o mar do poeta

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quarta-feira, junho 16

16 DE JUNHO DE 1976 - LEVANTE DE SOWETO



África do Sul marca 34 anos do levante de Soweto


A África do Sul marca hoje, quarta-feira, dia 16 de Junho, os 34 anos do Levante de Soweto, movimento de milhares de estudantes negros do bairro nos arredores de Johannesburgo que foi fundamental na luta contra o regime do apartheid.

O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, deve conduzir uma marcha ao longo da mesma rota que os jovens traçaram, em 16 de junho de 1976, para protestar contra uma lei que obrigava que eles tivessem aulas em africâner, a língua oficial do governo.

O caminho foi decorado com paralelepípedos pintados de vermelho, simbolizando o sangue derramado quando a polícia abriu fogo contra os estudantes, matando centenas deles.

Mbeki deve deixar uma coroa de flores no monumento batizado de Hector Peterson, o primeiro e o mais jovem dos adolescentes mortos, e que foi fotografado agonizando nos braços de um colega – uma imagem que se tornou um ícone da luta dos negros contra a segregação racial no país.
A marcha desta sexta-feira vai partir da Escola Secundária Morris Isaacson, onde começou a passeata dos estudantes, e terminar em Orlando West, o palco dos confrontos com a polícia. No meio do caminho, deve ser realizado um minuto de silêncio.

A homenagem deve se estender até um estádio, onde Mbeki deve realizar um discurso.
Pressão
O Levante de Soweto provocou, nas semanas seguintes à sua realização, uma onda de protestos por parte da população negra.

O governo diz que 95 pessoas foram mortas nessas manifestações, em confrontos com a polícia, mas estimativas não-oficiais dão conta de até 500 mortos.
Na ocasião, Winnie Mandela, então mulher do líder Nelson Mandela, que estava preso, descreveu os protestos como "apenas o começo".

A crescente pressão internacional e o fortalecimento da luta para o fim do apartheid que se seguiu acabaram culminando com a libertação de Mandela, em 1990, e as primeiras eleições multi-raciais, quatro anos depois.
Segundo o correspondente da BBC na África do Sul Peter Biles, hoje em dia, o bairro de Soweto é uma das atrações turísticas mais populares do país, com vários hotéis e shopping centers em construção.

Fonte -



Levante de Soweto

O Levante de Soweto foi um dos mais sangrentos episódios de rebelião negra desde o início da década de 60, desencadeado pela repressão policial à passeata de 10 mil estudantes, em 16 de Junho de 1976, que protestavam contra a inferioridade das "escolas negras" na África do Sul.
A manifestação pacífica - os estudantes, cantando, marchavam por Soweto (subúrbio negro em Johanesburgo) em direção a um estádio aberto, onde fariam um comício - foi alvo de uma bomba de gás lacrimogêneo por um policial branco, para, em seguida, ser atingida por disparos das tropas de choque munidas de armas automáticas. O massacre matou quatro alunos, entre eles o estudante Hector Pieterson, aos 13 anos de idade.

Causas

O sistema segregacionista sul-africano, instituído nos anos 1950, forçava os negros a pagar para frequentar escolas com classes superlotadas e professores sem qualificação adequada, ou mesmo inferior, enquanto a educação para os brancos era gratuita.
Em 1975, o governo decretou a obrigatoriedade do ensino no idioma africâner, antes em inglês, para as matérias acadêmicas nas escolas secundárias negras. Para os estudantes negros a medida era uma ponte para o fracasso: para ter sucesso precisava ser fluente nos idiomas oficiais do país - inglês e africâner

Movimentos negros

A organização dos Estudantes Sul-Africanos (South African Students Organization) (1968) foi o primeiro grupo anti-apartheid de jovens negros e fazia parte do abrangente Movimento de Conscientização Negra que lutava para superar a opressiva sensação de inferioridade dos negros. Um dos seus fundadores, Steve Biko (1946-1977), desde cedo engajado na luta desarmada contra o apartheid, morreu aos 30 anos de idade, ao desafiar o "regime de banimento" a que estava submetido pelo governo que o proibira de se manifestar politicamente.



Volvidos que são 34 anos após o Levantamento no Soweto, onde o apartheid já não reina, mas onde a segurança e a Sida sãos os problemas actruais do país do Arco-Iris.
A Africa do Sul está diferente, nos dias de hoje está em festa, sendo o país anfitrião do Campeonato do Mundo de Futebol, pela primeira vedz realizado no continente africano.
Sinceros votos formulos ao povo Sul Africano para que tenha os maiores exitos
O articulista esteve na Africa do Sul, Cape Town, no ano de 1964, quando ainda reinava o apartheid, e para ser sincero não gostei nada do que vi, tendo até sido chamado à atenção por agentes da autoridade, por conviver com pessoas de raça negra, porém os tempos mudaram e hoje a cidade de Cape Town, é uma cidade multi racial.

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