o mar do poeta

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quinta-feira, fevereiro 19

KANTCHANANBURI




Quando tinha 14 anos e trabalhava como marçano numa mercearia ouvi um dia o patrão fazer um comentário sobre o filme que tinha visto na noite anterior, referia-se ao filme a Ponte sobre o Rio Kwai e logo me despertou à atenção.

Resolvi fazer umas ecónomias e na companhia de amigos fomos ver o filme, para tal comprámos bilhetes dos mais baratos e por isso ficámos na primeira fila que nos fazia doer o pescoço de olhar para écran.

Era um filme de guerra, rodado nos anos de 1957 e baseava-se na construção de uma ponte sobre o Rio Kwai, pelos prisioneiros de guerra ingleses sob o comando dos japoneses.
Adorei o filme mas fiquei sem saber em que região do globo ficava situado essa ponte.

Encontrava-me já a viver em Macau quando descobri que o rio Kwai ficava na Tailândia na província de Katchanaburi e tive o ensejo de um dia lá ir.

Esse desejo tornou-se realidade no ano de 1985 quando fiz uma visita a Bangkok e hoje volvidos que são 20 anos aqui estou tentando fazer uma narração dessa viagem e de uma outra que efectuei no ano de 2004.

A primeira foi-me proporcionada por um casal amigo, ele contabilista do aeroporto de Bangkok, possuía uma já bem usada viatura Toyota e num fim de semana me convidou a dar um passeio até à cidade de Kantchanaburi que distava ainda 150 kms de Bangkok.

Segundo informações colhidas a província de Kantchanaburi é a terceira maior província de Tailândia e ocupada uma aéra de 19 486 kms2, e 55% do seu terreno é composto por floresta. Tem 11 distritos, 80 comunas e 887 aldeias.

A cidade com o mesmo nome foi fundada pelo Rei Rama I e era a primeira de defesa usada contra os birmaneses.

É uma província rica ali se podem encontrar imensas quedas de água, e segundo dizem uma delas a Erawan é uma das maiores da Ásia. Além da cultura de cana de açucar tem igualmente algumas minas de safiras e é banhada por vários rios.

Por essa altura o parque autómovel na Tailândia era pequeno e como tal não havia ainda os enormes engarrafamentos que se fazem sentir nos dias de hoje. Não havia ainda auto-estradas todas elas se limitavam a estradas de duas vias, algumas delas em péssimo estado de conservação.

Saímos de Bangkok em direcção a Ratchaburi, não sabia eu que por ali perto ficava a famoso mercado flutuante, e como tal não o fomos visitar, fomos sim visitar a cidade de Nakhon Phaton onde se localiza o maior pagode budista da Tailândia, chamado Phra Pathom Chedi, fiquei impressionado com a sua oponência, mas como pouco me dizia a religião budisda pouco me interessou e ali permanecemos pouco tempo.

O meu amigo devido ao pouco tráfego que havia na estrada ia conduzindo pela faixa da direita, que servia somente para fazer ultrapassagem, ia descontraído e mais à frente fomos mandados parar por um agente da polícia que nos passou a multa e tivémos que pagar a quantia de 200 Baths.

Chegámos à cidade de Kantchanaburi, o movimento ali era grande, muitas motos e bicicletas circulavam pelas apinhadas ruas cheias de pessoas.

Achei engraçado a sinalização das ruas cujos nomes estavam inseridos numa placa em forma de peixe.

Via-se que a cidade era rica em comércio, tanto pelas lojas que podemos ver assim como pelos inúmeros vendedores ambulantes.

Parámos no cemitério dos aliados, era um local imenso e impressionante, não havia cruzes, nem jazigos, somente campas rasas com placas onde estavam inscritos os nomes dos combatentes falecidos, fazia imenso calor e após tirar algumas fotos dali saímos, fotos essas que nunca cheguei a ver pois quando foi fazer a revelação das mesmas o rolo nada continha.

Fomos pois visitar a famosa ponte sobre o rio Kwai. No imenso largo podemos ver duas antigas locomotivas. Atravessámos a pé parte da ponte e podemos ver no rio algumas alegóricas embarcações que serviam de restaurantes e alguns turistas que em pequenas jangadas feitas de bambu desciam o rio.

Pouco mais havia para ver pensei eu por desconhecer toda aquela fértil província.

Regressámos pois a Bangkok seguindo por outro intenerário e neste podemos ver um grande número de camionetas transportando altaneiras carga de canas de açucar, era perigoso assim conduzir e disso tivémos a prova um pouco mais à frente pois encontrámos várias caminonetas tombadas na valeta e sua carga espalhada por todo o local.

Passada hora e meia chegáva-mos à Avenida Rama IX onde moravámos, terminavam assim a curta visita à ponte do Rio Kwai.

Volvidos 19 anos lá tornei a ir, não com esse meu amigo, pois tinha já falecido. Moráva-mos agora na Avenida Lat Prao bem distante do centro da cidade, tinha-mos comprado uma viatura Nissan modelo Sentra havia pouco tempo e minha companheira tinha ainda falta de prática, por isso quando lhe surgeri ir-mos até Kantchanaburi ela me disse que desconhecia o trajecto e o mais prático seria nós ir-mos numa das carrinhas que fazem esse percurso, a estação ficava junto ao monumento da Victória e as passagens eram baratas. Concordei com a proposta e através da net estive vendo os hotéis em Katchanaburi e um me chamou particularmente à atenção, era o resort Cumsaed, que estava fazendo promoção para esses dias, o preço era convidativo e o que tinha podido ver pelas fotos era um lugar aprezível, pelo que fiz a reserva de dois quartos para dois dias, visto irem conosco as nossas três filhas.


Preparámos as coisas e no dia seguinte bem cedo apanhá-mos um táxi e seguimos para o monumento da Victória, ali encontravam-se várias viaturas que faziam o trajecto para o nosso destino, uma tinha acabado de sair pelo que tivémos que ali aguardar por uma outra que sairia passada meia hora.

Enquanto aguardáva-mos pela saída da carrinha que acima se pode ver na foto, tivémos tempo ainda de ir comprar o jornal e algumas bebidas.
Conosco seguiram também mais três senhoras, mas cujo destino não era o nosso mas sim uma aldeia próxima da cidade de Kantchanaburi.

A viatura apanhou uma nova estrada, tipo auto-estrada, e a boa velocidade a foi percorrendo só parando para desembarcar as tais senhoras.

Passado pouco tempo entráva-mos na cidade e a viatura recolheu ao seu parque, através do condutor ficámos a saber que o resort para onde íamos ficava ainda bem distante da cidade e com ele combinados o preço e nos levar até lá.

Assim foi, seguindo por estradas secundárias e passando por algumas aldeias e campos bem cultivados por fim lá conseguimos chegar ao Resort, a sua entrada era imponente e o segurança nos pediu para mostra-mos as reservas, só assim nos deixou entrar, tendo o condutor de lá deixar a sua carta de condução.

As instalações do resort ficávam à beira do rio Kwai bem lá mais a baixo, não se podiam ver pois havia grandes jardins que tivémos que percorrer até lá chegar-mos, todo o local o achá-mos lindo, cheio de arvoredo e muitas flores.

Junto ao grande salão de jantar ficava a recepção e ali fizemos o chek-in e nos foram entregues as chaves, ficaríamos alojados não na parte do hotel em si, mas em duas vivendas que ficámos quase defronte do edíficio principal.

Tudo estava bem tratado e as operárias essas não tinha descanso na conservação e lompeza do imenso parque.

Os quartos eram espaçosos e confortáveis, nada ali faltava, porém havia um pequeno pormenor a casa da banho não era totalmente coberta, a parede que dava para o jardim tinha só uns 3 metros de altura o resto era o vazio do céu.

Como era ainda cedo fomos dar umaa voltas por todo aquele bonito local, havia três piscinas, duas opimpicas e uma para crianças e também um SPA, de nenhuma nos chegámos a utilizar, primeiro porque a água das piscinas nos pareceu não muito limpa e do SPA esse não queria-mos estar a despender dinheiro para usuferir dos seus serviços. Lá mais a baixo passava o rio Kwai e para lá nos dirigimos, calçava eu uns ténis de marca, mas por tanto andar sobre a relva as solas se descolaram tendo que fazer o resto do percurso descalço, nas fotos abaixo inseridas poderé ver-se parte do local e também o articulista com os sapatos na mão, muitas fotos tirei, mas na altura que estou escrevendo esta crónica em Macau, não tenho comigo as fotos para as poder inserir.

Estas fotos foram tiradas na parte oeste do resort junto ao rio Kwai, mas os jardins eram vários e imensos, junto do portão de entrada havia um ricamente ornamentado com com enormes estátuas de deuses e mais ao lado uma pequena réplica da vida do povo daquela região.
Aproveitá-mos e almoçamos no restaurante do hotel, o ambiente era de luxo, a paisagem era deslumbrante podendo-se ver ao longe as altaneiras montanhas e os campos todos verdejantes e mais perto o vasto caudal do rio e jardins adjacentes.

O menu era fraco e a comida apresentada, confecionada por um chefe francês não foi lá muito do nosso agrado o preço esse era excelente para o carote.

Antes de nos dirigir-mos para os nossos alojamentos ainda demos mais uma volta por por parte do jardim indo depois descansar.

Como a comida no hotel era de fraca qualidade resolve-mos ir jantar à cidade, tinha-mos o contacto telefónico do condutor que ali nos tinha levado e com ele combiná-mos em nos vir buscar.

Antes do jantar poderíamos ir visitar a ponte que minhas filhas ainda não tinha visto e mais alguns locais de interesse.

Eram 17.30 horas quando chegá-mos à cidade, tinha-mos levados quase meia hora de viagem. Calmamente podemos então percorrer a ponte as minhas filhas mais novas não se atreveram pois as ripas da ponte eram bastantes espaçosas entre si e lá em baixo ainda a uma altura considerável ficáva o rio.

Vimos ainda passar um combóio que vindo do Myammar seguia agora para Bangkok. Perto havia várias lojas que vendiam toda a espécie de produtos da região entre eles o famoso peixe salgado. Entrámos eu comprei uns ténis novos e alguns postais enquanto as miúdas iam comprando alguns brinquedos e porta-chaves.

Estava na hora de jantar e havia imensos batelões que serviam de restaurante e que depois de terem um certo número de clientes seguiam para o rio onde davam um grande volta e ali serviam o jantar acompanhado de boa música. Farto de barcos tinha ficado eu ficado pois tinha servido na Polícia Marítima de Macau por por 25 anos pelo que perferi um que dali não saísse.

Por conselho do condutor ficámos num que segundo a opinião dele era dos melhores, fomo-nos instalar no primeiro andar podendo dali ter uma vista de todo o rio e do movimento das embarcações.

A comida era óptima e alguns dos pratos um pouco picante me obrigou a beber duas cervejas de 0.75 dl. Com a bariiga cheia e sendo já noite resolvemos regressar ao resort.
Combiná-mos com o condutor para nos vir buscar no dia seguinte às 08.00 hors pois tencionáva-mos ir visitar as famosas quedas de água existentes no parque de Erawan e dar umas voltas por aqueles locais de todos nós desconhecido.

A noite passou-se agradibilissimamente bem sob o cantar dos passáros com seu canto melidioso.

Quando chegá-mos ao salão de jantar onde era servido o pequeno almoço bufet tivémos dificuldade em arranjar uma mesa vaga o que tivémos que aguardar por uma e isto devido a haver por lá centenas de professores vindos de Bangkok que ali tinham ido passar alguns dias de férias.

Enche-mos bem a barriga, só a filha mais nova e que como sempre comeu pouco. O condutor já por nós esperava e não nos demorá-mos em ir aos quartos buscar a pouca bagagem que levaríamos.

Iria-mos primeiro visitar o parque de Erawan. Ainda ficava longe, uns 68 kms, a estrada era óptima e ora circulando por planíceis ora por montanhas podemos ir admirando a bela paisagem até que tivémos que entrar num desvio que dava para Erawan.
A estrada era de terra batida, cruzamos com uma aldeia onde existia um enorme barracão que servia de alojamento a vários restaurantes, ali saímos para comprar algumas bebidas e pacotes de batatas fritas.

Chegados ao parque em si foi necessário comprar os bilhetes de entrada e espantado fiquei quando me pediram a quantia de 200 baths enquanto os naturais da Tailândia pagavam apenas a quantia de 20 baths, achei um exagero e se não tivéssemos tão longe da cidade não teria entrado.

O parque em si estava bem composto de flores e de indicações, tivémos que deixar ali a viatura e seguir a pé por um trilho infindável com um péssimo piso até alcançar-mos a primeira estação das quedas de água.

Como a caminhada tinha sido longa logo fui procurar um lugar debaixo de uma árvore para descansar, ali me sentei, mas por pouco tempo pois o terrenos estava repleto de formigas o que me levou a mudar de lugar, abri o farnel que leváva-mos e comi umas batatas fritas acompanhada de uma cerveja.

Viam-se passar muitos turistas alguns deles conduziam bicletas e seguiam lá para o alto da montanha onde havia maiores quedas de água.

Muitos miúdos se divertiam nas frescas águas e muitos tailândeses por ali passavam e seguiam igualmente lá mais para cima. As minhas filhas querendo ver toda a zona para lá se dirigiram voltando cerca de meia hora depois bem cansadas, Disseram que as quedas de água na terceira e segunda estação eram enormes, tinha ficado por ali pois a última e a maior delas ficava ainda muito longe.

Não me seduziu ir até lá e por ali fiquei.

Palmilhando de novo o trilho nos dirigimos até onde tinha-mos deixado e a viatura e dali seguimos para a tal aldeia onde num restaurante de baixa classe podemos comer alguma coisa, havia imensos autocarros de turismo ali parcados e muito dos turista que transportavam ali estavam a almoçar.

Segui-mos depois por altaneiras serras, podendo assim disfrutar de maravilhosas paisagens. Parámos no topo de uma que era um formidável jardim bem arranjado onde podemos ver a estátua da rainha e de um grande buda, ali havia algumas lojas e podemos ver a imensa barragem de Srinakarim, nome da rainha.

A paisagem que dali se podia ver era deslumbrante, com o rio Kwai a passar lá no vale, a barragem era imensa, ficava a 3 kms do parque de Erawan a 68 de Kantchanaburi, ali se produzia 41% da energia eléctrica consumida em toda a Tailândia.

De regresso ao resort parámos numa loja onde adquirimos alguns alimentos que nos serviriam de jantar, não estáva-mos disposto a ir à cidade.

Combiná-mos com o condutor para nos vir buscar no dia seguinte para nos levar a Bangkok e por ali ficámos tendo ainda percorridos os vastos e belos jardins do resort. Depois jantámos no quarto.

Vimos um pouco de televisão as miúdas estavam sempre a bater à porta de nosso quarto e iam e vinham brincando. Tomá-mos um banho e passámos uma óptima noite.

No dia seguinte de novo nos dirigimos para o salão onde ali tomá-mos mais um pequeno almoço, como era ainda muito cedo consegui-mos com facilidade encontrar mesas vagas mas passado pouco tempo o vasto salão ficou repleto de pessoas.

Regressámos ao quarto onde tratámos da bagagem e embalá-mos com muito cuidado as muitas orquídeas que tinha-mos comprados.

Assim nos despedimos daquele fabuloso resort mas sem vontade de lá regressar de novo por ficar distante de tudo.

Seguimos rumo a Nakorn Pathon depois de entrár-mos na vistosa cidade, tivémos que dar uma grande volta até poder-mos chegar ao parque junto do mosteiro. Esta cidade foi formada no mar e teve o seu apogeu durante a civilização Dvaravati de acordo com o espólio arquitetónico encontrado.

Mais tarde sofreu a influência do Budismo a da civiliazação indiana. Povos de diferentes raças aqui habitaram, mudado o curso do rio os seus habitantes tiveram que se instalar nas margens do rio e ali construiram novas povoações.
A nova cidade chamada Nakhon Chaisi também chamada Sirichai deixou deserta a cidade de Nakhon Pathon por centenas de anos até ao reinado de Rei Rama IV que era também um Bonzo e viajando por aquelas paragens ali mandou construir o templo Phra Pathon Chedi o maior e mais alto de todos os mosteiros existentes na Tailândia.

O movimento era imenso, tanto de turistas locais como estrangeiros. Nessa altura estava mais bem informado sobre a religião Budista e subi a imensa escadaria indo visitar o interior do templo.

Nas suas vastas alas havia centenas de imagens do Buda, todas elas diferentes e que tive o cuidado de fotografar, mas hoje não sei onde param essas mesmas fotos, encontrei somente uma onde eu estava vendo uma decorada mesas com artigos religiosos.

Saídos de Nakorn Pathon passámos por Ratchaburi, cidade esta que se localiza nas margens do rio Mae Klon, ainda grande parte da cidade e podemos ver o seu grande desenvolvimento, mas como nada de interessante havia para ver dirigimos à pequena povoação de Damnoen que distava ainda 26 kms que é considerada a Veneza do Este e ali se encontra o famoso mercado flutuante.

Nada podemos ver do mercado flutuante pois as suas actividades começam por volta das 05.00 hors e terminam às 07.00 horas, porém podemos ver o seu imenso mercado em terra e as muitas embarcações ali atracadas que serviam de restaurante.
Havia passeios pelo rio, mas nós perfería-mos entrar num dos tais restaurantes e ali almoçar-mos, a comida era típica daquela região e baseava-se em peixe, que por ali era abundante.

As minhas filhas iam atirando pedaços de pão ao rio e podiam-se ver os enormes peixes lutando por ganhar o seu pedaço.

A comida era saborosa e o preço esse era barato. Demos ainda uma volta pelo mercado onde vendo belas orquídeas a minha companheira, apreciadora de flores não resistou à tentação e comprou ainda mais algumas, flores essas que foram juntar às outras que leváva-mos na bagageira do carro que mais parecia um jardim ambulante de tantas flores que leváva-mos.
Segui-mos depois para Bangkok, e como sempre à entrada da cidade o trânsito era caótico e tivémos imenso tempo parados, por fim chegou a nova vez de prosseguir-mos caminho tendo apanhado uma auto-estrada que nos levaria a casa.

Terminava assim este belo passeio pela província de Kantchanaburi, muito ficou por ver, mas vimos o essêncial, as próximas viagens seriam para outros destinos neste vasto e belo reino do Sião.


ERAWAN


SHIVA

BRAHAMA

VISHUNU


BRAHMA VISHNU SHIVA

Na mitologia Hindu a palavra Trimurti significa Divina Trindade que se compõe por três Deuses principais, Brahma, Vishnu e Shiva.

Brahma é o primeiro Deus da Trimurti e é considerado pelos hindus a representação da força criadora activa no universo.

De acordo com os mitos ele possuia apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa. Quando Brahma viu a sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa.

Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados.

Para a poder vê-la para onde quer que fosse criou mais três cabeças, uma a esquerda, outra a direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até ao alto dos céus, fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima.

Nas escrituras sagradas hindus consta que que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva, por Braham ter falado desrespeitosamente de Shiva que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de Brahma.

Brahma tem quatro braços e nas mãos ele segura uma flor de lotus, seu Cetro, colher, um rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo por ele utilizado era um cisne, o símbolo do conhecimento.

Já na mitologia grega se fazia referência a este meio de transporte, e segunda a lenda Zeus teria ofererido a Apolo uma destas carruagens e a está também associado a Afrodite e Venus, a gravura acima inserida representa Venus sentada no seu carro cisne.

Nos primeiros anos do cristianismo esta carruagem era a imagem mais popular nas lamparinas e nos ornamentos.

Segundo as escrituras ele Brahma e sua esposa criaram tudo o que existe na terra e no mar e o alfabeto Thebanakree e a língua Sanskrit a escrita da cidade dos deuses 1 500 anos antes de Cristo e suportavam as artes e as ciências.

Dizem que acompanhou Buda na sua descida a terra e se transformou em elefante.
A sua imagem sagrada é imensamente venerada na Tailândia e alguns países da Ásia, ao contrário que na India, pois segundo a versão dos hindus, sua função já se acabou depois de que o universo foi criado.

Em Bangkok, cidade dos Anjos, junto ao antigo hotel Erawanestava erguida uma casa dos espiritos, muito vulgar na Tailândia, mas um bonzo advertiu da má sorte que daria e isso veio a acontecer com a falência do hotel.

Para quem desconhece a casa dos espiritos, tal como se podem ver na imagem, são pequenos altares onde são colocados alimentos e flores aos espiritos da família e é muito vulgar na Tailândia.

No local onde se encontrava a tal casa dos espiritos foi colocada a imagem do Brahma, deus das quatro faces, e um novo hotel com o nome de Erawan foi construído sendo hoje um dos mais reputado e mais luxuosos da Tailândia.
Esta imagem veio dar sorte e os comerciantes a partir daí a colocam junto dos grandes empreendimentos.

O local é frequentado por imensos devotos e turístas.

Uma moça ainda jovem e devota do Brahma foi orar e pediu para que lhe saisse a lotaria e prometeu se a sorte a bafejasse iria dançar em volta da imagem, toda nua. O que é certo é que a sorte a bafejou e lá foi pagar a promessa, acontecimento esse que foi bastante divulgado aumentando ainda mais a popularidade deste deus de quatro faces.

Nos dias de hoje e como se pode ver pelas imagens o local apresenta sempre estas imagens, onde dançarinas vestidas a rigor dançam em volta da imagem.

Perguntarão o que tem tudo isto a ver com o que acabei de escrever com o Erawan?

Direi que tem tudo a ver, pois trata-se do mesmo Deus, mas o que desejo apresentar é o Erawan em forma de elefante com três cabeças cujo museu, situado em Samut Prakan fui visitar no dia 16 de Janeiro de 2006.

Na cultura tailândesa o elefante é um animal sagrado e em tempos passados quando o rei da Tailândia, Rama V, visitou Portugal e desconhecendo os costumes dos tailandeses os portugueses para serem agradaveis ao rei queimaram, sobre a forma de fogo de artificio, um elefante branco o que causou em entrave político entre estes dois países que nunca mais foi sarado.

A história deste museu é outra bem original e quem visita o local fica de boca aberta ao ver o colossal elefante de três cabeças construído em cobre pesando 300 toneladas e tem a altura de catorze andares, no seu interior encontra-se o museu.
Simplemente enorme e maravilhoso de se ver, paguei somente pela entrada a módica quantia de 150 baths ou sejam 3 euros.

Esta colossal obra foi um sonho do senhor Lek Viriyahbhun, o primeiro concessionário dos automóveis da marca Mercedez Benz na Tailândia e que tinha grande interesse pela cultura e pela filosofia.

A primeira ideia de construir tão magestosa peça de arte veio de um estrageiro que o visitou em Bangkok tendo-lhe surgerido para construir algo diferente que vosse ao encontro da cultura tailândesa.

O monumento está divido em duas partes, a base e o elefante em si.

A estrutura do elefante foi feita com centenas de milhares de pequenas peças de cobre. A tromba do elefante está decorada com fina porcelana, as foram construídas com fios electrico e tubos de água e são composta de elevadores e outros instrumentos mecânicos.

O tronco está igualmente ricamente decorado assim como a sua cauda.

No interior do ventre do elefante se encontram expostas preciosas peças de porcelana e algum mobiliário.

A saída e ao tirar esta foto tomei uma molha pois os bicos da serpente viraram-se para mim e fui bem regado, mas como esta água segundo eles dizem é benta fiquei bem benzido.

Foi um passeio agradavél e cultural também, recomendo a todos que visitarem Bangkok a não perderem de visitar este museu.

O idealizador desta gigantesca obra nunca a chegou a ver, pois entretanto faleceu, seu filho mais velho deu continuação aos trabalhos que levaram dez anos a ser concluídos e são uma prova de gratidão a seu pai, mostrando assim a potência da realização do seu sonho que muitos julgavam impossível de concretizar.

O resultado desta obra de arte de forte influência Hindu no Budismo na Tailândia é uma homenagem ao povo tailandês.

Este senhor de origem chinesa é igualmente proprietário, era, agora passou para sua família, de mais duas colosais obras uma a cidade antiga ou Anciente City o maior museu ao ar livre do mundo, sito nesta aérea de Samut Prakan e o Santuário da verdade, Sanctuary of Truth, sito na praia da Pattaya e que é a maior estrutura feita em madeira.

Em outra oportunidade e depois de visitar esta magestosa obra então falarei dela, quando a antiga cidade jã a visitei e é tão grande que não sei por onde começar, até que o Deus Erawan nos vá protegendo.

quarta-feira, fevereiro 18

NITERÓI


AS ÁGUAS ESCONDIDAS DESSE RECANTO
UM DIA QUIS CONHECER
POR SEU BELO E TER ENCANTO
LONGA VIAGEM FOI FAZER


NO AEROPORTO GALEÃO DESEMBARQUEI
A PONTE RIO-NITERÓI FUI ATRAVESSAR
NO HOTEL ORIZZONTE ME HOSPEDEI
PASSANDO A NOITE A DESCANSAR,VENDO O MAR


A BAÍA DE GUANABARA ERA UM REGALO
E EU ALI RECONFORTADO
QUANDO SENTI UM FORTE ABALO
SENDO POR UMA DOZELA ABRAÇADO


SEU NOME ROSA MARIA
UMA NITOROIENSE A VALER
ME SERVIU DE AMANTE E GUIA
E TODA A CIDADE CONHECER


E LOGO PARA COMEÇAR
DO SEU ANTONIO DO BACALHAU FOMOS COMER
DEPOIS!... BEM DEPOIS!... DE MUITO FALAR
AMOR ESSE TIVÉMOS QUE FAZER


CONHECI ASSIM O PALADAR
DE UMA BAZUCA A VALER
E PARA NUNCA A OLVIDAR
UM CARACOL ME VEIO OFERECER


FOMOS ENTÃO PASSEAR, PARA TUDO CONHECER
SANTA CRUZ A FORTALEZA
DE LÁ O CORCOVADO PODEMOS VER
E O MAR E TODA A SUA BELEZA


PELO PARQUE DA CIDADE
DE MÃOS DADAS ANDAMOS
E EM PLENA FELICIDADE
EM BICICLETAS PEDALAMOS

S. LOURENÇO DOS INDIOS FOMOS VISITAR
ERA NOSSA OBRIGAÇÃO

A ARARIBÓIA HOMENGEM PRESTAR
PELA SUA GARRA E DETERMINAÇÃO


E UMA CIDADE CRIOU TUPI COBRA DA TEMPESTADE
NICTCHEROY ELE FUNDOU
UM INDIO COM SUA ORIGINALIDADE
A CIDADE DO SORRISO CRIOU


NA PRAIA DE ITACOATIARA FOMOS NADAR
NESSA BELA E PARADISICA, PEDRA PINTADA
E POR NÃO SABERMOS SURFEJAR
BEBEMOS UMA CACHAÇA FRIA E APANHAMOS A CAMADA


DALI FOMOS JANTAR
E LA SAGRADA FAMILIA FOI O LOCAL
DEPOIS A NOITE FOI PARA DANÇAR
NA CHARITA E NA BOITE VERTICAL


FOI DANÇA COM CACHAÇA GOSTO COM GOSTO
QUE FEZ ABANAR O COQUEIRO
E COM O VERMELHO NO ROSTO
ME SENTIA TARZAN SEMPRE O PRIMEIRO


TAL FOI A CAMARINHA
QUE FOMOS A NOITE PASSAR
NA AREIA BEM FOFINHA
NA PRAIA DE PIRATININGA JUNTO AO MAR


AQUELA ROSA MARIA A MIM SE ENTRELAÇOU
E QUANDO O SOL NOS VEIO BEIJAR
NOVA MARÉ ALTA COMEÇOU
E PARA A PRAIA DA BOA VIAGEM FOMOS CAMINHAR

S.JOÃO BAPTISTA, BASILICA E S.FRANCISCO XAVIER
ESTAS IGREJAS FOMOS VISITAR
E COMO SEMPRE A PEDIDO DA MULHER
AO PADRE BENÇÃO FOMOS SOLICITAR

O PALÁCIO ARARIBÓIA VISITAMOS
DA HISTÓRIA DA CIDADE SOUBEMOS
NO TEATRO MUNICIPAL ENTRAMOS
E NO PLAZA SHOPPING COMPRAS FIZÉMOS

O MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA
NÃO PODERIA DEIXAR DE SER VISITADO
POIS TEM COISA LINDA E BEM BACANA
QUE ATÉ FIQUEI ABISMADO

FOMOS AO SOLAR DO JAMBOEIRO
VER SEUS AZULEJOS E SEU TRAÇADO
POIS TUDO NELE É VERDADEIRO
E POR PORTUGUÊS DE RAIZ FOI CRIADO

TODA A CIDADE ANDAMOS
PERCORRENDO TODOS OS RECANTOS
E LÁ AO FUNDO AVISTAMOS
CRISTO REI E SEUS ENCANTOS

A PONTE RIO NITERÓI ATRAVESSAMOS
VENDO PAISAGENS DE ESPANTAR
E GRATOS POR TUDO FICÁMOS
E NO HORIZONTE POSTANDO O OLHAR

NESTA MINHA VIRTUAL VIAGEM
E DESTA RISONHA CIDADE
LEVO COMIGO A MIRAGEM
DA MAIOR FATERNIDADE

Poema dedicado ao meu Grande Amigo Irmão e Ilustre Poeta José Carlos Silveira

BURIRAM



BURIRAM

Haviam-se passado dois anos desde a minha visita a Phimai e de novo me encontrava na Tailândia, no ano anterior 2002, lá tinha ido por várias vezes mas não se tinha proporcionado, como tinha previsto, o tal passeio até Buriram, para que nesta província pode-se ver as suas riquezas arquitectónicas e pode-se apronfundar mais os conhecimentos sobre a civilização Khmer.

Estavámos no mês de Julho de 2003 e planeámos então ir visitar as terras de Isan.

Estudámos bem o percurso e os locais a visitar e fizemos reserva de quartos, através da internet, no Hotel Vong Tong na cidade de Buriram.

Às 07.00 horas saímos de Bangkok e seguimos pela auto-estrada do norte, depois fizemos um desvio e entrámos na auto-estrada que nos levaria até Sara Buri. Como sempre esta via é muito movimentada, o dia estava bastante quente e com muito sol, pelo que a condução foi feita com muita prudência, a paisagem essa já bem nossa conhecida não nos despertou à atenção.

Todo o trajecto foi efectuado em terreno plano, pois o sistema montanhoso só começava depois de Sara Buri.

Quando chegámos a Sara Buri eram quase horas de almoço e aproveita-mos para ali tomar-mos essa refeição o restaurante que ficava mais à mão encontrava-se no Centro Comercial Big C. Depois de bem comidos pelas 13.30 horas recomeçamos a nossa viagem dizendo adeus a esta simpática cidade.

Antes de entrár-mos na auto-estrada que nos levaria até Pakchong podemos ver ainda lá ao longe este magestoso pagode.

O sistema aqui era montanhoso com muitas curvas e sobe e desce. Nos vales, já em Chok Chai, terra dos Cowboys, podiam-se ver grandes rebanhos de vacas e à beira da estrada muitos anúncios fazendo propaganda a restaurante que se dedicavam a confecção de bifes cuja carne daquela região é afamada.

A auto-estrada estava em reparação e o piso não era muito famoso para agravar a situação começou a chover torrêncialmente que nos impossibilitava de ver a estrada. A chuva presistiu ainda por algum tempo até que amainou, à beira da estrada podiam-se ver agora alguns artesões fabricando esculturas e outras peças em estilo Khmer.

Levá-mos ainda bastante tempo até encontra-mos o desvio para Pakchong, cidade esta que meses atrás tinha sido alvo de várias explosões provocadas pelo rebentamento dos paiós de munições do exército, tendo causado alguns mortos e muitos feridos, era para lá que nos dirigia-mos.

Desta vez, em Pakchong não iria-mos ficar no hotel, ficaria-mos alojados nuns quartos, para visitantes, da fábrica japonesa de embalagens, onde uns amigos nossos trabalhavam e viviam.

Chegados às instalações da fábrica a segurança nos mandou parar e nos obrigou a entregar os cartões de identificação, depois chamaram os novos amigos para confirmar a nossa ida ali, só depois nos foi dada autorização de entrada.

A fábrica era enorme e moderna, na foto anterior pode-se ver o articulista junto à placa indicativa da mesma. As casas onde viviam os trabalhadores ficavam lá ao fundo ao lado das instalações fabris, o espaço estava bem tratado com muita relva e muito florido, havia uma caminho coberto de flores até ao casario, vimos um recinto para a prática de basquebol e uma enorme antena parabólica.

Tudo estava primorosamente bem arranjado. O casario compunha-se por dois quateirões de casas de um só piso, havia um destinado somente aos visitantes e foi para essas que nos dirigi-mos e ali ficámos alojados.

Defronte destas havia um enorme recinto todo relvado que dava até aos palmares que se avistam bem lá ao fundo.

Dáva-nos até a sensação de estar-mos num resort.

O quarto que nos foi distribuído era espaçoso, tinha duas camas e uma ventoinha de parede, uma casa de banho, embora sem chuveiro ou banheira, era arejado e fresco. Ali deixámos as bagagens e fomos conhecer melhor todo aquele aprezível local.

Combinados que iría-mos jantar à cidade e assim o fizémos, o restaurante indicado não ficava própriamente na cidade, mas diziam ser um estabelecimento onde a comida servida era saborosa.

Quando lá chegámos deparámos com um restaurante construído em bambu típicamente regional e as suas mesas estavam todas ocupadas, tivémos que esperar ainda algum tempo até que conseguimos lugar.

A comida que escolhemos era saborosa e foi bem regada por cerveja e ali passámos alguns momentos agradáveis. Quando nos foi presente a conta fiquei admirado pelo baixo valor pedido.
Regressámos às nossas instalações e à entrada da fábrica fomos novamente identificados, naquelas paragens o clima é bem diferente de o de Bangkok, ali fazia frio e como tal recolhemos-nos nos nossos quartos.

As camas era daquelas tipo tropa, com molas, o colchão esse era bom e conseguimos assim passar uma noite tranquila, acordando de vez enquando com o apito instridende do combóio cuja linha férrera passava não muito longe, mas que não se podia ver devido aos vasto arvoredo que encobria toda a zona.

Bem cedo nos levantá-mos tendo o nosso anfitrião nos proporcionado um excelente pequeno almoço.

Um dos seus filhos admirava a viatura que nós utilizava-mos, uma pick-up Isuzu, modelo Supreme turbo diesel de 2.500 c.c. e aproveitei para lhe tirar uma foto.

Agradecemos a hospitalidade e dali seguimos então rumo a Buriram que ainda distava uns bons quilómetros.

Seguimos pela auto-estrada que seguia para Nakhon Ratchasima (Korat) e durante o trajecto podemos desfrutar de belas paisagens e admirar soberbos resortes todos de óptima apresentação cujas entradas eram bem vistosas e floridas.

O trajecto por vezes era montanhoso e dali podia-se avistar a enorme barragem de Lam Phra Phloeng, quando iniciámos a descida deparámos com imensos restaurantes à beira da estrada onde empregados nos faziam sinal para ali parár-mos. O local era já nosso conhecido, geralmente a comida ali confecionada não era das melhores, mas aproveitá-mos para descansar um pouco e apanhar ar fresco e comtemplar de perto a imensa barragem.

O restaurante desta vez escolhido não foi dos melhores e a comida apresentada deixava muito a desejar, além de o preço ser um pouco ezaxerado, mas tudo bem.

Prosseguindo a viagem para Buriram forçosamente teríamos que passar pela cidade de Korat, porta de entrada para o Nordeste, tendo que percorrer-mos a nova e extensa avenida que cruza a cidade.

Tivémos que recorrer ao auxílio de um condutor de motos táxis para nos indicar o caminho que iria dar a Buriram, e completamente informados para lá seguimos, a estrada secundária ficava bem lá ao fundo da enorme avenida já ao sair da cidade.

Entrámos pois nas vasta planície os terrenos estavam todos repletos de arrozais, mas durou pouco essa paisagem pois que de seguida os campos apresentavam-se vazios e isso devido à falta de água.

O pouco casario que se avistava era comstituído por algumas velhas barracas, pessoas essas poucas se viam e a circulação de viaturas era bem diminuta.

De repende depará-mos quase com um oasis, tinha-mos entrado numa pequena povoação cujo casario tinha uma óptima apresentação e belos jardins o rodeavam. Avistá-mos uma estação de serviço e aproveitá-mos para atestar o depósito da viatura, ali havia uma loja de conveniência o 7 Eleven que se encontram espalhados por todo o país, e aí podemos comprar algumas bebidas frecas.

A paisagem ia-se alternando entre o vazio dos campos e algumas plantações de cana de açucar.

Perto estáva-mos já da cidade de Buriram, pois ali o movimento de viaturas eram bem maior e podia-se ver já muito casario.

Circulando por uma enorme avenida pensáva-mos estar já em Buriram e parámos para indagar onde ficava o hotel, o jovem que nos informou disse-nos que ali não era Buriram, mas sim uma pequena aldeia, a avenida era comprida mas limitava-se somente a ter casas comerciais junto à estrada, Buriram ficava ainda a alguns quilómetros.

Por fim chegámos ao nosso destino a cidade tinha um aspecto de pobreza tudo ali era pobre até a sua vegetação, eram 16.00 horas quando estaciona-mos a vitura no parque do hotel Vong Tong, este era um prédio de três andares sem grande luxo.

Após ter-mos feito o Chek-In, carregados com a bagagem, lá palmilhamos as escadas, pois não havia elevador e os nossos quartos ficavam no terceiro andar.

O hotel era limpo e bem decorado, o quarto que nos coube era espaçoso e nada faltava, faltava sim que pudesse-mos disfrutar de uma outra paisagem e não aquela que podiam-mos ver, pois a janela dava para uma casa típicamente tailândesa, bem mal conservada e repleta de galináceos, mas tudo bem.

O preço pelo alojamento tinha sido barato, 9 euros com direito a pequeno almoço.

Depois de um refescante banho fomos dar uma volta pelas imediações do hotel, a rua lateral era composta de lojas na sua maioria delas exploradas por cabeleireiras e manicures, eram ainda muitas o que me surpeendeu, ou eu não tivesse comprendido, pois Buriram quer dizer terra da felecidade e do gozo, talvez por detrás do anúncio de cabeleireiro fossem praticados outros ofícios, o resto era casario baixo, sujo e com má apresentação, na rua principial circulavam algumas bicicletas e triciclos tendo até um condutor oferecido os seus serviços. Restaurantes esses nada vimos e indagando a um transeunte onde se podia comer ele nos indicou um centro comercial que ficava fora da cidade.
Regressámos ao hotel onde recolhemos alguns folhetos indicativos dos monumentos que desejava-mos visitar e ficámos a saber que os mesmos embora se localizassem em Buriram, província e não cidade, distavam dali ainda uns bons 68 quilómetros.


Dali saimos e fomos até ao tal centro comercial indicado, era pequeno e ficava ainda bem longe da cidade, mas mesmo assim podemos tomar uma soculenta refeição num restaurante japonês, um Suki Yaki.

Demos ainda uma volta pelo supermercado mas nada ali comprámos, seguindo depois para o hotel, durante o trajecto podemos ver quanto era esta pobre esta cidade.

Passámos uma noite descansada, os galináceos da casa vizinha portaram-se bem e só quando o sol nasceu se fizeram ouvir o seu caraquejar.

No restaurante defronte do hotel e pertença deste ali tomámos o pequeno almoço à europeia que nos caiu bastante bem, regressámos ao quarto onde recolhemos a nossa bagagem e só depois seguimos rumo a Prasat Muang Tam.

Ficámos a saber que a província de Buriram é mais maior e mais populosa de terras de Isan, que é constituída por 22 distritos que se sub-dividem em 189 comunas e 2 212 aldeias.

Pretendia-mos igualmente ir visitar o templo Prasat Khao Phra Wihan na vizinha província de Sisaket, templo este que se localizava no Cambodia e foi ocupado pelos tailândeses, em 1907, e que foi motivo de dispusta entre os dois países até 1962 quando o Tribunal de Justiça Internacional reconheceu aquela zona como pertença do governo tailandês, mas se ainda houvesse tempo lá iriamos, agora seguia-mos para o local já determinado.

Passámos por várias aldeias repletas de gente e de comércio, vimos ainda algum casario interessante pertença talvez de algum estrangeiro, pois muitos são os que por ali se radicaram e casaram com senhoras da zona, pois a influência americana se faz ainda sentir.

Tivémos de deixar a estrada secundária e entrar numa de terra batida, havia uma placa assinalando dois mosteiros o Prasat Muang Tam e o Phanom Rung, o primeiro ficava no vale e o segundo no alto de uma colina, pelo que preferimos ir visitar primeiro este no vale por ficar mais perto.
O local estava bem concorrido de alunos de uma escola que iam em visita de estudo, havia um edifício do turismo e um pequeno bazar mesmo por detrás.

Para ficár-mos mais informados sobre o que iriamos visitar obtámos primeiro por entrar no edificio do turismo e valeu a pena, pois lá estava exposto todo o historial do mosteiro e onde podémos igualmente recolher alguns impressos informativos.

Percorremos o pequeno bazar onde se vendiam artigos de terceira qualidade na sua maioria oriundos do Canbodja, dali seguimos até a bilheteira onde comprámos os bilhetes de ingresso, e como já fiz referência o preço dos mesmos é diferente para os naturais e para os estrangeiros eu tive que pagar a quantia de 40 Baths enquanto os naturais pagaram apenas 10, mas tudo bem.

Este mosteiro fica localizado a 8 quilómetros a sul de Phanom Ruang outro grande mosteiro Khmer, no sopé do monte e foi mandado construir pelo rei Jayavamang no século X e consta que foi construído pelos Hindus e é do estilo Khmer Baphua, ali se respira paz e tranquilidade, é composto por cinco edifícios todos eles em pedra trabalhada. Nos cantos dos mesmos podemos ver as cabeças de serpente (Naga).

Naga representa a cobra ou dragão segundo a lenda e os mitos.

Existem várias Nagas, a Nagiri femenina era a serpente indiana filha de Kadru e segundo a lenda exercia enorme poder espiritual nos humanos. A Naga Kanya com 5 ou 9 cabeças era o constrates do Deus Vishunu.

Naga era o nome de um povo que vivia na India, nas terras dos nagas, e ficava situado nos estados indianos de Manipur e Arunachal no Noroeste indiano.
Ainda hoje se pode ver parte desse povo que faz parte de uma minoria étnica no Myammar (Burma).

Dali seguimos montanha acima até ao mosteiro Phanom Ruang, o movimento ali era enorme com imensas camionetas de turismo ali parcadas, imensas tendas vendiam de tudo, réplicas deste enorme mosteiro podiam-se comprar a vários preços e eu não resiste à tentação e comprei uma.

O mosteiro em si ficava no topo de uma montanha, tivémos ainda que galgar a íngreme encosta indo dar a um vasto jardim todo revaldo, ali havia então uma comprida via empedrada, com 120 metros de comprimento e lá bem ao fundo uma escadaria a perder de vista, estava cansado da subida e pelo jardim fiquei a recuperar o fôlego.

Doíam-me as solas dos pés, mas mesmo assim lá fiz um esforço e percorri a extensa via e depois lentamente subi o degraus da escadaria que pareciam infindáveis, quando cheguei ao topo tive que me sentar para descansar, mas quando os meus olhos depararam com enorme beleza disse para comigo que tinha valido a pena todo aquele esforço.

Este enorme e belo mosteiro foi constuído em cima de um extinto vulcão, era um templo hindu e simboliza Shiva’s, foi constuído no século X pelo povo da civilização Mon também conhecida por Dvarati que era uma cultura indiana que praticavam o Budismo Theravada e encontrava-se na rota do Angkor Wat no Camdodja, podem-se ver ainda as suas 15 imponentes portas.

Na parte norte do mosteiro existem dois enormes lagos que serviam para as pessoas ali se purificarem antes de entrar no mosteiro.

O mosteiro em si é constituído por cinco naves a primeira coisa que o visitante depara é a sua magestosa entrada com seu pedrario trabalhado e as pontes que ligam este pavilhão ao segundo tendo-se que se atravesSar uma ponte na qual se podem ver as Nagas, cabeças de cobra. Levámos ainda imenso tempo a percorrer todo o seu interior e por fim no último pavilhão deparámos com um enorme terraço de onde se podia ter uma panorânica das montanhas que envolventes.

Depois de uma visita detalhada mas pouco informativa descemos a imensa escadaria e atravessamos todo o jardim e fomos almoçar num restaurante que ali se encontrava, o calor era muito e era bom refrescar-mos um pouco, mas no interior do restaurante a temperatura era a mesma que lá fora e as ventoinhas que estavam funcionando pouco fresco faziam. A comida era fraca e má qualidade, mas mesmo assim tivémos que encher o estomâgo.

Depois do almoço pensámos ainda ir até Surin, cidade dos elefantes, mas vindo o mapa e como a distância era ainda grande resolvemos regressar a Bangkok que ainda ficava a 410 quilómetros.

Fizemo-nos de novo à estrada e teríamos que passar forçosamente pela cidade de Korat que distava dali 120 quilómetros.
Podemos apreciar assim, uma vez mais os campos e tirar algumas fotos para melhor ilucidação.

Levá-mos cerca de três horas para percorrer os 120 quilómetros que distavam de Korat, eram quase 18.00 horas quando entrámos na cidade podendo-se ver que ali havia festa e da rija, como era já tarde e a viagem até Bangkok ainda demoraria algumas horas resolvemos nesta cidade pernoitar.

Como passa-mos perto do Royal Princess Hotel fomos lá saber se havia quartos vagos, mas a antipática receptionista logo nos perguntou se eramos funcionários do governo e se possuía-mos o respectivo cartão, quartos esses havia mas somente para altas individualidades do governo, os preços esses eram bem exagerados.

Demos umas voltas e fomos ter junto ao Hotel Rachaphruk Grand, era uma unidade hoteleira de renome e os preços praticados 1.100 baths incluindo o pequeno almoço valia bem a pena e por ali ficámos.

Os nossos quartos ficávam no décimo andar, eram um luxo, e tudo era computorizado, a vista que dali se avistava da cidade era deslumbrante.

Tomá-mos um banho e depois saímos para jantar, no centro comercial onde fomos era enorme, havia uma vasta gama de restaurante e podiam-mos assim escolher o melhor que nos apetece-se.

Regressámos ao hotel, como era já tarde não nos aventurámos a passear pela cidade isso ficaria para o dia seguinte.

De manhã bem cedo fomos tomar o pequeno almoço, este era abundante tipo ABF e ali por quocidência se encontram as canditadas a miss Tailândia que nessa manhã seguiriam para Phanom Rung para ali darem um espectáculo. Enchemos bem a barriga e visitámos com calmas todas as instalações do hotel, no átrio principal as paredes estavam repletas de fotos de aviadores americanos que durante a guerra do Vietname ali tinham permanecido.

Não aproveitá-mos a sua enorme piscina bem como o ginásio, iria-mos aproveitar o tempo vendo o que se passava na cidade, ficámos depois a saber que era festa anual dedicada a heroína da cidade.

O movimento de pessoas e viaturas era enorme e tivémos alguma dificuldade em arranjar parqueamento, depois de o termos feito seguimos a pé pelo jardim e fomos até junto da estátua da heroína e como poderão ver na foto abaixo inserida, a multidão era imensa, uns prestando homenagem a Tao Suranari, outros tirando fotos e muitos comprando bilhetes de lotaria, pois os tailândeses são muito surpesticiosos e pensam que junto das estátuas dos Deus e dos mosteiros e neste caso da heroína a lotaria ali comprada lhes dariá sorte.

As festividades eram de arrombam e muitas artérias tinham cortadas ao trânsito por todo o lado havia imensos bazares, que mesmo debaixo de imenso calor afoitamo-nos a percorrer.
Ficámos a saber que nessa tarde haveria um desfile de bandas de música e de danças tradicionais daquela região. Como nunca tinha-mos assistido a estas festividades resolvemos ficar mais um dia neste bonita e acolhedora cidade, não ficámos no mesmo hotel tendo ido procurar um outro mais perto da praça onde iriam decorrer os festejos.

Fizemos marcações dos quartos no Chapaya Inn que ficava na rua mesmo defronte da estátua da heroína o preço do mesmo era menos de metade do hotel onde tinha-mos ficado, não era tão luxuoso é certo nem nos seria servido o pequeno almoço mas mesmo assim compensava. Os quartos eram amplos com duas enormes camas de casal e eram muito limpos.

Fomos até ao Pizza Company e ali almoçamos, este restaurante ficava mesmo defronte da estátua da heroína, depois dali percorremos a enorme feira e ali comprámos alguns cesto de verga, pequenos e rectangulares para serm usados na pastelaria que minha companheira tem num mercado em Bangkok.

A multidão era imensa ao longo da artéria principal onde se iria realizar o cortejo e o desfile das bandas. Lá me consegui infiltrar e ficar mesmo junto à rua, embora os policias ali de serviço fossem empurrando as pessoas, mas como eu era estrangeiro eles toleraram a minha presença ali pois estava de uma câmara de video e talvez me tivéssem confundido com algum repórter.
O som e o colorido pouco depois foi enchendo o ar e també os olhos de quem tinha a oportunidade de poder ver tudo de perto.

As senhoras vistosamente vestidas com tajos regionais transmitiam uma alegria imensa, grupos de idosos desfilavam dançando e a sua graciosidade era bonita de ser ver e sua alegria era contagiante.

As bandas havia muitas todas elas constituídas por alunos das escolas que ali as representavam.
Pena é não ter comigo essas filmagens para poder inserir nesta narração.

Ao entardecer começaram a abrir imensas lojas de flôres e nós para lá seguimos tendo comprado ainda alguns vasos de orquídeas e também numa das lojas ali presentes comprado um frasco de vinho e ervas medicinais, pois segundo a tradição do povo Isan a medicina medita no vinho de arroz e depois bebido tinha imensas virtudes, não acreditava no que diziam, mas comprei para oferecer a um vizinho meu em Bangkok, o mais engraçado é que a maioria dessas tendas de venda deste produto eram propriedade de Bonzos.

Achei a festa engraçada e muito interessante lá tinha assistido a uma outra de desfiles de enorme carros totalmenete construídos em cera e primorosamente trabalhados.

Depois de ter-mos assistido a todo este bonito e impressionante festival fomos jantar seguindo depois para o hotel, no pequeno percurso que fizémos podemos ainda ver muitas casas karoke e muitas das pessoas que tinha tomado parte no festival, ainda bem vestidas iam regressando a suas casas.

Não passei lá muito bem a noite pois os rins doía-me imenso e andei às voltas na cama.

No dia seguinte fomos procurar um café um pudesse-mos tomar o pequeno almoço e foi fácil de encontrar, ficava mesmo na rua lateral ao hotel e ali pudemos tomar esta refeição a nosso gosto.
De regresso a Bangkok passámos ainda por Packchong onde fomos visitar os amigos que nos tinham cedido alojamento dias atrás, com eles bebemos algumas cervejas e dali então rumámos a Bangkok.

Já não parámos em Sara Buri o tráfego era intenso e mais seria ainda quando chegássemos a Bangkok pelo que tivémos que meter esporas ao cavalo.
Já em Bangkok e até perto da universidade de agricultura tudo bem, depois o tráfego naquela zona era o caos e ali para percorrer-mos aquela não muita extensa avenida levámos mais de 35 minutos.

Passado este trajecto o restante foi fácil e passados alguns minutos estávamos em nossa casa no bairro Lai Ni Há 5, onde os cães quando nos viram fizeram uma imensa festa.

Terminava assim mais um passeio por terras de Isan, mas um vizinho meu natural da província de Yaspthon já me formulou o convite para ir assistir aos famosos lançamentos de foguetes, esse passeio ficará para uma altura em que tenha mais disponibilidades de tempo.

Por aqui me fico mas prometo voltar para contar mais outros passeios que realizei por terras de Isan e não só, neste belo Reino do Sião.

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