o mar do poeta

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quinta-feira, fevereiro 24

ROTA DOS CANHÕES - 3a. Parte - JOSÉ MARTINS

Friday, August 29, 2008

NA ROTA DOS CANHÕES - A IMPORTÂNCIA DOS PORTUGUESES NA DEFESA DO REINO DO SIÃO

Parte 3ª
A missão diplomática de António Miranda de Azevedo ao Reino do Sião foi um sucesso. De regresso a Malaca voltou com ricos presentes, oferecidos pelo Rei Rama Thibodi II para o Rei Manuel I.
A carta de Afonso de Albuquerque a Lisboa:
Voss´ Alteza com as joias que vos levam (...). Mando-vos, senhor, também um padram da ilha Cochim, 1 de Abril de 1512 "As joias que a Vossa Alteza manda el-rei do Siam leva-as Nunno Vaz, é ua espada de e um robi e ua copa d´ouro, que escapou da perda de "Frol de la Mar", a qual se tirou quebrada, que depois mandei correger; e na carta grande dou larga conta a Voss´Alteza do que passou com el-rei de Siam (...). Em "Frol de la Mar" (...) mais se perdeu a carta del-rei de Siam, que mandava a de Goa, de Dio e da ilha de Cambaia, que vos prometem pera a fortaleza e segurança de vossa feitoria; também vos vai um pedaço de padram que se tirou d´ua grande carta dum piloto de Jaoa, a qual tinha o Cabo da Bôoa Esperança, Portugal e a terra do Brasil, o mar Roxo e o mar da Pérsia, as ilhas do cravo, a navegaçam dos Chins e Gores, com suas linhas e caminhos direitos por onde as naos iam e o sertam, quase reinos confinavam uns c´os outros. Parece-me, senhor, que foi a milhor cousa que eu nunca vi e Vossa´Alteza houvera folgar muito de a ver, tinha os nomes por letra jaoa e eu trazia jaoa que sabia ler e escrever, mando esse pedaço a Voss´Alteza, que Francisco Rodrigues emprantou sobre a outra, donde Voss´Alteza poderá ver verdadeiramente os Chins donde vêm e os Gores, e as vossas naos o caminho que ham de fazer pera ilhas do cravo, e as minas do ouro onde sam, e a ilha de Jaoa e de Bandam, de noz moscada e maças, e a terra del del´rei de Siam, e assi o cabo da terra da navegaçam dos Chins e assi pera onde volve e como dali adiante nam navegam". Cartas de Afonso de Albuqerque, I,pp.58,59,64-65.

Estão assim consolidadas as relações diplomáticas com o Reino do Sião. Antes de chegarmos aos canhões e à espingardaria que o portugueses introduziram no Reino do Sião, iremos descrever um pouco da história dos siameses, em Ayuthaya e a segunda capital deste reino. Ayuthaya foi estabelecida em 1350 pelo príncipe UThong depois de Sukhotai de ter sido abandonada como a primeira capital. Igual em outras partes do mundo, nessa época, a sociedade siamesa, era compostas de barões, príncipes e potenciais conquistadores que procuravam influência e poder. Por séculos, os siameses depois de terem sido expulsos de suas raizes, a província de Yuann, sul da China, fixaram-se no norte da Tailândia. O processo da saída dos tais de Yuann efectuou-se com rapidez e ordenada graças a Kublai Khan (neto de Genghis Khan). Fixam-se na área de Sukhotai, cujas terras estava sob a dominação dos cambodjanos e dão-lhe o nome "Península Dourada".
O Príncipe UTong é descendente directo do Rei Chiang Saen e, com sentido expansionista, fundou a nova capital dos tailandeses, Ayuthaya e entroniza-se o Rei Ramada Thibordi I. Como antes o afirmamos, não se conhecem as verdadeiras razões porque teria sido que o Príncipe UTong transferira a capital dos tais de Sukhotai para Ayuthaya, se pelo facto das suas terras não serem, por aí além, muito produtivas se pelos ataques constantes e quezílias de pequenos reis déspotas, seus vizinhos ou pelo seu sentido de alargar o território, mais para o sul e encontrar outras terras para que seu povo vivesse com mais prosperidade.
Nós inclinamo-nos pela esterilidade das terras de Sukhothai de quando sujeitas a graves secas. Ayuthaya oferece aos tailandeses todos os requisitos para ali inciarem nova vida. Situada numa ilha e de área suficiente para albergar toda a população que não deveria, ser na época, mais de umas cinco mil pessoas. A ilha tem à sua volta três rios, o Menam (Chao Prya), o Lop Buri e Pa Sak. O Chao Prya é a via marítima que irá ser, no futuro, o meio de comunicação, para escoar as riquesas de reino extremamente rico e virgem. Ayuthaya, antes da fixação dos tais era totalmente desconhecida do mundo exterior. Rodeada de densas matas de árvores tamarindeiras, coqueiros e outros arbustos, pastagem de elefantes e animais selvagens onde predominada o tigre. Este o animal temível para os soldados portugueses e marinheiros estrangeiros, de quando já "pingados" regressavam, de uma sortida nocturna, às embarcações ou ao forte de Pom Phet, que alguns (segundo já lemos numa publicação), foram atacados, perderam a vida, vítimas de suas mandímbulas. Ayuthaya, dado à excelente posição geográfica, o seu crescimente é, praticamente, espontâneo e os juncos chineses descobrem-na.
A fácil navegabilidade e a curta distância da Golfo do Sião, a juntar as "fartas" riquezas que existiam em Ayuthya volta em lugar apetecível para a permuta de produtos, quais estes, na altura, pertenciam aos chineses. O dinheiro siamês, em Ayuthya limitava-se a conchas (que mais tarde nos vamos referir) e a primeira cunhagem de moeda verificar-se ía já era de Banguecoque e no tempo do Rei Mongkut, Rama IV. Rei UTong era um administrador e ordenador nato do seu povo impondo regras governativas e cria o sistema de Justiça. Extende Ayuthaya a Sukhotai e outros territórios que pertencia ao Cambodja e anexa Chainat e Lopburi. Consolidou a autonomia do Reino do Sião. Sucede o Rei UTong seu filho Phra Ramesuen e reina apenas um ano. Abdicou a favor de seu tio, Rei Borom raja Thiraj. O Rei foi viver para Lopburi (a 60 quilómetros de Ayuyhaya. O monarca Borom Rajathiraj reina por cerca de 10 anos. Comanda o seu exército a Chiang Mai, no norte do Siam, para retomar a cidade aos peguanos que se tinham apossado. Faleceu quando regressava a Ayuthaya. Seu filho o príncipe Thong Lun, é entronizado Rei com apenas 15 anos e reina por 7 anos. Seu primo o ex-Rei Ramasuen de Lopburi, onde se tinha fixado, regressa a Ayuthaya e, dada à pouca idade do Rai Thong Lun, assume as rédeas da monarquia e senta-se na cadeira do trono pela segunda vez, porque o jovem monarca não conseguiu vencer as rivalidades, entre os príncipes, existentes na sua corte, onde imperava a intriga vinda, desde a morte Borom Rajathiraj, em procura de um deles ostentar a coroa do Reino do Sião.
Porém Ayuthaya não pára de crescer durante os 150 anos do estabelecimento da segunda capital dos tais. Não houveram guerras significativas durante esse perído que colocasse em perigo a soberania do Sião. A descoberta do Caminho Marítimo para a Índia, por Vasco da Gama, em 1498 viria a transformar a vida da sociedade siamesa, como de toda a Ásia e Oriente. Como já em partes anteriores foi explicado, depois dos portugueses já serem senhores dos mares da Índia, do Mar Vermelho e do Golfo Pérsico e com Afonso de Albuquerque a controlar toda a navegação vinda do empório comercial de Malaca, para que a missão fosse completa, haveria a imperiosa necessidade de chamar a Portugal a administração da praça de Malaca. Albuquerque durante os cinco anos que navegou pelos mare da Índia, obteve as informações necessárias sobre Malaca e, tem conhecimento que o empório, pertencia ao Reino do Sião e, o Sultão, muçulmano, que a governava, entrou em desobediência e recusou-se enviar o tributo anual ao Rei em Ayuthaya. Albuquerque já não lhe é desconhecido as riquezas do Reino do Sião e que parte das mercadorias que os barcos dos árabes transportavam e já sob o seu controlo eram provenientes do Ayuthaya. António Mirande de Azevedo foi o enviado especial de Albuquerque a Ayuthaya a dar-lhe conta ao Rei Rama thibodi II, que a Malaca tinha sido conquistada e se o monarca assim o desejasse lhe seria restituída a praça.
Alguns historiadores afirmam que o Rei Rama Thibodi II, embora se tenha mostrado satisfeito com conquista, não teve interesse de que Malaca voltasse à administração de Ayuthaya. Ora Albuquerque tinha vencido um sultão rebelde e não só, o factor da religião teria sido importante, para o monarca do Sião dado que considerou uma vitória do budismo sobre a muçulmana. Na continuação da história de Ayuthaya, os siameses, na nova terra é de facto a considerada da promissão desenvolve-se comercialmente, dado às vias marítimas de escoamento dos produtos e da tanta abundância que havia no Reino. O comércio externo está nas mãos dos chineses e há um vai-e-vem de juncos chineses rio abaixo e acima no Chao Prya (Chao Praiá) entre o Porto de Pom Phet e a barra do Sião. O siameses por séculos estão afastados do mundo exterior, vão vivendo com a fartura produzidas nas terras, férteis do reino, adorando os seus ídolos e vivendo sob a paz dos desígnios do Lorde Buda. O Rei Nakorn Intra viria, no princípio do século XV (1409-1424) a mudar o curso da vida dos siameses. Efectuou uma visita à China e lá observa as maravilhas da arte chineses cujo estas eram ignoradas pelos siameses. Abriu a emigração em massa aos chineses e uma numerosa comunidade instala-se em Ayuthaya. (Comunidade que se instalou um século antes dos portugueses se fixarem em Ayuthaya).
Entre a comunidade chineses estão integrados, artesões, escultores, engenheiros, soldados e funcionários que viriam a ser integrados nos serviços administrativos da corte. A face da cidade de Ayuthaya é totalmente transformada. São construídos palácios para o Rei habitar, outros para os numerosos príncipes e princesas e os nobres ligados à casa real. Edificam-se sumptuosos templos budista junto aos palácios da realeza; aberto um canal desde o porto internacional de Pom Phet que liga o rio Chao Prya ao palácio do Rei. Por este canal e em procissão, naval, real de grande pompa foi António Miranda de Azevedo transportado até ao palácio do Rei Rama Thibodi II. Teriam sido os chineses os primeiros a introduzir no Sião uma nova arte de guerra, de defesa e até as bocas de fogo de calibre grosso, que nunca viriam a funcionar com eficácia. Ayuthaya com uma nova face, depois da chegada da emigração chinesa; o desenvolvimento, crescente, o Reino do Sião é cobiçado pelo Reino do Pegú (Birmânia). O exército peguano e vai fazendo investidas aos territórios no norte do Sião e um forte exército toma Chiang Mai. Inícia-se o começo das guerras entre o Reino do Sião e o do Pegú, que se irão prolongar por mais de 200 anos e de que, por tal facto, Ayuthaya viria a cair no princípio de Abril do ano de 1767. Pelo ano de 1548 e já os portugueses arreigados em Ayuthaya e com uma comunidade, significativa, a residir no ban Portuguete (Aldeia dos Portugueses), os peguanos continuam a expandir-se pelas terras do norte do Sião.Chiang Mai está nas mãos deles e vexados os os nobres,representantes, da corte siamese prostarem-se a seus pés. Chiang Mai, dista a 600 quilómetros de Ayuthaya e não seria fácil, dada a distância, expulsar os intrusos, na cidade, peguanos.
O Rei do Sião nunca haja descurado que os exércitos do Pegú poderiam atacar Ayuthaya de surpresa e tomar posse da cidade. Porém o progresso de Ayuthaya desde a fundação, em 1350, até 1548 nunca tinha experimentado guerras sérias com o Rei do Pegú e o seu, feudal, inimigo. Sião, possui a soberania sobre os territórios: Luang Prabang, no norte (hoje Laos) Mergui, Tenassarin, no oeste, no este Chantaboon e no sul, Malaca, Jhoore Baru e Pattani, que como já foi escrito regularmente enviavam emissários a Ayuthaya,com a tenção em ouro e parta ao Rei de Ayuthaya. Era com isto a prova de lealdade ao monarca siamês e sua posse sobre essas terras.José Martins (continua)

ROTA DOS CANHÕES - 4a. Parte - JOSÉ MARTINS

Monday, September 15, 2008

NA ROTA DOS CANHÕES - A IMPORTÂNCIA DOS PORTUGUESES NA DEFESA DO REINO DO SIÃO

Parte 4ª
O Reino do Sião no princípio do século XVI é um país, demasiadamente, alargado que se estende desde as terras altas de Chiang Mai até à península malaia. A corte, instalada em Ayuthaya necessita de muita maneabilidade, política, para conseguir administrar tamanha grandeza territorial. Por diversas vezes o exército siamês tem que actuar para conseguir que as terras sob administração de Ayuthaya se mantenham intactas e sem que os representantes da coroa entrem em rebeldia e se recusem a prestar vassalagem ao Reio do Sião e pagar-lhe o tributo anual. Mas voltando à conquista de Malaca, em 1511, pelos portugueses e criado um clima de bom relacionamento, Rei Rama Thibodi II tem plena confiança nos portugueses e sabe que não desejam incetar guerras com o Sião ou países vizinho, mas apenas comerciar. A fixação dos portugueses em Ayuthaya viria a mudar a face do reino. Comercialmente desenvolve-se com as exportaçãoe: cana de acúcar, madeira de Teca, especiarias e a pedraria. O Rei de Ayuthya tem o monopólio de compra e venda de todos os produtos do Sião, a taxação de importação e exportação de todas as mercadorias carregadas ou descarregadas em Ayuthaya. O porto de Pom Phet, ganha o estatuto de internacional com o estabelecimento dos portugueses, numa área, vasta, de terreno oferecido pelo monarca de Ayuthaya, a cerca de 3 quilómetros a jusante, do porto, que desde então, aos dias de hoje, é conhecido pelo "Ban Portuguete". O calado das naus portuguesas são de alto mar e, apenas, com a possibilidade de navegarem umas poucas milhas a montante da foz do rio Chao Praya e lançam o ferro em Paknam. Deste ancoradoiro, os portugueses fretam juncos chineses, de largo calado, raso e construídos para navegarem nas águas do mar do sul da China, Golfo do Sião, Estreito de Malaca até à baía de Mergui, para que lhes transporte a mercadoria, trazida de Portugal e de Goa para o porto de Pom Phet. Mercadoria constituída por pouco mais que uns "panos"; umas "bugigangas" e a carga, principal, compunha-se de canhões, balas e espingardaria. O Reino do Sião possuia tudo em demasia e só pretendia armas para se defender contra a investidas do exército peguano que ainda só, por enquanto, se quedava a provocar os territórios do reino situados ao norte do Sião. Porém o Pegú, além de cobiçar a conquista do Sião está em guerra com os grupos étnicos: Mons e os Shans.
O Rei do Pegu Tabinshweti a sucede a Toungoo e consegue o controlo e a unidade entre os Mons e Shans. Agora, como objectivo, é atacar o Reino do Sião. Em Ayuthaya a paz seguia, absolutamente, pelo melhor. Tabinshweti, antes tinha conquistado Chiang Mai e alimenta o propósito de alargar esta conquista para o sul e as ambições de se senhoriar de Ayuthaya. Na corte do Sião impera a intriga, a infiltração de inimigos, a traição a juntar-se-lhe-ia a peste "smallpox" (bexigas). Rei Rama Thibodi II, faleceu em 1529 e sucede-lhe Bororajathira IV que viria a morreu de bexigas quatro anos depois de sua entronização. Toma o assento na cadeira do trono o Rei Chairajathira, casado com a Raínha Sri Sudachan, mãe de dois príncipes Phra Yord Fah e Phra Sri Silp. O Rei Chairajathira morreu em 1546 e há suspeitas de ter sido envenenado pela Raínha Sri Sudachan! A Raínha Sudachan, durante a saída Rei Chairajathirá, para Chiang Mai e dar luta aos peguanos, foi-lhe infiel e tomada de amores por um sobrinho que a engravidou e o motivo porque teria envenenado o Rei com peçonha.
O príncipe mais velho e herdeiro da coroa, Phra Yord Fah, com apenas 11 anos é entronizado e sua mãe a Raínha Sudachan, enquanto o príncipe não atingir a idade para ser o verdadeiro Rei, queda-se como a regente. Não poderemos deixar de aqui relatar aquilo que Fernão Mendes Pinto, escreveu em cima do caso do envenamento do Rei Chairajathira:
"Do mais que este rei de sião fez até se tornar para o seu reino, onde a raínha sua mulher o matou com peçonha"... E porque a rainha sua mulher, neste cinco meses que ele esteve ausente, lhe tinha cometido adultério com um seu comprador que se chamava Uquumchenirá, do qual a este tempo el-rei aqui chegou, era já prenha de quatro meses, receosa do que era razão que se receasse, determinou, para se salvar do perigo em que estava, matar seu marido com peçonha e, sem fazer mais sentença lha deu logo em porcelana de leite, de que não viveu mais que só cinco dias, no qual espaço de tempo proveu por seu testamento algumas coisas do reino, e satisfez as obrigações dos estrangeiros que o tinham servido nesta guerra do Chimmay (Chiang Mai), donde tinha vindo menos de vinte dias".
O Rei na agonia não se esqueceu dos portugueses que o tinham ajudado na guerra contra os peguanos em Chiang Mai e testamenta-lhe:
" E aos 120 portugueses que com lealdade vigiaram sempre na guarda da minha pessoa, darão meio ano do tributo da rainha de Guilbém, e liberdade em minhas alfândegas, por tempo de três anos, sem lhe levarem coisa alguma por suas fazendas, e seus sacerdotes poderão publicar nas cidades e vilas de todo o meu reino, a lei que professam, do Deus feito homem para salvação dos nascidos, como algumas vezes me têm afirmado".
E Pinto relata a entronização do pequeno principe Phra Yord Fah:
"E assim disse outras coisas a este modo, muito dignas de serem aqui declaradas, que por agora não declaro porque adiante espero fazer mais largamente. E também pediu a todos os grandes que então se acharam ali presentes, que para consolação lhe levantassem logo seu filho mais velho como rei, o que logo se fez com muita brevidade. E depois de ser jurado por todos os oiás, e conchalis, e monteus, que são dignidades supremas sobre todas as outras do reino, o mostraram de uma janela à multidão do povo que estava em baixo no terreiro, perante o qual lhe puseram uma rica coroa de ouro, a modo de mitra, na cabeça, e uma espada nua na mão direita, e umas balanças na esquerda, por ser este o seu costume antigo naquele auto. E posto o olá Passiloco, que era o mais supremo do reino, em joelhos diante dele, lhe disse quase chorando, em voz alta para que todos o ouvissem:
"A ti, menino santo de tenra idade, cuja ditosa e alta estrela foi seres eleito no céu para governares este império Sornau que Deus te manda entregar por mim, teu vassalo, o entrego agora com juramento de sempre o teres debaixo da obediência da sua divina vontade, com guardares igualmente justiça a todos os povos, sem haver aceitação de pessoas, entre alto e baixo, por onde se diga que não cumpres com o que juraste neste santo auto, porque torcendo tu por respeitos humanos o que a razão justifica diante do justo Senhor, serás por isso gravemente punido na côncava funda da casa do fumo, lago ardente de fedor espantoso, onde os maus e danados choram continuadamente, com tristeza de noite escura em suas entranhas. E para que te obrigues a isto a que este cargo que sobre ti tomaste te está obrigando, dize "xamxaimpom" - (que é como entre nós Amen). A que o menino, chorando, disse: "Xamxaimpom" - o que causou em todo o povo um horribilíssimo pranto que durou por um grande espaço. E fazendo aquietar o tumulto da gente, prosseguiu o mesmo em sua prática, dizendo: - E esta espada que se mete nua na mão, como ceptro que te dá poder na terra para subjugares os rebeldes, também quer dizer que estás por ela obrigado a sustentares com tua verdade os pequenos e fracos, para que os inchados do poder mundano os não emborquem com o assopro de sua soberba, que ante o Senhor é tão aborrecido como a boca do que blasfema do inocente menino que nunca pecou. E para que em tudo satisfaças ao esmalte formoso das estrelas do céu, que é o Deus perfeito, e justo, e bom, como potência admirável sobre o criado, dize: "xamxaimpom". A que ele respondeu dizendo duas vezes, chorando. "Maxinau, maxinau - "Assim o prometo, assim o prometo". E discorrendo o mesmo Passiloco por outras coisas a este modo, em que o menino por sete vezes respondeu: "Xamxaimpom" e se acabou esta cerimónia da sua coroação. Mas a derradeira parte dela foi vir ainda um talagrepo de dignidade suprema sobre todo o sacerdócio, de nome Quiay Ponvedé, o qual diziam que era de idade de mais de cem anos, e prontando-se aos pés do menino lhe deu juramento numa charana de ouro, cheia de arroz, e com isto o recolheram para dentro, por a brevidade do tempo não sofrer mais dilação, tanto porque já o rei seu pai começava a entrar no artigo da morte, como pelo pranto do povo ser tão geral em todos, que em todo o lugar e pessoa se não via então outra coisa senão lágrimas e suspiros" (Peregrinação, cap. 182, vol.2, pag. 182).
(Nota nossa: Este capítulo escrito por Fernão Mendes Pinto serviu de base a dois filmes, épicos, produzidos na Tailândia, entre eles se conta "Suriyothai", que mais adiante nos vamos referir a esta longa metragem). O Rei, jovem, entronizado como Phra Tianraja não teria tido um relacionamento salutar com sua mãe, regente, Sri Sudacha, dado às suas constantes intrigas na corte. Talvez o Rei tenha vindo a ter conhecimento que seu pai tinha sido envenenado, com peçonha, por ela e acaba por deixar o trono a sua mãe e recolhe-se, como monge budista no templo Rajpradit. Porém os nobres da corte de Ayuthaya não escondem o seu descontentamento pela governação da Raínha Sri Sudacha e descobrem que ela tinha como amante, um seu sobrinho, ainda durante a vida de seu marido o Rei Chairajathiraj.
Por vezes a Raínha Sri Sudacha recolhe-se no palácio real por largo tempo. Porém um dia os nobres convidaram-na para inspeccionar os elefantes brancos nos estábulos, reais, fora de portas da cidade; era esta uma traição para se desfazerem da raínha adulterina, que acaba por ser emboscada e morreu. Os nobres ligados à corte de Ayuthaya convidam, novamente, o Rei, já monge budista, para que deixe o templo e venha novamente assumir as rédeas do reino. Agora é lhe conferido o título do Rei Chakrapat e casa com uma dama, nobre, Suriyothai que entre eles se cria uma autêntica história de amor, que viria a ser consumada com a tragédia na morte da raínha em combate. Ayuthaya corre o ano de 1548 e na altura o Fernão Mendes Pinto, vive no "Ban Portuguete" que ao lugar se refere, na Peregrinação, e da comunidade luso/descendente que ali já vive. Não designa a aldeia dos portugueses pelo nome que hoje é conhecido o que se compreende a razão, dado que o nome de "Ban Portuguete" viria ser dado o nome mais tarde. O aventureirismo de Pinto, pela Ásia, não lhe permitia o estabelecer-se, por largo tempo num lugar. Era um daqueles portugueses, do seu tempo, sedento de conhecer o além do lugar por onde passava, que tanto hoje estava no Reino do Sião, a navegar no rio Mekong, com o pirata António Faria, até Phnon Penh, no Cambodja, em Malaca, na China e no longinquo Japão, junto ao padre Francisco Xavier. O Rei Tabinshweti do Pegu continua com as sua intenções, vivas, de conquistar Ayuthaya e decide, depois de se ter aconselhado com os nobres da corte, com os comandantes militares onde, entre estes, havia oficiais, portugueses, mercenários. É discutida uma a estratégia de marcha militar cujo destino seria Ayuthaya e destronar o Rei Chakrapat. Foi escolhido o caminho do norte de Pegu até aos "Três Pagodes" e depois de vencerem as subidas e descidas da cordilheira de montanhas, estão na província de Kanchanaburi e terão depois de percorrer as terras planas de Suphamburi e estão, a curta distância de Ayuthaya e atacá-la de surpresa. No ano de 1548, Ayuthaya, está bem provida de soldados de infantaria, de armas e canhões que os portugueses tinham permutado com produtos do Sião. Os nobres siameses quando dão conta que os peguanos se encontram nas proximidades de Ayuthaya, retiram os seus elefantes dos estábulos e há que lhes dar luta de corpo a corpo. Rei Chakrapa monta um seu elefante real, arma-o, bélicamente, e leva com ele dois soldados para que lhe cheguem as lanças e guiem o elefante. A Raínha Suriyothai pretende fazer companhia a seu marido e este em voz intimativa diz-lhe: NÃO! Suriyothai insiste, ignorando os perigos e o "NÃO" de seu marido. O pessoal que a servia na corte introduz a Rainha Suriyothai, com roupas de soldado, na peleja . A Rainha no campo de batalha, onde os elefantes predominavam na luta, de corpo a corpo, Suriyothay, está junto ao marido a lutar e não o perde de vista. A batalha é terrível onde se misturavam os sons do disparo da artilharia e os gritos dos feridos e outros de guerra.
O Rei Chakrapat, frenéticamente, entre os guerreiros, montado na cabeça do seu elefante procura o Rei do Pegú, para lhe dar luta. A Raínha Suriyothai segue-o o seu marido para o não perder de vista. Chakrapat desiquilibra-se, quando foi enfrentado pelo comandante, peguano, da linha da frente e quando este se preparava para liquidar o seu marido Suriyothai faz-lhe frente e lutou, por largo tempo até que cair, golpeada e ferida de morte. Porém seu marido o Rei Chakrapat sobreviveu. Os peguanos vencidos abandonaram o campo de batalha. Ao outro dia os dois príncipes, filhos da Raínha Suriyothai, Phra Ramesuen e Phra Mahin levantam o corpo de sua mãe no campo de batalha e em grande cerimonial da corte é-lhes feito o funeral. A Raínha Suriyothay é a heroína, tailandesa, mais venerada até aos dias de hoje. Sua memória foi reavivada graças à longa metragem (mais de três horas) produzida pelo Príncipe Chatri Chalerm Yogala e exibido no ano de 2001, que iremos dar conta em próximas partes.
José Martins

ROTA DOS CANHÕES - 5a. Parte - JOSÉ MARTINS

Saturday, September 20, 2008

NA ROTA DOS CANHÕES - A IMPORTÂNCIA DOS PORTUGUESES NA DEFESA DO REINO DO SIÃO

Parte 5ª
Sobre a história do Sião na era de Ayuthaya ainda haveria muito a descrever, dado que só cheguei ao ano de 1548. Por falta de tempo e porque vamos dar início a um outro e novo trabalho, desconhecido, a partir de 1 de Outubro, próximo, fico na quinta parte que completam vinte desde que começamos a contar a história do fundidor Manuel Tavares Bocarro. As armas de fogo, como já foi explicado em partes anteriores eram, praticamente, pouco conhecidas (talvez já operadas sem éxito pelos chineses), no Reino do Sião e, foram estas, introduzidas pelos portugueses a partir de 1511, de quando as relações diplomáticas foram incetadas por António Miranda de Azevedo. Outras comunidades estrangeiras, do ocidente, só a partir de meados do século XVII principiam a estabelecer-se no Sião. A francesa em força e pouco significativas a holandesa e a inglesa. As intenções dos franceses era o de colonizarem o Sião e contrabalançar o poderio dos ingleses na Índia e os holandeses a dominarem a Indonésia e os mares do Oriente, onde uma das práticas, da Companhia das Índias Orientais (um estado dentro de outro estado) era o de piratearem os navios, portugueses e juncos chineses. Por 130 anos, os portugueses residentes no Sião, formaram uma comunidade luso/siamesa, cremos, significativa a viver no "Ban Portuguete", cujos os homens portugueses, chegados ao Sião, à aventura e em procura do "Eldorado", casaram, em Ayuthaya com mulheres siamesas. Como é conhecido os missionários do "Padroado Português do Oriente", desde que os portugueses tivessem liberdade e autorização de se fixarem num país desde logo, ali, era erigida uma igreja para divulgar a religião católica. No Sião os missionários do Padroado não encontraram barreiras que os impedisse (graças à tolerância dos Reis e da religião Budista) de ensinar e praticar o catolicismo no "Ban Portuguete". Nas vizinhanças não existiam relações de amores, entre portugueses, furtivos e platónicos, mas matrimónios, sob o desígnios, da igreja católica. Se entende dado que o homem português obedecia, como se pode afirmar, cegamente aos missionário. O homem português, dado às condições de vida miserávei e de pobreza extrema, em Portugal, as pestes medievais europeias e outras importadas da Ásia, onde se inclui a "peste negra", periódicamente, fazia grandes rombos na população portuguesa. A chegada das naus das Índia, ao Tejo, carregadas de especiarias veio a criar euforia entre o homem do povo, uma onda de desejo de emigrar para o oriente em procura de uma vida melhor. Convinha ao Rei de Portugal, de quantos mais homens, portugueses, emigrassem para a Ásia e Oriente, mais se consolidava a presença portuguesa naquela área. Mas muitos desses desgraçados, quando embarcaram nas naus da Índia no Tejo, já estavam infectados com a peste e acabavam, depois de morrer, atirados ao oceanos Atlântico e Índico. Esses homens embarcados "ao Deus calha", sem empregos já firmados, mas com a viagem de graça nas naus da coroa, logo desembarcados nos portos da Índia teriam de recomeçar uma nova vida. Ramificaram-se pelo sudeste asiático e não olhavam a modo de vida e foram vendendo a sua mão-de-obra, conforme as oportunidades que se lhe ofereciam. Deixaram de ter pátria e a deles era a sobrevivência e com isto se ofereciam como soldados mercenários aos reis do Sião e do Pegú. Por diversas vezes, homens portugueses, esquecendo a lusitanidade que os unia, lutaram uns contra os outros em campos de batalha, e ajuste de contas entre os Reis do Pegú e do Sião. Curioso aqui notar que o Rei Baying, do Pegú (depois de meados do século XVI), numa das suas investidas contra o Reino do Sião, atravessando a fronteira Mae Lamow Pass (província de Tak, centro norte da Tailândia, num exército de 120 mil homens, 18 mil soldados de cavalaria, apoiados por 8.500 elefantes, estavam incluídos, 2 mil soldados, mercenários, portugueses. Em 1986, a TDM (Televisão de Macau), incumbiu-me de lhe fazer um trabalho de investigação em Lampang, no norte da Tailândia, e ver por lá o que existia sobre a passagem dos portugueses. A TDM, tinha em vista de realizar uma longa metragem, sobre a história dos portugueses na Tailândia e em Malaca. O filme foi produzido, em Abril de 1987, a que lhe foi dado o nome "A Glória de Ayuthaya", uma obra prima a que se ficou a dever aos jornalistas: Avelino Rodrigues e Gonçalo César de Sá, que antes, os dois, tinham realizado um trabalho, meritoso, no Japão, na ilha de Tenagashima, conhecida pela "Ilha da Espingarda". Fernão Mendes Pinto, andou por ali, embora não refira o nome de Lampang, mas designa Lamphung. que se situa mais ao norte e a pouco mais de uns 60 quilómetros. Assim não há a menor dúvida que Pinto passou por Lampang, durante as campanhas do Rei do Sião, em procura de reconquistar Chiang Mai ao Pegú. Em 1984, a embaixada de Portugal, em Banguecoque, sob a gerência do embaixador Mello-Gouveia, tinha um excelente relacionamento com os directores do " Fine Arts Department" (Belas Artes), em Banguecoque e Ayuthaya. Graças ao meu amigo de longa data, Patipat, arqueólogo e quem dirigiu os trabalhos de escavação das ruínas do "Ban Portuguete", passou-me uma carta para entregar ao director do "Fine Arts Department", em Lampang, senhor Sadki. Sem ter conhecimento, o Patipat, telefonou ao bom homem para que me fosse dada a melhor hospitalidade, já característica tailandesa. Viajei, de Banguecoque, durante a noite de comboio, ao amanhecer, estava a desembarcar na estação do caminho de ferro de Lampang. Esperava por mim o bom homem (bastante idoso), com uma viatura, mais uma senhora do seu departamento. Em 1986, embora o turismo fosse uma importante, parte, significativa, na economia da Tailândia, a cidade de Lampang e província ainda estava por explorar pelos estrangeiros. A cidade era sossegada e estava repleta de história e espalhadas, por ali ao acaso muita artilharia, fundida de ferro coado e num templo budista a pouco mais de um quilómetro da cidade, a espingardaria portuguesa, estava ali bem vinculada. O meu anfitrião senhor Sadki, juntamente com a sua funcionária, levaram a todos os lugares onde havia vestígios da passagem dos portugueses. E, ainda, fui transportado ao local (Aldeia Pong Saeng Tong), junto ao templo budista, "Patan Khum Muang", onde estão duas imagens " irmãs gémeas" de dois Lordes Budas, fundidas com diversos metais, incluindo 133 quilos de ouro puro. A pouca distância do templo, numa larga planice, tinha-se ali travado uma batalha terrível entre o Reinos do Pegú e do Sião onde os portugueses lutaram uns com os outros. Esta batalha e a presença dos portugueses ficou na memória das populações, de Lampang e foi passando de geração em geração, durante o período de 420 anos. Hoje e quem viajar pela Tailândia, encontra em várias cidades, vilas ou aldeias, pequenos ou grandes baluartes, onde há canhões e ameias, bem portuguesas. No cimo desses muros. foram construídas ameias e entre os espaços, colocados, canhões que serviram para os Reis do Sião, se defenderem da intrusão dos Reis do Pegú que pretendiam a alargar o seu território. Graças à artilharia portuguesa, à espingardaria e aos artilheiros luso, ensinando os siameses a operar com as peças de fogo grosso e a disparar as armas, o Reino do Sião possui as fronteiras que hoje tem. Porém apesar da segunda capital Ayuthaya, ter caído e saqueada em 1767, pelo exército do Reino do Pegú, nunca conseguiu conquistar o Reino do Sião.
José Martins

THE KING MAKER




Sinopse de
O Criador de King (2005) 

Em 1547 Fernando De Gama, um jovem "Soldier of Fortune" de Portugal, partiu para o Oriente, numa tentativa de encontrar o homem que assassinou seu pai e, com sorte, como muitos de seus compatriotas, para fazer fortuna. Uma terrível tempestade no Oceano Índico quase terminou os seus planos, quando o navio estava em afundou.

O único sobrevivente, ele foi levado até uma praia tropical só para ser capturado por traficantes de escravos árabes e levado para Ayutthaya no reino do Sião, onde foi oferecido para a venda como um escravo. Ele é resgatado da escravidão, quando uma bela e jovem mulher, Maria, também de Portugal, vivendo em Ayutthaya com seu pai, compra-lo dos árabes e restaura a sua liberdade. Não é surpresa que ele se apaixona por Maria Maria e ele, para grande desgosto do pai de Maria.

Como um soldado experiente seus serviços estão logo na demanda quando o Rei do Sião declara guerra a um pretendente renegado do Norte e de todas as colônias Português são arrebanhadas para o serviço do rei. Previsivelmente, a experiência de Fernando e galhardia, no calor da batalha, favorecem o ganho com o Rei quem comanda-lo para ser um de seus guardas pessoais honrados, juntamente com um novo encontrado amigo tailandês de enorme galhardia, Tong. Sem o conhecimento do rei, sua bela esposa, mas desonesto, Rainha Sudachan, planeja matá-lo e colocar seu amante no trono.

A primeira tentativa da Rainha para se livrar do rei falha e ela convoca os serviços de Phillippe, que se verifique se o assassino do pai de Fernando. Ele, por sua vez organiza uma tentativa fracassada sobre a vida dos reis. Como guardiães de confiança do rei, Fernando e Phillippe Tong descobrir que está envolvido, mas é morto durante uma tentativa de prendê-lo.
Eles descobrem posteriormente que o agressor é o Queen, mas é tarde para salvar o rei que já sucumbiu a seu veneno. A culpa pela morte de reis é promovida mediante Fernando e Tong que são presos e forçados a lutar entre si até a morte para o divertimento da rainha Sudachan e seu amante, o novo rei. Escrito por Sean Casey

 

 

The King Maker

The King Maker

Thai movie poster.
Directed byLek Kitaparaporn
Produced byDavid Winters
Written bySean Casey
StarringGary Stretch,
John Rhys-Davies,
Yoe Hassadeevichit,
Cindy Burbridge
Music byBrian Clifton,
Ian Livingstone
CinematographyJiradeht Samnansanor
Editing byWilliam Watts
Distributed byAlpha Beta Films International
Release date(s)October 20, 2005
Running time100 minutes
CountryThailand
LanguageEnglish,
Thai
Budget250 million baht


The King Maker (Thai: กบฎท้าวศรีสุดาจันทร์ , or The Rebellion of Queen Sudachan, is a 2005 Thai historical drama film set during the Ayutthaya kingdom. With a storyline that shares many similarities to 2001's The Legend of Suriyothai, The King Maker's plot focuses on a Portuguese mercenary (Gary Stretch) in the service of the Siamese court. Produced by David Winters, it was the first English-language Thai film production since the 1941 film, King of the White Elephant, produced by Pridi Phanomyong.

 

Plot

The story opens with Portuguese soldier Fernando de Gama drowning in the ocean after a shipwreck. He comes to, finds some wreckage to float on and washes up on the coast of Siam. After almost being eaten by a crocodile, he is captured by Arab slave traders and taken to Ayutthaya. Released from his bonds to be put on the auction block, he promptly knocks down his captors and leads them on a chase throughout the ancient city.

Eventually, he is brought under control, but not before he is captured the attention of a Eurasian beauty, Maria, who buys him his freedom back. After recovering from his recapture, Maria brings Fernando to meet her father, Phillippe. Fernando immediately recognizes Phillippe as the man who killed Fernando's father many years ago, whom Fernando has been seeking on a lifetime quest for revenge.

But there are bigger battles to be fought. Fernando and his Portuguese compatriots are pressed into the service of King Chairacha, who has to go into battle. It is a multi-national taskforce, not only including Portuguese mercenaries, but also samurai warriors (likely Christians expelled from Japan). In battle, Fernando bonds with a Thai warrior named Tong. They distinguish themselves by saving the King from an assassination attempt and are appointed his personal bodyguards.

Queen Sudachan, a former royal consort who schemed her way into becoming queen, is behind the assassination plot. Because it failed, she calls on Don Phillippe for help. Phillippe in turn enlists a scar-faced ninja to kill the king. This plan is also thwarted by Fernando, Tong and other Siamese troops. After the assassins are killed in the king's bedroom, King Chairacha assigns Tong and Fernando the task of seeking out whoever is behind this scheme.

Recognizing one of the dead assassins as the scar-faced ninja he had seen Phillippe talking with earlier that night, Fernando confronts Phillippe. They fight, and Phillippe is killed by Tong. Meanwhile, the queen resorts to black magic to poison the king. She also must kill her own son, Prince Yodfa (who is next in line for the throne), to clear the way for her boyfriend Worawongsathirat. This she achieves by hiring a spear-wielding African warrior.

Succeeding in her plot, Fernando and Tong are then framed for the deaths and made to fight each other in a death duel for Queen Sudachan, her new king, and the crowd's amusement. Tong's family and Maria's life are threatened, and Tong throws an axe at Worawongsathirat, slaying him. Moments before the queen kills Tong and Fernando in revenge, King Chairacha's brother Maha Chakkraphat arrives. Having deduced on his own that the queen is behind the king and prince's deaths, he arrests the queen and releases our heroes and their loved ones. In an ending text, it is stated that news of these events were heard by the king of Burma, and that the story's impression of disarray is what caused the Burmese invasion and the eventual decline and destruction of Ayutthaya.

Cast

Language issues

  • All the dialogue was recorded in English. However, when the movie was screened commercially in Thailand, the parts where Thai characters were interacting with other Thais were dubbed in Thai.

RECRIAÇÃO DA MANTANÇA DO PORCO

Casa do Povo de Canaviais recria Matança do Porco
Quinta, 24 Fevereiro 2011 11:03
 



A Casa do Povo de Canaviais, que este ano voltou a associar-se à Rota de Sabores Tradicionais, uma iniciativa da Câmara Municipal de Évora, em torno da gastronomia regional, promove este fim-de-semana uma Matança do Porco, recriando, deste modo, uma tradição de longa data e com forte cunho regional.

Esta acção, que decorre ao longo de dois dias, tem previsto para sexta-feira à tarde a matança do porco, pelas 18h30. Depois de todos os preparos - musgado, raspado e estripado – o animal ficará pendurado a escorrer sendo desmanchado no dia seguinte pela manhã.

Depois, a partir 13h00, está prevista a realização do “Dia do Porco e sua Gastronomia”, onde serão servidas algumas das iguarias confeccionadas a partir deste elemento da paisagem alentejana (Rechina, Febras Assadas, Entremeada e Iscas com Elas). O Almoço terá o preço de 15€ para sócios e 18€ para não sócios, crianças 6 - 12 anos  5€.

O evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Évora, Entidade Regional de Turismo, Rádio Telefonia do Alentejo, Jornal Diário do Sul e Hotel Convento do Espinheiro.

Fonte - Diário do Sul - Évora

ACIDENTE COM UM BOEING 747-100 DA UNITED AIRLINES




No dia  24 de Fevereiro de 1989 um Boeing 747-122 matrícula N4713U com o código de vôo United Airlines 811 após descolar de Honolulu e quando cruzava o nível de vôo 220 perdeu uma das portas do porão ocasionando uma extensa perda de fuselagem. Oito passageiros foram sugados para o exterior e morreram. O avião conseguiu regressar a Honolulu e aterrar em segurança. Era comandado por David Cronin, 1º Oficial Gregory Slader e 2º Oficial Randal Thomas.







O prototipo do avião acidentado, um Boeing 747-100

AQUI TAILÂNDIA: AYUTHAYA DOS PORTUGUESES - ALDRABAR A HISTÓRIA É MUITO FEIO...!!!#links



AQUI TAILÂNDIA: AYUTHAYA DOS PORTUGUESES - ALDRABAR A HISTÓRIA É MUITO FEIO...!!!#links

A TAILANDIA E SUA HISTÓRIA - MONSENHOR MANUEL TEIXEIRA



Morreu Monsenhor Manuel Teixeira, apóstolo do Oriente

Monsenhor Manuel Teixeira, conhecido padre e historiador de Macau, morreu ontem aos 91 anos, em Chaves, na Casa de Santa Marta, o lar onde residia desde que regressou do Oriente há dois anos.
O corpo encontra-se na Casa de Santa Marta até terça-feira, de onde seguirá para a igreja matriz de Chaves, onde se realizará a missa de corpo presente e sairá o funeral, cerca das 15h00, para o cemitério da cidade.
Nascido em Freixo de Espada à Cinta, Manuel Teixeira passou 76 anos no Oriente, nomeadamente em Singapura e Macau.
Com apenas 12 anos viajou para Macau, para aí estudar num seminário. Durante a sua estada no Oriente, monsenhor Manuel Teixeira escreveu cerca de 140 livros, dos quais, muitos deles foram traduzidos para inglês, chinês e japonês, tendo estudado sobretudo a história da diocese macaense.
Entre as condecorações que recebeu, encontram-se a de Oficial da Ordem do Império, e as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem Militar de Santiago e Espada. Monsenhor Teixeira será também recordado pela sua figura exótica, com longas barbas brancas e batina também branca.
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O articulista conviveio imensas vezes com o Sacerdote e ilustre historidor, Monsenhor Maniel Teixeira, e possue todas as obras pelo ele escritas.
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 História de Portugal na Tailândia e na Ásia.
"Portugal na Tailândia" de autoria de Monsenhor Manuel Teixeira, obra editada, em 1983, pela "Imprensa Nacional de Macau". A obra é composta de 563 páginas. Nas primeiras páginas inserida uma dedicatória do autor: "Ao dinâmico Embaixador de Portugal na Tailândia Dr. José Eduardo de Mello-Gouveia" O.D.C. O Autor. A seguir uma outra com:
EXPLICAÇÃO PRÉVIA
Esta obra é, da centena de livros que temos publicado no decurso de meio século de investigação histórica, aquela que mais tempo espero para ver a luz do dia. Começámos este trabalho em 1960 com o fim de aparecer no quarto centenário da entrada dos primeiros missionários no Sião (1556-1966). Motivos de ordem vária impediram a sua publicação e o manuscrito tem esperado pacientemente por uma aberta. esta só agora se deu com as comemorações do bicentenário da Bangkok como capital do Sião (1782-1982), devendo este livro fazer parte da nossa participação nas festas. No decorrer destas páginas usamos a palavra Sião, pois o vocábulo Tailândia é muito recente e a nossa história desenrola-se antes da nova designação; esta só aparece no Título - Portugal na Tailândia. Nem os nossos missionários nem os nossos cônsules ou diplomatas nos deixaram livros sobre este país, ao contrário do que sucedeu com os estrangeiros que vieram muitíssimo depois. Ultimamente, três escritores nossos publicaram ensaios sobre as relações dos portugueses com o Sião, aparecendo estes estudos no Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Infelizmente, deixam muito a desejar: o primeiro errou e os outros dois repetiram os erros deste e ainda lhe acrescentaram mais. Para que se não perpetuem tais erros, vamos passar pela fileira da crítica esses artigos, mondando as ervas daninhas que lá vegetam em abundândia.Dividimos este trabalho em três partes:Primeira: Os Portugueses no Sião.Segunda: Missões Católicas Portuguesas no Sião. Terceira: Documentação
(Obra Esgotada)
Nota minha: Monsenhor Manuel Teixeira, já não pertence ao número dos vivos. Depois de uma vida em Macau (legou um espólio,cultural/histórico, de mais de uma centenas de livros), pouco depois do território passar para a administração da China e com mais de 70 anos de permanência ali, viria a falecer doente e desiludido da vida, aos 91 anos na Casa de Santa Maria, em Chaves, a 15 de Setembro de 2003.
" Portugal no Cambodja" é uma outra obra do Monsenhor Manuel Teixeira, edição dos Serviços de Turismo - Imprensa Nacional de Macau, Julho de 1983. Uma obra de grande utilidade e a primeira escrita, em profundidade, sobre a passagem dos portugueses naquelas paragens. Vamos apenas transcrever alguns parágrafos:
OS PORTUGUESES EM CAMBODJA
A pacificação de Cambodja em 1598 e a coroação do seu soberano Barom Reachea II no fim desse ano devem-se aos esforços do português Diogo Veloso e do espanhol Blas Ruiz. Grato aos seus colaboradores, o Rei nomeou-os governadores de província: "Dei ao Cap (Chaufah) Diogo Portugal (Diogo Veloso) a província de Bapuno (Baphnom) e ao Cap. (Chaufah) Blaz Castilla (Blaz Ruis) a de Trang (Treang")Em 1934, o Residente francês de Cambodja erigiu à memória de Veloso um busto numa das ruas principais de Leak-Luong, em frente de Baphnom, com a seguinte inscrição, encimada pelo escudo das armas portuguesas:(Obra esgotada)

DIOGO
BELHOSA
NÉ À AMARANTE
PORTUGAL
AU SERVICE DU ROI
DU CAMBODJE
PRAH
ALAMKARA
"Portugal em Singapura", mais outra obra de Monsenhor Manuel Teixeira, edição da Direcção dos Serviços de Turismo - Imprensa Nacional de Macau - Janeiro de 1985, de 496 páginas. Ilustrada com várias fotografias e mapas
NOTA EXPLICATIVA
Em 1981, as Missões Portuguesas de Singapura e Malaca, que estavam sob a jurisdição da Diocese de Macau, passaram para a jurisdição dos bispos locais. Publicámos já três volumes sobre Malaca Portuguesa.Para que não se perca a memória do que fizemos em Singapura desde a fundação dessa cidade até 1981, vamos assinalar as pegadas que lá deixámos impressas. Este trabalho compõe-se de duas partes:
I- Os Portugueses em Singapura com a história e costumes da terra. II - A Missão Portuguesa de Singapura.
Macau, 21 de Novembro de 1983.

Monsenhor Manuel Teixeira nesta obra, em profundidade, dá a conhecer os nomes das pessoas que compunham a numerosa comunidade luso-descendente, onde se incluem os missionários da Missão Portuguesa. Transcrevemos , apenas, um trecho, parte da página 185.
Padre Medeiros ao Cónego Pinto:
"O Marques Pereira bufa contra os Padres; queria talvez que nós fossemos tão estúpidos que não conhecessemos, ou não lembrassemos dos calotes que ahi nos teem pregado os seculares, que têm administrado "os bens das Missões". Não quero dizer que elle seja capaz de outro tanto; mas gato escaldado da água fria tem medo. Não tem pois de que se queixar. As dívidas que existem foram-nos legadas pelo Padre Carvalho, amigo delle Marques Pereira; mas há uma cousa a notar: quando o Padre Carvalho nos entregou a administração foi com com uma dívida de vinte e quatro mil patacas ($24.000) e hoje apenas se devem quinze mil ($15.000), tendo pago ao Governo tudo o que se lhe devia, e isto n´um anno! Que lhe parece? Pois as despezas augmentaram com as nossas missões, e estão augmentado. O Ministro está ao facto de tudo isto, no Ministério da Marinha não há hoje quem o ignore. Podem berrar à vontade, mas a verdade é mui forte de per si." (Obra esgotada)
"Portugal na Birmânia", é a continuação de mais uma obra histórica/cultural de Portugal no Sudeste Asiático de Monsenhor Manuel Teixeira. Edicão da Direcção dos Serviços de Turismo - Imprensa Nacional de Macau - Julho 1983. Inseridas 6 fotografias, raras, das ruínas da fortaleza e igreja de Filipe de Brito Nicote, em Siriam, na embocadura do rio Rangun, tiradas pelo então Embaixador na Birmânia (não residente) Dr. José Eduardo de Mello-Gouveia, em 1983. Os portuguese soldados da fortuna e aventureiros, também passaram pela Birmânia (Pegu). Um dos que mais relevância teve foi Filipe de Brito Nicote, entronizado Rei do Arracão.(Obra esgotada) "Portugal e a Tailândia" Fundação Calouste Gulbenkian - 1988. Monografia com excertos de cronistas quinhentistas portugueses: Carta de Rui de Araújo a Afonso de Albuquerque; Afonso de Albuqerque ao Rei de Portugal; Tomé Pires, Fernão Mendes Pinto e outros. A monografia é Prefaciada pelo Dr. José Blanco, Administrador da Fundação Calouste Gulbienkian, foi um dos obreiros, juntamente com o Embaixador Mello-Gouveia, para que as ruinas da Igreja de São Domingos no "Bangue Portuguete" (Aldeia dos Portugueses), em Ayuthaya viessem à luz do dia depois de 217 anos enterradas.
PREFÁCIO
Em 1982 celebrou-se o bi-centenário da fundação da cidade de Bangkok que, após a destruição de Ayuthaya em 1782 se tornou a capital da Tailândia. Correspondendo a uma sugestão do Embaixador de Portugal em Bangkok, Dr. José Eduardo de Mello Gouveia, a Fundação Gunbenkian editou, nessa ocasião, um opúsculo intitulado Thailand and Portugal, 470 Years of Friendship, com a colaboração de historisadores portugueses e essencialmente destinada a ofertas na Tailândia, noutra zonas do Sudeste Asiático e em língua inglesa. Obra obteve tal êxito que, em 1985, a Direcção Geral de Belas-Artes da Tailândia, solicitou à Fundação Calouste Gulbenkian autorização - desde logo concedida - para publicar uma versão em tailandês destinada a distribuição pelas escolas do país. No dia 5 de Dezembro de 1987 celebrou-se festivamente em todo território tailandês o 60.º aniversário natalício de Sua Majestade o Rei Bhumibol Adulyadej. Na Tailândia, a vida é contada em cliclos de doze anos, o fim de cada um dos quais marca uma etapa importante no sentido de evolução e de mudança. De doze em doze anos a sorte pode mudar (para melhor ou para pior) e a personalidade e o modo de encarar a vida modificam-se: cada ciclo é como que um chegar à "maioridade". O mais importante dos ciclos é, no entanto, o quinto, pois entende-se que, ao entrara nos sessenta anos, o homem atingiu a plena posse das suas faculdades. Estas, aliadas à experiência da vida, fazem dele uma personalidade completa.. Uma brilhante série de festividades sublinhou ao longo do ano de 1987 e, mais especialmente, no dia 5 de Dezembro, o aniversário do régio. Integrado neste espírito, o Embaixador da Tailândia em Lisboa, Orachum Tanaphong, sugeriu à Fundação Calouste Gulbenkian a publicação de uma versão do mencionado opúsculo em Português, a fim de dar a conhecer no país pormenores sobre aquilo que todos os cidadãos tailandeses aprendem nos bancos da escola: o facto de Portugal ter sido o primeiro país europeu a chegar em 1511 ao então chamado Reino do Sião e a estabelecer com este relações permanentes. Essas relações têm-se processado, ao longo de quase quinhentos anos, num clima de cordialidade que não é comum na história das nações. O objectivo da presente publicação e, assim, mostrar um aspecto da espantosa saga dos Descobrimentos pouco conhecido dos Portugueses de hoje. Entre os textos para tal efeito seleccionados destacaremos as coloridas e minuciosas descrições da vida no reino do Sião no século XVI, feitas por João de Barros e Fernão Mendes Pinto (aqui apresentado em português modernizado). A Fundação agradece aos Professores John Villiers e Luis de Matos e ao Embaixadfor Helder Mendonça e Cunha as suas valiosas colaborações e faz votos para que o leitor encontre nestas breves páginas um renovado motivo de interesse por uma fase fascinante da vida de Portugal: a desta longa amizade com a Tailândia e o seu povo.
José Blanco - Administrados da Fundação Calouste Gulbenkian
(Esgotada)
"Thailand and Portugal 476 Years of Frienship" ( segunda edição) publicada pela Fundação Calouste Gunbenkian por ocasião do do Segundo Centenário da Fundação da Cidade de Bangkok. Com textos: Em cima das relações entre Portugal e a Tailândia desde 1511 ao tempo actual por António da Silva Rego; O Primeiro Documento Português no Siam por Luis de Matos; Uma Selecção de Textos do Século XVI no Siam por Alberto Iria; A Concessão do Terreno a Portugal por Hélder Mendonça e Cunha. (Esgotada)
"East of Malaca - Three essays on Portuguese in the Indonesian archipelago in the sixteenth and early seventeen centuries", por John Villiers. Edicão da Fundação Calouste Gulbenkian - Bangkok 1985. Monografia em língua inglesa, com prefácio do Embaixador José Eduardo Mello-Gouveia. A obra está ilustrada com 8 fotografias raras. 1. Eastern Indonesia. Anonymous - João Teixeira Albernas II, "Demonstração de Ilha de Macasa e das de Maluco"; e Noua Guine" c. 1680. 2. Banda Islands, Pierre van der Aa, "Les illes de Banda", Leiden, 1719. 3. Dutch nutmeg traders on Neira. From Begin ende voortganhg van de Vereenigde Neederlandtsche Geoctroyeerde Oost-Indische Compagnie. Izaak Commelin ed. (Amesterdam, 1646). 4. Bandanese playing football. 17th century. 5. The Portuguese fortress on Ternate. 6. Ambon in 1617, showing the fortress built by the Portugueses in 1580. 7. Makassar. Pierre van der Aa, "Macasar, capitale du Roiaum de même nom ", Leiden, 1719. 8. The Portuguese fortress on Solor. António Bocarro, "Livro das plantas de toda as fortalezas do Estado da India Oriental", 1635. (Obra esgotada) "Portuguese Malaca - J. Villiers - Edição, em língua inglesa, do Gabinete de Documentação e Relacionamento Histórico Cultural de Portugal no Sudeste Asiático, Embassy of Portugal - 1988. Monografoa prefaciada pelo Embaixador José Eduardo de Mello-Gouveia. Com várias ilustrações, incluindo actividades culturais efectuadas durante a inauguração da "Praça Portugal" em Malaca a que esteve presente S.E. o Primeiro Ministro da Malásia - 1984. (Cremos ainda existirem alguns exemplares na Secção Cultural da Embaixada de Portugal em Banguecoque) "Early Portuguese Accounts of Thailand" - Antigos Relatos da Tailândia". Edição Câmara Municipal de Lisboa -Portugal - 1983. Edição de luxo e na capa estampado, em relevo, o distintivo da Camara Municipal de Lisboa - A obra tem um brilhante texto do historiador, médico e diplomata Dr. Joaquim Campos. Prefaciada pelo falecido Dr. Nuno Krus Abecasis na altura Presidente da C.M. de Lisboa.

O PORQUÊ DESTE LIVRO
Quando, no ano passado, uma Delegação da Câmara Municipal de Lisboa visitou a Tailândia, por ocasião do duplo Centenário da Cidade de Banguecoque, tive ocasião de tomar conhecimento do grande projecto que o Embaixador José Eduardo Melo Gouveia tinha em mente e que consistia em reactivar a velha Feitoria, integrada no conjunto da magnífica Embaixada de Portugal, dando-lhe a finalidade de servir , no futuro, como grande Centro Cultural Português no Sudoeste da Ásia onde, a cada passo, se encontram, religiosamente guardados pelas populações, pedaços da presença de Portugal. O próprio Embaixador já iniciara a recolha de peças, nomes, documentos e até conversas, que bem testemunham essa Presença.Nem eu, nem nenhum dos membros da Delegação, jamais esqueceremos o momento emocionante da visita ao Bairro de Santa Cruz, quando a Comunidade local nos levou junto dos túmulos dos "padres portugueses que há duzentos e cincoenta anos nos trouxe a Fé".Desde então me pareceu oportuno associar Lisboa, embora modestamente, ao projecto que estava a nascer. Foi por isso que prometi ao Embaixador editar em Lisboa, nas nossas oficinas gráficas, o livro que agora e apresentado. Nele se fala no passado longínquo e também do mais recente, documentando fotograficamente os diferentes passos da última visita de Suas Majestades os Reis da Tailândia a Lisboa, felizmente os mesmos Reis que ainda hoje presidem aos destinos do País.Como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas principalmente como português, desejo todas as felicidades e progressos para a Tailândia e para a sua Capital e, do mesmo passo, faço votos para que o novo Centro Cultural encontre a sua verdadeira vocação de, ao recordar e valorizar um passado que nos honra, cada dia mais apertar os laços culturais, sociais e económicos entre Portugal e o seu povo e todos os países e povos dessa portentosa região do Sudoeste Asiático. Lisboa, 10 de Junho de 1983 - Dia de Portugal
O Presidente Nuno Krus Abecasis


 

José Martins