o mar do poeta

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sábado, novembro 6

FESTIVAL DE GASTRONOMIA DE MACAU - ZONA ASIATICA

A Malásia está bem representada, com inumeras tendinhas de comidas de várias regiões, mas, mais predominantes de Penang.


O Japão como sempre lá está representado,  este ano  com cinco restaurantes




A Coreia do Sul, uma vez mais se fez representar, e desta vez com dois restaurantes



O Vietname não deixou passar a oportunidade e aqui está bem representado, já o ano passado cá esteve e teve imensa clientela, incluisé o articulista.


A Tailândia que sempre nos presenteava com várias tendinhas, de óptima comida, este ano está somente representada por duas, de óptima culinária e, uma outra de bebidas.




A India e este restaurante em particular, sempre estão presente nesta Feira de Gastronomia, apresentando uma óptima comida e para o articulista é a tendinhamais bonita do certame.




Para além deste países asiáticos, existem igualmente algumas tendinhas que apresentam comida asiática.

O 10o. Festival de Gastronomia de Macau teve início hoje, e embora o tempo esteve chuvoso, podia-se ver imensos forasteiros que lá arribaram para encher a pança, não foi hoje o caso do articulista, mas até dia 21 que dura o certame lá irá provar algumas iguarias.

FESTIVAL DE GASTRONOMIA - ZONA LOCAL

Na parte de delicadezas locais havia imensos restaurantes representados








Eram muitos os restaurantes de Macau ali representados, porém a maioria das comidas se basesava em galinhas, carangueijos e alguns Van Tans



Havia ainda mais, e como sempre o Restaurante 456, o António entre outros, já conhecidos estavam presente, tais como a Pousada Marina.

FESTIVAL DE GASTRONOMIA = ZONA EUROPEIA



A culinária europeia estava fracamente representada


O Restaurante Vinha, foi a primeira fez que o vi por lá, olhando para o que tinha exposto, o que mais me chamou à atenção foram os pasteis de nata.


O Restaurante CARLOS todos os anos lá se faz representar, apresentando alguns pratos de comida portuguesa


Esta tasquinha da SEMPRE SORTE, era a que possuia mais comida portuguesa, ali estavam as saredinhas a assar, não na brasa, mas num fogão eléctrico, havia também o Café Ou Mun o qual vendia pasteizinhos de bacalhau e pão com chouriço, o L'Arc tinha comida francesa, mas pouca, era só que havia por lá de comida europeia.

FESTIVAL DE GASTRONOMIA - MACAU 2011






A culinária chinesa é rica em pratos exóticos e temperos diferentes, ao todo são mais de 10 mil pratos, e mais de 20 cozinhas regionais diferentes.

A culinária chinesa nasceu com os primeiros povos que habitaram a região, há cerca de 4 mil anos. Logo que nasceu, era muito mais exótica e com o tempo foi perdendo um pouco de suas características.

Ela é reconhecida em todo mundo por ser muito diferente e por ter pratos muitos originais e às vezes considerados “estranhos” por utilizarem ingredientes pouco populares entre os ocidentais

O arroz é o prato mais simbólico da China. Pela vasta extensão do território chinês, o número de lavouras para o plantio é imenso, porém, graças às condições climáticas e do solo local, as lavouras tendem a ser alagadiças, o que dificulta o plantio de outros alimentos que não o arroz.

A culinária chinesa é uma das mais ricas de todo o mundo. Os chineses consideram ter uma faca na mesa como ato bárbaro, então a maior parte da comida é preparada em pedaços menores, prontos para serem pegados diretamente com os hashis e comidos.

Diferente da culinária ocidental, na qual a proteína de carne é o principal ingrediente nutricional, os chineses preferem basear sua dieta em carboidratos, como arroz e talharim. Curiosamente, por ser considerados um prato muito ordinário, dificilmente o arroz é servido em banquetes.

Por causa da vastidão e variedade da China, a culinária chinesa é dividida em vários estilos regionais, como:

Cozinha budista chinesa

Cozinha do noroeste da China

Cozinha Jiang-Huai

Cozinha Yunnan

Cozinha do nordeste da China

Cozinha cantonesa

Cozinha Chiuchow

Cozinha Hakka

Cozinha Hunan

Cozinha chinesa islâmica

Cozinha Mandarin

Cozinha de Shanghai

Cozinha Sichuan

Cozinha de Taiwan

Cozinha Fujian

Cozinha Hainan

Cozinha chinesa nanyang

Cozinha histórica chinesa.

Fonte - Revista Estilo Fashion







O articulista, todos os anos compra uma galinha destas, embriagada, é bem saborosa e se fica com um gostinho a vinho na boca, e quase se fica igualmente embriagado!...


O Haliótidos (Haliotidae) são uma família de moluscos gastrópodes , com um único género, Haliotis, muito estimado por sua carne, uma delícia do mar. Eles são conhecidos como abalone e madrepérola, ou o Inglês palavra "abalone", embora sejam conhecidos por outros nomes, dependendo do país: "flash", "Senhorita", "escrito", "manquilinas", "seis olhos" "orelha de Vênus," burro Lapa "e" carne de peixe. " Seu nome científico éHaliotis. Sua carne é um prato muito popular no Chile, o Leste Asiático (China, Japão e Coréia) e foi aprovada com fervor em algumas partes do Estados Unidos e recentemente no México, o que levou a problemas de conservação.








Henan (chino: 河南, pinyin: Hénán, transcripción antigua: Honan) es una provincia de la República Popular China situada en el centro-este del país. Su nombre significa Sur del Río (Amarillo). Se abrevia Yù (豫), por la Prefectura de Yu (豫州 Yù Zhōu) de tiempos de la dinastía Han, que incluía parte de la actual provincia.


Con casi cien millones de habitantes, es la provincia china con mayor población. Limita al norte con Hebei, al noreste con Shandong, al sureste con Anhui, al sur con Hubei, al oeste con Shaanxi y al noroeste con Shanxi.
Con frecuencia es denominada Zhongyuan (中原 zhōngyuán) o Zhongzhou (中州 zhōngzhōu), literalmente Llanura Central, nombre también aplicado en general a toda la Gran Llanura del Norte de China. Henan suele ser considerada como la cuna de la civilización china.








Cozinha Hakka é o estilo da cozinha do povo Hakka, que são encontradas principalmente no sudeste da China (Guangdong e Fujian), mas também pode ser encontrada em muitas outras partes da China, bem como no chinês diáspora. Hong Kong, Malásia e Cingapura tem vários restaurantes que servem cozinha Hakka





Estas são algumas das comidas exóticas que se podem encontrar na zona da comida chinesa.

HU JINTAO





China: Hu Jintao é "a personalidade mais poderosa do mundo"


O Presidente da China, Hu Jintao, esperado hoje em Lisboa, foi considerado "a personalidade mais poderosa do mundo" pela revista norte-americana Forbes, à frente de Barack Obama e do rei da Arábia Saudita, noticiou hoje o jornal China Daily.


Sábado, 6 de Nov de 2010

Pequim, 06 nov (Lusa) - O Presidente da China, Hu Jintao, esperado hoje em Lisboa, foi considerado "a personalidade mais poderosa do mundo" pela revista norte-americana Forbes, à frente de Barack Obama e do rei da Arábia Saudita, noticiou hoje o jornal China Daily.

A distinção está associada ao elevado crescimento económico da China (10,5 por cento em 2010, segundo prevê o Fundo Monetário Internacional- FMI) e à contribuição do país para a recuperação global, indicou o jornal.

Na lista da Forbes, que em 2009 era encabeçada pelo presidente norte-americano, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o papa Benedito XVI figuram em quarto e quinto lugares, respetivamente.

Fonte - Lusa



Hu Jintao, em chinês simplificado 胡锦涛 e tradicional 胡锦涛, (Jiangyan, 21 de dezembro de 1942) é um político chinês, atual presidente de seu país e secretário-geral do Partido Comunista.

Juntou-se ao Partido Comunista da China (PCC) em 1965, depois de se ter formado em engenharia hidroeléctrica na Universidade de Qinghua, em Pequim. Logo que terminou os estudos foi trabalhar para o Ministério da Conservação da Água e da Energia. Aqui trabalhou, nomeadamente, em questões relacionadas com a gigantesca barragem das Três Gargantas.

Hu Jintao esteve colocado em algumas das regiões mais pobres e remotas da China, tendo liderado a partir de 1968 a Juventude Comunista em Gansu, ao mesmo tempo que trabalhava na construção de uma barragem na zona, e presidido à secção do PCC no Tibete e em Guizhou. Paralelamente foi sempre trabalhando em projectos hidroeléctricos.

Em 1977 e 1978, com a chegada de Deng Xiaoping ao poder, Hu Jintao começou a subir na hierarquia do poder, o que o levou a abandonar as actividades em engenharia.

Em 1982 é eleito membro suplente do XII Comité Central do PCC, sendo assim, aos 39 anos, o mais jovem daquele que é o órgão mais importante do partido entre a realização de cada congresso.

No início de 1983 chegou ao Secretariado do Comité Central da Juventude Comunista e dois anos depois passou a membro efectivo do Comité Central do PCC.

Quando esteve no Tibete, em 1989, impôs a lei marcial para responder aos protestos dos separatistas. Houve confrontos que provocaram dezenas de mortos.

Em 1992 passou a fazer parte do Politburo, grupo dos sete principais dirigentes comunistas da China, por iniciativa de Deng Xiaoping. Na altura ficou responsável pela supervisão do treino ideológico dos oficiais de topo.

No ano seguinte assumiu a direcção da Escola Central do PCC, tida por fazer propaganda por Deng Xiaoping.

Depois de alguns anos em que esteve bastante discreto, em Março de 1998 ascendeu à vice-presidência da China.

Em 1999 apareceu pela primeira vez na televisão para convocar manifestações antiamericanas depois da embaixada chinesa em Belgrado, na Jugoslávia, ter sido bombardeada por engano pela Força Aérea dos Estados Unidos da América.

Em Outubro e Novembro de 2001 fez as suas primeiras visitas oficiais à Europa em Abril de 2002 aos Estados Unidos, onde reuniu com o presidente George W. Bush.

No 16.º Congresso do PCC, realizado em Novembro de 2002, ficou decidida a substituição do secretário-geral Jiang Zemin por Hu Jintao. É eleito presidente da República Popular da China a 15 de Março de 2003.

Foi escolhido no dia 04 de Novembro de 2010 pela revista Forbes como a pessoa mais poderosa do mundo, entrando no lugar do atual presidente do Estados Unidos da América, Barack Obama, após a derrota para a oposição nas eleições intercalares.

Vida pessoal

Hu Jintao é casado com Liu Yongqing, que conheceu nos seus tempos de estudante. Têm duas filhas: Hu Haifeng e Hu Haiqing

Fonte - Enciclopédia livre
 
 

POETA MANUEL ALEGRE




Agora Mesmo

Está gente a morrer agora mesmo em qualquer lado
Está gente a morrer e nós também

Está gente a despedir-se sem saber que para
Sempre
Este som já passou Este gesto também
Ninguém se banha duas vezes no mesmo instante
Tu próprio te despedes de ti próprio
Não és o mesmo que escreveu o verso atrás
Já estás diferente neste verso e vais com ele

Os amantes agarram-se desesperadamente
Eis como se beijam e mordem e por vezes choram
Mais do que ninguém eles sabem que estão a
[despedir-se

A Terra gira e nós também A Terra morre e nós
Também
Não é possível parar o turbilhão
Há um ciclone invisível em cada instante
Os pássaros voam sobre a própria despedida
As folhas vão-se e nós
Também
Não é vento É movimento fluir do tempo amor e morte
Agora mesmo e para todo o sempre
Amen

Manuel Alegre, in "Chegar Aqui"


Vergonhoso... "Nem me lembraria da Reforma!!!!"



Por € 3.215.95 passava a lembrar-me...


Mais uma !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Manuel Alegre vai receber uma reforma de 3.219,95 euros mensais pelo


cargo de coordenador!!! de programas de texto da Rádio Difusão


Portuguesa que ocupou por alguns meses!!!!. A informação faz parte da


lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de


Aposentações (CGA), citada pelo Correio da Manhã.


Em declarações ao jornal, Alegre garantiu que nem se lembraria da reforma!!!, se não fosse a CGA a escrever-lhe uma carta. O deputado explicou que foi funcionário da RDP durante «pouco tempo», já que começou a trabalhar na rádio quando voltou do exílio, após o 25 de Abril, e saiu em 1975 quando foi eleito deputado, cargo que ocupou desde então.

«Nunca mais lá trabalhei, mas descontei sempre», disse o deputado.


Comentários:


Descontou sem trabalhar !!!


Como? Num recibo de vencimento que nunca recebia... (se não trabalhava lá)


Tantos anos e nunca se questionou ???


Mas que maravilha, descontar e andar pelos corredores da Assembleia da República!!!


Mais um rico exílio.


Mas que belo exemplo este, e vai concorrer para PR !!!!!!!!!!!!


Sério, sério, mas afinal é tão …como todos os outros.


É um dever de cidadania dar a conhecer estes casos...

FAZ CIRCULAR... NÃO INTERROMPAS...

Fonte - Palmites


"Manuel Alegre Canção Tão Simples "(Quem Podera Domar ...) Letra"



OS Quem Podera Cavalos Domar do Vento
Quem Este Domar Podera Tropel
do Pensamento
À Flor da Pele?


Quem Podera Voz fazer calar um triste sino
Dentro Por quê Diz que Diz Que nao se
uma riste in Fúria
fazer Meu País?




Quem Podera Proibir ESTAS letras de chuva
Que uma gota NAS gota escrevem vidraças
Viúva Pátria
Que Passa uma dor?


OS Quem prender Podera Farpas Dedos
Que Dentro da canção das brisas Fazem
como harpas Armas
Que São precisas?








Última Página


Vou deixar este livro. Adeus.
Aqui morei nas ruas infinitas.
Adeus meu bairro página branca
ode morri onde nasci algumas vezes.
n
Adeus palavras comboios
adeus navio. De ti povo
não me despeço. Vou contigo.
Adeus meu bairro versos ventos.


Não voltarei a Nambuangongo
onde tu meu amor não viste nada. Adeus
camaradas dos campos de batalha.
Parto sem ti Pedro Soldado.


Tu Rapariga do País de Abril
tu vens comigo. Não te esqueças
da primavera. Vamos soltar
a primavera no País de Abril.


Livro: meu suor meu sangue
aqui te deixo no cimo da pátria
Meto a viola debaixo do braço
e viro a página. Adeus.


Manuel Alegre

 
 
CANTAR A LIBERDADE


«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.


Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.


Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.


Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.


Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.


Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.


E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.


Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.


Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).


Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.


E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.


Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.


E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.


Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.


Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.




Manuel Alegre de Melo Duarte (Águeda, 12 de Maio de 1936) é um escritor e político português.



Biografia


Primeiros anos

Filho de José de Faria de Sousa e Melo Ferreira Duarte e de Maria Manuela Alegre de Melo Duarte, a sua família tem referências na política e no desporto – o seu trisavô paterno, Francisco da Silva Melo Soares de Freitas, fundador dos caminhos de ferro do Barreiro e primeiro Visconde dessa localidade, esteve nas revoltas contra D. Miguel I, tendo sido decapitado; o avô materno, Manuel Ribeiro Alegre, pertenceu à Carbonária e foi deputado à Assembleia Constituinte em 1911, bem como Governador Civil de Santarém; o bisavô paterno, Carlos de Faria e Melo, 1º barão de Cadoro, foi administrador do Concelho de Aveiro; o avô paterno, Mário Ferreira Duarte, introduziu, com Guilherme Pinto Basto, várias modalidades desportivas em Portugal, e deu o seu nome ao antigo Estádio de Futebol de Aveiro; o seu pai, Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte, jogou na Académica e foi campeão de atletismo – o próprio Manuel Alegre sagrou-se campeão nacional de natação e foi atleta internacional da Associação Académica de Coimbra nessa modalidade. A sua infância e juventude encontram-se retratadas no romance Alma (1995).


À excepção dos primeiros estudos, feitos em Águeda, frequentou diversos estabelecimentos de ensino: fez o primeiro ano do liceu no Passos Manuel, em Lisboa, no segundo esteve três meses como aluno interno no Colégio Almeida Garrett, no Cartaxo, seis meses no Colégio Castilho, em São João da Madeira, e depois foi para o Porto, concluindo os estudos secundários no Liceu Central Alexandre Herculano. Aí fundou, com José Augusto Seabra, o jornal Prelúdio.


Anos em Coimbra


Em 1956 entra na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Pouco depois inicia o seu percurso político, nos grupos de oposição de estudantes ao Salazarismo. Torna-se militante do Partido Comunista Português em 1957, que viria a abandonar em 1968. Enquanto membro da Comissão da Academia, apoia a candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República, em 1958. Não teve menor relevo na actividade cultural: participou na fundação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e foi actor do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, deslocando-se para actuar em Bruxelas (1958), Cabo Verde (1959) e Bristol (1960).


Em 1960 publica poemas nas revistas Briosa (que dirigiu), Vértice e Via Latina, participando ainda na colectânea A Poesia Útil e Poemas Livres, juntamente com Rui Namorado, Fernando Assis Pacheco e José Carlos Vasconcelos.


Guerra Colonial


Em 1961 é chamado a cumprir serviço militar e assenta praça na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, de onde sai, pouco depois, para a Ilha de São Miguel. Aí desencadeia o movimento de Juntas de Acção Patriótica de Estudantes, constituídas por militares e civis. Além disso chega a traçar, com Melo Antunes e outros, um plano para tomar conta da ilha, que não se concretiza.

Em 1962 é mobilizado para Angola, onde é preso pela PIDE e condenado a seis meses de reclusão na Fortaleza de S. Paulo, em Luanda, acusado de tentativa de revolta militar contra à Guerra do Ultramar. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Regressa a Portugal em 1964. A ameaça de nova detenção e de julgamento pelo Tribunal Militar, por suspeita de traição, leva-o a passar à clandestinidade e a partir para o exílio, tendo sido auxiliado pelo poeta João José Cochofel, que o esconde no norte do país.






No exílio


Chegado a Paris em Julho de 1964, participa na Terceira Conferência e é eleito para a Direcção da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida por Humberto Delgado. Isto dar-lhe-á a possibilidade de depor perante as Nações Unidas, como representante dessa organização, sobre a sua experiência em Angola, e contactar com os líderes dos movimentos africanos de libertação, como Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Em 1964 parte para o exílio, em Argel, onde é locutor da emissora de rádio A Voz da Liberdade.

Nessa emissora difunde difunde conteúdos destinados a lutar contra o Salazarismo, declarando apoio aos movimentos de guerrilha do Ultramar, que lutavam contra as Forças Armadas de Portugal, convertendo num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), são apreendidos pela censura, mas cópias manuscritas ou dactilografadas circulam de mão em mão, clandestinamente. Poemas seus, cantados, entre outros, por Amália Rodrigues, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luis Cília tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade.


Em 1968 entra em ruptura com o Partido Comunista Português, em consequência dos acontecimentos da Primavera de Praga e da invasão das forças do Pacto de Varsóvia naquele país.


De regresso a Portugal


Uma década depois regressa a Portugal, onde chega a 2 de Maio de 1974. Entra nos quadros da Radiodifusão Portuguesa, como director dos Serviços Recreativos e Culturais, e é um dos fundadores (com Piteira Santos, Nuno Bragança e outros) dos Centros Populares 25 de Abril, uma organização que pretendia um papel cívico, complementar ao dos partidos.


Ainda em 1974 adere ao Partido Socialista, de que foi dirigente nacional. Estreia-se como deputado na Assembleia Constituinte, em 1975. É deputado à Assembleia da República a partir de 1976, integrando também o I Governo Constitucional (de Mário Soares), primeiro como Secretário de Estado da Comunicação Social, depois como Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro para os Assuntos Políticos. Também no Parlamento foi presidente da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, vice-presidente da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS e vice-presidente da Assembleia da República.

Em 2004 foi candidato a secretário-geral do PS, perdendo para José Sócrates. Em 2006 foi candidato independente às eleições presidenciais, tendo obtido mais votos que Mário Soares, então candidato oficial do PS. Após essas eleições funda o Movimento de Intervenção e Cidadania. Em 2009 cessa o seu último mandato como deputado à Assembleia da República, após trinta e quatro anos no Parlamento. Mantém-se como membro do Conselho de Estado e das Ordens Honoríficas de Portugal. Em 2010 anuncia a sua candidatura às es eleições presidenciais de 2011, conseguindo o apoio do PS, do BE, do PDA, bem como dos dirigentes do MIC.


No total foi deputado 34 anos. Reforma-se após deixar o parlamento. Aufere uma reforma de 3219,95 Euro  (para a qual contaram os descontos efectuados como deputado), uma subvenção vitalícia superior a dois mil euros mensais.. A sua reforma foi motivo de diversos boatos nos meios de comunicação social, que se provaram falsos em Tribunal, culminando no pagamento a Manuel Alegre de uma indemnização no valor de 40 mil Euro, como compensação por danos morais em virtude de notícia publicada em Junho de 2006, no jornal diário Correio da Manhã, e que lhe imputava erradamente o recebimento de uma reforma superior a três mil Euro por escassos meses de trabalho na RDP, o que se provou falso em sede de tribunal de primeira instância, de novo na relação de Lisboa, e de novo em sede de Supremo Tribunal de Justiça. Acumula ainda uma subvenção vitalícia superior a dois mil euros mensais , aplicada a todos os titulares de cargos públicos com desempenhos superiores a 12 anos.






Obra literária

Além da actividade política, saliente-se o seu proeminente labor literário, quer como poeta, quer como ficcionista. Entre os seus inúmeros poemas musicados contam-se a Trova do vento que passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre muitos outros. Reconhecido além fronteiras, é o único autor português incluído na antologia Cent poemes sur l'exil, editada pela Liga dos Direitos do Homem, em França (1993).

Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua, em Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998). É sócio-correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, eleito em 2005.





LIBERDADE



Sobre esta página escrevo
teu nome que no peito trago escrito
laranja verde limão
amargo e doce o teu nome.


Sobre esta página escrevo
o teu nome de muitos nomes feito água e fogo lenha vento
primavera pátria exílio.


Teu nome onde exilado habito e canto mais do que nome: navio
onde já fui marinheiro
naufragado no teu nome.


Sobre esta página escrevo o teu nome: tempestade.
E mais do que nome: sangue. Amor e morte. Navio.


Esta chama ateada no meu peito
por quem morro por quem vivo este nome rosa e cardo
por quem livre sou cativo.


Sobre esta página escrevo o
teu nome: liberdade.


Manuel Alegre

BLOCO DE ESQUERDA



O Bloco de Esquerda (B.E.) é um partido político de esquerda socialista em Portugal.


Origens

O partido nasceu em 1999 da fusão de três forças políticas: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI, às quais posteriormente se juntaram vários outros movimentos.

À época, qualquer uma delas definia-se como resultado de processos de crítica em relação ao chamado «comunismo» ou «socialismo real», mantendo a referência comunista através da reflexão e da discussão sobre a actualidade do marxismo. Membro do Secretariado Unificado da IV Internacional, o PSR herdava a tradição trotskista, oposta ao estalinismo; a UDP, geralmente associada ao maoísmo, apresentava-se como desligada de quaisquer referências no campo comunista internacional, posicionando-se em ruptura com todas as experiências de "socialismo real"; a Política XXI resultara, por sua vez, da união de ex-militantes do Partido Comunista Português, pelos herdeiros do MDP-CDE e por independentes.

Na formação do Bloco, juntaram-se ainda pessoas sem filiação anterior, mas que já haviam mostrado identificar-se com os movimentos indicados, destacando-se, no grupo inicial, Fernando Rosas (a sua antiga filiação no PCTP-MRPP havia acabado há muito).

Desde o início, o Bloco apresentou-se como uma nova força política que não negava a sua origem nos três partidos citados e que tinha uma organização interna democrática, mais baseada na representação dos aderentes do que no equilíbrio partidário. A adesão de novos militantes, sem ligação anterior a qualquer um dos partidos originários, contribuiu para esse efeito.

O Bloco foi incluindo ainda outros grupos e tendências: desde pequenos grupos políticos, como a Ruptura/FER, até grupos que, não sendo organizações políticas, são grupos de interesse constituídos já dentro do Bloco: mulheres, LGBT, sindicalistas, ambientalistas, etc. O Bloco reivindica a independência destes grupos em relação à política geral do partido.

Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI já se extinguiu, tornando-se uma associação de reflexão política que se exprime numa das revistas da área do B.E., a Manifesto. O PSR também se extinguiu, transformando-se igualmente numa associação que se exprime numa revista, a Combate.

Quanto à UDP, foi a última das organizações fundadoras a transformar-se em associação política, no início de 2005. Edita igualmente uma revista, A Comuna. Esta auto-extinção demarcou uma nova maneira de pensar na esquerda europeia e mundial, visto que evidencia a vontade da construção de um partido plural e de acabar com o sectarismo característico deste tipo de pequenos partidos de esquerda.



 
 
 
 
 
 
 
Em 2005, tendo sido convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
 
Será esta uma das razões que não irá à recepção do Presidente chinês.
 

BENTO GONÇALVES




Em 1835 foi desencadeada a Revolução Farroupilha, que manifestava o descontentamento da Província de São Pedro do Rio Grande, a mais meridional do Império, com o governo regencial do Império do Brasil. Os objetivos do movimento, inicialmente não muito claros, tomaram um rumo irreversível nesse episódio.

Enquanto o líder, general Bento Gonçalves, concentrava-se em ações militares próximo a Porto Alegre, o General Antônio de Sousa Neto, comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé, que acabou em vitória rotunda e surpreendente.

A batalha ficou conhecida como Batalha do Seival e ensejou que o Neto estabelecesse naquele momento a proclamação da República Rio-grandense. Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, líder do movimento, Neto e seus pares, pelos princípios republicanos comungados por todos, inclusive Gonçalves, resolveram separar a Província do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.

Eis o texto lido pelo General Antônio de Sousa Neto frente a suas fileiras:

Bravos companheiros da 1ª Brigada de Cavalaria!

Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas, para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas. Miseráveis! Todas as vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos infernais.

São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o mais atroz. E sofreremos calados tanta infâmia? Não, nossos companheiros, os rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto.

Camaradas! Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!

Campo dos Menezes, 11 de setembro de 1836 – Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada.

Nesse ponto o enfoque histórico muda de rumo. A "Revolta" ou "Revolução Farroupilha" dá lugar à guerra entre duas nações soberanas. Os historiadores se dividem: concretizou-se ou não o nascimento de um novo país? De qualquer forma, a disputa bélica a partir daí é preferencialmente chamada Guerra dos Farrapos do que Revolução Farroupilha, embora ambas as denominações sejam usadas, indistintamente, por outros autores, para todo o período desse confronto bélico.


1836 - Bento Gonçalves é aclamado presidente da então proclamada República Farroupilha


http://www.caestamosnos.org/Pesquisas_Carlos_Leite_Ribeiro/Bento_Goncalves.html
 
 
 
 
Monumento Túmulo a Bento Gonçalves




Rio Grande

Nesta escultura fundida em bronze, Teixeira Lopes, soube imprimir a importância do General Bento Gonçalves para a história do Rio Grande do Sul.

QUERIAM FAZER SEXO NA RUA E DEU NISTO

Povo espanca casal a fazer sexo na rua


Um casal de jovens sem-abrigo estava a praticar sexo à luz do dia, em plena rua pedonal de Santa Catarina, uma das mais movimentadas da cidade do Porto, e acabou espancado por um grupo de pessoas que ficou indignado com aquele comportamento. A violenta cena de pancadaria foi filmada e o vídeo, colocado no YouTube anteontem à noite, está a circular em sites e redes sociais da internet.

O caso aconteceu terça-feira às 15h00, na rua pedonal de Santa Catarina. "Beijavam-se, rebolavam, ele metia-lhe as mãos nas cuecas. Ela já estava com os peitos de fora e não se importavam com as centenas de pessoas que estavam a passar na rua. Uma mulher que estava com um filho foi chamá-los à atenção, mas, em vez de se vestirem, ainda lhe fizeram frente para lhe bater. Caiu porrada da velha", disse ontem ao CM Fernanda Silva, vendedora ambulante que está diariamente na rua de Santa Catarina.

Rapidamente, a cena de pancadaria atraiu a curiosidade de dezenas de pessoas que passavam na rua. Uma delas captou toda a violência com o telemóvel e colocou as imagens no YouTube, sob o pseudónimo de PortucaleNorthSide.

"Estava a trabalhar na pastelaria quando me apercebi da confusão. Os jovens estavam embriagados no chão e pegaram num pau como se fossem bater em alguém. Foi quando começou a pancadaria", diz ao CM Ana Martins, funcionária da pastelaria Império.

A confusão só terminou quando os jovens sem--abrigo fugiram do local. "Chamámos a PSP, mas eles já tinham fugido. Tiveram medo de levar mais porrada. Foi uma vergonha fazerem sexo numa rua como esta, onde passam centenas de famílias com crianças", explicou Fernanda Silva.

Este caso insólito no Porto leva os comerciantes a pedir mais policiamento. "Há muitos vagabundos e bêbedos nesta rua. Os clientes fogem da Baixa. É preciso fazer alguma", diz Ana Martins.




Fonte - Correio da Manhã

747-400 DA QANTAS ATERRA DE EMERGÊNCIA




Um dia depois de um Airbus 380 da Qantas ter feito uma aterragem de emergência em Singapura, outro avião da companhia australiana sofreu incidente semelhante, no mesmo aeroporto.

O Boeing 740-400, com 412 passageiros e uma tripulação de 16 pessoas a bordo, foi obrigado a regressar ao Changi minutos depois de ter descolado, com problema num dos motores.

Desconhece-se ainda qual foi o tipo de avaria que provocou a aterragem de emergência, limitando-se o porta-voz da empresa a dizer que o incidente ocorreu "pouco depois da descolagem, quando o comandante verificou um problema com um dos motores".

Chamas no reator

Segundo testemunhas ouvidas pela agência France Press. o motor do avião incendiou-se. Um dos passageiros disse mesmo que "se viam sair chamas do reator", mas que apesar disso ninguém a bordo entrou em pânico.

De acordo com as informações disponíveis até ao momento, o regresso do Jumbo ao aeroporto de Changi decorreu de maneira segura.

O B- 740-400 é uma das aeronaves com maior capacidade do fabricante norte-americano Boeing, enquanto o A-380, o maior avião do mundo, é fabricado pela europeia Airbus. Tanto um como outro têm quatro motores, que podem ser de diversos fabricantes.

Segundo a página da Qantas na Internet, os Boeing 747-400 de longo alcance trazem motores fabricados pela Rolls Royce. A companhia tem, também, os B-747-400ER (de autonomia prolongada), dotados de motores fabricados pela General Motors.


AQUI TAILÂNDIA: MACAU: "DE VOLTA À PRAIA GRANDE"#links

AQUI TAILÂNDIA: MACAU: "DE VOLTA À PRAIA GRANDE"#links

sexta-feira, novembro 5

DIA NACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

5 de NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA




A língua nacional tem, desde 2006, data comemorativa no Brasil

Através da Lei nº 11.310, de 12 de junho de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei do Senado n. 149/04, de autoria do Senador Papaléo Paes (AP) que institui o dia 5 de novembro como Dia Nacional da Língua Portuguesa no Brasil.



Presidência da República

                 Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos


LEI Nº 11.310, DE 12 DE JUNHO DE 2006.

Institui o Dia Nacional da Língua Portuguesa.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É instituído o Dia Nacional da Língua Portuguesa a ser celebrado anualmente no dia 5 de novembro, em todo o território nacional.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de junho de 2006; 185o da Independência e 118o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

João Luiz Silva Ferreira


Essa data não foi escolhida ao acaso. 5 de novembro é o dia do aniversário de nascimento de Rui Barbosa, um dos mais ferrenhos defensores da língua portuguesa no Brasil.

Ao sancionar a lei, de iniciativa daquele Senador da bancada do PSDB pelo Amapá, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva declarou que a intenção era a de valorizar e preservar a língua portuguesa como “importante laço de consolidação da unidade nacional".

A lei foi publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de junho de 2006 (nesse mesmo dia - 13 de junho - também é comemorado o aniversário da cidade paulista de Macatuba, onde está localizada a sede desta organização Patriotismo).

Instituído o Dia Nacional da Língua Portuguesa

O senador do PSDB (Amapá) Papaléo Paes apresentou um projeto em Plenário, em vigor desde junho de 2006, definindo o dia 05 de novembro como o Dia Nacional da Língua Portuguesa . A data foi escolhida por ser aniversário de nascimento de Rui Barbosa, "grande defensor do idioma, que o empregou com maestria na abolição da escravatura e na proclamação da República".

Este ano de 2006 é a primeira vez que houve uma comemoração da data. “Nossa língua é o elemento central do patrimônio cultural brasileiro. A melhor forma de protegê-la consiste em uma atitude afirmativa, que promova e divulgue as suas incontáveis riquezas” afirmou o senador.

De acordo com o senador o projeto é uma idéia do professor Raimundo Pantoja Lobo, do Amapá. Segundo ele, diversos projetos no Congresso visam defender o idioma que é constantemente ameaçado principalmente pela forte influência do inglês. Papaléo Paes disse que a iniciativa acontece em outros países também, tentando contrabalançar a presença do inglês.

O idioma português é falado por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, em oito países: Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

Mas para o senador, o Brasil tem uma responsabilidade maior sobre o futuro do português pelo tamanho de sua população e por sua importância político-econômica e geoestratégica. Relembrou ainda a citação do professor Carlos Reis, pesquisador da Universidade de Coimbra, em que afirmou que “o futuro da Língua Portuguesa é aquele que o Brasil quiser”.

FONTE dessa matéria: http://www.mundolusiada.com.br/ELOS%20CLUBE/elos029_nov06.htm



LÍNGUA PORTUGUESA

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre cascalhos vela,

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura !

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo !
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


OLAVO BILAC