o mar do poeta

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segunda-feira, agosto 22

ESTÁTUAS POLÉMICAS - I

No dia 28 de Novembro de 1989, foi concluída a primeira fase do novo projecto do Hospital Central Conde de S. Januário em Macau.


Da autoria do escultur João Cutileiro, foi colocada no átrio principal de entrada do referido hospital uma estátua, em mármore, de uma senhora na posição de deitada, totalmente nua.

Escultura esta, que pelas suas formas e no local onde foi colocada, chocou com os costumes chineses, que muito exaltados ficaram, dizendo ser um atentado à honra da população.

Volvido pouco tempo, a polémica escultura foi retirada do átrio de entrada, não sabendo, o articulista, onde a mesma foi colocada, mas nas instalações do hospital não se encontra.

Como sempre, as coisas são feitas, sem se tomar em conta a sensibilidade e a maneira de ser do povo chinês, enfim, mais uma bem portuguesa.






ESTÁTUA POLÉMICA - II



A estátua do artista português Lagoa Henriques (falecido em 2009 e muito conhecido pela estátua de Pessoa na baixa lisboeta) com o título de “Rapariga pequena como cão”, colocada junto no sopé da escadaria que dá acesso às Ruínas de S. Paulo em 1994 nunca foi consensual nas comunidades portguesa e chinesa de Macau, em especial esta última. Do mesmo conjunto faz parte uma outra peça – que não originou polémica – onde uma chinesa oferece uma flor a um português (ver imagem abaixo).




Vem isto a propósito do anúncio oficial por do Governo da RAEM de que a peça escultórica - representa uma mulher chinesa sentada de forma descontraída com um vestido subido até à cintura – será removida e colocada noutro local ainda por anunciar. Esta peça é apenas uma entre muitas que no final de década de 1990 (e até 1999) as autoridades portuguesas quizeram deixaram como mais uma marca da presença lusa naquelas paragens. Umas terão feito sentido, outras nem por isso… E isso será sempre algo de muito subjectivo.



Presentemente esta polémica estátua já lá não se encontra e se desconhece o local para onde foi levada.

ESTÁTUA POLÉMICA - III

sábado, 15 de janeiro de 2011


UMA ESTÁTUA " PECULIAR " . . .









DIÁRIO DE NOTÍCIAS / LISBOA



15-01-2011

Estátua com símbolo fálico causa polémica

por SUSANA PINHEIRO, Braga





A estátua de D. João Peculiar, antigo arcebispo de Braga, está a causar polémica na freguesia da Cividade, em Braga. Tudo porque a população se queixa de ser motivo de chacota por quem lá passa que associa o báculo a um membro fálico. O presidente da Junta de Freguesia vai solicitar a mudança da imagem ao arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. A Igreja também já manifestou o seu desconforto em relação à escultura.

Na freguesia da Cividade são muitos os garantem estar descontentes com "as piadas" que alguns turistas fazem em relação à estátua, situada no Largo de S. Paulo. O assunto é comentado nos cafés situados nas mediações e são muitos os que manifestam o seu desagrado. "Umas pessoas dizem que são vítimas de chacota e têm vergonha da imagem", afirmou uma habitante, continuando: "E dizem-se incomodadas com a situação."

É precisamente este o motivo que leva o presidente da Junta de Freguesia de Cividade, António Peixoto Santos, a anunciar que vai solicitar, em Setembro, ao arcebispo Primaz de Braga a mudança da estátua para outro local. Em declarações ao DN, o autarca afirmou que a escultura estava destinada a ser colocada junto à Misericórdia e desconhece porque foi colocada no actual sítio. Além disso, aponta que "é muito pequena para o pedestal que ocupa".

Também o vigário-geral da Diocese de Braga, Valdemar Gonçalves, garantiu ao DN que a estátua "incomoda". Aliás, reiterou, "é um incómodo para o senhor arcebispo", realçando que "a obra saiu mal". O DN tentou ouvir a opinião de D. Jorge Ortiga, mas encontra-se de férias.

A Câmara Municipal de Braga recusou-se a comentar o assunto, apesar de ser apontada como dona da escultura.



ESTÁTUAS POLÉMICAS - IV




Uma estátua gigante de Marilyn Monroe está a causar polémica em Chicago, nos Estados Unidos. Quem passa pela rua onde foi construída a estátua afirma que a obra da autoria de Steward Johnson é "inapropriada".

A estátua gigante reproduz a cena clássica da actriz no emblemático filme "O pecado mora ao lado". No entanto, a estátua com oito metros e mais de 15 toneladas, de aço inoxidável e alumínio, parece não convencer as pessoas.

A obra vai ficar exposta na Avenida Michigam, em Chicago até à Primavera de 2012.







Sold Out






By Dwayne Booth, Mr. Fish - 8/21/2011 12:00:00 AM

domingo, agosto 21

ESTAÇÃO DE COMBOIOS - MAEKLONG




http://cambetabangkokmacau.blogspot.com/2011/01/estacao-de-comboios-maeklong-samut.html


'Asia Adult Expo' acontece em Macau

Um artista australiano usa o pénis e as nádegas para fazer quadros.






Feira erótica atrai visitantes na China
'Asia Adult Expo' acontece em Macau, no sul do país, entre os dias 19 a 21 de agosto.


Descontração


Até o presidente Obama esteve presente
Homem fotografa coleção de roupas de mulher durante a Expo Adulta Ásia, no Centro de Convenções Venetian, no território chinês de Macau. A quarta edição da feira de produtos eróticos acontece de 19 a 21 de agosto e deve atrair milhares de visitantes

Expositor espera por interessados ao lado de fantasias em feira erótica de Macau. Na edição de 2010, 30 mil visitantes conferiram as novidades

Mulher mostra um dos brinquedos eróticos expostos na Expo Adultos Ásia, que vai de 19 a 21 de agosto em Macau

Mulher observa as várias opções de bonecas e bonecos infláveis durante a Expo Adultos Ásia, que vai de 19 a 21 de agosto em Macau

Mulher aguarda visitantes ao lado de estátua na feira erótica de Macau

Homem inspeciona qualidade de lingerie na quarta edição de feira erótica em Macau



Modelos ensaiam desfile antes da abertura da quarta Expo Adultos Ásia, que vai de 19 a 21 de agosto em Macau



Artista Tim Patch, conhecido como Pricasso, pinta caricatura de mulher durante a quarta edição de feira erótica em Macau



Mulher ajuda colega a colocar fantasia com formato de pênis durante feira erótica em Macau



Vendedoras esperam clientes durante a quarta Expo Adultos Ásia, que vai de 19 a 21 de agosto em Macau


terça-feira, agosto 16

Nam Van 'Fortuna', Praia Grande, Macau


SÃO PAULO DE ANTIGAMENTE - 1870 -1930




Fundação de São Paulo - óleo de Oscar Pereira da Silva (1867-1939). Padre Manoel da Nóbrega, que já havia estado no Planalto de Piratininga, visitou em fins de agosto de 1553 a aldeia de Tibiriçá, batizando solenemente 50 índios, fruto da ação missionária do Padre Leonardo Nunes. Foi um dos anos precursores da fundação de São Paulo. Em dezembro do mesmo ano chegou a São Vicente um grupo de jesuítas e entre eles o novíço José Anchieta, que se tornou o mestre do novo colégio da Companhia de Jesus, pois possuía formação humanística. A 25 de janeiro de 1554, com a celebração da Primeira Missa no campo de Piratininga pelo Padre Manoel de Paiva, superior do grupo religioso, foi solenente inaugurado o Colégio e com ele se iníciou a povoação que também recebeu o nome do grande Apóstolo dos Gentios, São Paulo. Nesse dia se celebra a sua conversão. São Paulo tornou-se vila em 1560 e cidade em 1711.



Através de meu Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo de Oliveira, tive o prazer de ser recebedor deste maravilhoso mimo, de São Paulo Antigo, cujas fotos, a seguir reproduzo.


Da rua José Bonifácio, perto do cruzamento com a rua Quintino Bocaiúva, o fotógrafo captou um cenário dominado por edifícios de três ou mais andares com fachadas ecléticas e, no piso térreo, muitas vitrines, historicamente recentes. As calçadas e os leitos das duas vias acolhem a movimentação de transeuntes engravatados e portadores de chapéus, como era usual.
A carroça puxada por um burro à esquerda e, no canto direito, um varredor de rua, com sua pá, escova e balde, revelam atividades de tempos bem diversos, e não deixam de compor um contraponto irônico para o letreiro central que anuncia orgulhoso, na empena de um edifício, o nome da loja "São paulo Progride".
Texto: Fraya Frehse



Vista da igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos no largo do Rosário antes da sua demolição (1904) e reconstrução do largo Paiçandu, a fim de que o Rosário se tornasse a atual praça António Prado. Do leito da rua 15 de Novembro, o fotógrafo ressalvou a igreja colonial, por séculos lugar de devoção de (ex-)escravos. Mas, em primeiro plano, o trecho final da rua, que à época acolhia os mais elegantes estabelecimentos comerciais da cidade. Na frente da igreja, guarda-sóis abrigam engraxates com caixotes e cadeiras; tal atividade chegou em São Paulo com a imigração italiana dos anos 1870 e logo se expandiu.
Texto: Fraya Frehse



Vista de um caramachão muito fotografado do parque da Cantareira, aberto em 1893 com locais para piqueniques e esportes numa reserva florestal da serra, criada para proteger a área de mananciais dos quais se servia a Companhia Cantareira de Águas e Esgotospara abastecer a cidade. Localizada num morrote, a estrutura de madeira abriga homens , mulheres e crianças em torno de uma mesa, ornada com uma toalha. Naquela época era hábito, sobretudo entre as famílias de imigrantes atraídos a São Paulo, visitar os recém-criados parques, principalmente nos domingos e feriados.
Texto: Fraya Frehse



Vista do largo de São Bento em direção ao viaduto e à igreja de Santa Ifigênia a partir de um sobrado da rua Florêncio de Abreu. Na metade superior da cena se destacam, da esquerda para a direita, a sede da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o viaduto (1913), a igreja Santa Ifigênia (1906-1922) e o Mosteiro de São Bento (1910-1914) . É na metade inferior que se nota melhor a escala humana, com transeuntes em meio a automóveis. Outros signos do moderno - relógios, lampiões e postes - ornam o largo, recém-reformado em prol da circulação. Em conjunto, tais signos indicam o vigor com que o cotidiano se fazia presente no dia-a-dia do centro, naquela época.
Texto: Fraya Frehse



Vista da esquina da rua Direita a partir do leito da rua de São Bento. Na época, o local era conhecido como "Quatro Cantos", único cruzamento em ângulo reto do centro paulistano. O fotógrafo flagrou a movimentação na frente do sobrado colonial que abrigava, no piso térreo, uma fábrica de luvas de pelica e o ateliê do fotógrafo Michelle Rizzo, e, no primeiro andar, um dos vários dentistas da cidade. À esquerda em primeiro plano, uma passante fugaz, personagem então recente nas ruas paulistanas. Já o centro inferior da imagem destaca dois garotos que, descalços, evidenciam pobreza numa sociadade em que, historicamente, sapatos foram apanágio de senhores e interditados a escravos.
Texto: Fraya Frehse


 



Vista do horizonte nordeste do centro a partir do largo do Carmo, atual praça Clóvis Bevilácqua. Em primeiro plano, a ladeira do Carmo, atual avenida Rangel Pestana, saída historicamente crucial para o Rio de Janeiro. À beira da ladeira, as construções coloniais acolhem platibandas e ornamentos do moderno republicano. A composição destaca o Palácio das Indústrias, inaugurado em 1924 no parque Dom Pedro II, criado na Várzea do Carmo. Concebido para abrigar exposições, o edifício, assim como as chaminés no horizonte, torna-se ícone dos ritmos que então movimentavam o perfil da cidade, delimitada pelo horizonte sinuoso da Serra da Cantareira.
Texto: Fraya Frehse


Flagrante de um bonde da Empresa de Bondes de Sant'Anna, última linha a tração animal da cidade, cujos carros circularam até 1907. Eles ligavam a atual Ponte das Bandeiras ao Alto de Santana, bairro de forte presença italiana e germânica. Postado possivelmente na lateral da ria Voluntários da Pátria, o fotógrafo captou, afora passageiros e o cocheiro, crinaças e um rapaz nos estribos do bonde. Descalços os meninos, sem gravata o rapaz, seus trajes indicam penúria, em ruas cuja civilidade era convencionada por paletós e gravatas, chapéus e sapatos engraxados.
Texto: Fraya Frehse

 




Vista da Várzea do Carmo em direção à serra da Cantareira, tirada da margem direita do rio Tamanduateí próxima das ruas Figueira e da Santa Rosa. A composição destaca um uso antigo do rio: a lavagem de roupas. No centro da cena, lavadeiras debruçam-se sobre o mrio ainda não retificado. Ao fundo, à direita e à esquerda, vultos agachados sobre roupas e lençóis. Essa prática fazia da várzea um quintal comunitário de varais, apesar da crescente repressão do poder público. Na linha do horizonte, silhuetas de árvores e chaminés na direção da Luz e do Bom Retiro contribuem para atestar a diversidade de tempos históricos que caracterizava a São Paulo dessa época.
Texto:Fraya Frehse


Vista do largo e da Igreja da Sé, demolida em 1912 para a construção da atual praça da Sé. A partir de um sobrado diante do largo, o fotógrafo destacou a momumentalidade do templo que, no entanto, ostentava uma só torre, documento da singeleza econômica paulistana em 1745, quando foi construído. A aparência colonial do largo, cujos sobrados são talvez dessa época, constrata com a circulação de veículos por ali: um moderno bonde elétrico e uma tradicional carroça de transporte de mercadorias. No local estacionavam, desde 1865, "carros de aluguel".
Texto:Fraya Frehse




Vista do cruzamento das ruas Direita e 15 de Novembro, vislumbrando-se, do lado direito, o largo da Sé e a Igreja de São Paulo, único templo de duas torres da cidade até sua demolição, em 1911. Postado num sobrado da rua Direita, o fotógrafo captou o casario colonial com seus pisos térreos ocupados, entre outros, por um café e uma carutaria. Fixou ainda a diversidade de tempos históricos expressa na coexistência entre uma carroça, um bonde de burros - inovação de 1872 subtituída por bondes elétricos em 1900 - e "carros de aluguel" que, estacionavam na frente da igreja, foram introduzidos em São Paulo em 1865.
Texto:Fraya Frehse


Vista do cruzamento da rua de São Bento com a ladeira de São João a partir da praça Antonio Prado.Em primeiro plano, policiais, possivelmente da Guarda Cívica, ficam o fotógrafo ao lado de rapazes e meninos (um deles vendedor de jornais) no leito da via riscada por trilhos de bonde. A movimentação masculina é maior na entrada do então popular Café Brandão. Este ocupava, desde o final do século XIX, um sobrado que, antes, abrigara hotéis. Um pouco depois da tomada fotográfica, o edifício foi demolido por seu novo proprietário, Giuseppe Martinelli, que ali iniciou em 1924 a construção do Edifício Martinelli. Inaugurado em 1930, o edifício quatro anos depois chegou aos seus atuais 30 andares acompanhado de bordão "o mais alto da América do Sul".
Texto:Fraya Frehse

 





Vista do cruzamento das ruas 15 de Novembro e Direita a partir do largo da Sé. No centro da imagem, de uma das mais movimentadas esquinas da cidade, a recente Casa Tietê, que veio substituir o sobrado de propriedade do Barão de Tietê. Em seu piso térreo o novo edifício abrigou a nova sede da Casa Lebre, loja de ferragens em 1858, de departamentos, em 1910. Homens e mulheres ocupam as calçadas e leitos das vias no lado inferior da cena, enquanto pela Rua Direita um bonde se dirige à "Barra Funda". Olham para câmera um vendedor de jornais, no centro inferior da composição, e, no canto direito, um guarda de capacete redondo, talvez da Guarda Cívica. São tipos urbanos próprios da modernidade que a virada do século XX trouxe a São Paulo.
Text: Fraya Frehse



Vista do vale do Anhangabaú pouco antes da inauguração do Teatro Municipal. Postado num dos sobrados que ladeavam o Viaduto do Chá, o fotógrafo enfocou os fundos do casario do Conde Prates, herdeiro da chácara (do Barão de Itapetininga) que ocupou o vale até ser arruada, em 1876. Viveiros em primeiro plano revelam a permanência do passado colonial e rural da cidade. Na metade superior da cena, encontram-se manifestações modernas da propriedade cafeeira:afora o Municipal, o Teatro São José à esquerda, o viaduto pontilhado por transeuntes, por postes de luz e bondes elétricos. O Viaduto do Chá era, à época, uma importante via de expansão urbana para oeste, além do local privilegiado por suicidas.
Texto:Fraya Frehse



Vista do atual Pátio do Colégio num início de tarde, destacando-se, da esquerda para a direita, o então Palácio do Governo, o torreão que substituiu a Igreja do Colégio demolida em 1896, e os edifícios do Tesouro e da Secretaria da Agricultura. Em primeiro plano, um jovem sentado no banco do então Jardim do Palácio. Com trajes "de domingo" - chapéu tipo Panamá, paletó e gravata, calças curtas, sapatos com meias esticadas -, ele contempla provavelmente o coreto. Este costumava sedir concertos por ocasião das festas cívicas da então nascente República. No Jardim se ajuntavam diariamente desempregados, que os jornais da época costumavam tratar por "vagabundos" ou "vadios".
Texto:Fraya Frehse





Vista a jusante possivelmente do rio Tamanduateí durante a sua enchente e do Tietê em 1906. Postes e fios elétricos remetem ao perímetro central, já alcançado pelos serviços da Light, possivelmente o trecho entre a Luz e o Pari. Recém-retificadas, as várzeas ali já estavam arruadas. À direita da ponte fotografada, a farda dos guardas revela a proximidade do Quartel Militar da Luz. Diante do conjuto de casas, aparentemente operárias, à esquerda, a muitidão mira a jusante. O passado se insinua na enchente; o presente, na cheia em meio a faces estrangeiras e à eletricidade, ao casario e à ponte, onde antes só havia várzea.
Texto:Fraya Frehse





Vista do vale do Anhangabaú a partir do Grand Hotel de la Rôtisserie Sportsman, na esquina entre as ruas Líbero Badaró e Direita. A imagem enfoca, da esquerda para a direita, a fachada do hotel, o Teatro São José, o Viaduto do Chá, o Teatro Municipal aos fundos do recém-ajardinado Parque do Anhangabaú, a torre da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, reerguida no Largo do Paiçandu, e a lateral de um dos palacetes do Conde Prates. Em primeiro plano, a rua agitada por bondes elétricos , um raro automóvel e por transeuntes - homens e mulheres perto do hotel. A herança do passado colonial e rural persiste no casario no vale à esquerda do fotógrafo, aos pés do Teatro São José.
Texto:Fraya Frehse




 Vista da atual rua General Carneiro a partir de um sobrado do largo do Tesouro. Numa manhã fria, uma carroça desce a ladeira rumo ao Brás prestes a cruzar com um bonde elétrico. Para os jornais da época, essa via era um local privilegiado de colisões e atropelamentos. Historicamente um mponto de ajuntamento de quitandeiras, o largo chegou ao século XX abrigando cafés, lojas e transeuntes - em sua maioria homens, em meio a algumas mulheres -, que iam e vinham do primeiro mercado central da cidade (1867), aos pés da ladeira. Quase no centro da cena, um guarda-chuva protege um vendedor ambulante do sol.
Texto:Fraya Frehse



Vista do largo de São Francisco, com a Academia de Direito ao fundo, na metade esquewrda da imagem, e à direita, os frontispícios das igrejas colonais de São Francisco e da Ordem Terceira de São Francisco. Postado, perto da rua da Princesa (atual rua Benjamim Constant), o fotógrafo captou o largo ainda não calçado, mas já percorrido por um dos modernos bondes a tração animal, cuja primeira linha começou a operar na cidade em 1872. À sombra da árvore que faceia a Academia, criada em 1828, ajuntam-se homens de sobrecasaca e cartola, trajes comuns entyre vos estudantes de Direito, tipos humanos facilmente discerníveis na inda fortemente rural São Paulo dos anos 1870.
Texto:Fraya Frehse





Vista da então chamada "Praça do Mercado", primeiro local estabelecido pelo poder político para o comércio centralizado de alimentos, em 1867. Dos fundos do Palácio do Governo (no atual Pa'tio do Colégio), o fotógrafo constrastou as arcadas e os usos do edifício com a descampada Várzea do Carmo. Frequentado pelos roceiros que ali comerciavam víveres das chácaras e roças do núcleo urbano e imediações, o Mercado - depois, "Caioira", "Municipal" ou "Velho", demolido e reerguido (1907), até ser substituído pelo Mercado da Cantareira (1933) - ficava numa saída que conduzia ao subúrbio, ao casario disperso do Pari, no fundo da cena, e ao moderno Gasômetro (1870), que triuxe a luz e gás e novos ritmos à cidade.
Texto: Fraya Frehse





Vista da praça Antonio Prado a partir do alto da avenida São João. Nessa tarde, a praça delimitada por árvores abriga, à esquerda do fotógrafo, alguns dos poucos automóveis da cidade e em meio aos traseuntes. Estes passam diante do edifício cosntruído no local da antiga igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e que, então, sediava a companhia Light e o jornal O Estado de S. Paulo. Em primeiro plano, uma carrocinha de mão, historicamente recente. Ladeavam a praça vitrines requintadas e fachadas ecléticas como a do prádio do empresário João Brícola, no centro ao fundo, com seu piso térreo tomado por uma charutaria e o primeiro andar, pelo jornal Correio Paulistano. Agitação de cidade moderna.
Texto: Fraya Frehse



Vista da rua 15 de Novembro em direção à praça Antonio Prado. Movimentação - perdominamente masculina - na esquina da rua da Quitanda, com automóveis estacioandos em frente à filial paulistana da loja inglesa de departamentos Mappin & Webb, especializada em artigos de luxo e inaugurada ali em 1913. Em 1919, mudou-se para a esquina das ruas Direita e Quitanda e, em 1939, para a praça Ramos de Azevedo, onde funcinou até fechar, em 1999. Na metade superior da cena, destaca-se uma das luminárias de rua da companhia Light & Power. Entre tantos equipamentos urbanos modernos, vislumbra-se uma carroça.
Texto: Fraya Frehse





Postado na margem direita do ainda não retificado rio Tamaduateí, frente à face leste da colina do núcleo urbano, o fotógrafo captou dois usos populares de então: banhos e a lavagem de carros e animais. A metade superior da cena documenta os traços coloniais das casas, da torre da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e dos fundos do Palácio do Governo (no atual Pátio do Colégio). Já a frente do Mercado, no baixo da colina, traz novidades urbanas como um quiosque, onde se vendiam bebidas, frutas, flores e jornais. À sua esquerda, o mictório é outro equipamento desses tempos em que o poder público passava a promover fortemente a circulação nas ruas.
Texto: Fraya Frehse

Ficamos assim, desta forma, e graças aos bons préstimos do Ilustre Professor João Paulo de Oliveira, que teve a amabilidade de ofertar ao articulista, esta rica coleção de postais antigos da cidade de São Paulo, dando-nos a conhecer a bela cidade de S. Paulo de outros tempos.