o mar do poeta

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domingo, maio 10

MACAU E SEUS CASINOS


A CIDADE DOS SONHOS A SER INAUGURADA DIA 1 DE JUNHO DE 2009 - ZONA COTAI - TAIPA

O IMPOTENTE E LUXUOSO GRAND HOTEL LISBOA

HOTEL CASINO GALAXY - MACAU


BABYLON CASINO QUE FICA INTEGRADO NO COMPLEXO TURÍSTICO DA FISHERMAN'S WHARF - MACAU


CASINO GALAXY RIO - NO HOTEL RIO - MACAU






GOLDEN DRAGON CASINO HOTEL - MACAU




EMPEROR PALACE CASINO HOTEL - MACAU






DIAMOND CASINO SITO NO HOTEL HOLIDAY INN - MACAU







CASINO CRYSTAL PALACE INSERIDO NO HOTEL CASINO LISBOA - MACAU









HOTEL CASINO CASA REAL - MACAU




HOTEL CASINO LISBOA






CASINO JAI ALAI - MACAU







KINGSWAY HOTEL E CASINO - MACAU




CASINO FLUTUANTE MACAU PALACE - MACAU






HOTEL MANDARIN ORIENTAL E CASINO - MACAU





MGM GRAND MACAU - CASINO - MACAU






PHARAOH'S PALACE CASINO - SITO NO HOTEL LANDMARK - MACAU




PONTE 16 - HOTEL CASINO - MACAU




HOTEL E CASINO PRESIDENT - MACAU


CASINO THE SANDS MACAU - MACAU




CASINO WYNN MACAU - MACAU



NA ILHA DA TAIPA





O ENORME E LUXUOSO CASINO HOTEL VINETIAN - TAIPA - ZONA DE COTAI






HOTEL NEW CENTURY ONDE SE ENCONTRA INSTALADO O CASINO GREEK MYTHOLOGY - TAIPA







HOTEL CASINO MARINA - TAIPA






HOTEL CASINO TAIPA - TAIPA





HOTEL CASINO ALTIRA, O SEU PRIMITIVO NOME ERA CROWN - TAIPA






UM PEQUENO SUMÁRIO DA HISTÓRIA DO JOGO EM MACAU


1850 : o GOVERNO PORTUGUÊS, autoriza as casas de jogo em Macau.


1867: As casas de jogo Fan Tan começaram a operacional em Maio
1937: O Governo de Macau monopoliza as operações do jogo.

1961-62 : A Companhia Tai Heng vende o seu monopólio do jogo à Companhia STDM.

1970: Inauguração do Hotel Casino Lisboa

1999 : A 20 de Dezembro de 1999 A República Popular da China retoma Macau

2002: O Governo de Macau dá por fim ao monopólio do jogo, passando licenças a três concessonárias, sendo: STDM, Galaxy e Wynn Resort & SJM.

2002: A companhia STDM transfere os seus 11 casinos para SJM

2003: A Sands Corp (Las Vegas) anuncia os planos para o desenvolvimento da Zona de Cotai, na ilha da Taipa, com outras companhias.

2003: Abre o Pharaoh's Palace no Hotel Landmark
2004: 18th May. A Sands Macau inaugura o seu casino. Uma nova era na industria do jogo em Macau irá ter início.

2004: A 24 de Junho a Wynn Macau começa as obras de construção do casino.
2005: Inícia as suas actividadea a Fisherman's Wharf

2006 - 2009 : Continuam as obras na zona do Cotai e novos empreendimentos irão surgir.

2009 - Dia 1 de Junho será inaugurada a Cidade dos Sonhos City Dreams na zona do Cotai














DIA 10 DE MAIO

FLOR DE MAIO ou FLOR DE SEDA


10 DE MAIO


Ano: 2009


Década: 2000


Século: XXI


Milênio: III



DESDE O ANO DE 1907 QUE ESTE DIA É FESTEJADO, EM QUASE TODOS OS PAÍSES DO MUNDO, COMO SENDO O DIA DA MÃE



10 de Maio (português europeu) ou 10 de maio (português brasileiro) é o 130º dia do ano no calendário gregoriano



(131º em anos bissextos). Faltam 235 para acabar o ano.

Eventos históricos


535 - É eleito o Papa Agapito I.


1291 - Nobres escoceses reconhecem a autoridade de Eduardo I de Inglaterra no seu país.

1774 - Luís XVI torna-se rei de França.


1789 - Tiradentes é preso no Rio de Janeiro, sob acusação de participar da Inconfidência Mineira


1808 - Criação da Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil.


1857- Revolta dos Sipais, na Índia.


1869 - A Primeira Ferrovia Transcontinental, ligando o leste ao oeste dos Estados Unidos, é concluída com a cerimônia do "Golden Spike".


1871 - Firmado o Tratado de Frankfurt entre a França e a Alemanha, ao término da guerra Franco-prussiana.


1933 - Início da Bücherverbrennung (queima de livros) pelos nazis em Munique e outras cidades da Alemanha .


1940 - Segunda Guerra Mundial: começa a Guerra-Relâmpago (blitzkrieg) contra os Países Baixos, a Bélgica e o Luxemburgo com uma ofensiva generalizada do exército alemão na frente ocidental.


1973 - Fundação da Frente Polisário no Saara Ocidental.


1981 - François Mitterrand é eleito presidente da República Francesa.


1999 - A Rede Manchete sai do ar definitivamente.


2007 - O Papa Bento XVI em sua visita ao Brasil, encontra-se com os jovens, no estádio do Pacaembu.


2008 - O Complexo Viário Real Parque é inaugurado na cidade de São Paulo.

sábado, maio 9

9 DE MAIO - DIA DA EUROPA

O ACTUAL PRESIDENTE DA UNIÃO EUROPEIA - O PORTUGUÊS DR. JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO
O euro (€) é a moeda oficial de 16 dos 27 países da União Europeia. O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de Janeiro de 1999.

O código do euro, de acordo com a norma ISO 4217, é "EUR".Um euro divide-se em 100 cêntimos, existindo notas de 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 euros e moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos e de 1 e 2 euros.

Cada moeda em circulação tem uma face comum e uma face que depende do país para que foi cunhada.
A Zona Euro é composta pelos seguintes países da União Europeia, que adoptaram a moeda comum: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portual, prevendo-se que com a expansão da União Europeia alguns dos aderentes mais recentes possam nos próximos anos partilhar também o euro como moeda oficial.

O governo dinamarquês anunciou no seu programa de 22 de Novembro de 2007 a sua intenção de organizar um referendo sobre a entrada do país na Zona Euro.

Alguns pequenos não praticavam políticas de moeda própria usam também o euro: Andorra, Mónaco, São Marino e Vaticano. O Montenegro também utiliza o euro como sua moeda oficial. Também no Kosovo, o euro passou a circular mesmo antes da sua declaração de independência.

Outros países tinham a sua moeda fixada a uma antiga moeda europeia. Este era o caso do escudo cabo-verdiano, que estava ligado ao escudo português, e do franco CFA, que era indexado ao franco francês, em circulação em diversos países africanos, e o Franco CFP, dos territórios franceses no Pacífico.

O banco que controla as emissões do euro e executa a política cambial da União Europeia é o Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt am Main, na Alemanha.





Em 9 de Maio de 1950, Robert Schuman apresentou uma proposta de criação de uma Europa organizada, requisito indispensável para a manutenção de relações pacíficas.Esta proposta, conhecida como "Declaração Schuman", é considerada o começo da criação do que é hoje a União Europeia.Actualmente o dia 9 de Maio tornou-se um símbolo europeu (Dia da Europa) que, juntamente com a bandeira, o hino, a divisa e a moeda única (o euro), identifica a identidade política da União Europeia. O Dia da Europa constitui uma oportunidade para desenvolver actividades e festejos que aproximam a Europa dos seus cidadãos e os povos da União entre si.




Declaração Schuman de 9 de Maio de 1950


Este é o texto integral da proposição, apresentada por Robert Schuman, Ministro Françês dos Negócios Estrangeiros, e que levou à criação da União Europeia :A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores à medida dos perigos que a ameaçam.A contribuição que uma Europa organizada e viva pode dar à civilização é indispensável para a mauntenção de relações pacificas. A França, ao assumir -se desde há mais de 20 anos como defensora de uma Europa unida, teve sempre por objectivo essencial servir a paz. A Europa não foi construida, tivemos a guerra.

A Europa não se fará de um golpe, nem numa construção de conjunto: far-se-à por meio de realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto. A união das nações europeias exige que seja eliminada a secular oposição entre a França e a Alemanha.Com esse objectivo, o Governo francês propõe actuar imediatamente num plano limitado mas decisivo.O Governo francês propõe subordinar o cunjunto da produção franco-alemã de carvaõ e de aço a uma Alta Autoridade, numa organização aberta à participação dos outros paises da Europa.

A comunitarização das produções de carvão e de aço assegura imediatamente o estabelecimento de bases comuns de desenvolvimento económico, primeira etapa da federação europeia, e mudará o destino das regiões durante muito tempo condenadas ao fabrico de armas de guerra, das quais constituiram as mais constantes vítimas.A solidariedade de produção assim alcançada revelará que qualquer guerra entre a França e a Alemanha se tornará não apenas impensável como também materialmente impossivel.

O estabelecimento desta poderosa unidade de produção aberta a todos os paises que nela queiram participar, que permitirá o fornecimento a todos os países que a compõem dos elementos fundamentais da produção industrial em idênticas condições, lançará os fundamentos reais da sua unificação económica.Esta produção será oferecida a todos os países do mundo sem distinção nem exclusão, a fim de participar na melhoria do nível de vida e no desenvolvimento das obras de paz.

Com meios acrescidos, a Europa poderá prosseguir a realização de uma das suas funções essenciais: o desenvolvimento do continente africano. Assim se realizará, simples e rapidamente, a fusão de interesses indispensável à criação de uma comunidade económica e introduzirá o fermento de uma comunidade mais vasta e mais profunda entre países durante muito tempo opostos por divisões sangrentas.

Esta proposta, por intermédio da comunitarização de produções de base e da instituição de uma nova Alta Autoridade cujas decisoões vincularão a França, a Alemanha e os países aderentes, realizará as primeiras bases concretas de uma federação europeia indispensável à preservação da paz.O Governo francês, a fim de prosseguir a realização dos objectivos assim definidos, está disposto a iniciar negociações nas seguintes bases.

A missão atribuida à Alta Autoridade comum consistirá em, nos mais breves prazos, assegurar: a modernização da produção e a mehoria da sua qualidade; o fornecimento nos mercados francês, alemão e nos países aderentes de carvão e de aço em condições idênticas; o desenvolvimento da exportação comum para outros países; a harmonização no progresso das condições de vida da mão-de-obra dessas indústrias.Para atingir estes objectivos a partir das condições muito diversas em que se encontram actualmente as produções dos paísesaderentes, deverão ser postas em prática, a titulo provisório, determinadas disposições, incluindo a aplicação de um plano de produção e de investimentos, a instituição de mecanismos de perequação dos preços e a criação de um fundo de reconversão destinado a facilitar a racionalização da produção. A circulação do carvão e do aço entre países aderentes será iiimediatamente isenta de qualqer direito aduaneiro e não poderá ser afectada por tarifas de transportes distintas.

Criar-se-õ progressivamente as condições para assegurar espontaneamente a repartição mais racional da produção ao nivel de produtividade mais elevada.Ao contrário de um cartel internacional que tende a repartir e a explorar os mercados nacionais com base em práticas restritivas e na manutenção de elevados lucros, a organização projectada assegurará a fusão dos mercados e a expansão da produção.Os principios e os compromissos essenciais acima definidos serão objecto de um tratado assinado entre os estados.

As negociações indispensáveis a fim de precisar as medidas de aplicação serão realizadas com a assistência de um mediador designado por comum acordo; este terá a missão de velar para que os acordos sejam conformes com os principios e, em caso de oposição irredutivel, fixará a solução a adoptar.

A Alta Autoridade comum, responsável pelo funcionamento de todo o regime, será composta por personalidades independentes e designada numa base paritária pelos governos; será escolhido um presidente por comum acordo entre os governos; as suas deciões serão de execução obrigatoria em França, na Alemanha e nos restantes países aderentes. As necessárias vias de recurso contra as decisões da Alta Autoridade serão asseguradas por disposições adequadas.

Será eleborado semestralmente por um representante das Nações Unidas junto da referida Alta Autoridade um relatório público destinado à ONU e dando conta do funcionamento do novo organismo, nomeadamente no que diz respeito à salvaguarda dos seus fins pacíficos.
A instituição de Alta Autoridade em nada prejudica o regime de propriedade das empresas. No exercicio da sua função, a Alta Autoridade comum terá em conta os poderes conferidos à autoridade internacional da região do Rur e as obrigações de qualquer natureza impostas à Alemanha, enquanto estas subsistirem.

sexta-feira, maio 8

CENTRAL SAMUI VILLAGE

Já me estou a ver de novo de papo para o par, disfrutando da paraísica praia, desta vez, em Koh Samui

Como por veze a sorte me bate à porta, fui comtemplado pelo Jornal Bangkok Post, com uma estadia de uma semana no Central Samui Village, por ter ganho o terceiro prémio do concurso Amazing Thailand, no minha próxima ida ao Reino, lá irei passar uns dias em beleza.

Este o Resort ou a Village Central Samui



Aqui poderei dar os meus habituais mergulhos sem necessidade de ser homem rã!...





Longe das florestas de cimento, mas bem junto à natureza será neste tipo de quarto onde passarei as noites, se não houver algo de melhor!...






Um local bem ecológico e natural







Bem!... a água para mim serve de qualquer maneira, até em garrafa, mas nesta bela piscina, não bebederei de sua água mas me disfrutarei com umas belas banhocas!...
INVEJA? TODOS PODERÃO USUFERIR DO MESMO, BASTA A ABRIR O CORDÃO À BOLSA, NO MEU CASO PRESENTE É O BANGKOK POST QUE O FARÁ!... FELIZARDO
















FAI CHI KEI - LAMAU - ONTEM E HOJE


No ano de 1967, o abastecimento de água no Bairro do Fai Chi Kei era processado desta forma.





A ACTUAL DOCA DE ABRIGO, PODENDO-SE VER AO LONGE A ILHA VERDE
NA DOCA DE ABRIGO DUAS SAMPANAS FUNDEADAS, PODENDO-SE VER AS BARRACAS DA DOCA DO LAMAU






AS PALAFITAS DA DOCA DO LAMAU E MUITAS MAIS EXISTIAM NO BAIRRO DO FAI CHI KEI





A DOCA DE ABRIGO DO FAI CHI KEI ACTUALMENTE, PODENDO-SE VER OS PRÉDIOS EM SEU REDOR CONSTRUÍDOS.






UMA VISTA PARCIAL DO ANTIGO BAIRRO DO FAI CHI KEI, PODENDO-SE VER ALGUMAS PARAFITAS.







A ACTUAL E MAIS PEQUENA DOCA DE ABRIGO DO FAI CHI KEI COM TODO UM ENORME CASARIO E NOVOS BAIRROS A ENVOLVERAM-NA.
Quando fui promovido a Chefe da Polícia Marítima e Fiscal, no ano de 1983, fui destacado para desenpenhar as funções do Chefe de Sector 3, que abrangia todo o Lamau, Fai Chi Kei e Ilha Verde.
Estas três áreas eram as mais pobres de Macau, no Lamau existiam os estaleiros chineses para a construção de juncos de pescas, tudo em seu redor era constituído por parafitas, no Bairro de Fai Chi Kei, havia somente dois prédios do Estado, o resto, junto ao mar era constituídos por barracas, na sua grande maioria construída ilegalmente.
Vários incêndios ali se deram tendo causados alguns mortos, mais tarde o Governo estudou um plano de irradicar as barracas e nos dias de hoje, naquelas zonas não mais existem barracas.































quinta-feira, maio 7

A HISTÓRIA DE MACAU


A História (Humana) de Macau tem pelo menos 6000 anos. Ela é muito rica e diversificada porque Macau, desde da chegada dos portugueses no século XVI, foi sempre uma importante porta de acesso para a entrada da civilização ocidental na China, contactando com a civilização chinesa, e vice-versa. Este pequeno pedaço de terra proporcionou uma importante plataforma para a simbiose e o intercâmbio de culturas ocidentais e orientais. Esta intensa simbiose e intercâmbio moldaram uma identidade única e própria para Macau.


Macau foi já povoada por pescadores e camponeses chineses quando os portugueses estabeleceram-se em 1557 nesta localidade. Eles, ocupando gradualmente Macau, rapidamente trouxeram prosperidade a este pequeno pedaço de terra que se localiza junto à foz do Rio das Pérolas, tornando-a numa grande cidade comercial. Macau é considerado o primeiro entreposto europeu em solo chinês e tinha um grande valor, principalmente ao nível comercial e estratégico, para os portugueses porque era um importante intermediário no comércio entre a China, a Europa e o Japão.


Mesmo atacado várias vezes por outras potências europeias, nomeadamente pelos holandeses, esta cidade atingiu o seu auge durante os finais do século XVI e os inícios do século XVII. Mas, durante o século XIX, Macau começou a entrar rapidamente em declínio por causa do estabelecimento de Hong-Kong pelos ingleses. Esta nova colónia britânica cedo tornou-se no porto ocidental mais importante da China. Mesmo assim, Macau, em 1865, construiu o primeiro farol do mar do Sul da China, o Farol da Guia. Só em 1887 é que a China reconheceu oficialmente a soberania e a ocupação perpétua portuguesa sobre Macau, através do Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português.


Em 1901, o Governo de Macau, querendo criar a sua própria moeda oficial, autorizou, o Banco Nacional Ultramarino (BNU) a emitir notas com a denominação de patacas. As primeiras notas impressas começaram a entrar em circulação em 1906 e 1907. A partir de 1995, o Banco da China passou também a ser responsável pela emissão de notas.


Esta colónia portuguesa não foi invadida pelas tropas japonesas, evitando assim os grandes horrores da Segunda Guerra Mundial. Após a implantação da República Popular da China (1949), esta cidade experimentou alguns incidentes e motins provocados pelos chineses residentes pró-comunistas que queriam reunir Macau à China. Estes incidentes, principalmente o Motim 1-2-3 levantado pelos residentes chineses pró-comunistas de Macau no dia 3 de Dezembro de 1966, forçou Portugal a renunciar a sua ocupação perpétua sobre Macau. Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a República Popular da China e através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau, os dois países concordaram que Macau iria passar de novo à soberania chinesa no dia 20 de Dezembro de 1999, tornando-se numa Região Administrativa Especial.


Macau, além de ser o primeiro entreposto europeu na China, foi também a última colónia europeia na China.


ATÉ AO SÉCULO XVI


Porta principal do famoso Templo de A-Má


Através de estudos arqueológicos, descobriu-se muitos artefactos que apontam que os chineses já se estabeleceram em Macau há 4000 a 6000 anos atrás e em Coloane há 5000 anos atrás.


Segundo certos registos históricos, pelo menos a partir do século V, navios mercantes chineses de Cantão que comerciavam com povos do Sudeste Asiático paravam muitas vezes em Macau ou perto dele para se abastecerem de água e de comida.


Em 1277, cerca de 50000 apoiantes e alguns membros da Dinastia Song, fugindo dos invasores mongóis, chegaram a Macau e construíram várias povoações, sendo a maior e a mais importante delas localizada na região de Mong-Há (que se localiza no Norte de Macau). Pensa-se que o templo mais antigo de Macau, o Templo de Kun Iam (Deusa da Misericórdia), localizava-se precisamente em Mong-Há.


Durante a Dinastia Ming, muitos pescadores oriundos de Cantão e de Fujian estabeleceram-se em Macau e foram eles que construíram o famoso Templo de A-Má.

SÉC.XVI ATÉ 20 DE DEZEMBRO DE 1999

PRIMEIRO BRASÃO DE MACAU


Séc. XVI até 20 de Dezembro de 1999


Brasão de Armas de Macau durante a administração portuguesa.


Este período tetrassecular corresponde ao estabelecimento e estadia dos portugueses em Macau. Eles administraram, de diferentes modos ao longo dos séculos, na maioria dos tempos em dependência da China, este pequeno pedaço de terra, encravado em territórios chineses, desde do seu estabelecimento (1557) até ao dia 20 de Dezembro de 1999, quando Macau foi entregue para a República Popular da China.
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O Brasão de armas da Região Administrativa Especial de Macau foi oficializado em 20 de Dezembro de 1999, quando a soberania de Macau foi transferida de Portugal para a República Popular da China. O emblema é agora oficialmente referido como o "Emblema Regional" de Macau.

O emblema regional apresenta o mesmo design de outros elementos regionais como a Bandeira da RAEM, mas numa configuração circular. O anel externo branco é mostrado com a legenda do nome oficial do território em caracteres chineses tradicionais (por oposição à forma simplificada): "中华人民共和国澳门特别行政区" (em português: Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China) e em português na forma abreviada, "Macau".

A CHEGADA DOS PORTUGESES À CHINA




O primeiro português a chegar e visitar o Sudeste da China foi Jorge Álvares, em 1513, durante a Era dos Descobrimentos iniciada pelo Infante D. Henrique (O Navegador). Ele levantou um padrão com as armas de Portugal no porto de Tamau, localizado numa ilha vizinha de Sanchuão (ou Sanchoão), na foz do Rio das Pérolas, perto de Macau. A esta visita seguiu-se o estabelecimento ilegal e provisório na área de inúmeros comerciantes portugueses, construindo edifícios de apoio em madeira que depois iriam ser destruídos quando os comerciantes, acabados de fazer os seus negócios, partirem. Os portugueses ainda não eram autorizados de permanecer, obtendo somente o estatuto de visitante.



Em 1517, Fernão Peres de Andrade, o chefe de uma expedição portuguesa com destino à China, conseguiu negociar com as autoridades chinesas de Cantão a entrada do embaixador português Tomé Pires a Pequim e o estabelecimento de uma feitoria em Tamau. Mas, devido às atitudes bárbaras de Simão de Andrade (ele construiu uma fortaleza em Tamau e começou a atacar os barcos chineses), Tomé Pires foi preso e morto pelas autoridades chinesas de Pequim e o Imperador chinês proibiu o comércio com os portugueses. Apesar desta ordem imperial, os comerciantes portugueses continuaram a sua actividade lucrativa e os mandarins da zona, subornados com dádivas, permitiu, ilegalmente, aos portugueses instalarem-se na ilha de Sanchuão para continuarem o seu negócio.



Em 1542, os portugueses, que já frequentavam as costas orientais da China, estabeleceram-se em Liam Pó. Mas, em 1545, por imprudência dum dos moradores, esta comunidade, que na altura tinha cerca de 3 mil habitantes, foi arrasada por 60 mil chineses em apenas 5 horas. Os portugueses, derrotados, tentaram estabelecerem-se em Chin-Cheu, mas foram expulsos novamente em 1549.



Eles voltaram a Tamau e às ilhas de Sanchuão e de Lampacau para operarem as suas lucrativas transacções comerciais. Eles inclusivamente começaram a travar relações comerciais com os chineses do porto de Hou-Quiang (Macau).

ORIGEM DO ESTABELECIMENTO EM MACAU


Macau, mesmo naquela altura já habitada por algumas povoações de chineses (na sua maioria pescadores), só floresceu com a chegada dos portugueses.

Os portugueses desembarcaram em Macau entre 1553 e 1554, sob o pretexto de secar a sua carga. As autoridades chinesas, em 1557, autorizaram finalmente os portugueses de estabelecerem-se permanentemente em Macau e concedeu também um considerável grau de auto-governação para eles. Vários historiadores, como por exemplo o famoso mercador e historiador sueco Anders Ljungstedt (1759 - 1835), defendem que os portugueses estabeleceram-se em Macau sem o conhecimento e a autorização do Imperador mas por meio do consentimento, da concessão e obviamente de subornos às autoridades locais e regionais e aos seus funcionários, os mandarins, de Cantão e da região próxima de Macau.

Mas, segundo uma outra versão (embora com pouco fundamento histórico) sobre a origem do estabelecimento comercial português de Macau, esta autorização foi uma recompensa dada aos portugueses por estes terem contribuído de modo fulcral para a derrota dos piratas chineses liderados pelo célebre Chang-Si-Lau. Estes bandidos violentos e selvagens pilharam, incendiaram e arruinaram vastas áreas da região de Cantão e espalharam terror não só nos campos mas também nas cidades. Eles operavam principalmente na região do Delta do Rio das Pérolas.

Independentemente das muitas versões sobre a sua origem, o certo é que nasceu o primeiro verdadeiro entreposto comercial europeu (depois cultural e religioso) entre o Ocidente e o Oriente no Sul da Península de Macau. O nome de Macau parece ter origem num dos primeiros locais acessados pelos portugueses, a Baía de A-Má (em cantonês, "A-Ma Gao"), nome esse que se deve à existência nessa baía de um templo em homenagem à deusa A-Má. A-Ma Gao se tornaria, Amacao, Macao e, por fim, Macau. Durante mais de 400 anos de história, Macau foi orgulhosamente o baluarte da presença e cultura portuguesa no longínquo Oriente.

OS PRIMEIROS TEMPOS DO ESTABELECIMENTO







Nesses tempos antigos, o estabelecimento comercial português de Macau era somente uma pequena povoação com alguns quarteirões, igrejas e residências, unidas por um pequeno número de ruas. A maioria da população sobrevivia à custa do comércio, e por isso muitos deles abandonavam Macau durante meses e até algumas vezes durante anos, para realizar as suas lucrativas trocas comerciais.




Naquela altura, tinha uma organização político-administrativa vagamente definida, visto que a Coroa portuguesa ainda não efectuou nenhum devido planeamento para Macau. Por isso, naquela altura, o Capitão-Mor das Viagens da China e do Japão era o responsável pelos assuntos dos portugueses, durante a sua estadia em Macau. Ele, como a única autoridade existente, procurava manter a ordem entre a gente portuguesa turbulenta e indisciplinada.



Mas, com o tempo, foram surgindo assuntos cuja resolução não podia aguardar o regresso do Capitão-Mor das suas viagens ao Japão, por isso formou-se uma espécie de triunvirato, que passou a dirigir a administração do estabelecimento. Era composto por três representantes dos moradores, chamados homens-bons, escolhidos por votação. Em 1562, um dos eleitos passou a ser, por escolha, Capitão de Terra. Estes 3 representantes, mesmo assim, continuaram a estar dependentes do Capitão-Mor. Especificamente, a função destes 3 representantes era regular todas as questões de ordem pública e política. Além do triunvirato, existia também um juiz e 4 comerciantes eleitos pelo povo que participavam na administração. Estes elementos juntos formavam uma espécie de Junta oligárquica de comerciantes.



Mas, mesmo que os portugueses foram autorizados de permanecer em Macau, as autoridades chinesas defendiam que Macau era uma parte integrante do Império Celestial Chinês, por isso os portugueses foram obrigados de pagar aluguer anual (cerca de 500 taéis de prata) e certos impostos aos chineses, desde o ano de 1573. O Vice-Rei de Cantão, a autoridade chinesa máxima da região, ordenou que alguns mandarins das vizinhanças de Macau vigiassem e supervisionassem aquele estabelecimento comercial português, nomeadamente no que diz respeito à recolha da renda e dos impostos lançados pelas autoridades de Cantão sobre todos os produtos chineses e sobre todos os produtos exportados pelos portugueses. Estes funcionários chineses exerciam uma grande influência na administração de Macau e exerciam também controlo e jurisdição última sobre todos os chineses residentes em Macau.




Muitos deles habitavam no Norte da Península.
Em 1573 ou em 1574, as autoridades chinesas mandaram construir uma barreira na fronteira-norte da Península, num sítio muitíssimo próximo onde hoje se encontra o actual "Posto Fronteiriço das Portas do Cerco", para impedir a expansão dos portugueses pela ilha de Xiangshan (modernamente Zhongshan), para fiscalizar melhor a cobrança das taxas de mercadorias que entravam ou saiam da cidade e para controlar o abastecimento de Macau.


Mesmo com o levantamento de várias dificuldades e obstáculos à liberdade dos moradores de Macau pelas autoridades chinesas, Macau continuou a prosperar-se e a desenvolver-se.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - MACAU

Segunda Guerra Mundial



A população de Macau aumentou para o dobro na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) devido à afluência de pessoas que fugiram à ocupação japonesa do sudeste asiático. A principal proveniência dos refugiados era das cidades vizinhas, Guangzhou (Cantão) e Hong Kong. O Japão respeitou a neutralidade de Portugal, cujas posições geográficas estratégicas dos Açores e do continente enquanto extremo ocidental da Europa e respectivo acesso ao continente americano terão motivado esta decisão do Eixo.

Mesmo que os japoneses não tivessem intenção de ocupar Macau, eles não tardaram em estabelecer um poderoso consulado na Cidade. Este consulado, além das suas funções diplomáticas, servia também de centro de espionagem e de detenção de figuras chinesas antiocupação japonesa (muitas destas figuras fugiram da China para Macau).
O consulado japonês exerceu também grande infuência no Governo Português de Macau. Ainda assim, existia uma forte tensão entre o Governo de Macau e o Exército Japonês. Os portugueses sempre temiam o assalto das tropas japonesas a Macau porque a Guarnição Militar não tinha capacidade de defender esta pequena colónia portuguesa.

Apesar da neutralidade de Macau, o porto de hidroaviões existente na altura foi bombardeado, tendo sido alegado erro acidental, e as ilhas de Lapa, Dom João e Montanha foram ocupadas pelo Exército Japonês. Para além disto, as principais consequências da Segunda Guerra Mundial em Macau foram apenas as ligadas à sobrepopulação e à falta de bens de importação, dos quais os alimentos eram os mais prementes, o que causou milhares de mortes. Após a Segunda Grande Guerra, a população de Macau começou a diminuir devido ao regresso de muitos refugiados chineses para as suas respectivas terras natais.

INCIDENTES NAS PORTAS DO CERCO EM 1952


Incidente das Portas do Cerco


Em 1952, teve lugar o Incidente das Portas do Cerco. Foi uma série de pequenos conflitos militares entre as forças armadas portuguesas e chinesas nas fronteiras entre Macau e a China Continental. Aliás, naquela altura, as fronteiras entre estas duas localidades não eram ainda bem definidas, gerando confusões e disputas.

Tudo começou quando Portugal, um aliado dos EUA, pressionou o Governo de Macau a controlar a circulação de mercadorias, principalmente bens considerados estratégicos (como combustíveis), para a China continental, que sofria um embargo imposto pelas potências ocidentais e pela ONU. As autoridades chinesas, descontentes do controlo imposto por Macau, começaram a ameaçar as autoridades portuguesas da Cidade, pondo em acção o seu poderoso mecanismo de propaganda política e mobilizando forças militares para reforçar o controlo das fronteiras.

Isto tornou as relações entre Macau e a República Popular da China (RPC) muito tensas e os militares de ambos os lados começaram a confrontar-se, abrindo fogo e tornando as fronteiras muito perigosas e um autêntico campo de batalha. Esta situação confusa, reinada de "incidentes" (pequenos conflitos armados) e de ameaças, arrastou durante meses, tendo sido intensificado nos meses de Maio, Junho e principalmente em Julho, quando as autoridades chinesas impuseram unilateralmente um bloqueio às trocas comerciais e às comunicações terrestres, fluviais e marítimas. Este bloqueio causou uma grande falta de bens básicos, principalmente alimentares, em Macau.

Este confronto foi finalmente resolvido, através de intensas negociações entre a administração portuguesa de Macau e a RPC por meio de intermediários diplomáticos locais (constituidos por membros ilustres da elite sino-macaense de Macau) e também das autoridades britânicas, no mês de Agosto de 1952. Os portugueses tiveram que pedir desculpa às autoridades chinesas e às vítimas e teve que pagar uma pequena indemnização.

Com este incidente, a RPC conseguiu impedir o aumento do controlo da circulação de bens entre Macau e China, e conseguiu também mostrar à administração portuguesa que a sua manutenção nesta Cidade dependia fortemente da vontade dos dirigentes comunistas da RPC. Este incidente também fez aumentar e consolidar o estatuto e a importância da elite macaense e chinesa, principalmente Pedro José Lobo, Ho Yin e Ma Man-kei.