Relatório do primeiro semestre da operadora revela o valor da indemnização paga a Rui Pedro Soares e a Soares Carneiro
Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro, ex-administradores da Portugal Telecom (PT), que se demitiram na sequência do seu envolvimento no processo "Face Oculta", receberam quase sete vezes mais de indemnização do que Armando Vara, arguido do mesmo processo, quando renunciou ao cargo de vice-presidente do BCP.
De acordo com o relatório e contas da PT relativo ao primeiro semestre deste ano, a empresa pagou 1.797.544 euros aos dois administradores, que se demitiram dos cargos em Fevereiro, após publicação de transcrições das escutas do processo "Face Oculta" pelo semanário Sol, tendo como pano de fundo um plano de controlo dos media por parte do Governo.
Segundo o documento, os pagamentos são respeitantes a "remunerações até ao final dos respectivos mandatos e à compensação pelo pacto de não concorrên- cia pago a um dos administradores". Rui Pedro Soares renunciou ao cargo de administrador, mas continua como quadro da empresa, enquanto Fernando Soares Carneiro abandonou a operadora.
Recorde-se que Armando Vara, constituído arguido no processo "Face Oculta", que suspendeu em Novembro de 2009 as funções que desempenhava no BCP, renunciou ao cargo a 2 de Julho e recebeu 260 mil euros, a quantia correspondente à que lhe seria devida até ao termo do mandato, no final do ano.
No caso dos dois ex-administradores da PT, os mandatos eram válidos por mais dois anos. E, tal como foi noticiado em Fevereiro, quando os dois responsáveis renunciaram aos cargos, em 2008 cada administrador executivo da PT recebeu cerca de 1,5 milhões de euros. O que significa que, se cumprissem o mandato, iriam receber mais de cinco milhões de euros.
Na sequência da publicação pelo Sol de transcrições das escutas do processo "Face Oculta", Rui Pedro Soares interpôs uma providência cautelar contra o semanário dirigido por José António Saraiva com o objectivo de impedir a publicação de escutas em que o seu nome fosse referido. Providência cautelar que o jornal não acatou e, por isso mesmo, o ex-administrador da PT interpôs uma acção executiva contra a empresa proprietária do jornal - neste momento suspensa - o director e as jornalistas que assinaram os textos com as transcrições, Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo.
José António Saraiva reagiu ontem à Lusa sobre a deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social relativa a uma queixa apresentada por Joaquim Oliveira, indicando que o Sol violou os direitos de personalidade do presidente da Controlinveste. Para o director do semanário, essa decisão só pode ser entendida "numa linha de protecção do governo". Em causa estava também a publicação de excertos de transcrições de escutas telefónicas constantes do processo "Face Oculta".
Tags: Rui Pedro Soares, PT, face oculta, Portugal
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BANDALHOS SOCRÁTICOS. BARDAMERDA PARA ESTA PODRIDÃO DE PAÍS!
País de m****... Sócrates = pulha ...
alerta
POVO vamos para a rua gritar ...
luis
nao sao estes actos k aumentam ...
INCREDULO
COMO PODE HAVER TANTA INGNORANCIA? ...
zangado
CÁ ESTÃO AS VANMTAGENS DE PERTENCER ...
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Rui Pedro Soares entrou, discretamente, na Portugal Telecom, mas hoje faz manchete nas notícias por estar envolvido nas alegadas escutas do caso "Face Oculta" publicadas pelo jornal "Sol", a quem moveu uma providência cautelar para impedir a divulgação de mais escutas que o citassem.
Rui Pedro Soares entrou, discretamente, na Portugal Telecom, mas hoje faz manchete nas notícias por estar envolvido nas alegadas escutas do caso "Face Oculta" publicadas pelo jornal "Sol", a quem moveu uma providência cautelar para impedir a divulgação de mais escutas que o citassem.
É administrador executivo da "holding" Portugal Telecom desde 2006, ano em que Henrique Granadeiro assume a presidência executiva, acumulando com a não executiva. A nomeação foi, logo, interpretada como sendo uma escolha ligada ao Governo. Afinal, Rui Pedro Soares era do PS.
E depois de um primeiro mandato, foi novamente nomeado em 2009 para novo mandato de três anos, onde reforçou pelouros. Entre eles, a responsabilidade da PT ACS, que é a entidade que gere os cuidados de saúde.
Quando em 2006 entrou para a administração executiva da PT, Rui Pedro Soares ficou com as relações com as regiões autónomas e autarquias, com o marketing institucional, com o imobiliário e segurança. Em 2008, quando houve reorganização na estrutura administrativa da PT e Zeinal Bava assumiu a presidência executiva, Rui Pedro Soares saiu reforçado. Além de manter o imobiliário, a segurança, as relações com autarquias e os patrocínios institucionais, ficou com algumas outras áreas - participações financeiras como a CTM (macau), Timor Telecom e Archway (vendida nesta ocasião), ambiente e eficiência energética.
Já em 2009, acumula a estes pelouros (excepto a gestão da participação da CTM), a PT ACS.
Os contactos com os clubes de futebol, patrocinados pela PT, são da sua responsabilidade. Rui Pedro Soares é portista.
Rui Pedro Soares tem 36 anos. É do Porto, mas na adolescência rumou a Lisboa. Estudou no IPAM - Instituto Português de Administração de Marketing, tendo tirado uma formação no INSEAD em telecomunicações: estratégia e marketins.
No curriculum disponível no "site" da PT é referido que Rui Pedro Soares entrou na PT em 2001. Sabe-se que em 2005 era administrador executivo da PT Compras. Antes tinha sido assessor na PT Multimédia.
Antes da PT esteve no Grupo Banque Nationale de Paris/Paribas, onde integrou a Direcção de Marketing do Banco Cetelem. O que aconteceu entre 2000 e 2001. Chegou a esta função depois de ter sido assistente do gurpo socialista no Parlamento Europeu desde 1998.
Chegou a vereador, sem pelouro, na Câma de Lisboa, quando concorreu na lista de João Soares, a disputá-la com Santana Lopes e que este ganhou. Segundo a revista "Visão", Rui Pedro Soares ainda foi candidato à liderança da JS, mas, quase sem apoios, perdeu. Foi na JS que conheceu Paulo Penedos, o advogado que acabou por ser seu assessor jurídico na PT. E com quem manteve as conversas telefónicas, alvo de escutas e que motivaram todo este mediatismo.
Rui Pedro Soares e Paulo Penedos foram "apanhados", segundo as escutas do "Sol", a falarem sobre a compra da TVI pela PT, para alegadamente servir o propósito de controlar a comunicação social. Segundo o "Sol", é também na JS que conhece Marcos Perestrello (hoje secretário de Estado), que o leva para o grupo de apoio a José Sócrates. Trabalha no "site" da candidatura de Sócrates a secretário-geral do PS.
Além de administrador executivo da PT, Rui Pedro Soares participa noutras administrações por via da PT. Uma delas é a do Taguspark, onde é administrador não executivo, colega de Américo Thomatti, presidente executivo do Taguspark, também apanhada numa conversa com Paulo Penedos sobre o negócio da TVI.
As escutas levaram Rui Pedro Soares a avançar com uma providência cautelar contra o "Sol". E mantém-se incontactável.
Funcionários da PT exigem demissão de Soares Carneiro
Económico com Lusa
18/02/10 13:00
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Fernando Soares Carneiro, administrador executivo da PT.
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Comunidade
Partilhe: .A posição da Comissão de Trabalhadores da PT é clara: ou se desmentem as últimas notícias ou Soares Carneiro não tem condições para desempenhar funções de administrador executivo na PT.
Fernando Soares Carneiro, "não tem outra alternativa que não seja apresentar a sua renúncia e, se não o fizer, então devem ser os accionistas que o indicaram para o Conselho de Administração a tomar essa decisão", disse o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da Portugal Telecom, Francisco Gonçalves, à Lusa.
", adiantou o dirigente, acrescentando que a comissão está também a acompanhar o processo de "renúncia do administrador Rui Pedro Soares".
"Estamos a acompanhar com todo o interesse o que se está a passar sobre o eventual envolvimento de dois administradores da Portugal Telecom no alegado plano para controlar a comunicação social
"Continuamos a acompanhar este assunto com bastante preocupação. Achamos que é bastante positivo ter havido já um envolvimento da Comissão de Auditoria e se ter avançado para uma auditoria interna", disse à Lusa Francisco Gonçalves.
A Comissão de Trabalhadores da PT mantém aquilo que tinha dito: "A não serem desmentidas as notícias que vieram na comissão social, os administradores visados não têm outra alternativa que não seja a renúncia aos seus cargos".
"Não é só a renúncia que resolve a situação por si, embora seja um passo. Nós achamos que a PT deve dar uma explicação sobre aquilo que se passou", sublinhou Francisco Gonçalves
O dirigente sindical referiu, também, que a posição da Comissão de Trabalhadores se baseia no Código de Ética da PT, o qual foi recentemente alterado para reforçar o capítulo respeitante "a conflitos de interesses".
A violação do Código de Ética implica responsabilizações nos "termos das normas legais e regulamentares", salientou.
Rui Pedro Soares renunciou quarta-feira ao cargo de administrador da PT e, numa carta enviada ao conselho de administração da empresa, garantiu que nunca teve qualquer "comportamento indevido" e que não praticou actos "lesivos dos interesses" da empresa.
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Comentários (1)
Alentejano,
18/02/10 14:06
Passados tantos anos, ainda temos comissões de trabalhadores que mais não são "correias de transmissão" de uma certa "esquerda".
É por isso que cada vez menos representam os trabalhadores. Infelizmente, no nosso país, a leis dos representantes dos trabalhadores serve apenas para que alguns partidos tenham militantes profissionais pagos pelo erário público.
Quantos ordenados paga o Estado (todos nós) para servir o PCP? Só nos professores são umas largas dezenas.
Defendam os trabalhadores e não se metam no que não percebem (se é que percebem de alguma coisa) porque cada vez mais quem tem alguma formação não está disposto a ser testa de ferro dos partidos.
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15 Setembro 2010
09:50
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
A Portugal Telecom (PT) pagou 1.797.544 euros aos dois administradores executivos que cessaram funções em Março, "respeitante às remunerações até ao final dos respectivos mandatos e à compensação pelo pacto de não concorrência pago a um dos administradores", refere o grupo no relatório do primeiro semestre deste ano.
Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro, administradores, representantes do Estado na PT, anunciaram em Fevereiro ter renunciado aos cargos, na sequência das escutas no caso "Face Oculta" e do seu alegado envolvimento num plano do Governo para controlar a comunicação social.
Após a saída de Rui Pedro Soares, também Soares Carneiro abandonou a administração
da PT, com a qual assinou um acordo de confidencialidade e de não concorrência.
Esse pacto, pelo qual a operadora de telecomunicações compensou o seu ex-gestor,
foi avançado por si em Junho numa declaração escrita à Lusa, onde confirmou que colabora informalmente com o grupo Ongoing.
COMENTÁRIOS
7 Comentários
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Pagou pelas saídas???
Então estes dois "passarões" demitem-se e ainda são indemnizados ???!!! Esta agora!!??
Se eu me demitir, na empresa onde trabalho, não recebo absolutamente nada
!! Como é perfeitamente normal! Então eu venho-me embora porque quero e a empresa ainda tem que me pagar por isso ????!!!!
E isto passando por cima das razões que levaram estes "passarões" a demitirem-se! E essas razões são fortissimas! Ou melhor são fortissimas em qualquer outro País... aqui tudo é normal...
Ver comentário completo
Então estes dois "passarões" demitem-se e ainda são indemnizados ???!!! Esta agora!!??
Se eu me demitir, na empresa onde trabalho, não recebo absolutamente nada
!! Como é perfeitamente normal! Então eu venho-me embora porque quero e a empresa ainda tem que me pagar por isso ????!!!!
E isto passando por cima das razões que levaram estes "passarões" a demitirem-se! E essas razões são fortissimas! Ou melhor são fortissimas em qualquer outro País... aqui tudo é normal...
Ahhhh! com uma agravante é que estas "indemnizações" somos nós que pagamos!!!!!!!!! Mas, mais uma vez, tudo é normal...
Grandes carneiros que nós somos...
Caralf 15 Setembro 2010 - 12:50
ATENTADO À RESPONSABILIDADE DO ESTADO SOCIAL
Os factos que a notícia revela são um verdadeiro atentado ético, no domínio da responsabilidade social e de um Estado minimamentee Social.
Mas, mais preocupante que tal atentado é o que representam os valores pagos pela PT, se os compararmos com os salários do Presidente da República, PM, Ministros, DG e, de uma forma geral, os salários praticados na Administração Pública e no sector privado.
Caem por terra quaisquer argumentos sobre a responsabilidade inerente aos cargos ...
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Os factos que a notícia revela são um verdadeiro atentado ético, no domínio da responsabilidade social e de um Estado minimamentee Social.
Mas, mais preocupante que tal atentado é o que representam os valores pagos pela PT, se os compararmos com os salários do Presidente da República, PM, Ministros, DG e, de uma forma geral, os salários praticados na Administração Pública e no sector privado.
Caem por terra quaisquer argumentos sobre a responsabilidade inerente aos cargos, porque o nível salarial ultrapassa todo o bom senso (para não falar, também, nas situações polémicas que poderiam justificar o despedimento com justa causa).
É caso para perguntar, por outro lado: o mercado justifica salários tão elevados ? Mesmo que não estivessemos em crise, seria questionável tal nível de salários, face aos milhares de desempregados, muitos potencialmente com capacidade de exercerem cargos idênticos, porventura com maior eficácia (recordem-se as situações polémicas que presidiram à sua saída da PT).
Também não serve o argumento de que o Estado vai receber uma parte importante desses salários, em sede de IRS. A eficiência da utilização dos recursos, neste caso financeiros, põe em causa tal conclusão. Se houver dúvidas, atentemos na estrutura de consumo desses dirigentes, quanto ao valor acrescentado nacional, como mero indicador.
O que parece estar mal é o conceito de Estado Social e de distribuição do rendimento. Se é certo que os indefesos, os abandonados, os desempregados e outros têm direito à ajuda do Estado Social, não é menos certo que não deverá ser o nível de rentabilidade das empresas a determinar os salários dos seus orgãos sociais e dos seus directores, embora se concorde que devem influência os salários e os prémios, mas de uma forma racional.
Há algo de errado, que tem de ser revisto, com urgência. Os recursos pagos pelas grandes empresas (e, apesar de tudo. por muitas pequenas e médias empresas), aos seus principais dirigentes, não concorrem para a criação de riqueza, pelo menos no ponto de vista da eficiência. De resto, sabe-se bem como é que os prémios, salários e outros beneficios são fixados: pontuam os beneficios em causa própria e o bem conhecido "conflito de interesses".
Não nos move qualquer discordância com a existência do mercado regulamentado. O que nos move, sim, é uma saída para esta sociedade que, desde há umas décadas, não encontra um rumo minimmente equilibrado com os interesses gerais dessa mesma sociedade. É que, apesar de estarmos dem pleno século XXI, num País considerado desenvolvido, em muitos aspectos pautamo-nos mais como uma sociedade subdesenvolvida.
JP71 15 Setembro 2010 - 12:45
Roubalheira total
Este RPS personifica tudo o que de pior existe em Portugal, não tem qualquer currículo quer profissional quer académico (basta ver a ver a sua pseudo-licenciatura), em condições normais seria mais um a engrossar as listas de desemprego, esta indemnização certamente não será só para ele pois tem de distribuir por quem o colocou neste lugar.
Este RPS personifica tudo o que de pior existe em Portugal, não tem qualquer currículo quer profissional quer académico (basta ver a ver a sua pseudo-licenciatura), em condições normais seria mais um a engrossar as listas de desemprego, esta indemnização certamente não será só para ele pois tem de distribuir por quem o colocou neste lugar.
alexdgon 15 Setembro 2010 - 12:24
Este país é uma palhaçada absoluta
O RPS é o apogeu de tudo que está errado com este país e este governo, mesmo assim ainda sai generosamente compensado. Bela mensagem para os portugueses que ainda mantém qualquer ilusão que existe mérito nesta sociedade ou que vivemos em democracia.
O RPS é o apogeu de tudo que está errado com este país e este governo, mesmo assim ainda sai generosamente compensado. Bela mensagem para os portugueses que ainda mantém qualquer ilusão que existe mérito nesta sociedade ou que vivemos em democracia.
joaopires5 15 Setembro 2010 - 11:43
PAGOU A PT? PAGÁMOS NÓS OS UTENTES ESPOLIADOS...
PAGAMOS OS TELEFONEMAS MAIS CAROS DA EUROPA COM OS CUSTOS COM PESSOAL A METADE DA EUROPA....POR ISSO É QUE ESTA CORJA DA PT ANDA POR ESSE MUNDO FORA A EXPORTAR EMPREGOS
PAGAMOS OS TELEFONEMAS MAIS CAROS DA EUROPA COM OS CUSTOS COM PESSOAL A METADE DA EUROPA....POR ISSO É QUE ESTA CORJA DA PT ANDA POR ESSE MUNDO FORA A EXPORTAR EMPREGOS
danny1williams 15 Setembro 2010 - 10:23
Este país não cumpre regras...
se fosse um gajo normal (duvido muito que chegasse à Admnistração), ou se isto fosse na Alemanha ou EUA, saiam com um processo e sem indemnização, se calhar teriam eles que indemnizar por acções ilegais em nome da empresa, é cá... Quem paga as indemnizações e os salários da admnistração? É o "quase" monopolio dos clientes e os pseudo-accionistas privados... E no BCP ?
se fosse um gajo normal (duvido muito que chegasse à Admnistração), ou se isto fosse na Alemanha ou EUA, saiam com um processo e sem indemnização, se calhar teriam eles que indemnizar por acções ilegais em nome da empresa, é cá... Quem paga as indemnizações e os salários da admnistração? É o "quase" monopolio dos clientes e os pseudo-accionistas privados... E no BCP ?
cmor 15 Setembro 2010 - 10:08
E quanto lhes custou...
... em sede de IRS e à Empresa em sede de IRC tal indemnização? ah ... acordo de confidencialidade e de não concorrência!...
... em sede de IRS e à Empresa em sede de IRC tal indemnização? ah ... acordo de confidencialidade e de não concorrência!... PUB
Um país quase na falência e pode dar-se a este luxo, depois dizem, Portugal poderá ter de recorrer ao FMI.
Ex-ministros das Finanças dizem que intervenção externa será necessária para cobrir problemas da dívida pública
Portugal poderá ser obrigado a recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver os problemas de financiamento externo. A convicção é de três ex-ministros das Finanças que, ouvidos pelo DN, dizem que o aumento dos juros e a descida da procura na emissão de bilhetes do tesouro (ver caixa) conduzirá "mais tarde ou mais cedo" a uma situação em que o Estado não conseguirá colocar dívida nos mercados. Eduardo Catroga, Medina Carreira e Miguel Beleza consideram que o facto de a última emissão de bilhetes do tesouro ter registado taxa média mais elevada de sempre é um "sinal" da possibilidade de este se tornar um cenário muito real para o País.
Para Medina Carreira, o que está a acontecer em termos de endividamento público "é uma tragédia". "Este recurso descontrolado ao endividamento externo vai fazer com que, a prazo, haja uma restrição ao financiamento por parte dos mercados. Os investidores vão, simplesmente, deixar de nos emprestar dinheiro", alertou o antigo ministro das Finanças, sublinhando que, "quando isto acontecer, não nos restará outra solução a não ser recorrer ao FMI para estancar o problema".
Visão semelhante tem Eduardo Catroga, para quem o modelo actual de financiamento do Estado, com recurso a sucessivas emissões de dívidas públicas, "é insustentável". Ao DN, o economista disse que "mais tarde ou mais cedo o FMI ou o EFSF [Fundo Europeu de Estabilidade Financeira] vão acabar por vir para Portugal para pôr ordem na situação", frisando que "o País não pode viver permanentemente do endividamento".
Referindo ao o de 14,2 mil milhões de euros da dívida líquida pública portuguesa entre Janeiro e Agosto (um valor muito próximo do limite de 17,4 mil milhões imposto pelo Orçamento do Estado), Catroga sublinhou que "este é um reflexo do que tem sido o descontrolo das contas públicas nos últimos anos". O antigo ministro defende que a intervenção do FMI em Portugal será inevitável "se o Estado não adaptar rapidamente a despesa às receitas normais".
Na opinião de Miguel Beleza, a intervenção do FMI ou do EFSF é, por enquanto, "um cenário pouco provável, mas que poderá tornar-se uma realidade se os problemas de endividamento externo se agravarem". "Resume-se tudo a convencer os credores de que nós somos uma dívida boa e não estamos a ser bem sucedidos nesse plano", frisou o ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, recordando que o aumento dos juros e a diminuição da procura nas emissões de dívida pública "são um sinal preocupante".
Contactado pelo DN, o Ministério das Finanças rejeitou a ideia de que Portugal esteja com problemas de financiamento e garantiu que o limite de emissão de dívida para 2010 "não foi nem será ultrapassado".
O gabinete de Teixeira dos Santos condenou o alarmismo gerado em torno do tema e acusou o PSD de ter responsabilidades no aumento dos juros nas emissões de dívida.
"As permanentes hesitações e ameaças da oposição quanto à viabilização do próximo orçamento têm efeitos prejudiciais graves na percepção dos investidores externos sobre a situação financeira do País e, igualmente, sobre o agravamento do custo da dívida pública", adiantou o Ministério das Finanças, numa nota enviada ao DN.
Na mesma nota, o gabinete de Teixeira dos Santos fez ainda questão de sublinhar que "a execução do programa de emissões de dívida pública segue como planeado, concentrando-se em emissões de médio e longo prazo (das quais estão já efectuadas cerca de 90%), o que evidencia a confiança dos investidores na dívida portuguesa".
PT, SUBMARINOS, BANDURS etc e tal, assim vai Portugal, corte-se no essencial, mas não nos luxos e nos projectos megalomanos.