o mar do poeta

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quinta-feira, maio 26

TUFÃO

                      TUFÃO

Ciclone tropical é um sistema tempestuoso caracterizado por um sistema de baixa pressão, por trovoadas e por um núcleo morno, que produz ventos fortes e chuvas torrenciais. Este fenômeno meteorológico forma-se nas regiões trópicas, onde constitui uma parte importante do sistema de circulação atmosférica ao mover calor da região equatorial para as latitudes mais altas.

Um ciclone tropical alimenta-se do calor libertado quando ar úmido sobe e o vapor de água associado se condensa. Os ciclones tropicais são alimentados por formas diferentes de libertação de calor do que outros fenômenos ciclônicos, como os ciclones extratropicais, as tempestades de vento européias e as baixas polares, permitindo a sua classificação como sistemas de 'núcleo morno'.

Estes ciclones são chamados de 'tropicais' porque se formam quase que exclusivamente em regiões trópicas e também por se originarem de massas de ar tropicais marítimas. Estes sistemas são chamados de 'ciclones' devido a sua natureza ciclônica.

No hemisfério norte, os ciclones tropicais giram em sentido anti-horário e no hemisfério sul giram em sentido horário. Dependendo de sua localização geográfica e de sua intensidade, os ciclones tropicais podem ganhar vários outros nomes, tais como furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclônica, depressão tropical ou simplesmente ciclone.

Os ciclones tropicais produzem ventos fortes e chuvas torrenciais. Estes sistemas também são capazes de gerar ondas fortes e a Maré de tempestade, uma elevação do nível do mar associada ao sistema. Estes fatores secundários podem ser tão devastadores quanto aos ventos e às chuvas fortes. Os ciclones tropicais formam-se sobre grandes massas de água morna e perdem sua intensidade assim que se movem sobre terra.

Esta é a razão porque regiões costeiras são geralmente as áreas mais afetadas pela passagem de um ciclone tropical; regiões afastadas da costa são geralmente poupadas dos ventos mais fortes. Entretanto, as chuvas torrenciais podem causar enchentes severas e as marés ciclônicas podem causar inundações costeiras extensivas, podendo chegar a mais de 40 quilômetros da costa. Seus efeitos podem ser devastadores para a população humana, embora podem amenizar estiagens.

Muitos ciclones tropicais formam-se quando as condições atmosféricas em torno de uma perturbação fraca na atmosfera são favoráveis. Outros se formam quando outros tipos de ciclones adquirem características tropicais. Estes sistemas tropicais movem-se por meio de correntes de ar na troposfera.


O olho é uma região localizada no centro de ciclones tropicais fortes onde as condições climáticas são amenas. O olho de uma tempestade é uma região grosseiramente circular e geralmente com 30 a 60 km (20 a 30 milhas) de diâmetro.
Está circundado pela "parede do olho", um anel de violentas trovoadas em que ocorrem os fenômenos climáticos mais severos de um ciclone. A menor pressão atmosférica do ciclone ocorre no olho, podendo ser ainda 15% inferior à pressão atmosférica do lado de fora da tempestade.
Quando as condições atmosféricas continuam favoráveis, o ciclone tropical se intensifica e geralmente se forma no seu núcleo um olho. Por outro lado, quando as condições atmosféricas tornam-se desfavoráveis ou o sistema atinge a costa, o sistema começa a se enfraquecer e posteriormente se dissipa.




Super Typhoon SONGDA  at 08:00 HKT 26 May 2011


( 14.7 N, 126.5 E )






26/05/2011 01h28 - Atualizado em 26/05/2011 02h20



Tufão 'Songda' leva Filipinas a retirar 250 mil pessoas de áreas de risco


Fenômeno ganha força e tem ventos de até 150 km/h.


'Songda' está a 250 km da ilha de Samar e se desloca a 9 km/h.


Da EFE


As autoridades das Filipinas começaram nesta quinta-feira (26) a retirar 250 mil pessoas de áreas de risco antes da chegada do tufão "Songda", que segue ganhando força e já apresenta ventos sustentados de até 150 km/h.

A princípio, o temporal não tocará a terra, e deve passar pelo litoral antes de seguir para Taiwan, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia das Filipinas. Mas o "Songda" levará à região de Bicol, na ilha de Luzon, chuvas torrenciais.

O governador da província de Albay, Joey Salceda, ordenou que caminhões militares fossem disponibilizados para transferir a população ameaçada e ofereceu cinco quilos de arroz a cada família que se comprometesse a manter-se a salvo até a passagem do tufão.

Colégios e repartições públicas foram fechados e cerca de sete mil pessoas aguardam nos portos do país que a Guarda Litorânea libere a saída de navios.

O "Songda" se encontra agora a cerca de 250 km da ilha de Samar e se desloca em direção noroeste a uma velocidade aproximada de 9 km/h.

O Serviço Nacional de Meteorologia das Filipinas elevou o alerta ao nível 2 - em escala até 5 - nas províncias de Catanduanes, Sorsogon, Albay, Camarins Sul, Camarins Norte e Samar.

Ainda não está afastada a possibilidade de o temporal chegar a Manila no próximo fim de semana. A capital filipina sofre há dias com chuvas torrenciais e inundações em algumas zonas.

O presidente do país, Benigno Aquino, pôs em alerta várias agências governamentais para alcançar o objetivo de nenhuma vítima fatal. Ao todo, 33 pessoas morreram neste mês nas Filipinas pela tempestade tropical "Aere", a primeira da estação chuvosa que a cada ano deixa o saldo de 15 a 20 tufões.


Ventos de 130 quilómetros por hora com rajadas até 160 quilómetros por hora








Todos os anos, principalmente no período que decorre de Maio até finais de Novembro com maior incidência de Julho a Setembro, a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) sofre com os efeitos da passagem de tufões, os quais se originam no Mar do Sul da China e do Oceano Pacífico, a maior parte das vezes a leste das Filipinas, e que de um modo mais ou menos intenso afectam e condicionam a vida no território.


Cada vez que um destes fenómenos ocorre, é-lhe atribuído um número identificativo e um nome próprio. Estes constam de uma lista aprovada pela Comissão de Tufões da ESCAP/WMO.


SINAIS DE TEMPESTADE TROPICAL

  O articulista vinha a caminho de Macau, embarcado no navio Índia, quando navegava defronte da costa do Vietname, isto no mês de Setembro de 1964, as vagas eram tão altas que passavam por cima dos mastros mais altos do navio, nda sabíamos o que se passava, só mais tarde viemos a saber que o tufão Ruby tinha causados imensos prejuízos e mortes em Macau e Hong -Kong, este o meu baptizo de tufões.
Já em Macau e ao longo dos 47 anos de permanência, muitos tufões passei no mar, embarcado na minha casca de nóz, e outros os passei em terra, histórias de arrepiar, mas a vida continua.

No dia 9 de Setembro de 1983, encontrava-se o articulista embarcado, fundeado na Doca de Abrigo do Fai Chi Kei, aquando da passagem do tufão Elle, o qual deixou um rasto de destruição e morte, como já não se via à muitos anos.
O articulista assitiu, sem nada poder fazer, ao afundamento de algumas embarcações que ceifaram a vida a dez pescadores, este um episódio que jamais esquecerá.
O afundamento dos navios Fat Shan, Takshing e Macau estão igualemnte presentes na memória do articulista.


A rota do tufão Ruby a 6 de Setembro de 1964.

A temporada de tufões no Pacífico no ano de 1964 foi a temporada mais ativa já registrada na história, com 39 tempestades.
O tufão Ruby foi considerado na altura, o mais devastador tufão a passar por Hong Kong com ventos de 140 milhas por hora causando elevados prejuízos materias e causando 700 mortes.

Mas, infelizmente outros se seguiram com mais intensidade afundando inúmeros navios e causando imensas mortes.

A fúria do tufão em Hong Kong


11 de Setembro de 1983 em Cheung Chaw - Hong Kong



颱風溫黛 Typhoon No.10

quarta-feira, maio 25

DIADEMA UMA CIDADE COM FUTURO - CONHEÇA-A

A cidade do Coração, de nosso Estimado e Ilustre Professor João de Paulo de Oliveira, está de parabéns.

Diadema recebe o XI Congresso de História do Grande ABC




Ter, 24 de Maio de 2011 23:46


Da Redação - De hoje (25) até a próxima sexta (27), Diadema sediará o XI Congresso de História do Grande ABC, que será realizado no Centro Cultural Diadema. As inscrições são gratuitas. A abertura do congresso será nesta quarta (25), às 19h30, com o grupo Seresteiros de Diadema, que resgatará o estilo musical romântico antigo.

Além de música, o público poderá conferir o lançamento dos livros ‘Biografia das Ruas: em cada esquina uma história’, de Walter Adão Carreiro; e ‘Catadores de Lixo: narrativas de vida, políticas públicas e meio ambiente’, de José Amilton de Souza. Uma exposição sobre a trajetória do congresso fecha a primeira atividade do congresso.

Diadema já recebeu o congresso em 1996 e, desta vez, volta a sediar a reunião que ocorre anualmente de cidade em cidade da região. O congresso pretende discutir e valorizar a história e a cultura do grande ABCD, dando continuidade ao movimento que se iniciou em 1989, quando o professor Souza Martins sugeriu às prefeituras municipais a realização do primeiro congresso. Com o apoio dos governos locais e do GIPEM (Grupo Independente de Pesquisadores da Memória do ABC) a primeira edição do congresso foi realizada em 1990.

Através da história, os participantes devem refletir e debater sobre a atual situação do grande ABCD, bem como sobre as ações para o futuro dos municípios. O XI Congresso de História do Grande ABC reunirá acadêmicos, estudantes, memorialistas, artistas e outros interessados na cultura da região.

Na quinta-feira, 26, o congresso começará às 8h30 com a mesa "Cidade, Paisagem e Patrimônio". No decorrer do dia serão ainda promovidas as mesas "Narrativas Visuais do ABC" e "O Descortinar da História: experiências e possibilidades da história local".

No terceiro e último dia do evento, também às 8h30, a primeira mesa discute "Juventude, Cultura, Identidade". Na sequência ocorre o "Encontro de Memorialistas de Diadema" e, fechando o congresso, uma roda de conversa sobre o tema "Culturas Populares: Tradição e Resistência". O encerramento artístico fica por conta do grupo feminino de batuque Abayomi.

Escolas mantêm o hábito de visitar espaços de leitura




A coordenadora do Colégio Iemano, em Diadema, Adelaide Helena Czar Rugno, afirmou que a escola incentiva a ida as bibliotecas, promovendo visitas dos alunos às unidades do município, mas admite que o dinamismo da internet é mais atrativo para os estudantes.

“As crianças, principalmente as menores, têm dificuldade de andar sozinhas pela cidade. Com os pais trabalhando o dia todo, acabam recorrendo à internet”, afirmou. Adelaide ressaltou, no entanto, que pesquisar em livros e periódicos não pode ser prática descartada, pois ainda existem muitas publicações específicas, como as universitárias.



De acordo com João Paulo de Oliveira, docente da rede pública de Diadema, é papel do professor estimular o hábito da leitura, dentro e fora da sala de aula. “Escolas que mantêm salas de leitura dão um passo à frente nessa questão”, salientou.

“Nem tudo o que está disponível na internet é 100% confiável. A biblioteca, então, assume o papel de analista dessas fontes, atuando de forma conjunta com a tecnologia”, disse a coordenadora de bibliotecas de Santo André, Gláucia Lanzoni (AM)

Fonte – Diário Regional




Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Diadema ganha terreno para habitações populares

ALINE MELO

PARA O DIÁRIO REGIONAL

A Prefeitura de Diadema oficializou o recebimento de terreno de 20 mil m², localizado entre as avenidas Fundibem e rua Pau do Café. A área foi doada à administração municipal como pagamento de dívidas pela indústria italiana Mazzaferro, que tem unidade no Jardim Casa Grande.


Os 11 mil m² serão destinados para construção de 360 unidades habitacionais com recursos do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Parte das residências beneficiará as famílias dos núcleos habitacionais Bom Sucesso e Vinícius de Moraes.

“Uma empresa já foi acionada pela prefeitura por meio de chamamento e vai começar em breve a elaboração do projeto”, informou Márcio Luiz Vale, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município.

“Não podemos falar em prazos, mas as expectativas são otimistas, uma vez que a parte mais difícil, de oficializar a situação da área como de interesse social, já ocorreu”, concluiu. (AM)



ÁBACO SUA HISTÓRIA


Na era das novas tecnologias, o Ábaco tem conseguido sobreviver, na Malásia, anualmente se realizam concursos de rapidez, uns usando o velho abáco e outros utilizando máquinas de calcular e até computadores, mas o Ábaco tem provado ser mais rápido, já para não dizer mais ecológico.

Em Novembro de 1945 [Concurso, 2007], houve no Japão uma partida entre o japonês Kiyoshi Matsuzaki, campeão de soroban (ábaco japonês), e o soldado americano Thomas Nathan Woods, o maior especialista em calculadoras eléctricas do Exército americano no Japão. O japonês com ábaco de contas venceu por 4 a 1.

Um jornal americano escreveu que o ábaco usado há séculos havia esmagado a máquina eléctrica mais moderna do governo dos Estados Unidos. Hoje, os computadores ganham em precisão e agilidade, mas o ábaco de contas continua a ser usado na China e mesmo no Japão.


Ábaco



Primeira calculadora utilizada pelo homem: um ábaco representando o número 6302715408.

O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os elementos de contagem (fichas, bolas, contas,...) que podem fazer-se deslizar livremente. Teve origem provavelmente na Mesopotâmia, há mais de 5.500 anos.

O ábaco pode ser considerado como uma extensão do ato natural de se contar nos dedos. Emprega um processo de cálculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar às crianças as operações de somar e subtrair.


Construção e utilização do ábaco

Cada bastão contém bolas móveis, que podem ser movidas para cima e para baixo. Assim, de acordo com o número de bolas na posição inferior, temos um valor representado. Pode haver variações, como na figura ao lado, onde se fazem divisões na moldura e o número de bolas é alterado. Observe que na figura temos o número 6302715408 (por exemplo 8=5+3, com a parte superior representando múltiplos de 5, neste caso 0, 5 e 10).

Estrutura com hastes metálicas divididas em duas partes, das quais uma tem duas contas e a outra, cinco contas, que deslizam nessas hastes. Os ábacos orientais dispõem de varas verticais divididas em dois, com as contas sobre a barra tendo o valor cinco vezes superior aos das contas abaixo.

O suanpan chinês dispõe de duas contas acima da barra ou divisor e cinco abaixo. O moderno soroban japonês por outro lado, tem uma conta acima e quatro abaixo do divisor.

Algumas hastes podem ser reservadas pelo operador para armazenar resultados intermediários. Desta forma, poucas guias são necessárias, já que o ábaco é usado mais como um reforço de memória enquanto o usuário faz as contas de cabeça.

Exemplo de cálculo

O cálculo começa à esquerda, ou na coluna mais alta envolvida em seu cálculo, e trabalha da esquerda para a direita. Assim, se tiver 548 e desejar somar 637, primeiro colocará 548 na calculadora. Daí, adiciona 6 ao 5. Segue a regra ou padrão 6 = 10 - 4 por remover o 5 na vara das centenas e adicionar 1 na mesma vara (-5 + 1 = -4) daí, adicione uma das contas de milhares à vara à esquerda.
Daí, passa a somar o três ao quatro, o sete ao oito, e no ábaco aparecerá a resposta: 1.185.
Devido a operar assim, da esquerda para a direita, pode começar seu cálculo assim que saiba o primeiro dígito. Na aritmética mental ou escrita, calcula a partir das unidades ou do lado direito do problema.

História


 Figura de um ábaco usado na Idade Média.

Os romanos, na antiguidade, utilizavam o ábaco para calcular, e depois os chineses e japoneses o aperfeiçoaram.

Daí, uma variedade de ábacos foram desenvolvidos; o mais popular utiliza uma combinação de dois números-base (2 e 5) para representar números decimais. Mas os mais antigos ábacos usados primeiro na Mesopotâmia e depois na Grécia e no Egipto por escrivães usavam números sexagesimais representados por factores de 5, 2, 3 e 2 por cada dígito.

A palavra ábaco originou-se do Latim abacus, e esta veio do grego abakos. Esta era um derivado da forma genitiva abax (lit. tábua de cálculos). Porque abax tinha também o sentido de tábua polvilhada com terra ou pó, utilizada para fazer figuras geométricas, alguns linguistas especulam que tenha vindo de uma língua semítica (o púnico abak, areia, ou o hebreu ābāq (pronunciado a-vak), areia).

Figura da disputa entre um abacista versus um algorista por Latim abacus. O plural do inglês abacus é controverso, mas abacuses e abaci estão em uso.

Ábaco mesopotâmicoO primeiro ábaco foi quase de certeza construído numa pedra lisa coberta por areia ou pó. Palavras e letras eram desenhadas na areia; números eram eventualmente adicionados e bolas de pedra eram utilizadas para ajuda nos cálculos. Os babilónios utilizavam este ábaco em 2700–2300 a.C..

A origem do ábaco de contar com bastões  é obscuro, mas a Índia, a Mesopotâmia ou o Egipto são vistos como prováveis pontos de origem.

 A China desempenhou um papel importante no desenvolvimento do ábaco.

Ábaco babilónio



Os babilónios podem ter utilizado o ábaco para operações de adição e subtracção. No entanto, este dispositivo primitivo provou ser difícil para a utilização em cálculos mais complexos. Algumas pessoas conhecem um caracter do alfabeto cuneiforme babilónio que pode ter sido derivado de uma representação do ábaco.
 Por isso esse ábaco é muito importante.

Ábaco egípcio

O uso do ábaco no antigo Egito é mencionado pelo historiador grego Crabertotous, que escreve sobre a maneira do uso de discos (ábacos) pelos egípcios, que era oposta na direção quando comparada com o método grego. Arqueologistas encontraram discos antigos de vários tamanhos que se pensam terem sido usados como material de cálculo. No entanto, pinturas de parede não foram descobertas, espalhando algumas dúvidas sobre a intenção de uso deste instrumento.

Ábaco grego


 

Uma tábua encontrada na ilha grega de Salamina em 1846 data de 300 a.C., fazendo deste o mais velho ábaco descoberto até agora. É um ábaco de mármore de 149 cm de comprimento, 75 cm de largura e de 4,5 cm de espessura, no qual existem 5 grupos de marcações.

No centro da tábua existe um conjunto de 5 linhas paralelas igualmente divididas por uma linha vertical, tampada por um semicírculo na intersecção da linha horizontal mais ao canto e a linha vertical única. Debaixo destas linhas, existe um espaço largo com uma rachadura horizontal a dividi-los.
Abaixo desta rachadura, existe outro grupo de onze linhas paralelas, divididas em duas secções por uma linha perpendicular a elas, mas com o semicírculo no topo da intersecção; a terceira, sexta e nona linhas estão marcadas com uma cruz onde se intersectam com a linha vertical.

Ábaco romano Ábaco romano reconstruído.


O método normal de cálculo na Roma antiga, assim como na Grécia antiga, era mover bolas de contagem numa tábua própria para o efeito. As bolas de contagem originais denominavam-se calculi. Mais tarde, e na Europa medieval, os jetons começaram a ser manufacturados. Linhas marcadas indicavam unidades, meias dezenas, dezenas, etc., como na numeração romana.

O sistema de contagem contrária continuou até à queda de Roma, assim como na Idade Média e até ao século XIX, embora já com uma utilização mais limitada.

Em adição às mais utilizadas bolas de contagem frouxas, vários espécimens de um ábaco romano foram encontrados, mostrados aqui em reconstrução. Tem oito longos sulcos contendo até 5 bolas em cada e 8 sulcos menores tendo tanto uma como nenhuma bola.

Nos sulcos menores, o sulco marcado I marca unidades, o X dezenas e assim sucessivamente até aos milhões. As bolas nos sulcos menores marcam os cincos - cinco unidades, cinco dezenas, etc. - essencialmente baseado na numeração romana.

As duas últimas colunas de sulcos serviam para marcar as subdivisões da unidade monetária. Temos de ter em conta que a unidade monetária se subdividia em 12 partes, o que implica que o sulco longo marcado com o sinal 0(representando os múltiplos da onça ou duodécimos da unidade monetária) comporte um máximo de 5 botões, valendo cada uma 1 onça, e que o botão superior valha 6 onças.

Os sulcos mais pequenos à direita são fracções da onça romana sendo respectivamente, de cima para baixo, ½ onça, ¼ onça e ⅓ onça.

Ábaco indiano

Fontes do século I, como a Abhidharmakosa, descrevem a sabedoria e o uso do ábaco na Índia.
Por volta do século V, escrivães indianos estavam já à procura de gravar os resultados do Ábaco.Textos hindus usavam o termo shunya (zero) para indicar a coluna vazia no ábaco.


Ábaco chinês






Suanpan (o número representado na figura é 6.302.715.408).
A menção mais antiga a um suanpan (ábaco chinês) é encontrada num livro do século I da Dinastia Han Oriental, o Notas Suplementares na Arte das Figuras escrito por Xu Yue. No entanto, o aspecto exacto deste suanpan é desconhecido.

Habitualmente, um suanpan tem cerca de 20 cm de altura e vem em variadas larguras, dependendo do fabricante. Tem habitualmente mais de sete hastes. Existem duas bolas em cada haste na parte de cima e cinco na parte de baixo, para números decimais e hexadecimais. Ábacos mais modernos tem uma bola na parte de cima e quatro na parte de baixo.

As bolas são habitualmente redondas e feitas em madeira. As bolas são contadas por serem movidas para cima ou para baixo. Se as mover para o alto, conta-lhes o valor; se não, não lhes conta o valor. O suanpan pode voltar á posição inicial instantaneamente por um pequeno agitar ao longo do eixo horizontal para afastar todas as peças do centro.

Os suanpans podem ser utilizados para outras funções que não contar. Ao contrário do simples ábaco utilizado nas escolas, muitas tecnicas eficientes para o suanpan foram feitas para calcular operações que utilizam a multiplicação, a divisão, a adição, a subtracção, a raiz quadrada e a raiz cúbica a uma alta velocidade.

No famoso quadro Cenas à Beira-mar no Festival de Qingming pintado por Zhang Zeduan (1085-1145) durante a Dinastia Song (960-1297), um suanpan é claramente visto ao lado de um livro de encargos e de prescrições do doutor na secretária de um apotecário.

A similaridade do ábaco romano com o suanpan sugere que um pode ter inspirado o outro, pois existem evidências de relações comerciais entre o Império Romano e a China. No entanto, nenhuma ligação directa é passível de ser demonstrada, e a similaridade dos ábacos pode bem ser concidência, ambos derivando da contagem de cinco dedos por mão.

Onde o modelo romano tem 4 mais 1 bolas por espaço decimal, o suanpan padrão tem 5 mais 2, podendo ser utilizado com números hexadecimais, ao contrário do romano. Em vez de funcionar em cordas como os modelos chinês e japonês, o ábaco romano funciona em sulcos, provavelmente fazendo os cálculos mais difíceis.

Outra fonte provável do suanpan são as pirâmides numéricas chinesas, que operavam com o sistema decimal mas não incluiam o conceito de zero. O zero foi provavelmente introduzido aos chineses na Dinastia Tang (618-907), quando as viagens no Oceano Índico e no Médio Oriente teriam dado contacto directo com a Índia e o Islão, permitindo-lhes saber o conceito de zero e do ponto decimal de mercantes e matemáticos indianos e islâmicos.

O suanpan migrou da China para a Coreia em cerca do ano 1400. Os coreanos chamam-lhe jupan (주판), supan (수판) or jusan (주산).

Ábaco japonês



 Um soroban (算盤, そろばん, lit. tábua de contar) é uma versão modificada pelos japoneses do suanpan. É planeado do suanpan, importado para o Japão antes do século XVI.

 No entanto, a idade de transmissão exacta e o meio são incertos porque não existem registos específicos.

Como o suanpan, o soroban ainda hoje é utilizado no Japão, apesar da proliferação das calculadoras de bolso, mais baratas.

Soroban (そろばん) é o nome dado ao ábaco japonês, que consiste em um instrumento para cálculo, originalmente chinês, e levado para o Japão em torno d.

Origens

As origens do ábaco remontam ao uso de sulcos na areia e pedras para realização de cálculos. Posteriormente, foram utilizadas tábuas de madeira ou argila,com hastes nas quais pedras eram colocadas e utilizadas para cálculo.

O ábaco chinês, baseado no sistema hexadecimal, possui duas contas na parte superior e cinco na parte inferior, permitindo o uso de valores de zero à quinze. No Japão foi retirada uma das contas superiores, de modo a usar números entre zero e dez, de acordo com o sistema decimal japonês, o que levou à origem do Soroban. Até os dias de hoje, as escolas japonesas ensinam cálculos utilizando o soroban.

Construção

O Soroban é composto de diversas colunas, cada uma representando uma unidade, dezena, centena, etc. Cada coluna, por sua vez, contém duas partes: uma em cima e outra embaixo. As peças da parte de cima se chamam godamas porque go significa cinco, e as peças da parte de baixo se chamam ichidamas porque ichi significa um e dama significa peça.

Assim, cada coluna possui uma pedra (ou conta) na parte de cima que vale cinco unidades (ou dezenas, centenas, etc.) e quatro pedras na parte de baixo, cada uma equivalendo a 1 (uma) unidade (ou dezena, centena, etc.).

Uso

Ainda hoje o Soroban é utilizado no Japão, em vez de uma calculadora, por diversos profissionais. Depois de dominada a técnica (Shuzan ou 珠算), seu uso é muito mais rápido do que o de uma calculadora.

Toda criança japonesa estuda seu uso dos 5 aos 8 anos.

A Coreia tem também o seu próprio, o supan (수판), que é basicamente o soroban antes de tomar a sua actul forma nos anos 30. O soroban moderno também tem este nome.

Ábacos dos nativos americanos


 Representação de um quipu Inca.

Algumas fontes mencionam o uso de um ábaco chamado nepohualtzintzin na antiga cultura azteca. Este ábaco mesoamericano utiliza um sistema de base 20 com 5 dígitos.

O quipu dos Incas era um sistema de cordas atadas usado para gravar dados numéricos, como varas de registo avançadas - mas não eram usadas para fazer cálculos. Os cálculos eram feitos utilizando uma yupana (quechua para tábua de contar), que estava ainda em uso depois da conquista do Peru.

O principio de trabalho de uma yupana é desconhecido, mas, em 2001, uma explicação para a base matemática deste instrumento foi proposta.

Por comparação à forma de várias yupanas, os investigadores descobriram que os cálculos eram baseados na sequência Fibonnaci, utilizando 1,1,2,3,5 e múltiplos de 10, 20 e 40 para os diferentes campos do instrumento. Utilizar a sequência Fibonnaci manteria o número de bolas num campo no mínimo.

Ábaco russo


 Ábaco russo.

O ábaco russo, o schoty (счёты), normalmente tem apenas um lado comprido, com 10 bolas em cada fio (excepto um que tem 4 bolas, para fracções de quartos de rublo). Este costuma estar do lado do utilizador. (Modelos mais velhos têm outra corda com 4 bolas, para quartos de kopeks, que eram emitidos até 1916.

O ábaco russo é habitualmente utilizado na vertical, com os fios da esquerda para a direita ao modo do livro. As bolas são normalmente curvadas para se moverem para o outro lado no centro, em ordem para manter as bolas em cada um dos lados.

É clarificado quando as bolas se devem mover para a direita. Durante a manipulação, as bolas são movidas para a direita. Para mais fácil visualização, as duas bolas do meio de cada corda (a 5ª e a 6ª; no caso da corda excepção, a 3ª e a 4ª) costumam estar com cores diferentes das outras oito. Como tal, a bola mais à esquerda da corda dos milhares (e dos milhões, se existir) costuma também estar pintada de maneira diferente.

O ábaco russo estava em uso em todas as lojas e mercados de toda a antiga União Soviética, e o uso do ábaco era ensinado em todas as escolas até aos anos 90. Hoje é visto como algo arcaico e foi substituído pela calculadora. Na escola, o uso da calculadora é ensinado desde os anos 90.

Ábaco escolar



Ábaco escolar utilizado numa escola primária dinamarquesa, do século XX.Em todo o mundo, os ábacos têm sido utilizados na educação infantil e na educação básica como uma ajuda ao ensino do sistema numérico e da aritmética. Nos países ocidentais, uma tábua com bolas similar ao ábaco russo mas com fios mais direitos e um plano vertical tem sido comum.

O tipo de ábaco aqui mostrado é vulgarmene utilizado para representar números sem o uso do lugar da ordem dos números. Cada bola e cada fio tem exactamente o mesmo valor e, utilizado desta maneira, pode ser utilizado para representar números acima de 100.

A vantagem educacional mais significante em utilizar um ábaco, ao invés de bolas ou outro material de contagem, quando se pratica a contagem ou a adição simples, é que isso dá aos estudantes uma ideia dos grupos de 10 que são a base do nosso sistema numérico.

Mesmo que os adultos tomem esta base de 10 como garantida, é na realidade difícil de aprender. Muitas crianças de 6 anos conseguem contar até 100 de seguida com somente uma pequena consciência dos padrões envolvidos.

Usos pelos deficientes visuais


Um ábaco adaptado, inventado por Helen Keller e chamado de Cranmer, é ainda utilizado por deficientes visuais. Um pedaço de fabrico suave ou borracha é colocado detrás das bolas para não moverem inadvertidamente.

Isto mantém as bolas no sítio quando os utilizadores as sentem ou manipulam. Elas utilizam um ábaco para fazer as funções matemáticas multiplicação, divisão, adição, subtracção, raíz quadrada e raíz cúbica.

Embora alunos deficientes visuais tenham beneficiado de calculadoras falantes, o uso do ábaco é ainda ensinado a estes alunos em idades mais novas, tanto em escolas públicas como em escolas privadas de ensino especial. O ábaco ensina competências matemáticas que nunca poderão ser substituídas por uma calculadora falante e é uma ferramenta de ensino importante para estudantes deficientes visuais.

Os estudantes deficientes visuais também completam trabalhos de matemática utilizando um escritor de Braille e de código Nemeth (uma espécie de código Braille para a matemática), mas as multplicações largas e as divisões podem ser longas e difíceis.

O ábaco dá a estudantes deficientes visuais e visualmente limitados uma ferramenta para resolver problemas matemáticos que iguala a velocidade dos seus colegas sem problemas visuais utilizando papel e lápis. Muitas pessoas acham esta uma máquina útil durante a sua vida.

Curiosidades

Foi mostrado que alunos chineses conseguem fazer contas complexas com um ábaco, mais rapidamente do que um ocidental equipado com uma moderna calculadora electrónica.

Embora a calculadora apresente a resposta quase instantaneamente, os alunos conseguem terminar o cálculo antes mesmo de seu competidor acabar de digitar os algarismos no teclado da calculadora.


 

Kumon: um método que ensina mesmo a aprender



A proposta do método Kumon não é apenas funcionar como um simples reforço escolar, mas ajudar o aluno a desenvolver a autonomia e o autodidatismo

É Comum as pessoas associarem a técnica do Kumon a uma alternativa rápida para os estudantes resolverem suas dificuldades de aprendizado na disciplina de matemática. Essa, porém, é uma idéia simplificada acerca do método criado em 1954, no Japão, pelo professor de matemática, Toru Kumon.

Por causa do mau desempenho do seu filho, Takeshi, ele elaborou exercícios de cálculos. Não demorou para o estudante melhorar o seu desempenho como também para chamar a atenção dos pais de outras crianças, que também adotaram o método que leva o nome de seu criador.

Fontes - Pesquisas na net





Ábaco, apesar da concorrência incontrolável e definitiva dos modernos meios informáticos que se espalha na agitada paisagem comercial de Macau, ainda é possível encontrar algumas velhas lojas em que se vende com a rigorosa ajuda de um ábaco.

Fonte - Ivo Carneiro de Sousa

TUFÃO SONGDA




Local Weather Forecast Updated at 07:45 HKT


Showers associated with a trough of low pressure continue to affect eastern Guangdong and the northern part of the South China Sea.

At 8 a.m., Typhoon Songda was centred about 810 kilometres east-southeast of Manila. It is forecast to move west-northwest at about 14 kilometres per hour towards the seas east of Luzon.


Weather forecast for today


Mainly cloudy. The maximum temperature will be around 26 degrees. Moderate northeasterly winds.

Outlook : Becoming fine and hot in the next few days



VULCÃO DE VOLTA


Fonte - The Nation Bangkok

terça-feira, maio 24

AQUI TAILÂNDIA: O SENHOR SILVA E A DONA MARIA NO PALÁCIO DE BELÉM#links

AQUI TAILÂNDIA: O SENHOR SILVA E A DONA MARIA NO PALÁCIO DE BELÉM#links

TUFÃO SONGDA

MANILA: O Tufão Songda, tempestade tropical, aproximou-se das Filipinas na manhã de segunda-feira, e deverá trazer mau tempo, que afectaráem grande parte do país, informou a agência de notícias Xinhua China citando o serviço meteorológico local.

O tufão foi localizado pela última vez a 1.070 km a leste de Mindanao, apresentando ventos com a intensidade de 85 quilômetros e com rajadas de 100 km / h seguindo para o oeste e noroeste a 11kph, segundo informações dos Serviços Geofísicos (Pagasa).

Segundo as previsões , Pagasa a tempestade atingirá o Visayas Oriental e da Província de Cagayan, no dia de hoje, terça-feira, dia 24 de Maio. e alguma parte do nordeste e central de Luzon Central serão igualmente afetados pela tempestade.

A parte metropolitana de Manila e do litoral ocidental, também terá chuvas fortes e trovoadas, é esperado para o dia de amanhã e quinta-feira que estas áreas serão afectadas pela passagem do tufão. .

O governo filipino decretou uma evacuação preventiva das famílias residentes nessas áreas

"O governo, através do subsecretário dos serviços Nacionais para Redução de Riscos e Desastre, (NDRRMC), Benito Ramos aconselha que sejam tomadas todas as medidas adequadas para minimizar os riscos, e as famílias que vivam em zonas baixas ou montanhosas, a recolher a postos de abrigo.

Segundo os serviços de metereologia filipinos (Pagasa), nas próximas 24 horas o país não será afectado pela passagem do tufão Songda.


Hong Kong Observatory




Local Weather Forecast Updated at 16:45 HKT


A trough of low pressure is bringing showers to the coast of Guangdong and the northern part of the South China Sea.

At 4 p.m., Severe Tropical Storm Songda was centred about 1000 kilometres east-southeast of Manila. It is expected to intensify gradually and move west-northwest at about 16 kilometres per hour in the general direction of the seas east of the Philippines.

Weather forecast for tonight and tomorrow

Mainly cloudy. A few rain patches overnight and tomorrow morning. Temperatures will range between 21 and 26 degrees. Moderate northeasterly winds.

Outlook : Becoming fine and hot in the following few days.



Serviços de Metereologia e Geofísicos de Macau 


Previsão do tempo



Maio 24, 2011 Previsão do tempo Macau


Céu geralmente muito nublado.


Vento fraco a moderado do quadrante Norte.


Aguaceiros ocasionais.


Visibilidade moderada.


Mar de encrespado a pequena vaga.






Maio. 25, 2011 Previsão do tempo Macau


Céu muito nublado intervalado de abertas.


Vento fraco a moderado de Norte a Nordeste.


Aguaceiros ocasionais.


Mar de encrespado a pequena vaga.


Temp. entre 20 °C a 26 °C.


Humidade relativa entre 60% a 90%.


O índice UV máximo prevista é de 8, classificado de Muito alto.




Actualizado no dia 24 de Maio de 2011 17:06 hora local.

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Este ano a época das monções parece começar mais cedo, com a vinda deste primeiro tufão de nome SONGDA, oxalá não venha em direcção a Macau.





Nas Filipinas os ventos já são bem fortes, como se pode ver pela foto





O MAR DO POETA PASSOU A BANHAR O RUANDA



O MAR DO POETA passou a banhar RUANDA, sendo este o 168o. país, onde as parcas letras deste blog são lidas, sendo 266 757 os leitores com 411 979 páginas lidas, a todos os leitores o meu sincero muito obrigado.
O MAR DO POETA, mesmo contra algumas adversidades, continua no seu rumo, esperando ainda poder banhar mais alguns países.


Ruanda, oficialmente República de Ruanda ou República do Ruanda (Pronúncia inglesa: /ruːˈændə/ ou /rəˈwɑːndə/; pronúncia kinyarwanda: [ɾwanda] ou AFI: [ɾɡwanda]), é um país sem costa marítima localizado na região dos Grandes Lagos da África centro-oriental, fazendo fronteira com Uganda, Burundi, República Democrática do Congo e Tanzânia.

Embora próximo da Linha do Equador, o país possui um clima temperado fresco, devido a sua alta elevação. O terreno consiste principalmente de planaltos gramíneos e colinas suaves. A abundante vida selvagem, incluindo raros gorilas-das-montanhas, resultou no turismo tornando-se um dos maiores setores da economia do país.

O Ruanda recebeu uma atenção internacional considerável devido ao genocídio lá ocorrido em 1994, no qual cerca de 800 mil pessoas foram mortas. Desde então, o país viveu uma grande recuperação social e, hoje em dia, apresenta um modelo de desenvolvimento que é considerado exemplar para países em desenvolvimento.

Em 2009, uma reportagem da rede de notícias CNN classificou Ruanda como tendo a história de maior sucesso do Continente, tendo alcançado estabilidade, crescimento da economia (a renda média triplicou nos últimos dez anos) e integração internacional.

Em 2007, a revista Fortune publicou um artigo intitulado "Why CEOs Love Rwanda" (Por que os CEOs amam Ruanda, em tradução livre).

A capital, Kigali, é a primeira cidade africana a ser galardoada com o Habitat Scroll of Honor Award, em reconhecimento de sua "limpeza, segurança e conservação do modelo urbano."  Em 2008, Ruanda tonrou-se o primeiro país a eleger uma legislatura nacional na qual a maioria dos membros era mulheres.

Ruanda aderiu à Commonwealth of Nations em 29 de novembro de 2009 como seu quinquagésimo quarto membro, fazendo do país um dos apenas dois membros sem um passado colonial britânico.

segunda-feira, maio 23

FREI GASPAR DA CRUZ

Frei Gaspar da Cruz


Missionário português (c.1520-1570) nascido em Évora e falecido em Setúbal. Votado à vida missionária, viajou por várias terras, entre as quais Goa, Malaca, Camboja e China. Nas suas viagens de pregação, ia fundando conventos dominicanos.

Regressou a Portugal em 1569, época em que Lisboa vivia uma terrível epidemia. Frei Gaspar da Cruz teve um papel relevante no combate à peste, mas veio a contrair a doença, que o levou à morte. Deixou uma obra, publicada nesse mesmo ano, que constitui precioso testemunho da atividade dos dominicanos no Levante.



Segundo Rui Manuel Loureiro, Doutor em História e Investigador, no seu artigo publicado no Livro DITEMA, Dicionário Temático de Macau, da Universidade de Macau, relata:

Frei Gaspar da Cruz terá nascido em Évora, em ano não se consegue apurar, sendo mais tarde, também em data incerta, admitido no Covento de Azeitão da ordem dos Pregadores.

Partiu para o Oriente em 1548, integrado num grupo de missionários Dominicanos, dedicando-se durante cerca de seis anos ao trabalho apostólico no litoral hindustânico. Em 1554 encontrava-se em Malaca, fundando uma casa da sua Ordem, e demorando-se na cidade até Setembro do ano imediato, pois nesta data embarcou num navio de mercadores portugueses com destino ao reino do Cambodja.

O incansável missionário permaneceu durante cerca de um ano em território cambodjano, viajando um pouco através do reino, mas em Dezembro de 1556 estava já no litoral da China, tendo oportunamente conseguido autorização para visitar Cantão, onde estanciou durante cerca de um mês.

Apesar de se terem gorado por completo os seus eventuais projectos de missionação, pois a China permanecia então fechada aos estrangeiros, com excepção precisamente do porto de Cantão, Frei Gaspar não perdeu tempo, e parece ter aproveitado ao máximo a sua curta estada no litoral chinês, calcorreando exaustivamente toda a cidade, observando ruas, casas e templos, trocando impressões com gente oriunda de variados estratos sociais, frequentando andiências dos mandarins, avaliando hábitos e costumes, documentando-se sobre práticas culturais e religiosas, enfim, recolhendo preciosas informações sobre os mais variados aspectos da realidade chinesa.

Paralelamente, o nosso Dominicano entrevistou portugueses bem experientes em assuntos chineses, "pessoas dignas de fé", como ele próprio referirá, chegando mesmo a obter uma cópia de "um compêndio de um homem fidalgo que cativo andou pela terra dentro". Frei Gaspar referia-se ao trabalho de Galiote Pereira, antigo prisioneiro que chegara a Sanchoão em finais de 1552 ou princípios do ano seguinte, depois de passar vários anos em prisões chinesas.

Em princípios de 1557 estava novamente de partida, e, depois de escalar Malaca, inicou um périplo pela Insulíndia, visitando nomeadamente o porto de Macassár, antes de regerssar ao litoral do Industão, quase três anos mais tarde.

Passou ainda por Ormuz, antes de embarcar em Goa, em 1564, com destino a Portugal. Viria a falecer anos mais tarde, em Setúbal, vítima de uma virulenta epidemia de peste que ajudava a combater.

Em Fevereiro de 1570, duas semanas após a morte de Frei Gaspar da Cruz, o impressor André de Burgos publicava em Évora o célebre Tratado das Cousas da China, que era a primeira monografia exclusivamente dedicada ao Celeste Império a conhecer na Europa as honras da impressão.

A escolha da oficina tipográfica parece sugerir que o missionário, após o regresso do Oriente, se teria estabelecido no mosteiro eborense da Ordem de São Domingos. E aí, o padre Dominicano procedera a uma exaustiva compilação dos materiais sobre a China até então reunidos pelos portugueses.

O relato de Frei Gaspar, de uma forma brilhante, sistematizava as notícias, as imagens e as vivências resultantes de um longo, e nem sempre pacífico, convívio lusitano com a realidade chinesa. A obra do nosso autor, contudo, não se destacava apenas pela riqueza do conteúdo, pelo rigor da informação e pela variedade das fontes utilizadas, já que o Tratado das Cousas da China é atravessado do princípio ao fim por uma atitude de flagrante simpatia em relação às realidades sínicas.

O missionário, ao longo de muitas páginas, elogia quase sem medida a eficácia das formas de governo, a imparcialidade da justiça, a exemplaridade dos castigos, o respeito pelas hierarquias, a habilidade manual extrema, que desenvolve as soluções mais inesperadas para os problemas da vida quotidiana, a caridade e a benevolência das instituições de assistência, o apurado ordenamento urbano, a organização meticulosa do sistema produtivo, etc.

Enfim, a China é apresentada aos leitores da obra como um verdadeiro modelo social, digno da maior admiração e interesse, que apenas é manchado pelo facto de os chineses viverem na "ignorância da verdade", totalmente apartados da "fé de Cristo".

O Tratado das Cousas da China parece ter conhecido alguma circulação além fronteiras, pois vários escritores estrangeiros a ele se referirão em anos subsequentes, os mais célebres dos quais seriam talvez Bernardino de Escalante, autor de um Discurso de la navegación de los portugueses (Sevilha, 1577) e Frei Juan Gonzáles de Mendoza, autor da celebérrima História de las cosas más notables, ritos y costumbres del gran reino China (Roma, 1585.



Interessante artigo do Doutor e Investigador Histórico, Rui Manuel Loureiro.

Por ter despertado a atenção do articulista, visto ser igualmente natural de Évora e conhecer o percurso efectuado pelo Frei Graspa da Cruz, irá o articulista tentar encontrar nas bibliotecas de Macau o livro do Tratado das Coisas da China, ou então, encomendar à livraria, livros Cotovia, mas aqui fica um extrado do livro:



A obra do missionário dominicano, que foi a primeira monografia impressa na Europa sobre o Celeste Império, para além de sistematizar de forma magistral todo um conjunto de notícias que haviam sido recolhidas pelos nossos navegantes ao longo de várias décadas de intensos contactos luso-chineses, transmitia também os resultados das indagações levadas a cabo pelo autor em Cantão, por ocasião de uma breve visita efectuada àquela metrópole.
O Tratado que agora se reedita, desta vez em versão modernizada e em formato de bolso, destaca-se pela incrível riqueza de conteúdo, pelo enorme rigor documental e pela variedade das fontes utilizadas.
Além do mais, Frei Gaspar da Cruz, sintetizando toda uma corrente de opinião então existente em Portugal, apresenta uma imagem extraordinariamente positiva da China e dos chineses, que, no seu modo de ver, superam todos os outros povos asiáticos «em multidão de gente, em grandeza de reino, em excelência de polícia e governo, e em abundância de possessões e riquezas».
Frei Gaspar da Cruz foi um dos muitos religiosos portugueses que no século XVI passaram ao Oriente.
Após um curto período de trabalho evangélico em diversos estabelecimentos portugueses do litoral ocidental da Índia, iniciou um largo périplo pela Ásia marítima, que o conduziu nomeadamente a São Tomé de Meliapor, a Malaca, ao Camboja, a Cantão, às Celébes e a Ormuz.
É provável que o incansável viajante, no cumprimento de ordens dos seus superiores, estivesse na realidade a efectuar um levantamento sistemático das possibilidades de missionação que se abriam aos dominicanos em terras orientais.
Por volta de 1564 regressou a Portugal, tendo provavelmente fixado residência no Alentejo.
Nos anos seguintes, aproveitando elementos colhidos durante as suas deambulações asiáticas, Frei Gaspar da Cruz dedicou-se à composição de um extenso Tratado das cousas da China, que seria publicado em Évora, em 1570, pelo impressor André de Burgos.