. Sancho I.


==============================================================


Descendência


Realeza Portuguesa


Casa de Borgonha


Descendência


Afonso I


Filhos
Infante Henrique
Infanta Mafalda
Infanta Urraca, Rainha de Leão
Infante Sancho (futuro Sancho I)
Infanta Teresa, Condessa de Flandres e Duquesa de Borgonha

Sancho I
Filhos
Infanta Teresa, Rainha de Castela
Infanta Sancha, Senhora de Alenquer
Infanta Constança
Infante Afonso (futuro Afonso II)
Infante Pedro, Conde de Urgell
Infante Fernando, Conde da Flandres
Infanta Branca, Senhora de Guadalajara
Infanta Berengária, Rainha da Dinamarca
Infanta Mafalda, Rainha de Castela

Afonso II


Filhos
Infante Sancho (futuro Sancho II)
Infante Afonso, Conde de Bolonha (futuro Afonso III)
Infanta Leonor, Rainha da Dinamarca
Infante Fernando, Senhor de Serpa

Sancho II


Afonso III


Filhos
Infanta Branca, Viscondessa de Huelgas
Infante Dinis (futuro Dinis I)
Infante Afonso, Senhor de Portalegre
Infanta Maria
Infanta Sancha

Dinis I


Filhos
Infanta Constança, Rainha de Castela
Infante Afonso (futuro Afonso IV)

Afonso IV


Filhos
Infanta Maria, Rainha de Castela
Infante Pedro (futuro Pedro I)
Infanta Leonor, Rainha de Aragão

Pedro I


Filhos
Infanta Maria, Marquesa de Tortosa e Princesa de Aragão
Infante Fernando (futuro Fernando I)
Infanta Beatriz, Condessa de Alburquerque
Infante João, Duque de Valência de Campos
Infante Dinis, Senhor de Cifuentes
João, Grão Mestre da Ordem de Avis (futuro João I)

Fernando I


Filhos
Infanta Beatriz, Rainha de Castela e Leão

Beatriz I


Pela sua mulher, Mafalda de Sabóia ou Matilde de Sabóia (1125-1157), que desposou c. 1146:
D. Henrique (1147-?)


D. Mafalda de Portugal (1149-1160), teve o seu casamento programado com o rei de Afonso II de Aragão, o que não se efectivou pela morte da infanta


D. Urraca (1151-1188), casou com o rei Fernando II de Leão


D. Sancha de Portugal (1153-1159)


Sancho I de Portugal (1154-1212)


D. João de Portugal (1156)


D. Teresa (1157-1218), depois do casamento chamada Matilde ou Mafalda, casou com Filipe I, Conde da Flandres e depois com Eudes III, Duque da Borgonha


Filha de Elvira Gálter:


D. Urraca Afonso, senhora de Aveiro (c. 1130-?), casou com D. Pedro Afonso Viegas, Tenente de Neiva e de Trancoso.
Outros filhos naturais:


D. Fernando Afonso, também nomeado D. Afonso de Portugal, alferes-mor do Reino e 12º Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários (1135-1207)


D. Pedro Afonso (c. 1140-1189)


D. Teresa Afonso (c. 1135-?)



FONTE - Enciclopédia Livre.


==============================================================================



No ano de 1139, D. Afonso Henriques após a vitória na Batalha de Ourique, autoproclama-se Rei de Portugal, porém só no ano de 1179, o Papa Alexandre III, após o pagamento de uma Bula, e ficar vassalo da Santa Sé, é que Portugal foi reconhecido como país.

É bom que saibamos um pouco de história para ficar-mos a conhecer um pouco melhor as nossas origens.








sexta-feira, julho 24

COMENTADOR FUTEBOLISTICO NA TVB - HONG-KONG

No período de 31 de Maio a 29 de Junho de 1986, realizou-se no México o 13 Campeonato Mundial de Futebol, no qual participou Portugal, que havia 20 anos, desde 1966, que não participa num Campeonato do Mundo de Futebol, e por ter sido o 13 foi azarento para a equipa das Quinas e uma vergonha para o país!...




O articulista durante o periodo do Campeonato do mundo de Futel realizado no México, foi convidado para comentarista, como tal, um dia antes de Portugal entrar em campo, deslocava-se para os estudios da cadeia de televisão TVB, em Hong-Kong, a fim de que, com um loucutor profissional e perito no futebol, conjuntamente com alguns jogadores de futebol da selecção de Hong-Kong, ia fazendo os devidos comentários.


Os espectadores sabiam quen o articulista era português, e por isso motivo passou uma vergonha enorme, mas enfim, acontece quase sempre quando equipas portuguesas participam em eventos desportivos de topo de gama, existem algumas excepções como é natural, mas aquele perído foi difícil de digerir!...

O digno vencedor deste 13 Campeonato de Futebol, se todos estão recordados, foi a Argentina.



Eliminatórias


Na fase eliminatória, Portugal ficou no grupo da Suécia, Alemanha, Checoslováquia e Malta. Portugal consegue o apuramento para a fase final através da vitória sobre a Alemanha em Esturgarda a 16 de Outubro de 1985, por 1-0, golo marcado por Carlos Manuel.


12 de Setembro, 1984, Suécia - Portugal 0 - 1


14 de Outubro, 1984, Portugal - Checoslováquia 2 - 1


14 de Novembro, 1984, Portugal - Suécia 1 - 3


10 de Fevereiro, 1985, Malta - Portugal 1 - 3


24 de Fevereiro, 1985, Portugal - Alemanha 1 - 2


25 de Setembro, 1985, Checoslováquia - Portugal 1 - 0


12 de Outubro, 1985, Portugal - Malta 3 - 2


16 de Outubro, 1985, Alemanha - Portugal 0 – 1


Fase Final


Foi num estado de espírito de revolta, por causa da guerra de interesses entre jogadores e federação – que ficou conhecido como o “Caso Saltillo” –, que Portugal iniciou o campeonato no México em 1986. A estréia correu bem, com uma vitória sobre a credenciada Inglaterra, comandada por Bobby Robson.


Houve festa por todos os lados. Até no hotel da Selecção portuguesa, com a presença dos jogadores ingleses.


Entre a vitória sobre a Inglaterra e o jogo com a Polônia, Portugal sofreu um revés, quando, numa sessão de treino, o veteraníssimo guarda-redes Manuel Galrinho Bento fracturou o perónio e teve que ser substituído por Vítor Damas.


Um golo de Wlodzimierz Smolarek ditou o desfecho, mas, ainda assim, Portugal só dependia de si no ùltimo jogo com Marrocos para chegar às oitavas-de-final.


Os “Leões do Atlas” chegaram rapidamente a um 2-0 na primeira meira hora do jogo e ganharam no final por 3-1. Para Portugal, acabou o segundo apuramento para uma fase final do campeonato do mundo no último lugar do grupo. Tanta guerra, tanto carnaval (”guerra” entre futebolistas e federação) para tudo se acabar na primeira quarta-feira.


O lesionado Bento foi sucinto, mas lacônico na análise à presença da equipa nacional no México: “Ganhamos o primeiro jogo, precisávamos de apenas mais 1 ponto e não conseguimos... Sem comentários!”




Campanha: 3 jogos, 1 vitória, 2 derrotas, 2 golos a favor e 4 golos contra.


Jogos: Portugal 1 X 0 Inglaterra, Polónia 1 X 0 Portugal, Portugal 1 X 3 Marrocos.


Caso Saltillo


No México, Portugal ficou no grupo da Inglaterra, Polónia e Marrocos; à partida era um grupo acessível. A equipa portuguesa instalou-se em Saltillo. A 3 de Junho de 1986, em Monterrey, Portugal estreiou bem, vencendo a Inglaterra por 1 a 0, gol de Carlos Manuel.


Portugal alinhou com: Bento; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino (aos 83' José António), Jaime Pacheco, André, Sousa; Carlos Manuel e Gomes (aos 73': Futre).


Inglaterra com: Shilton; Gary M. Stevens, Fenwick, Butcher, Sansom; Glenn Hoddle, Bryan Robson(aos 60': Hodge), Wilkins, Chris Waddle (aos 80' Peter Beardsley): Hateley e Lineker.


Mas algo estava mal entre a delegação portuguesa. Os jogadores e a federação não chegavam a acordo sobre prémios de jogo. Havia problemas de indisciplina e entre o primeiro e o segundo jogo, os jogadores fizeram greve aos treinos. Além disso, o guarda-redes português, Bento, partiu uma perna na véspera do segundo jogo, tendo sido substituído por Vítor Damas. A 7 de Junho, também em Monterrey, Portugal defrontou a Polónia e perdeu por 0 a 1, com gol de Smolarek.


Portugal alinhou com Vitor Damas; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino, Jaime Pacheco, André (aos 73': Jaime Magalhães), Sousa; Carlos Manuel, Gomes (aos 46': Futre).


Polónia com: Młynarczyk; Pawlak, Wójcicki, Majewski, Ostrowski; Matysik, Komornicki (aos 57' Karaś), Boniek; Smolarek (aos 75' Zgutczyński), Dziekanowski, Urban.


A 11 de Junho, em Guadalajara, Marrocos, que antes havia surpreendentemente empatado com Polónia e Inglaterra, ganhou 3 a 1 (Khairi (2) e Krimau; Diamantino).


Portugal alinhou com: Damas; Álvaro (aos 55' Rui Aguas), Frederico, Oliveira, Inácio; Pacheco, Magalhães, Sousa (aos 69' Diamantino), Carlos Manuel; Gomes, Futre.


Marrocos com Zaki; Khalifi, El Biaz, Bouyahyaoui, Lemriss (aos 69' Amanallah); Dolmy, El Haddaoui (aos 71' Souleymani), Timoumi, Khairi; Bouderbala, Krimau

Portugal ficou em último lugar e foi eliminado.


A greve de Saltillo deixou marcas profundas; a quase totalidade dos jogadores que foram ao campeonato do Mundo, recusaram voltar a jogar pela selecção durante dois anos, e Portugal viu-se obrigado e jogar com uma equipa de reservistas.