o mar do poeta

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sábado, junho 6

VIVÊNCIAS DO ARTICULISTA - PARTE I

VIVÊNCIAS DO KAM MEI TA

Com 14 anos de idade, e por ter perdido o ano escolar, o 2 ano no Curso Geral do Comércio, devido a ter sido operado à apentecite, resolveu ajudar a sua pobre mãe e se foi empregar numa modesta mercearia, mesmo defronte da casa onde morava, indo ganhar 120 escudos mensais.

Fartou-se de trabalhar na loja e usando um carro de mão ia fazer a destribuição das compras no bairro novo da cidade, que era já imenso.

Passado seis meses se modou para a rua ao lado, indo trabalhar na sucursal de uma das mercearias mais conceituadas em Évora, indo ganhar 150 escudos mensais.

Fez de tudo nessa loja, desde lavar o balcão e a\os vidros da montra, aviar os fregueses e entregar encomendas em alguns bairros ainda bem distantes da cidade, tudo a pé, e por vezes com a juda do tal carro de mão.

O filho do patrão apreciou seu trabalho e o mudou para o armezém que tinha uma fábrica anexa, ali esse jovem, carregou às costas sacos de arroz e de açucar com o peso de 75 quilos cada, ajudava a descarregar as camionetas carregas com caixas de sabão, caixas de madeira de 30 quilos cada, fardos de bacalhau, com 60 quilos, estes no verão o sal entrava pela da costa deixando o corpo quase em carne viva, os sacos de amendoins eram colossais, mas o pior era carregar sacos de chicória, pois era duro que nem ossos levando assim o jovem uma massagem bem a preceito.

Da fábrica tomou conta aquando da ausencia do encarregado por motivo de férias, a fábrica Titan, fabrica biscoitos, amendoas, licores, marmelada e tinha uma torrefação de café.

O horário d etrabalho era das 09 às 13 horas e das 15 às 18 horas, mas por onde do patrão ia para a sucursal dar apoio até ao seu encerramento que era 19 horas e nos sábados às 20 horas.

O jovem Kam Mei Ta continuava estudando, à sua custa, na mesma escola comercial, durante o perido das 20 às 23 horas.

O patrão apreciando o seu trabalho, e seu filho ter sido mobilizado para Moçambique, promoveu esse jovem a gerente da sede, ou seja, gerente da segunda mercearia mais afamada da cidade, fazendo nas segundas e terças-feiras a praça de Évora, isto é acumulava como pracista. O seu vencimento na altura era de 850 escudos, muito para a época e para a idade do jovem.








O jovem e irrequieto Kam, era um burro de carga, carismático, bem conceituado e respeitado por todos na cidade que o viu nascer. Tinha dito uma formação religiosa forte, estudando num seminário, de onde foi expulso, por ter sido assediado sexualmente por um padre.

Na mercearia o patrão o aumentou de novo passando a ganhar 950 escudos, todo esse dinheiro, ele pontualmente o entregava a sua mãe, e esta, todos os domingos o presenteava com 5 tostões. Mas ele, sempre com uma miragem mais avançada na vida, ia guardando algum dinheiro, das comissões que recebia na venda de produtos aos retalhistas.

Fazia parte da Mocidade Portuguesa onde atingiu o posto de comandante de Castelo, curso esse tirado no INEF,na Cruz Quebrada em Lisbos, no Centro em Évora desempenhava as funções de Adjunto cultural, e foi nos anos 60, 61 e 62 campeão de tiro ao alvo, da provincia do Alentejo, participando no desfile em Lisboa da inauguração do moumento dos descobrimentos em Belém, na Mocidade muito aprendeu e engrandeceu o seu espirito são.

Bem jovem, num baile de Carnaval, na Sociedade Recreativa Barbosa do Bocage, do qual era sócio, se enamorou de uma jovem, foi esse o seu primeiro e único amor em Portugal, mas ela apesar de a ter ajudado em todos os campos, quando a ia receber à escola, enfregando ele um fato de macaco, ela por vezes o desprezava, tinha vergonha de andar com uma pessoa assim vestida, o que criava por vezes algum atrito entre eles.

Na loja era um senhor, e gostava de brincar com as freguezas, um dia uma senhora bem conceituada no meio, se dirigiu à merceria e indagou junto do jovem Kam se tinha Tide ao pacote, ele sorriu e disse, minha senhora Tide ao pacote é o que não falta por cá, ele sorriu, era uma jovem, casada com um engenheiro muito mais velho que ela. Depois de lhe ter entregue o pacote do detergente, só havia duas marcas na altura, o Tide e o Omo, ela indagou de tinhamos sal, e o malendreco do Kam disse, saltemos sim minha senhora!...

Ela, pensou de outra forma, e me disse que teria todo o prazer que eu saltasse para cima dela, bem coisas da junventude, salto esse que nunca realizei !...

Havia um amigo meu que trabalhava numa drogaria, ali por perto, era boa pessoa, mas a sua capacidade de trabalho era limitada, e o patrão dele determinou que ele no fim de semana compozesse a montra, tinha que ter algo que chamasse à atenção dos transeuntes, e ele, não sabendo o que deveria fazer, se foi aconselhar com o jovem Kam.

Sempre com ideias luminosas em sua mente, o Kam deu indicações a seu amigo como deveria proceder, pois para o Kam era um assunto banal.

O aconselhou a colocar algodão na base do chão da montra, depois o preencher com rolos de papel higiénico Smart, na alturas só havia marcas, o Chinês e o Smart, este mais luxuoso e como tal mais caro. Depois, colocar no centro da montra um manequim de uma jovem realçando o seu fisico e evergando um bikini e piscando um dos olhos. Ele, em principio não gostou da ideia, com receio que o patrão não gostar, mas eu continue e lhe disse, fazes um cartaz com letras bonitas e escreve isto, Tenha-a o sempre debaixo de olho.

Ele seguiu o meu conselho e a exposição da montra foi um sucesso, sendo até muito badalado por toda a cidade rsrsrsr.






Desde muito jovem que lhe corria nas veias o espírito de aventura, tendo pertencido à Mocidade Portuguesa, onde muito aprendeu e se formou como homem.
Com algum sacrificio o jovem Kam terminou o quarto ano do curso Geral do Comércio e a sua passagem pela escola deixou algumas marcas. Pois ele era muito traquina, e uma noite, após ter saído do emprego, um seu amigo veio ao seu encontro, tinha palmado (roubado) na caixa da taberna de seu pai, dez escudos, e no caminho da escola entraram em todas as tabernas e bebiam aguardente, com o estomago vazio devem calcular o efeito.

Chegados à entrada do átrio da escola, as luzes dos candeeiros encandearam o Kam que passou a ver tudo a rodar à sua volta.

A aula que tiinha às 15 horas era de Religião e Moral, ao qual assistiam somente os rapazes, num total de cinco de uma turma de 32 alunos.

O padre, o Conego Alegria, prometeu dar uma recompensa a quem soubesse os Dez Mandamentos, e o Kam foi o aluno escolhi, tendo o Conego lhe pedido para dizer o quarto mandamento da lei de Deus, e o Kam, já fortemente embriagado respondeu, quarta raios ta parte, era um jogo que a garotagem, na latura jogava que consistia em em saltar sobre o as costas do companheiro que se encontrava de cocaras e depois ao se saltar se dava um pontapé no cú.

O Conego ficou admiradíssimo com a resposta e ao sentir o odor forte do alcóol, desfeixou uma bofetada na cara do Kam e o expulsou da sala de aulas, este se dirigiu para as casas de banho e lá se fechou, deixando-se dormir.

Seu irmão mais velho, que era funcionário da escola e que regressava sempre a casa com ele, o não vendo foi indagar junto de seus colegas.

Foi dar com o Kam encerrada na casa de banho, abriu a porta e o retirou de lá, seguidamente encheu uma bacia com água onde mergulhou, por várias vezes a cabeça do Kam e o levando pelo braço para casa, que ainda ficando longe, sempre lhe dando uns tabefes e uns pontapés, para aprender de uma vez para sempre que não devia nem beber nem dar respostas daquelas ao conceituado e amigo Conego. Uma lição que o Kam jamais esqueceu e durante toda a sua vida bebeu sim, mas moderadamente nunca se embriagando.

Outra passagem de sua vida, que o marcou e que teve origem na sua ida voluntária para o exército, se passou ao cair da tarde no jardim do Bacalhau, perto de sua casa. Era domingo e tinha ido comprar duas entradas para o filme Com Jeito vai Sargento, uma séria inglesa, humorista que tanto apreciava, ao passar pelo jardim viu um amigo seu de noma Basilio e o cumprimentou, este devia estar mal disposto e o mandou para a p.... que o páriu, tendo o Kam retroquido, para ele basilio quando passasse pela sua loja lhe entregaria uma pasta dentrifica Colgade para lavar aquela boca porca, seguindo a caminho de casa.

Como os atacadores dos sapatos estavam soltos, e havendo no centro do jardim um enorme lago, em forma circular, ali na borda do mesmo apoio o pé e estavam atando os atacadores, quando o tal Basílio lhe pregou um valente murro que o fez ir mergulahar no lago, ficando como um pato todo encharcado.

O Kam de lá saiu, mas o Basílio tinha fugido e se encontrava numa das alas de saída do jardim, o Kam não o pressegiu, mas lhe disse que as coisas irão ter outros resultados quando de novo se cruzassem, estas palavras foram ouvidas por alguns presentes, todos eles amigos de ambos.

O Kam foi para casa lavou-se, jantou e depois calçou uma fortes botas que os militares usavam na altura. Foi ao encontro da namorada para a levar ao cinema, sessão das 20 horas, ela, e embora sabendo da nossa ida, se recusou a ir tendo o Kam assistido ao filme sózinho.

Ao lado do Salão Central, ficava a sede do Juventude de Évora e nessa noite havia um baile em grande.

O Kam depois de ter visto o filme para o Juventude seguiu e lá encontrando uns amigos, estava no meio da sala quando de novo alí apareceu o Basilio, e sem aviso lhe pregou dois murros na face, então o Kam reagiu e lhe deu uma tareia daquelas que terminou com a cabeça do Basilio enviada na bateria da orquesta e danificando a pele.

Foram chamados à direcção e o kam foi obrigado a pagar o consrto da bateria, pagamento esse feito posteriormente pelo seu irmão mais velho, que era sócio daquele clube futebolistico.

Não foram expulsos, e por lá continuaram sem mais sessões de pugilismo.

Porém à saída lá estava o Basilio aguardando o Kam o ofendendo e nova sessão de pugilismo se travou, ele, Basilio, não tendo as foraças ouxadas como o Kam levou mais uma tareia de criar bicho e fugiu, foi nessa altura que o Kam, já com uns copos, o vendo fugir cobardemnete, agarrou uma pedra da calçada e embora o Basilio estive a uma distância razoavel, esta lhe foi embater na cabeça lhe causando um traumatismo craneano, sendo levado para o hospital onde foi operado.

O Kam dali saiu, não pelas vias principais mas sim pelas travessas adjacentes e, chegado a casa, eram já 4 da manhã, se encerrou em seu quarto.

No dia seguinte, era feriado, recebeu a visita de dois agentes da Polícia de Segurança Pública que o levaram para a esquadra para ser ouvido em auto. A mãe do Kam ficou assim a par de tudo o que se tinha passado na noite anterior e foi falar com mãe do Basilio, para que entre elas o caso ficasse resolvido, mas ela não aceitou e quis que o caso fosse para tribunal. O Basilio esse ainda passou uns dias no hospital, em principio com um diagnótico nada favorável.

Na esquadra policial o Kam foi interrogado e precionado pelos agentes, que o acusaram de crime premeditado e também por ter agredido uma senhora e lhe partindo os óculos, o Kam refutou essas acusações, mas defacto sem ter dado por isso, ao lançar a pedra, o no movimento do braço este embateu na cara de uma senhora que encontrava por detrás dele e lhe partindo os olhos, cujas lentes lhe causaram alguns feridos na face, bem o Kam lá teve que aceitar mais aquela acusação, eram factor provados e nada tinha a constestar, a senhora essa apareceu na esquadra e com o Kam falou o perdoando, só queria uns óculos novos.

A mãe do Kam, lá pagou as despesas dos óculos e mais tarde todo o tratamento e hospitalização do Basilio.

Volvidos uns dias foi convocado para comparecer em Tribunal, um velho amigo de seu pai e seu antigo patrão serviram de testemunhas abonat’rias do Kam, ao entrar na sala de audiências, foi informado que devira envergar um casaco, e foi esse velho amigo se seu pai que retirando o que envergava o emprestou ao Kam, casaco esse, que para o corpo do Kam lhe acentou não como uma luva, mas sim lhe dava um ar de palhaço pobre.

O Juiz já era conhecido na cidade pela sua rigidez em condenar todos os que por lá passavam e o Kam não foi excepção, condenado por crime permeditado, foi condenado a 28 dias de prisão com pena suspensa por três anos uma multa ainda avultada e obrigado a pagar todas as despesas.







Todos os amigos do Kam Mei Ta ficaram indignados com a condenação dada pelo Juíz, pois ele Kam, não tinha cometido crime algum premeditamente, mas sim respondendo à agressão que tinha sido alvo, assim dizia e diz a lei, pois para haver crime premeditado, necessário é que se tenham 24 horas, o ue não foi o caso, enfim!..

Ficando com a pena suspensa o Kam corria graves risco de cometer algo de errado, e então iria cumprir os 28 dias de prisão a que tinha sido condenado e sabe-se lá o que demais poderia advir.

O Kam retomou o seu trabalho, o amigo que le tinha agredido até lhe perdoou e foi trabalhar para a mesma firma onde se encontrava o Kam, porém para o escritórios.

Sabendo que corrias alguns riscos se não se porta-se bem, resolver dar um novo à vida, e um dia passando pela Praça do Geraldo, em Évora, viu afixados uns anúncios governamentais, os quais solicitavam aos jovens para se alistarem no Exército ou na Marinha, para tal necessário seria ter 17 anos de idade no minimo.

O Kam ficou a pensar no assunto e resolveu alistar-se como voluntário no Exército, para tal preencheu o devido impresso o qual devia ser assinado por seus pais, visto ser ainda menor.

O seu pai tinha falecido quando ele tinha somente 8 anos de idade, tinha a sua mãe que era analfabeta mas sabia assinar o seu nome, então o Kam, sabendo que se disse-se à sua mãe o motivo que lhe a levaria a assinar o documento, ela nunca o faria, então usou a estratégia de lhe dizer que ela tinha que assinar aquele documento para ele Kam, poder justificar as faltas dadas às aulas, e assim a convenceu.

Nesse mesmo dia fez entrega do impresso no Quartel General e ficou aguardando resposta, o que veio a acontecer um mês depois, tendo sido informado para se apresentar à junta médica para ser inspecionado.

A junta médica ocorreu no Quartel de Infataria 16 em Évora, nas vésperas do Kam completar 19 anos, isto no dia 14 de Fevereiro do ano de 1963, tendo sido apurado para todo o serviço militar, digo, infantaria.

Quando sua, saudosa, mãe soube, foi ter com um Sargento amigo afim de eliminar todo o processo mas era tarde demais. O seu patrão ficou furioso, pois iria perder uma pedra fundamental na sua empresa, mas teve que se resignar.
O Kam que há muito andava poupando dinheiro, não do vencimento, pois esse o dava na totalidade a a sua mãe, mas sim o dinehiro ganho nas percentagens das vendas sobre produtos que a firma frabricava, ainda junto uma boa quantia, e com receio que as pessoas em Évora viessem a saber, foi abrir uma conta nos Correios, na cidade de Elvas.

O seu ingresso no exército lhe foi transmitido e lhe sendo entregue uma guia de marcha, para se apresentar no dia 8 de Agsoto de 1963, no CISMI, (Centro de Intrução de Sargentos Milicianos de Infantaria) em Tavira.

Em meados de Julho pediu baixa do serviço e se foi despedir de sua avó materna, a qual o tinha por seu neto mais estimado e carinhosamente lhe chamava o Torrado, pois quando ia passar férias a sua casa, era sempre depois de ter passado uns 15 dias na praia em Sesimbra e ia queimadinho do sol.

Ela carinhosamente preparou uns enchidos sem usar o tal pimentão e as massas, para que não me fizesse mal, alguns comerciantes vizinhos da loja onde o Kam trabalhava o ofertaram com cigarros, papel de carta, envelopes, selos e postais.

No dia 8 lá seguiu o Kam de combóio até Tavira, viagem essa que levou 16 horas, ia um dia mais cedo afim de ficar a conhecer a cidade, pois era a primeira vez que ia para o Algarve.

Chegado à estação, em Tavira, desembarcou e tentava sair da mesma quando foi abordado por agentes da Polícia Militar indagando se ele vinha para se apresentar no CISMI, ele disse que sim, mas só o faria no dia seguinte, e para provar lhes mostrou a guia de marcha, mas isso de nada lhe valeu e o levaram para uma camioneta e o conduziram ao quartel.

Ficaram gouradas as suas intensões. Na enorme parada interior do quartel já se encontravam umas boas centenas de jovens, estes que iam cumprir o serviço militar obrigatóriamente.

Madados formar lhes foi distruído fardamento, o Kam era magro e as roupas que le entregaram as medidas eram para pessoas com um fisico superior, o bivaque esse, ao coloca-lo na cabeça mais parecia, o de um cozinheiro. Mais tarde fez a troca do fardamento ficando assim com roupas à sua medida.

Depois os mandaram despir ficando nús em pelota, e em fila indiana se dirigiram para o posto médico onde eram observado por um médico e um enfermeiro, que lhes fazima uma inspecção de rotina, entregando-lhes depois um documento por eles assinado que era entregue na secretaria geral, e ali os distribuiam pelas companhias e lhes era dado um número de soldado instruendo, ao Kam calhou o 1025 sendo destacado para a segunda companhia.

Este o seu primeiro dia de tropa em Portugal.

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Inicialmente lhe foi ministrada uma instrução básica, ordem unida, marcha, ginástica de aplicação militar, regulamentos e vóz de comando que teve a duração de três meses.
Foi uma instrução dura, mas ele preparado para tudo e com sacrificio e muita abnegação, soube sempre contornar as dificuldades.

Na parte de vóz de comando o Kam já estava habituado a elas, pois tinha comandante de castelo da Mocidade Portuguesa, por algumas vezes foi escalado como faxina à cozinha que não era mais que ir buscar géneros aos armazéns, descacar batatas e lavar panelas enormes, de faxina aos sanitários ficou só uma vez e ai conheceu que ainda hoje, volvidos tantos anos, é um dos seus amigos preferidos.

O Kam Mei Ta após terminada a recruta ficou na mesma unidade militar afim de receber o treinamento da especialidade, muitos de seus colegas foram destacados para a Polícia Militar, Engenharia, Cavalaria e Artilharia, ele como era de infantaria não arredou de Tavira.

Foram concedidas umas curtas férias de três dias e o Kam então pensou em organizar uma excurção até Évora, visto haverem muitos alunos dessa cidade e de seus arredores, se assim pensou assim o fez, e foi alugar uma camioneta da firma Eva, arranjou pessoal e ele nada teve que pagar, ficando ainda a lucrar com o negócio, foi a única vez que foi a Évora no periodo de tempo que esteve em Tavira.

Mais seis meses de instrução esta sim, classificativa para o Curso de Sargentos Milicianos, muitos cabos readminitos lá iam frequentar esse curso. Por essa altura o Kam já era escalado para fazer sargentos de dia, e comandante de pelotão, embora fosse ainda aluno instruendo.

A instrução de ginástica militar aplicada era mesmo muito dura, num recinto nas traseiras do quartel havia uma escola com uma enorme escadaria em mármore, todos nós erámos obrigados a desce-las, n ão a pé, mas sim rolando deitados, levando com eles a arma, que era uma espingarda Mauser. O salto ao galho e manobras onde se fazia tiro real bem como marchas de 150 quilómetros era o pão nosso de cada dia. Em termos fisicos a coisa ia mesmo a fundo, tendo muitos ido parar ao hospital. Atravessar o rio em Tavira era outra das aventuras.

O Kam raramento saia à noite, mas algumas vezes o fez, para tal todos os alunos tinham que formar e lhe era pasada revista pelo Oficial de dia, o Kam se preparou, a sua apresentação era impecável, botas e botões amarelos brilhando, as calças devidamente vincadas, enfim estva a 100%. O Oficial ao lhe passar revista o mandou fazer a barba, ele ficou incrédilo, posi era imberbe, mas lá teve que acatar a ordem e fui para a caserna onde se mirou ao espelho, mas pelos esses ainda estavam para nascer.

Nesse intervalo de tempo os seus colegas já tinham saído do quartel e o Kam se foi apresentar ao Oficial de dia dizendo que já tinha feito a barba, o Alferes, olhou para ele e disse: Se tivesses vindo assim à formatura já tinahs saído com teu colegas. O Kam nada disse bateu a continência e dali se retirou, mas no seu pensamento iam rogando pragas ao Alferes.

Num fim de semana e não podendo ir gozar o mesmo a Évora, saiu do quartel e foi para um jardim junto ao castelo, local aprezível, levou os livros e por ali se entretinha estudando debaixo de um medronheiro, sabia que fruto era, mas não sabia as consequências que podiam resultar se abusasse em os comer, o Kam abusou, pois a fruta estava apetitosa, resultado apanhou uma camarina, embriagou-se, e se deixou dormir, só acordando lá para as 22 horas. Com muito receio de ser punido foi falar com o Oficial de dia e lhe contou o que se tinha passado, este era mais humano e para além de aceitar as desculpas tratou para que o Kam tivesse a refeição do jantar a que tinha faltado.

De outra vez, na altura do inverno, era noite estava já dormindo quando lhe deu vontade de urinar, na caserna não havia santinas, a noite estava fria, e as casas de banho ficavam ainda bem afastadas da caserna, para lá foi correndo, estava tudo às escuras e como só ia urinar, não entrou nos lavabos ficando à porta deste e assim lá aliviou a bexiga, ainda não tinha terminado quando ouviu uma vóz, berrando bem alto, que filha da puta está a ai a mijar para mim de mim!... o Kam dali saiu a correr de novo mas desta vez para a caserna.

No mês de Dezembro tiveram inicio as marchas finais, o curso terminaria após as mesmas, marchas essas em que havia provas de subsistência, nada possuiamos para comer, e teríamos que sobreviver com que o que encontrassemos, mas era proibido roubar.

Um dia o Kam cheio de sede, palmilhando as serras, na zona de Coi de Burra, se dirigiu a uma casa e pediu que lhe dessem um copo de água, a senhora que lá morava, uma senhora de certa idade, disse que só tinha a água suficiente para ela, que ele Kam a fosse encontrar lá pela serra em algum poço. Dali saiu, confirmando o ditado que os algarvios eram mais cinicos que os diabos. Caminhou alguns quilometros quando avistou um poço, e aí, sem tomar em conta a qualidade da mesma, saciou a sede, acto este que iria dar alguns graves problemas de saúde.

Faltavam dois ou três dias para a marcha terminar, nessa mesma noite o Kam se começa a sentir mal, a comida que possuía era uma lata de conserva e uma laranja que tinha apanhado num esconderijo marcado, mas nem apetite tinha, juntou-se aos seus colegas num acampamento e cansado, cheio de febre rapidamente adormeceu. No dia seguinte se fez a marcha de regreso para o quarel eram ainda uns bons 120 quilómetros, carregando a espingarda, capacete, baioneta e outros utilicios que levava às costas numa pesada mochila, com muito esforço lá foi seguindo, não dando parte de doente, com receio de perder o curso.

Quando chegou ao quartel a sua visão estava péssima, seguiu para a caserna e lá deixou ficar em sua da sua cama todo o material que tinha levado consigo e sem boné e todo sujo saiu pelas porta de armas ningém o impediu de sair, nem o próprio sentinela, e se dirigiu à enfermeira militar, qua ficava ainda longe do quartel.

A enfermeira era ampla e estava totalmente vazia, o Kam caiu em cima da primeira cama, quando o cabo enfermeiro veio ter com ele a fim de saber o que se passava. Disse até que seria melhor para mim ir para o quartel visto que o curso terminava e poderia ir gozar o Natal na sua terra.

O Kam pediu ao cabo para manadar chamar o médico, volvidos alguns minutos compareceu o médico e esteve escultando o Kam, depois falando com o cabo lhe perguntou a que horas saía o comboio de Tavira com destino a Évora e quantas horas levava a viagem. O Kam não ouviu a resposta do cabo, mas ouviu o médico dizer que o doente ali presente teria que baixar urgentemente ao hospital civil de Tavira, não havia tempo a perde, pois ir para o Hospital Militar da Região Sul em Évora punha em risco a sua vida.

Foi assim levado num jeeep para o hospital civil de Tavira onde entou em estado de coma, só acordando 15 dias depois.

No episódio seguinte veremos o que aconteceu ao Kam e quando saiu do hospital.

































ÉVORA CIDADE MUSEU


Évora cidade museu
cândida, cheia de história
lá o poeta nasceu
pobre, sem fama, mas com glória

Por António Manuel foi baptizado
e no famoso Farrobo viveu
sempre por todos estimado
novo destino Deus lhe deu

Jovem de Évora partiu
para a pátria defender
muitas saudades sentiu
mas era esse o seu dever

De lá saiu, não mais voltou,
tal Camões do Paço escorraçado
no Oriente outro amor encontrou
e a ele ficou amarrado

Nos sete máres navegou
cumprindo sua obrigação
Évora e seu Alentejo não olvidou
tal como os portugueses de antão

Na diáspora ficou vivendo
nova família formou,
hoje, vendo suas nétinhas crescendo
e amando como sempre amou

Velho e cansado vai ficando,
mas na vida vai prosseguindo
e como sempre recordando
e novas experiências adquirindo

Muitos são já os anos,
quase meio século é passado
entre amores e desenganos
mas por todos sempre estimado

Em seu coração permanece a dor
muito difícil de explicar ou curar!...
o porquê da perda de seu amor
quando em Macau era militar

























DIA D - 6 DE JUNHO DE 1944




O Dia-D, a maior invasão da história


O dia 6 de junho de 1944 é uma das datas mais importantes da Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, uma vanguarda de 175 mil soldados anglo-saxãos (americanos, ingleses e canadenses) desembarcaram corajosamente nas praias da Normandia para libertar a França da ocupação nazistas.


Devido ao volume impressionante de navios de guerra, embarcações de transporte de tropas e aviões dos mais variados tipos e modelos, seguramente o Dia-D, o começo da Segunda Frente, deve ser considerado como a maior invasão aero-naval que a história até então conheceu.


Entrando em ação


"OK, nós vamos."- General D. Eisenhower, na véspera do Dia-D (5 de junho de 1944).


A palavra final foi dada pelo oficial meteorologista James Stagg. Apesar do mau tempo predominante naqueles começos de junho de 1944, carregado de nuvens e chuvas intermitentes, haveria uma pausa no dia 6, assegurou ele ao general Eisenhower. Sofrendo os dissabores dos enjôos do mar, as tropas já estavam nos porões das 3.000 embarcações que balouçavam aos sabor das ondas nas costas da Inglaterra.


A invasão do continente europeu, a maior da história, batizada como Operação Overlord, tinha sido minuciosamente preparada pelo alto comando aliado. Era parte de um poderoso torno de aço composto pelos exércitos anglo-americanos e soviéticos (que deslocavam-se do leste), que se fechava sobre a Europa ocupada pelos nazistas. O supremo comandante aliado, o general Eisenhower, e o comandante das operações, marechal Montgomery, dispunham de 2 milhões de soldados prontos para tudo tendo à disposição o que havia de melhor no material de guerra .

O objetivo do assalto, segundo o general Eisenhower, “era a ambição de que forças terrestres e aerotransportadas ocupassem a costa entre Le Havre até a península de Cotentin (ambos na Normandia francesa), e, a partir do sucesso em formar cabeças-de-praia com portos adequados, dirigir-se ao longo das linha do rio Loire e do Sena diretamente para o coração da França para destruir o poder alemão e libertar a França.”

Naquela madrugada do dia 6, a vanguarda composta por 175 mil soldados, organizados em dois grandes exércitos (o US 1st Army sob comando do general Omar Bradley, e o GB 2st Army liderado pelo general Miles Demsey), levados por navios transportes, atravessaram o Canal Inglês ( Canal da Mancha) para desembarcarem de surpresa no litoral francês.






















A muralha do Atlântico


Desde 1942, Hitler, com 65% das suas divisões de combate lutando no oriente contra os soviéticos, decidira proteger o fronte ocidental erguendo uma série de casamatas no litoral do Atlântico: a Muralha do Atlântico. Cobriria a costa da Noruega até o norte da Espanha. Pronta, a Atlantic Wall lembraria um colar de cimento e ferro com bunkers construídos a cada 300 metros, aparelhados com canhões navais de 152mm. capazes de expulsar ou manter a distância qualquer barco mais ousado.


Ainda 58 divisões participavam da guarda, sendo que 10 delas eram divisões Panzer. Caso o inimigo ultrapassasse a primeira linha fortificada, era o plano do general Erwin Rommel, os tanques seriam deslocados rapidamente para vedar a brecha e fazê-los retroceder de volta à praia. Para o OKW, o alto comando alemão, a dúvida era saber por onde exatamente os aliados fariam o seu desembarque. Hitler acertou no alvo. Ao contrário do que sustentava o marechal von Rundstedt, de que os invasores viriam pelo estreito de Calais, que era o caminho mais curto, percebeu que os aliados precisariam de um grande porto, e este ficava em Cherburgo na Normandia.


VOLTAIRE SCHILLING

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Naquela terça-feira de Junho do ano de 1944, tinha o articulista apenas 4 meses de idade, a história fala por si, e este marcou o início do fim de Hilter.



















quarta-feira, junho 3

ANTONY QUINN













Faz hoje oito anos que este excelente actor de cinema, ANTONY QUINN, nos deixou.

Por ser seu fã, aqui estou prestando homenagem a esse que foi um grande senhor e galã de Holyood.


Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn, (Chihuahua, 21 de Abril de 1915— Boston, 3 de junho de 2001) foi um actor estadunidense nascido no México.



Biografia


Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar sua carreira como actor trabalhou como açougueiro e boxeeur. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o seu segundo oscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em " Sede de Viver". É o vencedor do Oscar, que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do oscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do oscar e 18 com atrizes vencedoras do prêmio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.







Actor multifacetado


Sangue e Areia (1941)


Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. Dentre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).


No filme "A Vigésima Quinta Hora", que demonstra o absurdo das idéias nazistas, ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento ("Consciências Mortas") e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores actores do Cinema.

Filmografia


2002 - Missão perigosa (Avenging Angelo)
1999 - Oriundi
1996 - Il sindaco
1996 - Gotti - No comando da máfia (Gotti) (TV)
1996 - Seven servants
1995 - Caminhando nas nuvens (A walk in the clouds)
1994 - Hércules e o labirinto do minotauro (Hercules and the maze of *the minotaur) (TV)
1994 - Hércules no mundo dos mortos (Hercules in the Underworld) (TV)
1994 - Hércules e o círculo de fogo (Hercules and the circle of fire) (TV)
1994 - Alguém para amar (Somebody to love)
1994 - Hércules em busca do reino perdido (Hercules and the lost kingdon) (TV)
1994 - Hércules e as amazonas (Hercules and the Amazon Women) (TV)
1994 - Vestígios de uma paixão (This can't be love) (TV)
1993 - O último grande herói (Last Action Hero)
1991 - A star for two
1991 - Império do Crime (Mobsters)
1991 - Febre da selva (Jungle fever)
1991 - Mamãe não quer que eu case (Only the lonely)
1990 - Fantasmas não transam (Ghost can't do it)
1990 - The old man and the sea (TV)
1990 - Vingança (Revenge)
1989 - Stradivari
1988 - Pasión de hombre
1988 - Onassis: The richest man in the world (TV)
1982 - Regina Roma
1982 - Valentina (Valentina)
1981 - Crosscurrent
1981 - Alto risco (High Risk)
1981 - A salamandra (The Salamander)
1980 - O leão do deserto (Lion of the desert)





1979 - Passageiros do inferno (The Passage)
1978 - Os filhos de Sanchez (The Children of Sanchez)
1978 - Caravans
1978 - O magnata grego (The Greek Tycoon)
1976 - A mensagem (The Message)
1976 - No alvo de um assassino (Target of an assassin)
1976 - Um blefe de mestre (Bluff storia di truffe e di imbroglioni)
1976 - A herança dos Ferramonti (L'eredità Ferramonti)
1974 - Contrato com Marselha (The Destructors)
1973 - A morte do chefão (The Don is dead)
1972 - A máfia nunca perdoa (Accross 110th Street)
1972 - Rápidos, brutos e mortais (Los amigos)
1972 - El asesinato de Julio César
1972 - The Voice of La Raza
1971 - The City (TV)
1970 - Flap
1970 - R.P.M. (R.P.M.)
1970 - Caminhando sob a chuva da primavera (Walk in the spring rain)
1969 - Um sonho de reis (A dream of kings)
1969 - O Segredo de Santa Vitória (The Secret of Santa Victoria)
1968 - O mago (The Magus)
1968 - As sandálias do pescador (The Shoes of the Fisherman)
1968 - Os canhões de San Sebastian (The Bataille of San Sebastian)
1967 - O heróico lobo do mar (L'Avventuriero)
1967 - Acontece cada coisa (The Happening)
1967 - A vigésima-quinta hora (La vingt-cinquième heure)
1966 - A patrulha da esperança (Lost command)
1965 - Marco the magnificent
1965 - Vendaval em Jamaica (A high wind in Jamaica)
1964 - Zorba, o grego (Alexis Zorbas)
1964 - A visita (The Visit)
1964 - A voz do meu sangue (Behold a pale horse)
1962 - Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)
1962 - Réquiem para um lutador (Requiem for a heavyweight)
1961 - Barrabás (Barabba)
1961 - Os canhões de Navarone (The Guns of Navarone)
1960 - Retrato em negro (Portrait in black)
1960 - Jogadora infernal (Heller in pink tights)
1960 - Sangue sobre a neve (The Savage Innocents)






1959 - Duelo de titãs (Last Train from Gun Hill)
1959 - Minha vontade é lei (Warlock)
1958 - A orquídea negra (The Black Orchid)
1958 - Quando vem a tormenta (Hot spell)
1957 - A fúria da carne (Wild is the Wind)
1957 - O retorno sangrento (The Ride Back)
1957 - Matar para viver (The River's Edge)
1956 - Orgia sangrenta (The Wild Party)
1956 - O corcunda de Notre Dame (Notre Dame de Paris)
1956 - Blefando com a morte (Man from Del Rio)
1956 - Sede de viver (Lust for Life)
1955 - As sete cidades do ouro (Seven cities of gold)
1955 - O salário do pecado (The Naked Street)
1955 - O magnífico matador (The Magnificent Matador)
1954 - Attila (Attila)
1954 - Ulisses (Ulysses)
1954 - A estrada da vida (La strada)
1954 - Procurado por homicídio (The Long Wait)
1953 - Cavalleria rusticana
1953 - Donne proibite
1953 - Il più comico spettacolo del mondo
1953 - Sangue da terra (Blowing wind)
1953 - Ao sul de Sumatra (East of Sumatra)
1953 - A bela e o renegado (Ride, vaquero!)
1953 - Seminole (Seminole)
1953 - Cidade submersa (City beneath the sea)
1952 - Contra todas as bandeiras (Against All Flags)
1952 - O mundo em seus braços (The World in His Arms)
1952 - O rei e o aventureiro (The Brigand)
1952 - Viva Zapata! (Viva Zapata!)
1951 - A máscara do vingador (Mask of the avenger)
1951 - Touros bravos (The Brave Bulls)








1947 - Tycoon
1947 - Ouro negro (Black gold)
1947 - O meu pecado (The Imperfect Lady)
1947 - Sinbad the sailor
1947 - Califórnia (California)
1945 - Espírito indomável (Back to Bataan)
1945 - Fantasia musical (Where do we go from home?)
1945 - Sob o céu da China (China sky)
1944 - Olhos travessos (Irish eyes are smiling)
1944 - Buffalo Bill (Buffalo Bill)
1944 - Roger Touhy, gangster
1944 - Ladies of Washington
1943 - Guadalcanal diary
1943 - Consciências mortas (The Ox-Bow Incident)
1942 - O cisne negro (The Black Swan)
1942 - A sedução do Marrocos (Road to Morocco)
1942 - Vale a pena roubar (Larceny, Inc.)
1941 - The Perfect Snob
1941 - O intrépido general Custer (They Died with Their Boots On)
1941 - Bullets for O'Hara
1941 - Sangue e areia (Blood and Sand)
1941 - Thieves fall out
1941 - Knockout
1940 - The Texas Rangers ride again
1940 - Dois contra uma cidade inteira (City for conquest)
1940 - Parole fixer
1940 - Castelo sinistro (The Ghost breakers)
1940 - A sereia das ilhas (Road to Singapore)
1940 - Emergency squad
1939 - Island of lost men
1939 - Television spy
1939 - Aliança de aço (Union Pacific)
1939 - King of Chinatown
1938 - O tirano de Alcatraz (King of Alcatraz)
1938 - Bulldogg Drummond in Africa
1938 - Hunted men
1938 - Tip-off girls
1938 - Verdugo de si mesmo (Dangerous to know)
1938 - Lafitte, o corsário (The Buccaneer)
1937 - Tráfico humano (Daughter of Shanghai)
1937 - Partners in crime
1937 - The Last train from Madrid
1937 - Under strange flags
1937 - Amor havaiano (Waikiki Wedding)
1937 - Começou no trópico (Swing high, swing low)
1936 - Jornadas heróicas (The Plainsman)
1936 - Night waitress
1936 - Sworn enemy
1936 - Parole
1936 - Haroldo Tapa-Olho (The Milky Way)







Premiações



Recebeu duas indicações ao Oscar de Melhor Ator, por suas atuações em "A Fúria da Carne" (1957) e "Zorba, o Grego" (1964).



Ganhou dois Óscar de Melhor Ator Coadjuvante, por suas atuações em "Viva Zapata!" (1952) e "Sede de Viver" (1956).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Zorba, o Grego" (1964).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "O Segredo de Santa Vitória" (1969).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante - Filme para TV, por "Gotti - No Comando da Máfia" (1996).



Ganhou o Prêmio Cecil B. DeMille, em 1987.



Recebeu duas indicações ao BAFTA de Melhor Ator, por "Lawrence da Arábia" (1962) e "Zorba, o Grego" (1964).



Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator Coadjuvante, por "Império do Crime" (1991).

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PAZ À SUA ALMA












domingo, maio 31

ENLACE MATRIMONIAL






















Realizou-se hoje, sia 31 de Maio de 2009, o enlace matrimonial de uma sobrinha do articulista.
A cerimónia teve lugar na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Macau.
O articulista, embora se encontre hospitalizado, teve permissão para estar presente, podendo desta forma levar a sobrinha ao altar.
Aos noivos desejo as maiores venturas.







sábado, maio 30

O ARTICULISTA HOSPITALIZADO






































DIA 26 BAIXOU AO HOSPITAL CONDE DE S. JANÚARIO, EM MACAU, TENDO SIDO OPERADO NO DIA 27 PELAS 09.00 HORAS.


HOJE DIA 30 TIROU DOIS DE FOLGA PARA ASSISTIR AO MATRIMÓNIO DE UMA SOBRINA, REGRESSANDO AO HOSPITAL NA MANHÀ DO DIA 2, ONDE FICARÁ AINDA HOSPITALIZADO POR MAIS UMA A DUAS SEMANAS.


A RECUPERAÇÀO LEVARÁ CERCA DE DOIS MESES.


HOJE, E COM ALGUMA DIFICULDADE, USANDO A MÀO ESQUERDA, AQUI ESTOU DANDO NOTÍCIAS E AGRADECENDO A TODOS QUE TIVERAM A GENTILEZA DE TELEFONAR A MINHA ESPOSA INDAGANDO DO MEU ESTADO DE SAÚDE, A ESSES SINCEROS AMIGOS O MEU MUITO OBRIGADO PELO CARINHO E AMIZADE DEMONSTRADA.









segunda-feira, maio 25

PENANG DE NOVO

Penang ou Palau Pinang é o nome de uma ilha situada no estreito de Malaca, localizando-se a noroeste da costa do continente malaio, conhecida também como a Pérola do Oriente, e cuja capital é a cidade de George Town.

Esta ilha é igualmente um estado da federação malaia e seus habitantes são chamados de penanguistas.

O grande almirante chinês, Zeng He, que exerceu o seu mister no xv durante a dinastia Ming, já fazia referência, em seus mapas de navegação, a esta ilha, à qual lhe dava o nome Pulau Ka-satu, ou seja a primeira ilha, mas como esta era imensamente arborizada e onde abundavam as árvores Areca Catechu Linnaeus, uma espécie de palmeira que dá um fruto, chamado pelos portugueses de antão, como sendo Junça avelanada, em inglês Betel nuts, passou a ser conhecida por Penang.

Tem uma área de 293 kms quadrados, o seu clima é equatorial durante todo o ano, quente e muito solarengo com chuvas intensas durante a época das monções que vão de Abril a Setembro.

Tem 2 031 habitantes por km. quadrado, o que lhe dá o estatuto de ser o local com maior densidade populacional de toda a Malasia.

Este pequeno estado da federação Malaia é o unico estado federativo onde a maiora de seus habitantes são de origem chinesa com 43,2% seguindo-lhes os malaios com 40,1%, indianos com 9,9%, bumiputra com 0.38% e os restantes não bumiputra com 0.1%.

São várias as linguas faladas nesta ilha estado, tudo depende da sua classe social e de seu circulo social e das etnias, são faladas as linguas Inglesa, Penang Hokkien, Malaio, Chinês Mandarim e o dialecto chinês cantonense.
Tem uma história riquissima, origináriamente fazia parte do sultanato de Kedah na Malásia, foi dada à Companhia das Indias Orientais no ano de 1786, pelo Sultão de Kedah, em troca da protecção militar inglesa, afim de expulsarem os invasores Siamenes, hoje actual Tailandia, e os Birmaneses que havia ocupado esta ilha. No dia 11 de Agosto do ano de 1786 desembarca nesta ilha o Capitão Francis Ligth, também conhecido como o fundador de Penang e a rebabptizou como sendo a Ilha do Prince de Wales, em honenagem ao trono inglês.

Porém este capitão acedeu dar protecção ao Sultão sem consentimento da Companhia das Indias, como tal tendo falhado a protecção a Kedah que foi atacada pelas tropas do Sião, o Sultão no ano de 1790 quis reaver a ilha, mas sem sucesso, sendo este obrigado a ceder a ilha à Companhia das Indias e ainda a pagar a quantia de 6 000 de moedas espanholas por ano, passando mais tarde esse tributo a ser de 10 000.

No ano de 1826 Penang, Malaca e Singapura passaram a fazer parte do estado do estreito controlado pela adminstração britanica sitiada na India, passando a ser considera colónia em 1867. Em 1946 passou a fazer parte da União Malasiana e em 1948 a fazer parte da Federação da Malásia a qual conseguiu a sua independencia em 1957 e passando a ser conhecido como país que é hoje Malasia em 1963.

A sua moeda é o rangists cujo cambio é de 1 Euro 2.20 Rangits.

Aqui ficou esta pequena introdução sobre a Ilha de Penang, a qual desde dos finais de 1970 visito anualmente por diversos motivos. No dia 11 de Fevereiro de 2007 mais uma viagem efectuei a esta ilha, e desde que a companhia aérea de baixo custo, a Air Asia, passou a voar para lá tenho utilizado os seus serviços, o fazia até ao ano de 2000 através de comboio, saindo de Bangkok e desembarcando em Butterworth cidade que fica no continente Malaio defronte da ilha de Penang, ou então seguia de comboio até à cidade de Hat Yai no sul da Tailandia e dali apanhava uma carrinha que me levava até Penang, ou então utilizava a companhia aérea Thai Inter, mas este dois meios de transporte o primeiro era bem moroso e cansativo, pois levava 27 horas de viagem e na companhia aérea Thai Inter pagava um balordio de dinheiro, pois o preço das passagens em classe económica me ficavam por 18 800 baths ida e volta, ou sejam à volta de 376 Euros, enquanto a companhia aérea Air Asia me cobra somente a quantia de 4 mil e 48 Baths, ou sejam à volta de 81 Euros.


No periodo de um ano foram construidas novas e boas vias de acesso à cidade e em pouco mais de 20 minutos já nos encontrávamos no hotel, o City Bay View, mesmo no coração da velha cidade. O Chek In segundo o anunciado só podia ser feito a partir do meio dia, mas ao nos dirigirmos à recepção e após o prenchimento dos habituais papeis, nos foi entregue o cartão electrónico da porta do quarto, ficámos instalados no quarto 1127 no décimo primeiro andar.

Era um quarto da categoria Deluxe o qual nos ficou por 140 Rangits por diária, à volta de 60 Euros, incluindo um pequeno almoço bufett. O quarto era espaçoso e tinha todas as comodidades, desde uma cafeteira eléctrica a café e chá, podendo igualmente usuferir das suas belas piscinas e do ginásio de manutenção fisica, a vista essa era maravilhosa, dali de podia ver toda a baía de Penang e parte da cidade e lá ao longe a comprida ponte que liga a ilha ao continente.

Como nos tinha-mos levantado bem cedo e sendo domingo ali ficámos a descansar um pouco até que nos chegasse a fome e fosse-mos almoçar. A ilha de Penang é um paraíso para os amantes do bom garfo, e é conhecida também como a capital da comida da Malásia, visto lá se poder encontrar todo o tipo de comidas desde a chinesa à Nyonya, malaia, indiana, coreana, japonesa, italiana e tailândesa além da comida europeia e da comida rápida tais como KFC, Pizza Hurt e Macdonalds, todas elas a preços bem acessivies.

Acordámos eram já 15 horas na Malásia saímos então para almoçar, por ser domingo muitos dos restaurantes sitos numa das mais concorridas artérias, a Penang Road, estavam encerrados, havia sim vários abertos mas todos de comida malaia ou indiana. Foi num malaio onde entrámos, estava bem concorrido e o colorido de suas comidas nos parecia óptimo.

Embora, como já referi andar por aquelas paragens já hã mais de duas décadas, sempre encontramos novas coisas, e desda vez não foi excepção, visto que ao escolher mos a comida, primeiro o arroz o branco ou arroz de açafrão, nos foi perguntado pelo empregado o que desejavamos e lá fomos escolhendo, eu dois pedaços de carne de vaca de caril, dois figados de galinha frita bem codimentadas, um ovo de pata salgado a minha companheira preferiu o arroz de açafrão e uns pedaços de galinha de caril.

Não foi passada factura alguma, pegamos nos pratos e escolhemos uma mesa vaga, até nós veio um empregado a perfuntar o que desejamos beber, havia de tudo menos bebidas alcoólicas, escolhi um sumo de castanhas de água e a minha companheira um sumo de laranja misto com de cenoura. Depois de nos servir o empregado deixou a factura e reparei que o total da despesa era de 10.40 Rangits ou seja 4.70 Euros.

Traquilamente almoçámos, eu já transpirava por todos os póros pois a carne de vaca estava bem picante, mas estava super saborosa, bebi ainda um café depois nos dirigimos até à caixa e lá paguei a despesa.

Dali saimos para ir-mos até a um centro comercial o único na cidade, o Komtar, fomos a pé devagarinho, as ruas estavam quase desertas, alguns turistas se atreviam a passear, o sol estava escaldante, a maioria das lojas estavam encerradas. Podiam-se ver sim alguns condutores de triciclos jogando às damas, não parta passar o tempo mas sim com o intuito de ganharem algum dinheiro extra. Parei a ver um desses renhidos jogos, muitos eram os espactadores todos eles também condutores de triciclo, e foi giro, não usavam pedras branas ou as pedras, mas sim caricas de garrafas de cerveja, um usava as da marca Tigre e o outro da marca Calsberg.

Outros não jogadores dorminatavam em seus triciclos, por perto iam passando algumas moças malaias vestidas a rigor com os seus véus a lhes cobrirem os cabelos e as faces como mandam as regras, alguns malaios vindos de hotel, de terceira categoria, se cruzaram conosco, deixando o ar bem empestado, normal esse odor que eles emanam do corpo, mas para mim que não estou habituado os acho horrivies de suportar.

Chegados ao fim da rua tivémos que passar para o lado utilizando a ponte para peões, ali como já é habitual alguns mendigos pediam esmola, as árvores essas estavam repletas de corvos bem negros, o chão estava cheio de excrementos desses corvos e de outra aves, nós caminhamos junto à parede para evitar ser-mos bombardeados, e assim alcança-mos o tal centro comercial Komtar, mas este o ano passado já estava quase na falência, agora não tinha ainda encerrado as portas mas negociantes esses não havia por lá, nos dirigimos então ao prédio ao lado e lá sim o movimento era enorme.

Ali se localizava a estação principal de autocarros da cidade, autocarros velhos onde os horários nunca são cumpridos, e a sujadidade reina.

Entrámos no centro comercial Goryson e andámos procurando por algumas calças para a nossa filha mais nova, mas nada a nosso gosto encontrámos. Havia sim era um barulho que enchia todo o recinto, como estávamos quase na passagem do ano novo chinês, uma firma de automóveis resolveu ali fazer a propaganda de uma viatura, para tal contrattou um reputado cantor e o átrio estava repleto de pessoas para o ver e ouvir cantar, a viatura essa ali estava imóvel e serena e poucos eram os interessados nela.

Comprei sim um Dvd do filme Apocalypto, mas vi logo que era uma cópia embora houvesse por todo o recinto impressos de aviso que as cópias de Cds e Dvd era ilegal e as multas essa eram bem elevadas, mesmo assim comprei uma cópia, que até ao momento ainda não vi.

Ali jantamos num restaurante de comida chinesa, por sinal o dono deste estabelecimento era de Hong-Kong e com ele tive o previlégio de falar, a comida essa era óptima e o ambiente bem confortável o que deu para descansar as pernas pois cansado já andava.




Na base do prédio encontrava-se o super mercado Gigantes, ali o movimento era muito, a maioria dos clientes eram de origem chinesa e ali se estavam a abastecer de todo o tipo de produtos usados para as festivadades do ano novo lunar, tais como tangerinas, pevides de melância de cor vermelha, lais sis, que são uns pequenos envelopes vermelhos com imagens alusivas à quadra e com palavras auspiciosas.


Na foto da esquerda se pode ver um desses Lai Sis, com os caracteres aupiciosos, nste se poderá ler Nin Nin Iau Lei, o que traduzido será todos os anos estarei contigo, o da direita tem inscrito Seong Hei, ou seja dupla felecidade, segundo o zodiaco chinês o ano de 2007 tem o signo do porco. Falando sobre este signo, os correios chineses lançaram um selo no valor de 1.20 yuans com a imagem de um porco, mas este selo tem a particularidade de ter sabor a sabor, quando estive em Macau no passado mês de Janeiro me descolei à cidade de Chi Hoi na Republica popular da China e lá comprei duas folhas de 12 selos cada os quais enviei a um amigo meu no Barreiro, selos esses que deram muito que falar na Rádio Palmela, uma das locutouras lambeu o selo e a nada lhe sobe, depois segundo ela comentou, raspou um pouco da cola e então sim pode provrar o pestilento sabor a porco, tendo ficado com um amargo na boca por uma boas horas.
Mas estamos falando de Penang e seguiremos o rumo dos acontecimentos aquando da minha estada lá. Dizia eu que estáva no super mercado e lá aproveitámos para fazer algumas compras entre elas uns pacotes do tipico café branco de Penang que meu filho muito aprecia, comprei também três frascos de Nescafé Gold e que em cujas embalagens vinham adicionadas uma chavena preta com o distico de Nescafé Gold e um pires, este café na Tailândia custam o dobro do preço, aproveitamos também para comprar umas embalagens de leite com morango que uma das minhas filhas muito aprecia. Além dos cafés e do leite comprámos ainda umas garrafas de água e alguma fruta.

Dali seguimos de táxi para o hotel, não era própriamente um táxi, mas uma viatura particular, ou seja um táxi sem possuir a respectiva licença, mas tudo bem, o preço esse teve que ser regateado.

Depois de um belo e refrescante banho podemos traquilamente passar uma noite maravilhosa. No dia seguinte bem cedo nos levantámos pois teriamos que estar ás 09.00 horas na Embaixada da Tailândia afim de tomar-mos parte numa reunião relacionada com o meu antigo serviço.

Quando aguardava-mos o elevador reparei que na parte cimeira da porta do mesmo estava escrito Lit Bomba, Lift eu sabia que é elevador bomba também sabia e todos nós sabemos o que se trata, mas em Malaio Lit queria dizer também elevador e bomba é bombeiros, como saída de emergência em Malaio se escreve e lê KELUAR, não fiquei admirado pois muitas foram as vezes que à Malásia me tinha descolado já mas achei piada aos termos.

A sala onde fomos tomar o pequeno almoço era enorme e estava bem composta, havia todo o tipo de comidas, para todos os gostos, desde a comida malaia à chinesa e a europeia, até uma boa variedade de queijos havia, havia também uma outra sala e um jardim destinada aos fumadores.

Nós nos tratamos bem, eu bebi logo de entrada dois copos de sumo de laranja, depois uns cafés as comidas essas escolhi uns ovos mexidos, salsichas, fiambre, presunto e umas boas fatias de queijo, fiz uma torradas com pão de forma , manteiga e jam, repeti a dose duas vezes, a minha companheira essa escolheu arroz branco e foi recheando o prato com diversos tipos de comida, deliciando-se ao fim com uma travessa de fruta.

Eu, devido a ter bebido dois copos de sumo de laranja apeteceu-me ir à casa de banho, para tal usei as instalações sitas no átrio do hotel. Quando entrei na casa de banho reparei que a sanita era especial tinha vários botões mas não liguei lá muito, quando me levantei para buscar o papel higiénico carreguei num dos botões e para espanto meio tomei um banho da cabeça aos pés, é para dizer tomei uma benzão sanitária, mas com água limpa. Só depois reparei que a sanita tinha um tubo que poderia ser direcionado e que servia para fazer lavagem às partes baixas, resultado tive que regressar ao quarto e ali tomar um um duche e mudar de vestimentas.
Sabia que existiam sanitas destas, eu à uns anos atrás, na minha casa em Macau, tinha uma japonesa mais muito mais sostificada, e por ser tão sostificada toda ela electrónica a vendi por bom preço, agora destas assim especial tinha sido a primeira vez que tinha visto mas aprendi a lição.

Apanha-mos um táxi e lá seguimos para a Embaixada onde ficámos até à hora de almoço. O mesmo táxista no levou até à Penang Street onde nos deixou à porta do restaurante May Garden Palace, já nosso conhecido e que servem a melhor comida chiensa em toda a cidade.

Pedimos um caldo de agriões com entrecosto,entrecosto com sabor acre e doce, Kou Lou Iok, lombo de porco assado, Chá Siu, escalopes com caju e hortaliça e também Siu Iok ou seja carne de porco assada, a empregada embora fala-se o dialecto cantonense me informou que não havia Siu Iok ou seja a carne de porco assada mas somente pele de porco assada, o que me deixou preplexo e fui até à cozinha saber o que era pele de porco assada, ficando então a saber que era leitão, mas a empregada não o sabia dizer.


Tudo isto bem regado com uma cerva preta Guiness, quando a pedi a empregada me fez a pergunta normal, segundo os costumes malaios, quer a cerveja quente ou fria, como é lógico e sendo eu um alentejanissimo preferi a fria, mas quente também é saborosa o que fica é bem mais acoólica, depois bebi ainda um café a despesa essa ficou em 28 euros, mas ficámos bem satisfeitos.

Nas calmas fomos até à beira-mar e por ali ficámos no jardim do magnifico hotel Eastern & Oriental, um dos ex-libiris da cidade, que data de 1805, mas que é um luxo.

Por ali ficámos tomando a brisa marítima e comtemplando os movimento de navios que entravam no porto e os exóticos ferrys que continuamente faziam a travessia entre Penang e Butterworth, até que chegou à hora do jantar.

Atravessámos a rua e ficámos de novo na Penang Road, hoje, por ser segunda feira o movimento de pessoas e viaturas era imenso, os restaurantes esses estavam todos abertos e nós escolhemos um onde serviam uma mistura de comida malaio-indiana, estaurante este já nosso conhecido, deste longa data, e muito afamado na cidade. Quando para lá nos dirigiamos ouvi alguém chamando pelo meu nome, virei-me e então vi o meu velho amigo Rama, que em sentido me fazia a continência, este amigão é uma jóia de pessoa, é Malaio, sua profissão condutor de triciclos, mas não um condutor qualquer, é uma pessoa com formação superior que serve de guia turístico, me deu um forte abraço e contente ficou me ver de novo.
O convidei para jantar mas recusou, perto dele estava uma turista inglesa que nessecitava dos seus óptimos préstimos, mas ainda tivémos tempo para tirar umas fotos e ele me dizer se nós quizéssemos utilizar os seus serviços para lhe telefonar duas horas antes, pois tinha imenso serviço, agradeci-lhe e lhe disse que na manhã do dia seguinte o procuraria.


Este velho amigo o seu poiso preferido é à porta do Hotel Continental e foi através dele que escolhi nesta minha viagem a Penang o Hotel City Bay View e de facto ele tinha toda a razão, esta unidade hoteira tinha muito melhores condições que os outros hotéis onde tinha ficado.

O jantar esse mim foi um prato de arroz branco com dois pedaços de carne de vaca com um molho avermelhado bem picante, mas muito saboroso, nestes restaurantes não servem bebidas alcoólicas como tal tive que recorrer a uma Seven-Up, depois passámos por umas das lojas de coveniência, abertas 24 horas por dia, neste caso a famosa cadeia dos Seven Eleven, e ali fizémos algumas pequenas compras seguindo depois para o hotel.

Os empregados já me conheciam, todos eles sempre sorridentes e bem amáveis e prestáveis cativam a simpatia de todos os hóspedes.

Entretevi-me a ler as notícias que vinha no diário The Sun, que o hotel colocava por debaixo da porta todas as manhãs por volta das 06.00 horas. Ficando a par das novidades da cidade do pais e do mundo liguei a televisão, fazendo uma buscas pelos canais escolhi o canal 8 que estava dando o noticiário em lingua cantonense, mas pouco a pouco me fui apercebendo que eles transmitiam as notícias em várias línguas, desde o inglês passando pelo mandarim até ao malaio, porém só esta última eu não donimo, mas dava para entender.

Sem se ouvirem os pregões apelando aos muslins para orarem, pois os autofalentes esses ficavam ainda distantes deste hotel, podiamos passar a noite tranquilamente e também acordar um pouco mais tarde sem ser-mos despertados pelas orações como acontecia nos anos anteriores.

Na manhã seguinte fomos percorrer a parte chinesa da cidade, e cada vez que percorro essas ruas me recordo nos anos 60 em Macau onde o casario era quase idêntico em certas partes da cidade.

Porém, na cidade de Penang esse casario está na sua grande maioria em estado de conservação que deixa muito a desejar. Os chineses residem no primeiro andar e o rés do chão exercem o seu comércio. Os esgotos são ao ar livre as valas essas muitas delas nem cobertas tem. Todas as ruas tem arcadas mas o espaço destinado aos peões é ocupado pelas mercadorias o que leva aos peões a terem que circular pelas ruas bem movimentas, mas enfim!...


Entrámos no mercado sito na Penang Road afim de comprar daquelas toucas que os muslins usam, mas encontrei somente os tais véus que as senhoras muslins usam e comprei um, o vendedor me indicou onde encontrar as tais tocas. Saimos por uma porta lateral do mercado sem passar pela praça do peixe cujo cheiro era bastante acentuado. Percorremos a Julia Jaban ou seja a rua Julia e fomos apreciando as mercadorias expostas. Fartámo-nos de andar e fomos dar a Little India, onde ai o comércio era bem diferente e onde havia imensos cambistas. Entrei num restaurante indiano, não para almoçar mas sim, para comprar uma garrafa de água pois ia já ressequido de tanto calor.


Cansado estava já e não me apetecia ir até à marginal, pois que além da torre do relógio nada havia que me interessa-se ver como tal apanhámos um autocarro que nos levou até à paragem do Komtar, pagámos 0.70 céntimos pela viagem, por passageiro, este autocarro possuia ar condicionado a limpeza essa e o modo de condução era assim já.

No Komtar almoçamos no KFC não fizémos compras pois tinha-mos que ir de novo à embaixada onde assistiria-mos à reunião sobre o mesmo tema do dia seguinte e que nessa tarde com a presença de alto dignatário do governo Malaio se daria por encerrada. De novo fomos num daquelas táxis sem licença, o preço esse ficou mais barato dois ranguites, e a viatura era moderna e o condutor uma pessoa bem gentil e simpática.

Regressámos ao Komtar já ao cair da tarde e aí então fizémos algumas compras de roupas, fomos depois jantar a um restaurante francês que ficava no hotel Continental, onde serviam uma óptima comida porém um pouco mais cara, ai podemos encher bem a barriga pois o menu esse era bem completo, havendo vários tipos de menus onde incluiam tudo desde as entradas até às sobremesas, a preço acessivel.

Depois do jantar e perto nos encontrado-nos do nosso hotel calmamente para lá nos dirigimos. Não fomos directamente para o quarto mas sim para o 16 andar onde havia um restaurante bar rotativo podendo-se dali ter uma vista panorâmica de quase toda a cidade e ao mesmo tempo que se bebia um café gelado se podia ouvir as belas melodias que uma banda e seus cantores iam interpretanto, era quase meia noite quando resolvemos ir para o quarto, onde uma vez mais passámos uma noite super tranquila.

No dia seguinte à tarde regressariamos a Bangkok, e como tal bem cedo nos levantámos pois a minha companheira queria passar pelo mercado e comprar agriões e o tal lombo de porco assado, que nossas filhas adoram, quando estiveram uma vez conosco em Penang o comeram e adoraram e agora nos pediam para levar algum.

O mercado de rua era uma barburdia infernal com motos, bicicletas e até viaturas a circularem por entre as tendas e os peões. Ali encontrámos o que desejavamos e nos abastecemos tendo eu também comprado várias toucas muslins e minha companheira como nasceu sob o signo do porco quis comprar uma replica bem gira assim como um outro da cabra, pois segundo o que consta dos livros budistas para lhe dar sorte teria que juntar as duas peças, estas em porcela, para que essa sorte fosse mais eficiente.

Numa das lojas junto ao mercado vendiam muita coisa chinesa entre elas um tipo de cilindro com alguns inscrições, cilindros este originais do Tibete, e segundo também os livros conforme o tipo de pessoa e seu negócio lhes traria protecção, os havia desde de um circulo ou seja um olho até aos nove, número este auspicioso para os tailandeses, lá comprou dois, um de um olho e outro de nove.
Mas não se ficou por aqui, pois quis comprar também dois leões, não dos de Alvalade, mas sim uns leões especiais que tem a cauda unida às pernas, e tem a boca aberta, leões estes em pedra acizentada, e segundo os bonzos budistas, para quem é negociante, o que é era o caso, lhe dariam fortuna, quando colocados em altares em casa, dizem que os mesmos tem a particularidade de chamar até si compradores e o dinheiro dispendido por eles ficava bem seguro visto que os leões os comeriam mas não os soltariam por terem o rabo fechado, chinezises, que eu respeito mas não sigo.

Voltámos depois ao hotel para embalar as coisas e fazer-mos o chek-out, embora faltasse muito tempo até ao meio dia, mas iriamos ainda até ao Pagode de Kek Lek Si que ficava bem distante da cidade. Feito o chek-out deixámos as bagagens depositadas no hotel e seguimos para Penang Road afim de ali apanhar-mos o autocarro as carreira 21 ou 26 nos serviam, esta última era servida por autocarros com ar condicionado, o que viesse primeiro seria naquele que seguiria-mos, passado pouco de estar-mos na paragem veio o autocarro 21 e nele seguimos pagámos 1.40 Rangits por pessoa.
O autocarro era velho e barulhento, podia um tipo de ar condicionado que refrescava o interior do mesmo, por sorte os assentos até era confortáveis, seguimos para o Komtar ali ficou cerca de 20 minutos aguardando passageiros, era quase meio dia quando chegámos ao destino. Os comerciantes estavam a recolher as mercadorias para sacos






Os comerciantes estavam a recolher as mercadorias para sacos, visto só estarem autorizados a vender os seus produtos até ao meio dia, por sorte encontrámos o vendedor, nosso conhecido, e fizémos as compras, algumas calças para as miudas, o material era bom e o preço esse também era óptimo. Depois comprámos um cadeado pois o saco que tinha-mos trazido não possuia e nós o iriamos enviar como bagagem no avião e para isso teria que ir fechado.

O nosso vôo estava marcado para sair-mos de Penang às 17.25 horas e tinha-mos que nos apressar um pouco visto ter-mos de regressar ao hotel e embalar ainda as coisas como devia ser, e aeroporto ficava ainda bem longe do hotel.

Mas tivémos ainda tempo de ir comprar uns saborosos bolos na loja Seng Heng, esta pastelaria já nossa bem conhecida nos fornecia as suas especialidades acabadinhas de sair do forno, lá comprámos quatro caixas deles de vários sabores e paladares. Tirei ainda umas fotos ao mosteiro de Kek Lek Si, o mosteiro dos 10 000 Budas, que nós o ano transacto tinha-mos percorrido de ponta a ponta, mas desta vez o não poderiamos fazer por falta de tempo, mas quem visitar Penang é um local a não perder, tal como o Templo das cobras que fica junto a auto estrada que dá para aeroporto.
Apanhá-mos de novo o autocarro 21 e seguimos para a cidade, este autocarro era ainda mais velho as portas eram envidraçadas e quando abriam ou fechavam batiam violentamente mas os vidros esses deviam ser especiais que não se partiam, o chão do autocarro esteva repleto de bilhetes velhos, parava em todo o lado e ali ficava tempo sem fim e eu olhava o relógio apreensivo.

Deu uma enorme volta e como eram horas dos alunos sairem da escola o condutor do autocarro uma pessoa já de certa idade ali ficava junto à entrada dos portões da escola aguardando por passageiros mas eram raros os alunos que utilizavam estes velhos e barulhentos autocarros pois as escolas possuem autocarros própios.

Eram quase 15 horas quando desembarcamos numa rua lateral à Penang Road e dali seguimos a pé até ao hotel, onde recolhemos as bagagens e torna-mos a emalar tudo de novo. Tinha falado dias antes com um condutor de táxi meu amigo para ele nos vir buscar ao hotel à 15.30 horas e pontualmente ele apareceu e nos levou até ao aeroporto pela quantia de 30 Rangits.

Passava pouco das 16.00 horas quando chegámos ao aeroporto, mas já havia duas enormes bichas para fazer o chek-in e ali aguardámos ainda algum tempo, os empregados que faziam o chek-in não tinham pressa, mas por fim chegou a nossa vez e lá ficámos despachados.

Seguimos para o interior do aeroporto onde existia apenas um corredor para o embarque e desembarque, a nossa porta de embarque seria 9 A mas essa não existia mas sim a 9, num restuarnte junto a essa porta nos sentamos e eu bebi um café e preenchi os impressos dos serviços de migração tailandeses. O vôo foi anunciado havia um atraso de duas horas e por ali ficámos esperando, a porta 9 A não era mais que umas escadas que davam ligação para a pista do aeroporto, ai havia já dezenas de pessoas aguardando, mas eu nem liguei a isso, embora não houvesse lugares marcados haveria lugares para nós dois.

Fui ainda à sala de fumo queimar um pivante, mas nem era preciso gastar um cigarro, não havendo extractores de ar o fumo esse era como um enorme nevoeiro, entrei e sai e fui acabar de queimar o pivante para uma das casas de banhos.

O avião por fim chegou e uma simpática funcionária da Air Asia me deu o previlégio de embarcar primeiro o que lhe fiquei grato, lá descemos as escadas e depois percorrewndo um curto espaço na áera do aeroporto embarcámos no avião tenho podido escolher os lugares onde nos sentar-mos, escolhemos os assentos 5 e eu fiquei junto à janela.

Ao lado de minha esposa ficou um japonês que embora fala-se mal o inglês emtabulou conversa comigo. Tive que trocar de lugar com a minha esposa pois fazia muito frio, mas este não vinha do ar condicionado do avião mas sim da janela que era de plástico e o vento vindo de fora por ela entrava.

O avião era um Boeing 737-300, comprado a algum país da america latina pois as indicações e os avisos estavam ainda escritos em espanhol, a viagem essa decorreu na perfeição.




Chegados a Bangkok e após ter-mos passado pelos serviços de migração e recebido as bagagens, saimos do edifico afim de apanhar-mos um táxi, mas a paragem desses ficava no piso inferior, não chegamos a ir até lá pois fomos abordados por várias pessoas oferecendo os seus serviços de limusines, o preço esse era 900 baths e nós declina-mos as ofertas, ms tanto insestiram que baixaram o preço até 500 baths quie aceitei a oferta, a viatura a utilizar seria uma Mercedez -Benz último modelo, mas não estava autorizado a fazer transportes de passageiro, era mais uma forma de o proprietário do mesmo fazer mais algum dinheiro.

Tanto o condutor como a sua ajudante eram pessoas finas e muito simpáticas, talvez estivessem a passar um mau momento financeiro, mas se podia ver que eram pessoas cultas e ricas.

Foi deste modo que seguimos até a casa no bairro de Lá Ni Há 5, perto da avenida Lat Prao.

Terminava assim mais uma viagem por terras do famoso tigre da Malásia e penso que esta terá sido a última vez à cidade de Penang, talvez a próxima viagem seja até à capital Kuala Lumpur e depois dali até Malaca onde ainda se fala o português e onde tenho alguns amigos, ou talvez porque não passar uns dias em beleza numa das exóticas a calmas praias.