o mar do poeta

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quinta-feira, janeiro 26

OS PASTEIS DE NATA

por Sara Ribeiro

Já compraram a EDP, querem a REN e a banca, mas no negócio dos pastéis de nata os chineses já lideram. O típico doce português nunca esteve tanto nas bocas do Mundo, depois de, na semana passada, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter lançado a pergunta: «Por que não conseguimos exportar o pastel de nata?».

Pedro Passos Coelho subscreveu ao apelo à internacionalização da iguaria. «Não sou um especialista, sou um consumidor que aprecia muito os pastéis de nata. E julgo que é melhor não glosar mais este tema, para não parecermos aqui uns gulosos pela doçaria portuguesa, que é boa», afirmou o primeiro-ministro.

Contudo, é no outro lado do Mundo que mais se produzem e consomem os pastéis de nata. Por cá, o famoso estabelecimento em Lisboa, os Pastéis de Belém, vende cerca de 20 mil unidades por dia. Em Hong Kong, há pastelarias que vendem o dobro.

O apetite dos chineses pelos pastéis de nata existe há décadas, sendo este o produto português mais conhecido no Oriente – onde entrou via Macau, com o nome de egg tart (tarte de ovo). O lançamento asiático dos bolos ficou a dever-se ao inglês Andrew Stow, que os provou pela primeira vez em 1988 na confeitaria mais conhecida de Portugal – Pastéis de Belém. Passado um ano, decidiu abrir a pastelaria Lord Stow’s, na vila de Coloane, Macau.

O sucesso foi imediato. O pastel de nata ‘à Stow’, servido sem canela, como os asiáticos preferem, conquistou a Ásia e foi reinventado um pouco por toda a região. Através de Margaret, ex-mulher de Andrew, chegou mesmo aos balcões da cadeia norte-americana Kentucky Fried Chicken (KFC), a maior na China. Aliás, este é o único país onde o gigante da fast food integra o pastel de nata no menu. Só em 2010, a KFC vendeu 300 milhões de egg tarts, encaixando 232 milhões de euros.

Em resposta ao repto do ministro Álvaro, o responsável da Confraria do Pastel de Nata diz: «Há décadas que se exportam pastéis de nata. E como Vancouver, no Canadá – onde o ministro da Economia viveu largos anos –, foi dos primeiros destinos deste produto, está visto que o Governo não fez os estudos de mercado suficientes», ironiza Vicente Themudo Castro.
Talvez por isso, e devido à falta de apoio às pequenas empresas, dois dos maiores exportadores de pastéis de nata em Portugal são espanhóis – a Frida Alimentar e a Europastry, segundo Vicente Themudo Castro.

Pastéis de Belém fora da rota da internacionalização

Miguel Clarinha, um dos gerentes da confeitaria Pastéis de Belém – que facturou cerca de oito milhões de euros no ano passado, não conta internacionalizar o doce. «Já pensámos nisso, quer exportar quer abrir lojas lá fora. Mas, de momento, não faz parte dos nossos planos». Segundo Clarinha, 30% dos clientes da confeitaria são turistas, «oriundos um pouco de toda a parte, mas a maioria vem de Espanha».

Pelo contrário, a Pluriarte já tentou exportar pastéis de nata de chocolate para a China e Angola, mas não encontrou «o parceiro certo», explica Maria Felicidade Rebordão, responsável da empresa.

Segundo dados da ACIP – Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, este sector possui cerca de 9.000 empresas de panificação e pastelaria e 2.500 empresas similares.

Quanto aos principais destinos de exportação, o Brasil, os PALOP, a Europa e os EUA encabeçam a lista. Contudo, por «não haver uma grande associação – por falta de apoios, incluindo do Estado –, não há números relativos a vendas ou exportações globais», diz Carlos Alberto dos Santos, presidente da ACIP. Pelos mesmos motivos «ainda não foi possível franchisar os pastéis, o que é uma oportunidade de negócio que Portugal perde». «O que é certo é que nem o Estado nem nenhum privado pegou no pastel de nata e o registou em todo o Mundo. Agora estão outros, como os chineses, a tirar dividendos», lamenta.
Fonte- Jornal Sol


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Além deste pasteis de nata fabricados em Macau no ano de 1979, pelo farmaceutico inglês, Andrew Stow, que depois vendeu a patente à cadeia do KFC, fabricam-se igualmente no Japão e na Tailândia, aqui com uma curiosidade interessante, existem dois tipos de pasteis de nata, uns feitos com a gema do ovo e outros com a clara do ovo. 

http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2010/09/2-35-49-mini-gema-tart-clara-de-ovo.html










O articulista escreveu já vários artigos abordando o tema dos pasteis de nata na Ásia, seguem alguns links desses artigos.

Mas, em Portugal, só agora e através do Senhor ministro da Economia, parace terem acordado, mas é tarde demais., enfim !....

8 comentários:

Unknown disse...

Não sou apreciador de bolos mas sempre que posso como um pastel de nata. Quando saboreio estas delícias nem penso se são portugueses ou estrangeiros.

O nosso ministro anda com falta de ideias por isso falou de pasteis como poderia ter falado de outras merdas que lhe andam na cabeça...

Pedro Coimbra disse...

Mas isto não são pastéis de nata, Amigo Cambeta.
Uns sucedâneos.....
Aquele abraço e renovados votos de KUNG HEI FAT CHOI

Jose Martins disse...

Mas o amigo Cambeta abriu uma loja dos autênticos de Belém em Bangkok!
Que tal o negócio?
Abraço amigo
Jmartins

Graça Sampaio disse...

O Álvaro é que ma saiu um bom pastel de nata! Sem ofensa aos ditos pasteis de nata, que são bem bons e eu gosto! Não sabia era que os amigos chineses também os apreciavam. Ora ainda bem! Só mostram que têm bom gosto.

Beijinhos doces.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimado Amigo Luis Coelho,
Eu igualmente não sou apreciador de bolos, mas de vez enquando lá marcha um pastelinho de nata.
Abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimadao Amigo Pedro Coimbra,
Para nós estes pasteis de nata estão a léguas de distância dos originais, mas para o sabor oriental estão óptimos e o resultado até à vista.
Se os originais fossem introduzidos em Macau e na Ásia, penso que não teriam o meu sucesso, é tudo questão de paladar.
Abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga Graça,
Esse Pereira que nem peras dá, veio do Canadá para inventar o que já está inventado.
Os pasteis de nata não só são comercializados na China bem como em toda a Ásia, são diferentes dos originais, mas para o paladar oriental são os mais apropriados.
Abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimadao Amigo José Martins,
É bem verdade que cá o alentejano abriu uma loja de pasteis de Belém em Bangkok, mas o Ministro da Economia assim que soube, obrigou o proprietário a pagar uma alta taxa, pelo que deixou de fazer pasteis de Belém, que ficaram para o Cavaco, e passou a fzer pasteis de natas, à base de bolota, únicos no mundo.
Abraço amigo