o mar do poeta

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terça-feira, abril 19

REQUALIFICAÇÃO DO CASTELO DO ALANDROAL





O Castelo do Alandroal, no Alentejo, ergue-se na vila do Alandroal, Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, Distrito de Évora, em Portugal.

O castelo medieval

Erguido sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), de acordo com a inscrição epigráfica sobre uma das portas, a sua primeira pedra foi lançada em 6 de Fevereiro de 1294 por D. Lourenço Afonso, Mestre da Ordem de Avis. Uma segunda inscrição, no alçado Oeste da Torre de Menagem (hoje integrado na Sala do Tesouro da Igreja Matriz), informa a conclusão de sua edificação, em 24 de Fevereiro de 1298, sendo Mestre da Ordem, o mesmo D. Lourenço Afonso. Uma terceira inscrição, no torreão à direita do portão principal, datada críticamente entre 1294 e 1298, refere o nome do seu construtor, que se identificou apenas como "Eu, Mouro Galvo".

O Alandroal foi elevado à condição de vila por Carta de Foral de 1486, outorgada por D. João II (1481-1495). Nessa qualidade, no reinado de seu sobrinho e sucessor, D. Manuel I (1495-1521), a vila e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509).

Do século XVII aos nossos diasEm 1606, a maior parte das construções no interior da cerca encontravam-se arruinadas. No século XVIII, o conjunto perdeu a sua barbacã, demolida para dar lugar, no interior dos muros, às edificações dos novos Paços do Concelho e da Cadeia da Comarca.

Considerado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, apenas na década de 1940 se procederam a obras de consolidação e restauro, principalmente a reconstrução de alguns troços de muralhas e a desobstrução da estrutura de numerosas casas que, ao longo dos séculos, se haviam adossado às muralhas.



Características

Em estilo gótico, o castelo apresenta planta oval (na qual se inscreve um pequeno bairro intra-muros), reforçada por três torres de planta quadrangular, nos ângulos, e uma sólida Torre de Menagem adossada à cerca. O portão principal (Porta Legal) é ladeado por duas torres quadrangulares, ligeiramente avançadas (para permitir o tiro vertical sobre a entrada), ligados por uma cortina e encimadas por ameias de remate piramidal.

A Torre de Menagem, de planta quadrangular, divide-se internamente em três pavimentos. O acesso ao seu interior encontra-se, atualmente, entaipado. A esta torre, adossou-se, ainda no século XIII, a Igreja de Nossa Senhora da Graça, que alterada posteriormente, hoje apresenta traços renascentistas, patentes particularmente na abóbada artesoada. Em 1744, o terraço da Igreja foi aproveitado para edificar a Torre do Relógio.

Ao castelo, em posição dominante, associava-se a cerca da vila, de urbanismo muito simples, com uma única via (rua do Castelo) no sentido leste-oeste, flanqueada por duas portas. A principal, denominada Porta Legal, a leste, através da qual se acede ao adro da igreja, é constituída por um arco gótico com corredor, flanqueada por dois torreões quadrangulares ligados por cortina e encimados por ameias de remate piramidal.

Parte daqui a única rua que atravessa a vila e que termina na chamada Porta do Arrabalde, a oeste, com seteiras em mármore e também flanqueada por uma torre, onde no seu pé-direito, no exterior, foi gravada a “vara”, medida padrão à época, para a aferição das medidas utilizadas no comércio local.

Os estudiosos apontam ainda, como marcas identificativas da formação cultural islâmica de seu construtor, além da epigrafia anteriormente citada, uma janela em forma de ferradura numa das torres e semelhanças entre o sistema de torres deste castelo e as muralhas almóadas de Sevilha.




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Manuel Aires Mateus Assina Requalificação do Castelo de Alandroal


Segunda, 18 Abril 2011 16:08 - Jornal Diário do Sul

A requalificação do interior do castelo visa devolver este imóvel classificado, situado em pleno coração da vila, ao dia-a-dia dos alandroalenses, ao mesmo tempo que vem dotar o espaço das infra-estruturas básicas para acolher espectáculos de ar livre e outros eventos culturais e promocionais.

Caracteriza-se como um intervenção no espaço público, nas portas de acesso e na iluminação, com o menor impacto possível, de modo a dignificar o imóvel sem o descaracterizar, com especial atenção para a emblemática torre de menagem.

Aires Mateus é um dos mais conceituados arquitectos portugueses da actualidade sendo responsável por projectos tão emblemáticos como o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, na Ilha São Miguel, Açores, ou o Museu do Farol de Santa Marta, em Cascais. Venceu o concurso de ideias para a reabilitação do Parque Mayer, em Lisboa e, entre outros prémios nacionais e internacionais, conta com uma menção honrosa no concurso para o Grande Museu Egípcio, no Cairo.

A intervenção envolve um montante próximo dos 400 mil euros e será financiada no âmbito do INALENTEJO, regulamento Política de Cidades – Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, com uma taxa de comparticipação de 85%.

Este projecto foi desenvolvido em parceria com o IGESPAR e a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e conta com o parecer favorável destas entidades.

Também em parceria com a Direcção Regional de Cultura está a ser desenvolvido um Plano Estratégico para o Castelo de Alandroal que visa enquadrar futuras intervenções ainda necessárias, como por exemplo, a reabilitação do caminho de ronda.

João Grilo, presidente da autarquia, referiu que “muito se tem falado de requalificação do vasto e riquíssimo património arquitectónico e monumental do concelho, mas este é o primeiro passo concreto e significativo nesse sentido, facto que muito orgulha este executivo, uma vez que é um projecto desenvolvido de raiz neste mandato e representativo do rumo que queremos traçar.

A requalificação do castelo e os eventos culturais que estamos a perspectivar para este espaço são uma das melhores formas de projectar este concelho”.



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Vila alentejana que muito diz ao articulista, visto seus familiares, parte materna, ali terem vivido, e lá repousam, no cemitério da vila.

ALENTEJANAS



ALENTEJANO...SÓ PODIA!


Um alentejano abre uma filial de sua loja de pregos em Roma.

Como a propaganda é a alma do negócio, fez um outdoor com a figura de Cristo pregado à cruz e em baixo estava escrito: 'Pregos Garcia - 2.000 anos de Garantia'. Foi aquele rebuliço. O Bispo de Roma foi pessoalmente conversar com o alentejano e explicar-lhe que não podia fazer aquilo, que era pecado mortal...

Então o alentejano resolveu fazer um novo outdoor.

Colocou Cristo com uma das mãos pregadas na cruz e a outra solta, acenando. Em baixo estava escrito:

'Adivinhe em qual mão foi usado o Prego Garcia?'

- Meu Deus do Céu! - Até o Santo Papa saiu do Vaticano e foi conversar com o alentejano:

- Que heresia meu filho! Não se pode usar Jesus Cristo como garoto propaganda... Inventa outra coisa e retire isto já!

- Então vou fazer um novo outdoor, sem o Cristo! - pensou o alentejano. Colocou a foto da cruz vazia e em baixo estava escrito:

'Se o Prego fosse Garcia, o fulano não fugia...'




- Ontem à noite fiz amor com a minha mulher quatro vezes seguidas - disse o algarvio - e de manhã, ela fez um delicioso crepe e disse que me amava muito.
- Ah, ontem à noite fiz amor com a minha seis vezes - resposta do lisboeta - e de manhã, ela fez uma deliciosa omeleta e disse que eu era o homem da vida dela.
Como o alentejano ficou calado, o algarvio perguntou:
- Quantas vezes é que fez amor com a sua mulher ontem à noite?
- Uma - respondeu o alentejano.
- SÓ UMA...?! - exclamou o lisboeta
- E de manhã, o que é que ela disse?
- Ná pares!!!!!!!





MASSACRE DE LISBOA - 19 DE ABRIL DE 1506

Massacre de Lisboa de 1506

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma das duas únicas gravuras sobreviventes ao Terramoto de Lisboa 1755 e ao incêndio da Torre do Tombo: “Von dem Christeliche – Streyt, kürtzlich geschehe – jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona – ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri – sten oder juden, von wegen des gecreutzigisten [sic] got.” (Da Contenda Cristã, que recentemente teve lugar em Lisboa, capital de Portugal, entre cristãos e cristãos-novos ou judeus, por causa do Deus Crucificado”).

No Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506, uma multidão perseguiu, violou, torturou e matou centenas de pessoas, acusadas de serem judias. Isto sucedeu antes do início da Inquisição e nove anos depois da conversão forçada dos judeus em Portugal, em 1497, durante o reinado de D. Manuel I.
Antecedentes
Cerca de 93 mil judeus se refugiaram em Portugal nos anos que se seguiram à sua expulsão de Espanha, pelos reis católicos, em 1492. D. Manuel I se mostrara mais tolerante para com a comunidade judaica, mas, sob a pressão de Espanha, também em Portugal, a partir de 1497, os judeus foram forçados a converter-se.

 

 

O massacre

A historiografia situa o início da matança no Mosteiro de São Domingos (Santa Justa), no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenômeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.

Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que a luz era apenas o reflexo do sol, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.

A partir daí, os judeus da cidade que anteriormente já eram vistos com desconfiança tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre se sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges", e que juntaram um grupo de mais de quinhentas pessoas incluindo marinheiros da Holanda, da Zelândia e de outras terras com as suas promessas.

A corte encontrava-se em Abrantes - onde se instalara para fugir à peste - quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Entretanto, mesmo as poucas autoridades presentes foram postas em causa e, em alguns casos, obrigadas a fugir.

Como consequência, homens, mulheres e crianças foram torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca e da peste que assolava o país. A matança durou três dias - de 19 a 21 de Abril, na Semana Santa de 1506 - e só acabou quando foi morto um cristão-novo que era escudeiro do rei, João Rodrigues Mascarenhas, e as tropas reais afinal chegaram para restaurar a ordem.

Consequências

D. Manuel I penalizou os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e os dominicanos instigadores foram condenados à morte por enforcamento. Há também indícios de que o Convento de São Domingos (da Baixa) teria sido fechado durante oito anos e sabe-se que os representantes da cidade de Lisboa foram expulsos do Conselho da Coroa (equivalente ao actual Conselho de Estado), onde tinham assento desde 1385, quando o rei D. João I lhes concedeu esse privilegio pelo seu apoio á sua campanha pela conquista do Trono português.

No seguimento do massacre, do clima de crescente anti-semitismo em Portugal e do estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício — que entrou em funcionamento em 1540, perdurando até 1821 — muitas famílias judaicas fugiram ou foram expulsas do país, tendo como destino principal os Países Baixos e secundariamente, França, Turquia e Brasil, entre outros.

Mesmo expulsos da Península Ibérica, os judeus só podiam deixar Portugal mediante o pagamento de "resgate" à Coroa. No processo de emigração, os judeus abandonavam suas propriedades ou as vendiam por preços irrisórios e viajavam apenas com a bagagem que conseguissem carregar.

O massacre na historiografia


Monumento em Lisboa em homenagem aos Judeus mortos no massacre de 1506

O Massacre de 1506 ficou como que apagado da memória colectiva, um pedaço de história esquecida que não está nos livros de História, caiu no esquecimento e são poucos os historiadores que lhe fazem referência. O horror e a violência foram descritos e reproduzidos por Damião de Góis, Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Garcia de Resende, Salomon Ibn Verga e Samuel Usque.

Damião de Góis in «Chronica do Felicissimo Rey D. Emanuel da Gloriosa Memória»:
No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio.
Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, …tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. …tornaram terça-feira este danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, serem postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.

Cidade da tolerância

Esse massacre é lembrado hoje por um monumento construído no largo de São Domingos (que fica diante do Convento de São Domingos de Lisboa) em homenagem ao Judaísmo, o qual foi inaugurado em 23 de abril de 2008. O local é um tradicional ponto de encontro de estrangeiros, principalmente africanos, havendo ali ainda outro monumento em homenagem ao Catolicismo, e um muro onde a frase "Lisboa, cidade da Tolerância" está escrita em 34 línguas.

 


DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS - 3ª parte



Sukhothai foi  um dos primeiros lugares na Tailândia a ser considerado Património Mundial da UNESCO.

É considerado como o primeiro pleno reino tailandês  a estabelecer na Tailândia. Sukhothai era na verdade parte do grande império Khmer de Angkor até 1238, quando dois chefes tailandeses, Pho Khun Muang Pha e Pho Khun Bang Hao Klang, declararam sua independência da soberania Khmer, e estabeleceu o primeiro reino tailandês. Pho Khun Bang Hao Klang mais tarde se tornou o primeiro Rei de Sukhothai, chamando a si mesmo Pho Khun Si Indrathit. Este evento tem sido considerado como o fundador da moderna nação tailandesa, embora na mesma época alguns reinos, menos conhecidos, também existessem, incluindo Lanna, Phayao e Chiang Saen. Além disso, o significado de Sukhothai, que é "Dawn of Happiness.

Sukhothai expandiu-se formando alianças com os outros reinos tailandeses. O Conselho adoptou o budismo Theravada como religião do Estado, com a ajuda de monges, vindos  do Sri Lanka. O Rei Intradit foi sucedido por seu filho Ban Pho Khun Muang, que foi seguido em 1278 por seu irmão, Pho Khun Ramkhamhaeng ou Rei Ramkhamhaeng, o Grande.

Sukhothai teve seu período áureo de prosperidade aquando do reinado do Rei Ramkhamhaeng.

Ramkhamhaeng  introduzio o alfabeto tailandês. No seu auge, o reino se estendia do Sukhothai Martaban (hoje Birmânia / Mianmar) para Luang Prabang (Laos) e através da península malaia até o sul de Nakhon Si Thammarat.

Após a morte de Ramkhamhaeng, seu filho Loethai sucedeu-lhe o trono. A partir de então, a autoridade de Sukhothai começou a declinar rapidamente. Um por um, estados vassalos declararam suas independências, começando com Uttaradit, no norte, e seguiram-se os reinos Lao de Luang Prabang e Vientiane (Wiangchan).

 Em 1321 o Reino de Lanna instalado em Tak, uma das mais antigas cidades sob o controle de Sukhothai, bem como a sul a poderosa cidade de Suphanburi, se desligaram do reino.

Entretanto, o novo reino de Ayutthaya surgiu e foi se fortalecendo, até que finalmente em 1378 o Rei de Sukhothai Thammaracha II teve que se submeter a este novo poder regional.

As ruínas de Sukhotai nos dão uma ideia da grandeza que teve aquela cidade.





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A longa história de Ayutthaya abrange 5 dinastias e 33 reis. Construído sobre uma ilha artificial, Ayutthaya  seu nome deriva  da palavra sânscrita Ayodhya, o nome da lendária cidade de Rama na Índia, que significa "invencível".


Quando o Rei Ramathibodi mudou sua capital para Ayutthaya (que já era uma cidade até então), ele mandou abrir um canal que ligava  o rio Chao Phraya com o Pasak Lopburi e outros afluentes, formando uma ilha artificial em que se situa Ayutthaya.

Ayutthaya (nome completo: Phra Nakhon Si Ayutthaya, tailandês: พระนครศรีอยุธยา; também Ayudhya) é a capital da província de Ayutthaya na Tailândia. A cidade foi fundada em 1350 pelo rei U-Thong transformando-a na capital do seu reino, conhecido como Reino de Ayutthaya ou Siam. Em 2000, possuía 65.000 habitantes.


Em 1767 a cidade foi destruída pelo exército birmanês e as ruínas da antiga cidade hoje fazem parte da Cidade Histórica de Ayutthaya, que é reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade. A nova cidade foi fundada poucos quilômetros a leste da cidade histórica, e a 80 quilômetros ao norte de Bangkok.

A cidade está localizada no encontro dos rios Chao Phraya, Lopburi e Pa Sak e a cidade antiga sobre uma península formada por uma curva do rio Chao Phraya.

Ayutthaya recebeu este nome após a cidade de Ayodhya na Índia, a cidade natal de Rama em Ramayana (tailandês, Ramakien).

No século XVII a cidade se tornou um importante porto internacional com uma importante atividade comercial. Comercializava-se madeira de teca, sândalo, açúcar, couros, marfim, peles, sedas e produtos do artesanato local


Ayutthaya foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco em 1991, juntamente com Sukhothai.




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O Parque Nacional de Dong-Phayayen Khao Yai  é uma área enorme de floresta na Tailândia. Ele se estende desde o Parque Nacional Ta Phraya, na fronteira do Camboja para o Parque Nacional de Khao Yai, o primeiro parque nacional na Tailândia, a oeste.

O Complexo Florestal de Dong-Phayayen Khao Yai é rico em flora e fauna. Nele existem centenas de espécies de plantas e 112 espécies de mamíferos, incluindo os elefantes asiáticos, tigres, ursos negros asiáticos, cervo sambar indiano, dholes, gibões, porcos selvagens e muito mais.

Este Complexo Florestal  de Dong-Phayayen Khao Yai  foi inscrito como Património Mundial da UNESCO durante a 29 ª sessão do Comité do Património Mundial em Durban, África do Sul, 10-17 julho de 2005.






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Ban Chiang sítio arqueológico é um assentamento pré-histórico na Tailândia, que é reconhecido pela UNESCO como Património Mundial.  Está localizado no distrito de Nong Hai na província de Udon Thani.

Considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos do Sudeste Asiático, em Ban Chiang se pode ver as  importantes fases da evolução humana, cultural, social e tecnológica.

Ban Chiang foi descoberto em 1966, e é famoso pela sua cerâmica vermelha.

Cerâmicas antigas foram descobertas anos antes pelos moradores de Ban Chiang, mas eles não estavam cientes de sua importância nem da  sua idade. A valorização dessas olarias veio à luz através do trabalho de um estudante de antropologia com a Harvard College, Steve Young.


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Santuário da Vida Selvagem de Thungyai-Huai Kha Khaeng. Existem na Tailândia  dois santuários da vida selvagem. Eles se estendem por uma área de mais de 600.000 hectares para a fronteira de Mianmar, que abrange partes das províncias de Kanchanaburi, Tak e Thani Uthat.

Juntos, formam uma das áreas de conservação mais importantes do sudeste asiático.




O Santuário da Vida Selvagem de  Thungyai-Huai Kha Khaeng  é o lar de muitas espécies selvagens ameaçadas, incluindo as maiores manadas de elefantes asiáticos, gaur, tigres, leopardos e o urso malaio dom. O terreno é composto por florestas verdes, florestas secas verdes, floresta estacional decidual mista, dipterocarp floresta seca, floresta de cerrado, pasto, e algumas áreas de agricultura itinerante. Seu clima varia do tropical a subtropical, dependendo da altura do ano..

Este Santuário Thungyai-Huai Kha Khaeng foi inscrito como Património Mundial da UNESCO durante a 15 ª sessão do Comité do Património Mundial, realizada em Cartago, na Tunísia, de 9 a 13 dezembro, 1991.




Dos cinco locais considerados pela Unesco como Património Mundial da Humanidade, o articulista conhece três deles, Ayutthtaya, Sukhotai e Parque de Kao Yai.



A Tailândia é uma país cheio de história e de locais de uma beleza natural imensa.

segunda-feira, abril 18

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS - 2ª parte




 


As Ruínas de São Paulo em Macau são as ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e do adjacente Colégio de São Paulo, importante complexo do século XVI destruído por um incêndio em 1835. A antiga Igreja da Madre de Deus, o Colégio de São Paulo e a Fortaleza do Monte foram todas construídas pelos jesuítas e este conjunto pode ser identificado como a "Acrópole de Macau". Tudo o que resta da maior e mais bela das igrejas de Macau é a imponente fachada de granito e a escadaria monumental de 68 degraus. Em contrapartida, não restou muitas coisas do Colégio.

As Ruínas de São Paulo, juntamente com a Fortaleza do Monte, estão incluídos na Lista dos monumentos históricos do Centro Histórico de Macau, por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Pode-se considerar que esta imponente estrutura é o símbolo máximo da cultura ocidental-cristã em Macau.

Segundo o "Atlas mundial de la arquitectura barroca" (uma publicação da UNESCO em 2001), a fachada da Igreja, juntamente com a Igreja de S. José, é um exemplo único da arquitectura barroca na China. As Ruínas de São Paulo são um dos melhores exemplos do valor universal excepcional de Macau.

As Ruínas de São Paulo, mais concretamente a Igreja da Madre de Deus, foram classificadas, em 2009, como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.



Esta fortaleza é actualmente um monumento histórico e desmilitarizado incluído, juntamente com a Capela de Nossa Senhora da Guia e o Farol da Guia, no Centro Histórico de Macau, por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Em posição dominante sobre a Colina da Guia, elevação mais alta de Macau, o conjunto simboliza o passado marítimo, militar e missionário português de Macau.

História

No contexto dos ataques da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais a Macau entre 1603 e 1622, esta fortificação foi concluída em 1622, tendo tido parte activa (junto com a Fortaleza do Monte), na defesa da cidade quando da tentativa de invasão Neerlandesa naquele ano. Pouco depois, em 1638, as suas dependências foram ampliadas, visando o aumento da sua capacidade defensiva.

Em Setembro de 1808 foi ocupada, juntamente com a Fortaleza do Monte, por tropas da força expedicionária sob o comando do contra-almirante William O'Brien Drury, comandante-chefe das Forças Navais Britânicas nos mares da Ásia, a pretexto de proteção contra a ameaça francesa. Esse efetivo foi reembarcado no final desse mesmo ano, por força da concentração de cerca de 80.000 homens do exército chinês diante das portas da cidade.

Até à saída da Guarnição Militar Portuguesa de Macau (1975) as suas instalações mantiveram-se como uma área militar, de acesso restrito. Apenas anualmente, no dia 25 de agosto (Dia de Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior) e no dia do Culto dos Antepassados (ou também chamada, em chinês, de "Chong Yeong"), é que era permitida a entrada de fiéis na sua Capela, sob a invocação de Nossa Senhora da Guia.

Após 1975, o conjunto da fortaleza, incluindo os túneis subterrâneos, foi aberto ao público e tornou-se uma atracção turística.


Santa Casa da Misericórdia


O bispo D. Melchior Nunes Carneiro Leitão, bispo de Niceu, patriarca da Etiópia, não foi bispo de Macau mas "Governador do Bispado", como bispo da China, Japão, Coreia e ilhas adjacentes. Foi o grande impulsionador dos melhoramentes da cidade na sua época. No ano em que chegou a Macau, 1569, fundou o Hospital de S. Lázaro, de S. Raafel e a Confraria da Misericórdia. É esta confraria que vai dar origem à Santa Casa Da Misericórdia que desde sempre tem ajudado as pessoas mais pobres.

A construção inicial englobava uma igreja, consagrada à Visitação de Nª. Srª. que foi demolido em 1883 devido ao seu estado de ruína. No princípio do século XIX foi justaposta ao edifício uma falsa fachada, ao gosto neoclássico da época.

A Santa Casa da Misericórdia teve origem numa instituição de beneficência portuguesa, fundada em Lisboa, pela Rainha D. Leonor de Portugal. Desde a sua fundação que a comunidade portuguesa em Macau foi o principal alvo das acções de caridade da Santa Casa da Misericórdia de Macau, funcionando no edifício, desde o início, um hospital, um lar para crianças abandonadas, um lar para idosos e um infantário. Em documentos históricos chineses, a Santa Casa da Misericórdia era chamada “Templo da Remuneração”, pois era o local onde os funcionários da organização de beneficência iam levantar o seu salário.



Quartel dos Mouros


O Quartel dos Mouros foi erguido em 1874. Em 1871, um regimento indiano partiu de Goa para Macau com o objectivo de reforçar a força policial local.

Para instalar o regimento, Cassuto, arquitecto italiano, ficou encarregue de desenhar um edifício de estilo mourisco.

O desenho arquitectónico é a resposta perfeita ao clima local: amplas varandas ao longo de ambos os lados do edifício, proporcionando uma excelente ventilação.

Em 1905, passaram a funcionar no edifício os departamentos da Polícia Alfandegária e Naval, albergando agora a Capitania dos Portos de Macau.




TEATRO D. PEDRO V


Construído em 1860, este foi o primeiro teatro de estilo ocidental na China e é, hoje em dia, um dos mais importantes pontos de referência no contexto da comunidade macaense local, acolhendo importantes eventos públicos e celebrações.

O Teatro D. Pedro V é um edifício de estilo neoclássico, com o frontispício encimado por um frontão triangular apoiado em quatro pares de colunas jónicas. Três arcos, medindo cada um 3 m de largura por 6 m de altura, elevam-se sobre pedestais com bases em granito. A ornamentação da fachada, realçada a branco sobre fundo pintado de verde, é relativamente contida, apresentando uma imagem geral austera, com grinaldas sobre os arcos, temas florais e frisos simples envolvendo os elementos estruturais. De igual modo, as molduras da cornija e da arquitrave estão destacadas a branco, em contraste com a cor do edifício.



O Templo de A-Má, que se localiza à entrada do Porto Interior (no extremo-sul da Península de Macau), a meio da encosta poente da Colina da Barra, já existia antes da própria Cidade de Macau ter nascido. Especula-se que o templo foi construído pelos pescadores chineses residentes de Macau no séc. XV, para homenagear e adorar a Deusa A-Má (Deusa do Céu), chamada também de Tin Hau, Mazu ou Matsu.

Esta divindade taoísta é muito venerada em todo o Sul da China e em várias partes do Sudeste Asiático e é considerada como a protectora dos pescadores e marinheiros. Crê-se que os portugueses desembarcaram pela primeira vez em Macau, possivelmente no ano de 1554 ou 1557, precisamente à entrada do Porto Interior, também chamada pelos pescadores chineses de "Baía de A-Má". Segundo as lendas do séc. XVI, o nome da Cidade deriva precisamente da palavra em cantonense "A-Má-Gau", que significa literalmente Baía de A-Má.


O Templo de A-Má está incluído na Lista dos monumentos históricos do "Centro Histórico de Macau", por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Pode-se considerar que este templo é o símbolo máximo da cultura chinesa em Macau.



CASA GARDEN


Esta casa foi construída em 1770, tendo sido originalmente a residência de um rico mercador português, Manuel Pereira. Posteriormente, foi alugada à Companhia das Índias Orientais para servir de sede desta instituição em Macau, albergando vários dos oficiais de alta patente daquela companhia. Hoje em dia, nesta propriedade funciona a delegação da Fundação Oriente.

A Casa Garden encontra-se pintada de branco, apresentando elementos decorativos destacados a rosa. A fachada é marcada por janelas em arco com persianas. Um lance de escadas em granito permite o acesso à entrada da mansão, que dá para a sala principal, esplendidamente decorada ao estilo do sul da Europa.



O traçado arquitectónico original, incluindo o jardim do pátio posterior e a fachada, do Edifício do Leal Senado conseguiu, ao longo dos tempos, manter-se até agora e nunca sofreu grandes transformações. A fachada principal, de cor predominantemente branca, tem 14,5 m de altura e 44 m de largura.

Está dividida em três secções por elementos verticais de granito e é também encimada por um frontão triangular que tem aproximadamente 17 m de altura. A entrada principal é decorada por colunas dóricas de granito. A imagem geral do edifício é marcado também pelas janelas francesas e as varandas com gradeamentos de ferro decorados com pequenos canteiros de flores.

No primeiro andar do Edifício, um salão nobre dá acesso a uma pequena capela e a uma exuberante e ricamente decorada biblioteca pública construída em madeira, ao estilo da biblioteca do Convento de Mafra, em Portugal. Contém alguns livros e manuscritos magníficos da Universidade de Coimbra.






O Edifício do Leal Senado, juntamente com o Largo do Senado, é incluído na Lista dos monumentos históricos do "Centro Histórico de Macau", por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.





Largo do Lilau


Os depósitos de água subterrânea da zona do Lilau constituíam a principal fonte de água natural em Macau. A popular frase "Aquele que beber da água do Lilau, jamais esquecerá Macau", expressa bem a ligação nostálgica dos habitantes com o Largo do Lilau. Esta área corresponde a um dos primeiros bairros residenciais portugueses em Macau.

O articulista nunca chegou a beber água da fonte do Lilau, porque a fonte já não brotava água, mas isso não impediu nem impede, de jmais me esquecer de Macau.



Fortaleza do Monte, onde hoje é o Museu de Macau


Igreja de S. António, onde casou meu filho mais velho.


Casa do Mandarim



Igreja de S, Domingos

Todos este antigos e belos edifícios fazem parte do Património Cultural de Macau, bem como a Biblioteca Sir Ho Tung, Igreja de S. Agostinho, Cemitério Protestante, Casa de Lou Kau, Largo de Camões, lardo de S. Domingos, Largo de S, Agostinho, Largo da Companhia de Jesus, entre outros.







DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS - 1ª parte


DIA MUNDIAL DOS MONUMENTOS


O dia 18 de Abril é consagrado ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

Criado precisamente a 18 de Abril de 1982 pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) e aprovado pela UNESCO, este dia tenta dar visibilidade aos monumentos e sítios (arqueológicos, bairros históricos, etc).

Um monumento é uma estrutura construída por motivos simbólicos e/ou comemorativos, mais do que para uma utilização de ordem funcional. Os monumentos são geralmente construídos com o duplo objectivo de comemorar um acontecimento importante, ou homenagear uma figura ilustre, e, simultaneamente, criar um objecto artístico que melhorará o aspecto de uma cidade ou local. Estruturas funcionais que se tornaram notáveis pela sua antiguidade, tamanho ou significado histórico, podem também ser consideradas monumentos.

Fonte - Ex-Prof. Mª João Neto

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Sobre este tema, muito poderia o articulista escrever, visto haver no mundo muitos locais classificados pela Unesco como Património Mundial da Humanidade, mas o articulista se fica pela cidade que lhe serviu de berço, Évora, a cidade que o acolheu, Macau, e o país de seu coração, Tailândia.

Na cidade de Évora o articulista nasceu na zona histórica da cidade e como tal conhece perfeitamente toda aquea bela zona.

Évora é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Évora, e situada na região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com uma população de cerca de 41 159 habitantes.

A cidade-museu de Évora tem raízes que remontam ao tempo do Império Romano. A cidade ainda conserva, em grande parte no seu núcleo central, vestígios de diversas civilizações e culturas: Celtas, Romanos, Árabes, Judeus e Cristãos influenciaram a cultura eborense. Atingiu a sua época dourada no século XV, quando se tornou residência dos reis de Portugal.

A qualidade arquitectónica e artística do casario branco ou decorado com azulejos e varandas de ferro forjado, datadas dos séculos XVI a XVIII, é única. Os monumentos da cidade tiveram também profunda influência na arquitectura portuguesa no Brasil.


O Centro Histórico de Évora, formado por ruas estreitas e travessas, pátios e largos, tem uma área de 107 hectares e é claramente demarcado pelas muralhas medievais, com extensão de mais de 3 km.

No lado sul da antiga Cerca encontra-se a Praça do Giraldo, da qual divergem as vias principais em estrutura radial.

O seu centro histório bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o epítelo de CIDADE MUSEU.

Évora é testemunho de diversos estilos e correntes estéticas, sendo ao longo do tempo dotada de obras de arte a ponto de ser classificada pela UNESCO, em 1986, como Património Mundial da Humanidade.

OS MONUMENTOS




O templo romano de Évora está localizado na cidade de Évora, em Portugal; faz parte do centro histórico da cidade, o qual foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O templo romano encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo IGESPAR. É um dos mais famosos marcos da cidade, e um símbolo da presença romana em território português.

Localizado na freguesia da Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública de Évora e pelo Museu.

História

Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII. Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado.

O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberatias Iulia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.

As ruínas do templo foram incorporadas a uma torre do Castelo de Évora durante a Idade Média. A sua base, colunas e arquitraves continuaram incrustadas nas paredes do prédio medieval, e o templo (transformado em torre) foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição.

 Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauração foi coordenado pelo arquiteto italiano Giuseppe Cinatti.










A Igreja da Graça ou Convento de Nossa Senhora da Graça (popularmente chamado Convento da Graça ou Meninos da Graça), é um importante monumento religiosa renascentista da cidade de Évora, situando-se no Largo da Graça, na freguesia da Sé e São Pedro. Este mosteiro, dos frades eremitas calçados de Santo Agostinho, foi fundado em 1511, tendo sido projectado pelo arquitecto da Casa Real Miguel de Arruda.

O edifício é um belo exemplar do mais puro estilo renascentista, tendo nos acrotérios da fachada as famosas figuras atlantes a quem o povo de Évora chama desde há séculos, os "Meninos da Graça". Sofrendo o golpe da extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel.

Entrou então em grande ruína, perdendo-se grande parte dos seus valores sumptuários, o que constituiu uma enorme perda para o acervo artístico de Évora. Muitos dos altares, imagens e sinos da igreja foram transferidos para a Igreja do Convento de São Francisco, então já paroquial de São Pedro (em cuja freguesia se situava o arruinado Convento da Graça).


 Localizada entre o casario nas imediações da Sé eborense, resta como principal testemunho uma elegante janela no mais puro estilo manuelino, mainelada, esculpida em mármore e granito da região, de
feição híbrida alentejana, com claras influências mudéjares e tardo-góticas.
A lavra original tem sido atribuída à mão de arquitecto Diogo de Arruda. De vão duplo, com arcos polilobados e colunelo servindo de mainel, a janela é emoldurada por dois botaréus rematados por florões. Foram-lhe mais tarde acrescentados dois colunelos canelados a formar um segundo enquadramento. Nesta casa o grande Eborense Gracia de Rezende.




O Aqueduto da Água de Prata, em Évora, mandado construído pelo rei D. João III em 1531-1537 para abastecer a cidade de água; é uma sucessão de arcaria monumental que se desenvolve por mais de 8 km)

seu arquitecto foi Francisco de Arruda.

A construção descrita em Os Lusíadas, o poema épico de Camões.


Originalmente levava a água até à Praça do Giraldo. Foi parcialmente reconstruído no século XVII, em consequência da Guerra da Restauração.

A partir da Rua Cândido dos Reis tem-se uma nova visão sobre os 9 km de aqueduto que subsistem.

Classificado como Monumento Nacional pelo IPPAR desde 1910.







A Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida por Catedral de Évora, ou simplesmente Sé de Évora, apesar de iniciada em 1186 e consagrada em 1204, esta catedral de granito só ficou pronta em 1250.


É um monumento marcado pela transição do estilo românico para o gótico, marcado por três majestosas naves. Nos séculos XV e XVI, a catedral recebeu grandes melhoramentos, datando dessa época o coro-alto, o púlpito, o baptistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Piedade, também conhecida por Capela do Esporão, exemplar raro de arquitetura híbrida plateresca, datado de 1529. Do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e outros melhoramentos pontuais nas decorações sumptuárias.

Ainda no século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D.João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo. Em 1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor.

Nas décadas seguintes foram efectuadas algumas obras de restauro, tais como a demolição das vestiarias do cabido, do século XVIII, (que permitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro) e o apeamento de alguns retábulos barrocos que desvirtuavam o ambiente medieval das naves laterais.

Catedral 9-11.30am e 2-4.30pm (construção gótica, completada no século 13, com claustro ogival do século 14; a entrada principal está decorada com esculturas representado os apóstolos; o interior data do século 17 e 18; inclui o Museu de Arte Sacra)



 A Ermida de S. Brás foi edificada, em Évora, no século XV.

É um dos principais monumentos da cidade na zona extra-muros, situado na orla sul, fora da muralha, tendo dado o nome ao amplo terreiro que o rodeia, local comum de feiras e mercados, que inicialmente era conhecido como Rossio da Corredoura e mais tarde então como Rossio de São Brás.

Foi mandada construir por D. João II, no local onde já existiria uma pequena gafaria provisória em madeira, concebida para cuidar dos doentes afectados pela peste que arruinou o país entre 1479 e 1480. Os eborenses, incluindo o Rei e o Bispo executor da obra, D. Garcia de Meneses, manifestavam deste modo a sua devoção por São Brás, a quem se rezava usualmente quando surgia uma epidemia.

No ano de 1663, diversas pinturas e altares ficaram desfeitos, devido aos bombardeamentos da cidade pelas tropas castelhanas. O facto da ermida se situar na cintura defensiva do Rossio de São Brás foi também um factor que contribuiu para a sua destruição. Imediatamente a seguir iniciaram-se as restaurações, contudo os últimos vestígios das pinturas murais desapareceram nas reformas camarárias de finais do século XIX e início do século XX.


Este monumento é particularmente inovador na utilização de um estilo manuelino-mudéjar tipicamente alentejano, com sucessão de volumes escalonados, robustos e coroados por merlões, e inaugura na cidade a utilização de elementos arquitectónicos como os contrafortes cilíndricos com coruchéus cónicos.









 • Paço de Vasco da Gama (residencia de Vasco da Gama a quando da sua nomeação de Conde da Vidigueira e de Vice-Rei da Índia, respectivamente em 1519 e 1524; da época é o claustrim manuelino e parte das pinturas murais que o decoram)



 • Paço dos Condes de Basto (primitivo alcácer mourisco e residencia dos reis da dinastia Afonsina, encontra-se assente na muralha romano-godo-muçulmana)



A Igreja de São Francisco em Évora é uma igreja de arquitetura gótico-manuelina. Construída entre 1480 e 1510 pelos mestres de pedraria Martim Lourenço e Pero de Trilho e decorada pelos pintores régios Francisco Henriques, Jorge Afonso e Garcia Fernandes, está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal.

Isso fica patente nos símbolos da monumental nave de abóboda ogival: a cruz da Ordem de Cristo e os emblemas dos reis fundadores, D. João II e D. Manuel I.

Segundo a tradição, nesta igreja foi sepultado Gil Vicente, em 1536.

História

GaliléSegundo a tradição, o Convento de São Francisco de Évora terá sido a primeira casa da Ordem Franciscana em Portugal, tendo sido fundada no século XII. Segundo os cânones da Regra de São Francisco, a primitiva igreja monástica tinha três naves, com capelas comunicantes entre si. Nestre primitivo edifício se realizaram várias cerimónias importantes, tais como o casamento de D.Pedro I com D.Constança Manuel. Desse período restam alguns vestígios, como atestam as frestas trilobadas que ladeiam o pórtico principal.

A igreja seria remodelada no final do século XV, tendo-se construído o magnífico templo que hoje subsiste e que é uma das mais impressionantes igrejas portuguesas. Respeitando os limites originais, as três naves foram substituídas pela nave única subsistente, coberta pela arrojada abóbada gótico-manuelina que atinge vinte e quatro metros de altura.

O Convento de São Francisco viveu então os seus momentos áureos, quando a corte do Rei D.Afonso V se começou a intalar no espaço conventual durante as suas estadias em Évora. Desta forma, a igreja de São Francisco foi elevada à categoria de Capela Real, daí os múltiplos emblemas régios de D.João II e D.Manuel I. Nesta época, recebeu o mosteiro o título de Convento de Ouro, tal a riqueza com que a Família Real o decorava.

A estes anos de esplendor (que de alguma forma contrariavam a espiritualidade franciscana (de pobreza e simplicidade), seguiu-se um período menos glorioso, acentuado pela perda da independência (em 1580). Neste período se construíu a curiosa Capela dos Ossos, para que a comunidade reflectisse a propósito da efemeridade da vida humana.

No século XVIII construíram-se vários retábulos de talha dourada e de mármore (grande parte deles subsidiados pelos donatários das respectivas capelas, onde tinham sepultura privada). No século XIX uma nova crise se abateria sobre o Convento: a extinção das ordens religiosas, em 1834.

Toda a parte monástica foi nacionalizada, tendo-se nela instalado o Tribunal da cidade, até cerca de 1895, data em que, sob grave ruína, se demoliu praticamente toda a parte conventual (dormitórios, parte do claustro, etc.). Salvou-se porém a magnífica igreja porque em 1840, para ali se transferiu a sede da freguesia de São Pedro.

 Igreja de S. Francisco 9-12am e 2.30-5.30pm (iniciada com base no modelo gótico foi concluída no período manuelino; contém no seu interior a Capela dos Ossos, totalmente revestida de ossadas humanas)



O Convento dos Lóios, também conhecido como Convento de São João Evangelista, foi construído no século XV sobre o que restava de um castelo medieval, tendo ficado bastante danificado aquando do terramoto de 1755.

É um conjunto de planta rectangular que se desenvolve em torno de um claustro de dois pisos, sendo o piso inferior de estilo gótico-manuelino e o superior já com características renascença.

A igreja, de estilo manuelino, tem uma nave de cinco tramos rectangulares e é coberta por uma abóbada nervurada. As paredes estão revestidas com painéis azulejares do século XVIII.

A capela-mor, de planta poligonal, é coberta por uma abóbada de complicado desenho, com ogivas entrecruzadas, e as suas paredes estão revestidas de azulejos dos séculos XVII e XVIII.

A Casa do Capítulo, atribuída a Diogo de Arruda, é precedida por um portal mourisco do início do século XVI.

Após obras de restauro e recuperação que demoraram alguns anos foi inaugurada nas suas instalações a Pousada dos Lóios integrada nas Pousadas de Portugal.








O Palácio de Dom Manuel, sito em Évora, Portugal, outrora conhecido por Paço Real de S. Francisco foi mandado construir por D. Afonso V, que desejava ter na cidade um paço real fora do castelo para se instalar.

O paço, habitado por vários monarcas portugueses, entre os quais D. Manuel I, D. João III e D. Sebastião, perdeu-se definitivamente no ano de 1895, tendo sido mandado destruir em 1619, aquando da visita de Filipe III ao país, que mandou destruir o palácio em pról da comunidade.

O paço era, segundo crónicas da altura, um dos edifícios mais notáveis do reino, tendo como principais construções o claustro da renascença, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia, sendo esta uma das primeiras do país.

Actualmente, o que resta do palácio é apenas a Galeria das Damas, representante exímia do estilo manuelino, mas com traços da renascença e que sobreviveu devido à sua utilização para Trem Militar. Esta compõe-se de um piso térreo, de planta rectangular, onde subsiste a Galeria, um pavilhão fechado e o alpendre.

No piso superior existem dois salões e um vestíbulo de estilo mourisco. Do lado de fora existe o torreão, este é constituído por dois andares e terminando num pináculo hexagonal com uma porta manuelina.

O paço, para além de ter sido uma das maiores obras arquitectónicas do país, teve também uma enorme importância histórica, pois foi nele que Vasco da Gama foi investido no comando da esquadra da Descoberta do caminho marítimo para a Índia e foi também no palácio que Gil Vicente representou sete dos seus autos, dedicados às rainhas D. Maria de Castela e D. Catarina de Áustria.

Galeria das Damas do Palácio de D. Manuel (parte do que resta do palácio construído pela dinastia de Avis no século 16 em estilo gotico-renascença; Gil Vicente representou sete dos seus Autos neste palacio, dedicados às rainhas D. Maria de Castela e D. Catarina da Austria)







A Universidade de Évora foi fundada em 1559 pelo Cardeal D. Henrique, futuro Rei de Portugal, a partir do Colégio do Espírito Santo. Foi instituída por bula do Papa Paulo IV, como Universidade do Espírito Santo e entregue à Companhia de Jesus, que a dirigiu durante dois séculos. Em 1759 foi encerrada por ordem do Marquês do Pombal, aquando da expulsão dos Jesuítas.


Uma das salas de aula da Universidade, conservando a cátedra e azulejos dos jesuítasVoltou a ser reaberta em 1973, por decreto do então ministro da Educação, José Veiga Simão. No mesmo local onde a antiga Universidade fora fechada, foi criado o Instituto Universitário de Évora que viria a ser extinto em 1979, para dar lugar à nova Universidade de Évora.




 Fonte renascença do Largo das Portas de Moura (construída em 1556 em estilo renascentista)

O chafariz, obra do Cardeal D. Henrique, é formado por duas taças de planta rectangular assentes em degraus de mármore regional em forma de labirinto. Destaca-se o plinto piriforme suportando a taça esferóide. Foi construído no século XVI. (Monumento Nacional)





 Praça de Giraldo (centro urbano da cidade; possiu uma fonte Henriquina e uma igreja conhecida por Igreja de S. Antão, sendo ambas as construções do sec. 16; o rei D. Duarte instituiu no local o Paço dos Estaus, do qual ainda existem vestigios)




O Palácio dos Duques de Cadaval é um palácio situado na acrópole de Évora, em Portugal. Este palácio, pertencente desde a sua fundação à Casa Cadaval, é constituído pela casa senhorial e pela Igreja dos Lóios, apresentando uma admirável combinação dos estilos mudéjar, gótico e manuelino.
A construção do Palácio das Cinco Quinas assenta em parte das muralhas romano-visigodas do antigo Castelo de Évora, herança bem visível nos contornos militares fortificados do edifício, bem como através da imponente torre da fachada principal, vestígio do castelo.


A Porta de Aviz ou Porta de Avis localiza-se na freguesia de São Mamede, na cidade de Évora, em Portugal.

Trata-se de uma antiga porta medieval reconstruída em 1804. No lado de "dentro" da cidade é um portal branco de contorno amarelo, no lado de "fora" é um portal em pedra, estilo manuelino. É uma das portas da cidade de Évora.

Classificado como Monumento Nacional desde 1922.


As Muralhas de Évora (da cerca medieval), também referidas como Cerca Nova de Évora ou Muralhas Fernandinas de Évora, localizam-se na freguesia da Santo Antão, na cidade de Évora, em Portugal.

O seu conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1922, e integra o conjunto do Centro Histórico de Évora, inscrito como Património Mundial da UNESCO







O Cromeleque e o Menir dos Almendres

Situado a cerca de 12 km a poente da cidade de Évora, o Cromeleque dos Almendres integrava, no seu apogeu, mais de uma centena de monólitos, constituindo um recinto de estrutura complexa, fora dos cânones dos monumentos similares da Península, com paralelo apenas num pequeno universo no termo de Évora.

Apesar de se encontrar em região de forte presença de testemunhos funerários do complexo cultural megalítico, somente em 1964, no decurso dos trabalhos da Carta Geológica de Portugal, o arqueólogo Henrique Leonor Pina, identificou este recinto que constitui o maior conjunto de menires estruturados da Península Ibérica e um dos maiores da Europa.


Anta Grande do Zambujeiro é um monumento megalítico localizado, próximo de Valverde - Évora - Alentejo - Portugal, um dos maiores que existem na Península Ibérica. Foi construído entre 4.000 e 3.500 antes de Cristo. Consiste numa única câmara, utilizada durante o neolítico como um local de enterro e possíveis cultos religiosos.

A camara em forma poligonal é feita de sete enormes pedras de 8 metros de altura. Originalmente eram cobertas por uma pedra com 7 metros de largura. Um corredor com 12 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 2 de altura conduze até a camara. A entrada estava assinalada por um enorme menir decorado, actualmente tombado.

Interior da camara da Anta Grande do ZambujeiroUma grande quantidade de achados arqueológicos encontrados durante as escavações encontram-se no museu de Évora. A Anta Grande do Zambujeiro foi declarada património de interesse Nacional em 1971 pelo decreto lei 516/71, de 22 de Novembro.

Este impressionante monumento ilustra a capacidade tecnica e a complexidade da organização social das populações neoliticas que o construiram






A Anta do Barrocal é um dólmen com corredor do período Neo-Calcolítico/Calcolítico que existe no Monte do Barrocal, em Nossa Senhora da Tourega, Évora, Portugal. Trata-se de um Monumento Nacional classificado pelo IPPAR em 1910.

A anta tem uma câmara poligonal quase intacta, com 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro, com sete esteios verticais e uma laje de cobertura. Restam apenas 2 esteios fracturados do corredor, à boca da câmara. Da mamoa que a deverá ter uma dia coberto não restam quaisquer vestígios evidentes.