o mar do poeta

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domingo, março 14

POLÍTICA VAMOS LÁ ENTENDE-LA

1974 - O governo português demite os generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, respectivamente, pelo facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar.








António Sebastião Ribeiro de Spínola GC TE(Estremoz, 11 de Abril de 1910 — Lisboa, 13 de Agosto de 1996), político e militar português, foi o décimo quinto Presidente da República Portuguesa (o primeiro após o golpe do 25 de Abril de 1974).


Biografia
Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1920 e 1928.

Em 1939, tornou-se ajudante de campo do comando da Guarda Nacional Republicana.

Germanófilo, em 1941 partiu para a frente russa como observador das movimentações da Wehrmacht no início do cerco a Leninegrado, onde já se encontravam voluntários portugueses incorporados na Blaue Division.

Em 1961, em carta dirigida a Salazar, ofereceu-se como voluntário para Angola. Notabilizou-se no comando do Batalhão de Cavalaria n.º 345, entre 1961 e 1963.

Foi nomeado governador militar da Guiné-Bissau em 1968, e de novo em 1972, no auge da Guerra Colonial, nesse cargo, o seu grande prestígio tem origem numa política de respeito pela individualidade das etnias guineenses e à associação das autoridades tradicionais à administração, ao mesmo tempo que continuava a guerra por todos os meios ao seu dispor que iam da diplomacia secreta (encontro secreto com Léopold Sédar Senghor presidente do Senegal) e incursões armadas em países vizinhos (ataque dos Comandos a Conakri, Operação Mar Verde).

Em Novembro de 1973, regressado à metrópole, foi convidado por Marcello Caetano, para a pasta do Ultramar, cargo que recusou, por não aceitar a intransigência governamental face às colónias.

A 17 de Janeiro de 1974, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que foi afastado em Março. Pouco tempo depois, mas ainda antes da Revolução dos Cravos, publica Portugal e o Futuro, onde expressa a ideia de que a solução para o problema colonial português passava por outras vias que não a continuação da guerra.

A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das Forças Armadas, recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo). Isto permitiu-lhe assumir assim os seus poderes públicos, apesar de essa não ter sido a intenção original do MFA.

Instituída a Junta de Salvação Nacional (que passou a deter as principais funções de condução do Estado após o golpe), à qual presidia, foi escolhido pelos seus camaradas para exercer o cargo de Presidente da República, cargo que ocupará de 15 de Maio de 1974 até à sua renúncia em 30 de Setembro do mesmo ano, altura em que foi substituído pelo general Costa Gomes.

Descontente com o rumo dos acontecimentos em Portugal após o 25 de Abril (designadamente pela profunda viragem à esquerda, à qual eram afectos grande número de militares, e a perspectiva de independência plena para as colónias), tenta intervir activamente na política para evitar a aplicação completa do programa do MFA; a sua demissão da Presidência da República após o golpe falhado de 28 de Setembro de 1974 (em que apelara a uma «maioria silenciosa» para se fazer ouvir contra a radicalização política que se vivia), ou o seu envolvimento na tentativa de golpe de estado de direita do 11 de Março de 1975 (e fuga para a Espanha e depois para o Brasil) são disso exemplos. Neste ano, presidiu ao Exército de Libertação de Portugal (ELP), uma organização de teor terrorista de extrema-direita.

Não obstante, a sua importância no início da consolidação do novo regime democrático foi reconhecida oficialmente em 5 de Fevereiro de 1987, pelo então Presidente Mário Soares, que o designou chanceler das antigas ordens militares portuguesas, tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada (a maior insígnia militar portuguesa), pelos «feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura».

A 13 de Agosto de 1996, Spínola morre aos 86 anos, vítima de embolia pulmonar.

O Sonho de regressar ao Poder

Spínola tencionava voltar ao poder eliminando todos os seus adversários políticos, pelo menos segundo o livro "Aufdeckung einer Verschwoerung - die Spínola Aktion", de Guenter Wallraff que afirma ter-se infiltrado no MDLP como um potencial fornecedor de armas ao movimento, afirmando trabalhar para Franz-Josef Strauss, conservador e então líder dos democratas cristãos da Baviera. Spínola ter-se-á mesmo encontrado com Waalraff com o fim de negociar a compra de armamento, a quem terá dito que já tinha vários pontos de apoio no Alentejo e que estava prestes a tomar o poder.

Principais obras

Por Uma Guiné Melhor (1970);
Linha de Acção (1971);
No Caminho do Futuro (1972);
Por Uma Portugalidade Renovada (1973);
Portugal e o Futuro (1974);
Ao Serviço de Portugal (1976);
País sem Rumo (1978).


Francisco da Costa Gomes (Chaves, 30 de Junho de 1914 — Lisboa, 31 de Julho de 2001) foi um militar e político português. Foi o décimo-quinto Presidente da República Portuguesa (o segundo após a Revolução dos Cravos).

Estudou no Colégio Militar em Lisboa e na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde se licenciou em Matemática.

Sendo subsecretário de Estado do Exército (1958-1961), esteve envolvido na intentona militar de Abril de 1961, liderada pelo general Botelho Moniz, então ministro da Defesa.

Em 1970, exerceu as funções de comandante da Região Militar de Angola, onde procedeu à remodelação do comando-chefe e foi o primeiro impulsionador da ideia de entendimento militar com a UNITA contra o MPLA e a FNLA.

Em 12 de Setembro de 1972, é chamado para exercer o cargo de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em substituição do general Venâncio Deslandes. No entanto, viria a ser exonerado em Março de 1974, pouco antes do 25 de Abril, por se ter recusado a prestar lealdade numa cerimónia pública ao governo de Caetano.

Após o 25 de Abril, foi um dos sete militares que compunham a Junta de Salvação Nacional. Entre o dia 25 de Abril e 30 de Setembro de 1974, foi a segunda figura do Estado português, logo abaixo de António de Spínola, exercendo as funções de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

Assumiu a Presidência da República por nomeação da Junta de Salvação Nacional, devido à renúncia de Spínola em 30 de Setembro de 1974.

Ocupou o cargo de Presidente da República até 27 de Junho de 1976, altura em que as primeiras eleições livres para a escolha do Chefe de Estado em Portugal ditaram a escolha do general Ramalho Eanes para lhe suceder à frente dos destinos do País. Em 1982 foi elevado à dignidade de marechal.

A 31 de Julho de 2001, Costa Gomes morreu no Hospital Militar de Lisboa, aos 87 anos.

É pai da escritora Luísa Costa Gomes.




A política é assim em todos os locais do mundo, hoje são heróis, depois traidores e de novo heróis. Este dois exemplos passaram-se em Portugal e é sabido da maioria dos portugueses.
No mês passado o herói nacional do Sri Lanka o General Fonseca,Comandante Chefe das Forças Armadas, que conseguiu por fim aos Tamils, após anos de guerra, no presente ano concorreu a presidente do Sri Lanka, perdeu as eleições e foi considerado traidor e agitador, tendo sido preso, situação essa que ainda hoje se encontra.
Vamos lá nós entender a política.




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